A festa do Coração de Jesus

11.06.2021 – Sexta-Feira

Sagrado Coração de Jesus – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Igreja celebra a Festa do Sagrado Coração de Jesus na sexta-feira da semana seguinte à Festa de Corpus Christi. O coração é mostrado na Escritura como símbolo do amor de Deus. No Calvário o soldado abriu o lado de Cristo com a lança (cf. João 19,34). Diz a Liturgia que “aberto o seu Coração divino, foi derramado sobre nós torrentes de graças e de misericórdia”. Jesus é a Encarnação viva do Amor de Deus, e seu Coração é o símbolo desse Amor. Por isso, encerrando uma conjunto de grandes Festas (Páscoa, Ascensão, Pentecostes, Santíssima Trindade, Corpus Christi), a liturgia nos leva a contemplar o Coração de Jesus. [Consagre-se ao Coração de Jesus]

Este sagrado Coração é a imagem do amor de Jesus por cada um de nós. É a expressão daquilo que São Paulo disse: ”Eu vivi na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou a si mesmo por mim (Gálatas 2,20). É o convite a que cada um de nós retribua a Jesus este amor, vivendo segundo a Sua vontade e trabalhando com a Igreja pela salvação das almas.

Muitos Santos veneraram o Coração de Jesus. Santo Agostinho disse: “Vosso Coração, Jesus, foi ferido, para que na ferida visível contemplássemos a ferida invisível de vosso grande amor”. São João Eudes, grande propagador desta devoção no século XVII, escreveu o primeiro ofício litúrgico em honra do Coração de Jesus, cuja festa se celebrou pela primeira vez na França, em 20 de outubro de 1672.

Jesus revelou o desejo da Festa ao seu Sagrado Coração à religiosa Santa Margarida Maria Alacoque, na França, mostrando-lhe o “Coração que tanto amou os homens e é por parte de muitos desprezado”. S. Margarida teve como diretor espiritual o padre jesuíta S. Cláudio de la Colombière, canonizado por João Paulo II, e que se incumbiu de progagar a grande Festa.

O Papa Pio XII afirmou que tudo o que S. Margarida declarou “estava de acordo com a nossa fé católica”. Este foi um grande sinal a mais da misericórdia e da graça para as necessidades da Igreja, especialmente num tempo em que grassava a heresia do jansenismo (do bispo francês Jansen) que ensinava uma religião triste e ameaçadora.
O Papa Clemente XIII aprovou a Missa em honra do Coração de Jesus e Pio X, dia 23 de agosto de 1856, estendeu a Festa para toda a Igreja a ser celebrada na sexta-feira da semana subseqüente à festa de Corpus Christi. O papa Leão XIII consagrou o mundo ao Sagrado Coração de Jesus. Paulo VI disse certa vez que ela é garantia de crescimento na vida cristã e garantia da salvação eterna.
Entre as Promessas que Jesus fez à Santa Margarida está a das Nove Primeiras Sextas Feiras do mês: aos fiéis que fizerem a Comunhão em nove primeiras sextas-feiras de cada mês, seguidas e sem interrupção, prometeu o Coração de Jesus a graça da perseverança final, o que significa que a pessoa nunca deixará a fé católica e buscará a sua santificação. São as chamadas Comunhões reparadoras a Jesus pela ofensa que tantas vezes seu Sagrado Coração é tão ofendido pelos homens.

Pio XII disse: “Nada proíbe que adoremos o Coração Sacratíssimo de Jesus Cristo, enquanto é participante e símbolo natural e sumamente expressivo daquele amor inexaurível em que, ainda hoje, o Divino Redentor arde para com os homens”.

Essas são as Promessas que Jesus fez:

“No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem nas primeiras sextas feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos a graça do arrependimento final. Eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. sacramentos. O meu coração naquela hora extrema ser-lhe-á seguro abrigo”.

As outras promessas do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1 – Conceder-lhe-ei todas as graças necessárias ao seu estado.
2 – Porei a paz em suas famílias.
3 – Consolá-los-ei nas suas aflições.
4 – Serei seu refúgio na vida e especialmente na hora da morte.
5 – Derramarei copiosas bênçãos sobre suas empresas.
6 – Os pecadores encontrarão no meu Coração a fonte, oceano infinito de misericórdia.
7 – Os tíbios se tornarão fervorosos.
8 – Os fervorosos alcançarão rapidamente grande perfeição.
9 – Abençoarei os lugares onde estiver exposta e venerada a imagem do meu Coração.
10 – Darei aos sacerdotes a força de comover os corações mais endurecidos.
11 – O nome daqueles que propagarem esta devoção ficará escrito no meu Coração e de lá nunca será apagado.

Publicado em Formação Canção Nova (por Prof. Felipe Aquino).

Nada Te Turbe

Publicado em Jovens Leigos Carmelitas.

A história sobre a solenidade de Corpus Christi

Bendito sejais, senhor, Deus do Universo, pelo pão que recebemos da Vossa bondade, fruto da terra e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Pão da vida. Bendito seja Deus para sempre.

Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos da Vossa bondade, fruto da videira e do trabalho humano: que agora Vos apresentamos e que para nós se vai tornar Vinho da Salvação. Bendito seja Deus para sempre.

O que é a solenidade de Corpus Christi

A solenidade de Corpus Christi, indo direto ao ponto, é a festa do Corpo de Cristo, presença real de Jesus na Santa Eucaristia. A base fundamental deste mistério de amor (a Eucaristia) se encontra na Última Ceia (Mt 26,26-29), quando o próprio Jesus instituiu, em memória de sua morte, o supremo e magnífico sacramento de Seu Corpo e Sangue, nos dando o seu Corpo como comida e o seu sangue como bebida.

Gosto particularmente quando, na aclamação memorial da liturgia eucarística, respondemos ao Mistério da Fé: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!” Essa resposta recorda que a eucaristia é o alimento que anima o fiel a se manter em espera vigilante pela vinda de Cristo, além de também indicar que as coisas ainda se encontram incompletas por aqui. Por isso aguardamos – ansiosos – a vinda definitiva do Cristo.

Embora tenha voltado para o Pai e de lá ampara toda humanidade com o Espírito Santo, Jesus quis se fazer presente na hóstia consagrada. Esse amor de Deus pelo homem (e mulher, claro) é tão grande que, não é exagero perguntar mais uma vez: “Que é o homem para que o Senhor se lembre dele?” (salmo 8,5). Nossa retribuição frente a esse amor é mínima, e acontece de várias formas: como na prática dos sacramentos, nas tentativas de viver o Evangelho e, também, rendendo junto da Igreja um culto de latria a Deus.

Latria, Dulia e Hiperdulia

Podemos considerar essa pequena parte como um apêndice do artigo. Contudo eu acredito que fará bem constar.

A Igreja Católica possui três diferentes formas de culto: um assunto não tão disseminado, embora importante, que se faz necessário conhecer para que se possa dar respostas a questionamentos recorrentes. Vejamos:

  1. LATRIA [adorar] – Culto reservado somente a Deus, pois, somente Deus pode ser adorado. Portanto, o Corpo de Cristo, no sagrado sacramento da Eucaristia, deve ser adorado.
  2. DULIA [venerar] – Culto reservado aos Santos e Mártires, pessoas que viveram a Fé em grau heroico e, por isso, deixam o exemplo com suas vidas.
  3. HIPERDULIA [mais que venerar, sem adorar] – Culto reservado a Maria Santíssima. Por ser Mãe de Deus (Theotokos) foi preciso colocar o culto à Virgem em uma posição acima dos santos, mas sem alcançar o limite reservado somente a Deus, a latria.

Santa Juliana de Cornillon

Retornando à história sobre a solenidade de Corpus Christi, vamos começar do início. No século XII. Juliana, uma figura feminina pouco conhecida, mas à qual a Igreja deve um grande reconhecimento, primeiro pela sua santidade de vida, e também pela participação na instituição de uma das solenidades litúrgicas mais importantes do ano, a do Corpus Christi. Santa Juliana de Cornillon, também conhecida como Santa Juliana de Liège, nasceu entre 1191 e 1192 nos arredores de Liège, na Bélgica, época em que nascia também um grande movimento eucarístico, cujo centro foi a Abadia de Cornillon. Este movimento trouxe muitos costumes novos que foram introduzidos nos nossos ritos, como por exemplo a exposição e bênção do Santíssimo Sacramento, o uso dos sinos durante sua elevação na Missa e, enfim, a própria festa do Corpus Christi. Um movimento formado majoritariamente por mulheres que se dedicavam à oração e às obras de caridade.

Juliana ficou órfã com 5 anos de idade e, junto com a sua irmã Inês, foi confiada aos cuidados das monjas agostinianas do convento de Mont-Cornillon, se tornando também ela uma monja agostiniana. Com 16 anos teve uma primeira visão que, depois, se repetiu várias vezes nas suas adorações eucarísticas. A visão apresentava a lua no seu mais completo esplendor, com uma faixa escura que a atravessava. E o Senhor lhe deu a compreensão da visão: a lua simbolizava a vida da Igreja na terra e a faixa escura representava a ausência de uma festa em que os fiéis pudessem adorar a Eucaristia.

Segredos guardados por 20 anos

Juliana guardou durante 20 anos o segredo destas visões, partilhando apenas com outras duas fervorosas adoradoras da Eucaristia: a Beata Eva e Isabel. As três mulheres estabeleceram uma espécie de «aliança espiritual», com o propósito de glorificar o Santíssimo Sacramento. Só depois contaram para o padre João de Lausanne, pedindo que teólogos e eclesiásticos pudessem ajudar na compreensão de tudo aquilo.

Papa Bento XVI escreve que “o que aconteceu com Juliana de Cornillon se repete frequentemente na vida dos Santos: para ter uma confirmação de que uma inspiração vem de Deus, é preciso rezar, saber esperar com paciência, procurar a amizade e o confronto com outras almas boas e submeter tudo ao juízo dos Pastores da Igreja.”

Dom Roberto de Thourotte, bispo de Liège, hesitou no início, mas foi o primeiro a instituir a solenidade do Corpus Christi na sua Diocese. Mais tarde, também outros Bispos o imitaram, estabelecendo a mesma festa nos territórios confiados aos seus cuidados pastorais.

Até aqui tudo ia bem, no entanto as provações não foram poupadas à Juliana. Ela sofreu dura oposição de alguns membros do clero e do próprio superior de quem o seu mosteiro dependia. Então, voluntariamente, Juliana deixou o convento de Mont-Cornillon com algumas companheiras e, durante 10 anos, foi hóspede dos mosteiros cistercienses. Sempre humilde, nunca tinha palavras de crítica ou de repreensão para os seus adversários. Faleceu em 1258. E na cela onde jazia foi exposto o Santíssimo Sacramento.

Transiturus de hoc mundo

Quando Juliana pediu ao seu bispo, Dom Roberto de Thourotte, para que toda a revelação que lhe fora dada pudesse ser submetida aos padres e teólogos, buscando ajuda na compreensão, um desses foi Tiago Pantaleão de Troyes, arquidiácono em Liège e, providencialmente, futuro Papa Urbano IV. O diácono Pantaleão, agora Papa Urbano IV, institui pela bula Transiturus de hoc mundo, de 11 de agosto de 1264, a solenidade do Corpus Christi como festa de preceito para a Igreja universal, na quinta-feira sucessiva ao Pentecostes.

O próprio Pontífice deu o exemplo, celebrando a solenidade do Corpus Christi em Orvieto, cidade onde então residia. Precisamente na Catedral que se conserva – ainda hoje – o corporal com os vestígios do milagre eucarístico ocorrido no ano anterior, 1263, em Bolsena, quando um sacerdote que celebrava a Santa Missa teve dúvidas de que a Consagração da hóstia fosse algo real. No momento de partir a Sagrada Hóstia, viu sair dela sangue, que empapou o corporal (pequeno pano onde se apoiam o cálice e a patena durante a Missa).

A Tradição da Igreja aponta que Urbano IV pediu a São Boaventura e a Santo Tomás de Aquino para que escrevessem um ofício – o texto da liturgia – para a solenidade de Corpus Christi. Quando ambos estavam prontos, o Papa começou a ler, em voz alta, primeiro o ofício feito por Santo Tomás. Enquanto escutava, São Boaventura foi rasgando o seu em pedaços para não concorrer com o ofício de São Tomás de Aquino, o qual achou superior. O ofício de Santo Tomás de Aquino (Tantum Ergo Sacramentum / Tão Sublime Sacramento) é usado desde então. É considerado pela Igreja uma obra-prima, onde se fundem teologia e poesia.

Ofício de Santo Tomás de Aquino para a Solenidade de Corpus Christi: Tantum Ergo Sacramentum

A procissão

Embora cada diocese tivesse suas próprias peculiaridades no rito dessa celebração – sobretudo a partir do século XIV – foi somente no Concílio de Trento (1545-1563) que se alarga e oficializa as práticas mais comuns de como celebrar o Corpus Chisti. Especialmente a procissão com o Santíssimo pelas ruas e lugares públicos, para que, dessa forma, os cristãos pudessem se alegrar pela vitória de Cristo sobre a morte, pois ele esta ali, presente no meio de nós.

Quando se pode, é dever do católico participar dessa Procissão por ser a mais importante de todas que acontecem durante o ano. É a única onde o próprio Senhor sai às ruas para abençoar as pessoas, as famílias e a cidade.

A tradição dos tapetes

A tradição dos tapetes que ornamentam as ruas por onde passa a procissão de Corpus Christi veio de Portugal. No Brasil, a solenidade de Corpus Christi é celebrada desde a época colonial, usando de muita criatividade e cores. Mas foi em Ouro Preto, Minas Gerais, que as ruas começaram a serem enfeitadas para a procissão.

A procissão passa pelo tapete, com o sacerdote à frente, carregando o Santíssimo. Com isso é recordado a alegria que havia na entrada de Jesus em Jerusalém, embora não haja nenhuma ligação com a procissão de ramos, que antecede a Paixão de Cristo.

O pleno sentido da festa

A exemplo do movimento eucarístico que acontecia em Liège, sobretudo no grupo de mulheres que se dedicavam à oração e às obras de caridade, penso que seja exatamente aí que devemos harmonizar a plena realização da festa do Corpus Christi: adorando (latria) o corpo do Senhor na Sagrada Eucaristia e amparando o mesmo Senhor em suas necessidades enquanto escondido no próximo.Diácono Bruno
Colaborador ACN Brasil.

Publicado em ACN ( acn.or.br – Ajuda à Igreja que Sofre).

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Leia mais:

Hino composto por Santo Tomás de Aquino.

ALMA DE CRISTO

Alma de Cristo, santificai-me.

Corpo de Cristo, salvai-me.

Sangue de Cristo, inebriai-me.

Água do lado de Cristo, lavai-me.

Paixão de Cristo, confortai-me.

Ó bom Jesus, ouvi-me.

Dentro de Vossas chagas, escondei-me.

Não permitais que me separe de Vós.

Do espírito maligno, defendei-me.

Na hora da minha morte, chamai-me

e mandai- me ir para Vós,

para que com os vossos Santos Vos louve

por todos os séculos dos séculos.

Ámen.

LATIM

Aspirationes ad Ss.mum Redemptorem (Gratiarum Actio post Missam)

Anima Christi, sanctífica me.

Corpus Christi, salva me.

Sanguis Christi, inébria me.

Aqua láteris Christi, lava me.

Pássio Christi, confórta me.

O bone Iesu, exáudi me.

Intra tua vúlnera abscónde me.

Ne permíttas me separári a te.

Ab hoste malígno defénde me.

In hora mortis meae voca me.

Et iube me veníre ad te,

ut cum Sanctis tuis laudem te

in saécula saeculórum.

Amen

Fonte:  https://www.nadateespante.com/products/alma-de-cristo-/

As 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus

A devoção ao Sagrado Coração de um modo visível aparece em dois acontecimentos fortes do Evangelho: no gesto de São João, discípulo amado, encostando a sua cabeça em Jesus durante a Última Ceia (cf. Jo 13,23); e, na cruz, onde o soldado abriu o lado de Jesus com uma lança (cf. Jo 19,34).

Num acontecimento, temos o consolo de Cristo pela dor na véspera de Sua morte. No outro, o sofrimento causado pelos pecados da humanidade. Esses dois exemplos do Evangelho nos ajudam a entender o apelo de Jesus feito, em 1675, a Santa Margarida Maria Alacoque:

Foto Ilustrativa: by Getty Images/ IsraelBrum

“Eis este coração que tanto tem amado os homens. Não recebo da maior parte senão ingratidões, desprezos, ultrajes, sacrilégios e indiferenças. Eis que te peço que a primeira sexta-feira depois da oitava do Santíssimo Sacramento (Corpo de Deus) seja dedicada a uma festa especial para honrar o Meu coração, comungando, neste dia, e dando-lhe a devida reparação por meio de um ato de desagravo para reparar as indignidades que recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares. Prometo-te que o Meu Coração se dilatará para derramar com abundância as influências de Seu divino amor sobre os que tributem essa divina honra e que procurem que ela lhe seja prestada.”

São João Paulo II e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

São João Paulo II sempre cultivou essa devoção e sempre a incentivou a todos que desejam crescer na amizade com Jesus. Em 1980, no dia do Sagrado Coração, ele afirmou: “Na solenidade do Sagrado Coração de Jesus, a liturgia da Igreja concentra-se, com adoração e amor especial, em torno do mistério do Coração de Cristo. Quero, hoje, dirigir, juntamente convosco, o olhar dos nossos corações para o mistério desse coração. Ele falou-me desde a minha juventude. A cada ano, volto a esse mistério no ritmo litúrgico do tempo da Igreja”.

Agora, conheça as 12 promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:

1° Promessa: “A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de Meu Sagrado Coração”;

2° Promessa: “Eu darei aos devotos de Meu Coração todas as graças necessárias a seu estado”;

3° Promessa: “Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias”;

4° Promessa: “Eu os consolarei em todas as suas aflições”;

5° Promessa: “Serei refúgio seguro na vida e principalmente na hora da morte”;

6° Promessa: “Lançarei bênçãos abundantes sobre os seus trabalhos e empreendimentos”;

7° Promessa: “Os pecadores encontrarão, em meu Coração, fonte inesgotável de misericórdias”;

8° Promessa: “As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção”;

9° Promessa: “As almas fervorosas subirão, em pouco tempo, a uma alta perfeição”;

10° Promessa: “Darei aos sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos”;

11° Promessa: “As pessoas que propagarem esta devoção terão o seu nome inscrito para sempre no Meu Coração”;

12° Promessa: “A todos os que comunguem, nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna”.

Publicação em Formação Canção Nova.

Leia mais:
::Por que entronizar o quadro de Jesus misericordioso na nossa casa?

As Promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque

Junho é o mês dedicado ao Sagrado Coração de Jesus

As Promessas do Sagrado Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque

Pelos anos de 1673 / 1675 Santa Margarida Maria Alacoque, freira do convento da Visitação de Santa Maria, em Paray-le-Monial, na França, teve visões e revelações do Sagrado Coração de Jesus. Ele mostrou a Margarida o grande amor que tem pelos homens e seu ardente desejo de salvar os pecadores: “Eles encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias”Porém, Jesus queixou-se também das ofensas e menosprezos a Ele feitos. Lamentou a frieza e desdém diante de sua presença na Eucaristia e sua dor por causa dos ultrajes e abandonos ao Sagrado Coração.Na noite do dia 16 de junho de 1675, enquanto Margarida rezava diante do Santíssimo Sacramento, Jesus apareceu-lhe.Depois de um pequeno diálogo, apontou para seu Divino Coração e disse à piedosa religiosa: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que não poupou nada até esgotar-se e consumir-se, para testemunhar-lhes seu amor. Como reconhecimento, não recebo da maior parte deles senão ingratidões…”Misericórdia e perdão…Nosso Senhor manifestou a Santa Margarida a grandeza infinita de seu amor. Apesar das ofensas, das indiferenças e ingratidões da humanidade, Jesus abriu seu Coração e mostrou a Margarida seu desejo de atrair a si todos os homens oferecendo-lhes sua misericórdia. Para as almas onde abundava o pecado, Ele apresentava a superabundância do perdão e da graça. (Rom.5,20) Pediu que a primeira sexta-feira depois da oitava da festa do Santíssimo Sacramento fosse dedicada especialmente para honrar o Sagrado Coração de Jesus. Que nesse dia se comungasse e fosse feito um ato de reparação e desagravo pelas ofensas feitas ao Divino Coração presente no Santíssimo Sacramento.… esperança e confiança!“Meu Coração se dilatará para distribuir com abundância as influências de seu divino amor sobre aqueles que lhe prestem culto e que procurem que este culto Lhe seja prestado”. Esta devoção será como a manifestação do último esforço do amor de Jesus Cristo para com a humanidade. Ele deseja “favorecer os homens nestes últimos séculos desta redenção amorosa, para livrá-los do império de satanás, o qual Ele pretendia arruinar”.

Sagrado Coração de Jesus – Confio e Espero em Vós! Detém-te! Alto lá!

O Sagrado Coração de Jesus está comigo Venha a nós o Vosso Reino! O uso deste emblema foi um dos pedidos feitos por Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque: “Jesus deseja que se mande fazer escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que todos aqueles que queiram oferecer-lhe uma homenagem, os coloquem em suas casas; e mandou que fossem feitos escudos menores para as pessoas levarem consigo”. O que é o Escudo do Sagrado Coração de Jesus? É um emblema no qual está estampada a imagem do Sagrado Coração de Jesus com as seguintes frases: Detém-te! O Coração de Jesus está comigo. Venha a nós o Vosso Reino.Ele é conhecido também como “detém-te” ou escapulário do Sagrado Coração de Jesus. Seu uso foi um dos pedidos feitos por Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque:“Jesus deseja que se mande fazer escudos com a imagem de seu Sagrado Coração, a fim de que todos aqueles que queiram oferecer-lhe uma homenagem, os coloquem em suas casas; e mandou que fossem feitos escudos menores para as pessoas levarem consigo”. Foi daí que nasceu o costume de trazer junto a si pequenos Escudos do Coração de Jesus. Seu uso é sinal de nossa confiança na proteção de Jesus contra os assaltos do inimigo infernal e de todo mal. Em nome de Jesus, ordenamos ao demônio e ao mal que se detenham, que se afastem de nós.

As doze promessas do Coração de Jesus para quem praticar essa devoção: 

1. Eu darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias a seu estado.

2. Estabelecerei e conservarei a paz em suas famílias.

3. Eu os consolarei em todas as suas aflições.

4. Serei seu refúgio seguro na vida, e principalmente na hora da morte.

5. Lançarei bênçãos abundantes sobre todos os seus trabalhos e empreendimentos.

6. Os pecadores encontrarão em meu Coração fonte inesgotável de misericórdias.

7. As almas tíbias tornar-se-ão fervorosas pela prática dessa devoção.

8. As almas fervorosas subirão em pouco tempo a uma alta perfeição.

9. A minha bênção permanecerá sobre as casas em que se achar exposta e venerada a imagem de meu Coração.

10. Darei aos Sacerdotes que praticarem especialmente essa devoção o poder de tocar os corações mais endurecidos.

11. As pessoas que propagarem essa devoção terão seus nomes inscritos para sempre no meu Coração.

12. A todos os que comungarem nas primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos, darei a graça da perseverança final e da salvação eterna.

Novena ao Sagrado Coração de Jesus1. Ó meu Jesus, que dissestes: “Em verdade vos digo: pedi e recebereis, procurai e achareis, batei e servos-á aberto”, eis que eu bato, procuro e peço a graça…Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós!2. Ó meu Jesus, que dissestes: “Em verdade vos digo: qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá”, eis que a vosso Pai, no vosso nome, eu peço a graça…Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós!3. Ó meu Jesus, que dissestes: “Em verdade vos digo: passarão o Céu e a Terra, mas as minhas palavras, jamais”, eis que, apoiado na infalibilidade de vossas santas palavras, eu peço a graça…Pai-Nosso, Ave-Maria, Glória.Sagrado Coração de Jesus, confio e espero em Vós!

Ó Sagrado Coração de Jesus, a Quem uma única coisa é impossível, isto é, a de não ter compaixão dos infelizes, tende piedade de nós, míseros pecadores, e concedei-nos as graças que Vos pedimos por intermédio do Coração Imaculado da vossa e nossa terna Mãe. São José, amigo do Sagrado Coração de Jesus, rogai por nós. Salve Rainha.

Publicado em

Publicado em Campanha Vinde Nossa Senhora de Fátima, não tardeis! (www.fatima.org.br)

A Grande Promessa do Sagrado Coração de Jesus – Nove Primeiras Sextas-Feiras (O Imaculado Coração Triunfará)

A Grande Promessa – Nove Primeiras Sextas-Feiras

 

comunhãpo

A todos os que comungarem na primeira sexta-feira em nove meses consecutivos, eu prometo a graça da penitência final: Eles não morrerão no meu desagrado, mas receberão os santos sacramentos, e o meu coração será para eles asilo seguro naquele momento extremo”.

 

Estas explicações foram tiradas do livro: “A GRANDE PROMESSA do Sacratíssimo Coração de Jesus,  Frei Salvado do Coração da Jesus Terceiro dos Menores Capuchinhos, com a  tradução do italiano, com autorização do autor por uma zeladora do Apostolado da Oração.

TODOS NO CÉU

“Todos no céu” – exclamava São Francisco de Assis convidando os fiéis a entrarem na igreja de Santa Maria dos Anjos, quando obteve do Sumo Pontífice a indulgência chamada da Porciúncula.

“Todos no céu” – podem também exclamar alegres, e com muita razão, os devotos do Santíssimo Coração de Jesus, porque o mesmo Coração de Jesus lho prometeu.

Que alegria, que felicidade ter certeza moral da própria salvação! Que podemos desejar mais? Nada, absolutamente nada, porque este pensamento: estou salvo, enche a alma e o coração de tamanha satisfação, que se não pode desejar e nem mesmo imaginar coisa melhor. Vamos às perguntas:

PERGUNTA – Quando e a quem fez o Sagrado Coração esta Grande Promessa?

RESPOSTA – Na realidade o Sagrado Coração de Jesus fez doze consoladoras promessas a favor dos seus devotos; nós, porém, somente queremos falar na Grande Promessa, porque esta é como um resumo e coroa de todas as outras. Para manifestar o seu amor, o Coração abençoado de Jesus escolheu uma jovem, uma virgem, Margarida Maria de Alacoque, desconhecida do mundo, mas muito querida por Deus.

Esta donzela feliz contava vinte e seis anos, professando, desde um ano, no mosteiro da Visitação de Paray-le-Monial, na França. Três vezes quis Jesus consolar a sua amada com sua presença. A primeira vez foi no dia 27 de dezembro de 1673; a segunda, na oitava de “Corpo de Deus”. Numa dessas aparições, na segunda, parece, enquanto a jovem estava em dulcíssimo êxtase, recolhida e imóvel, com os braços cruzados no peito, com a face irradiada pela chama interior, uma luz celeste, vista somente por ela, iluminava o altar, e através das grades ela viu o Coração… Estava este coração completamente cercado de chamas e rodeado por uma coroa de espinhos, transpassado por uma profunda ferida, todo ensanguentado e encimado por uma cruz. Margarida – disse Jesus, dirigindo-se à jovem – eu te prometo na excessiva misericórdia do meu coração dar penitência final a todos os que comungarem na primeira sexta-feira em nove meses consecutivos… Eles não morrerão no meu desagrado, nem sem receber os Sacramentos, tornando-se meu Coração refúgio para eles naqueles transes extremos.

Se essa grande e solene promessa não tivesse saído dos próprios lábios do Homem Deus, poder-se-ia, talvez, duvidar de sua autenticidade, por ser demasiado extraordinária, por parecer impossível que com tão pouca coisa, com nove comunhões somente, o cristão possa adquirir o direito de entrar na glória do céu. Daí, mais a seguinte pergunta:

PERGUNTA – Que é que se deve fazer para alcançar esta graça extraordinária?

RESPOSTA – Nada mais que o que disse Jesus, isto é, aproximar-se, com as devidas disposições da Santa Mesa Eucarística, nas primeiras sextas-feiras de cada mês, por nove meses consecutivos.

PERGUNTA – E teremos também a certeza de receber os Sacramentos antes de morrer?

RESPOSTA – Sem dúvida, se os Sacramentos forem necessários para se conseguir a salvação, mesmo que o fiel esteja em estado de graça, a Igreja, recomenda a recepção devota dos Sacramentos. O certo é: o devoto do Sagrado Coração, não morrerá no desagrado de Deus.

PERGUNTA – Mas se depois de ter feito as nove sextas-feiras com as devidas disposições o cristão perdesse a sua devoção, que pensar dessa pobre alma?

RESPOSTA – Deve-se pensar que o Coração de Jesus terá tido compaixão dessa pobre alma, a qual, em seus últimos momentos de vida, terá achado o seu refúgio seguro neste Coração. De fato, Jesus prometeu, sem exceção alguma, a graça da penitência final a todos os que tenham comungado na primeira sexta-feira em nove meses seguidos; daí se crer que, no excesso de misericórdia do seu Coração, terá iluminado e tocado essa alma nos seus últimos transes com a sua graça de modo a poder fazer um ato de contrição perfeita. Assim e não de outro modo é que se deve pensar, porque Jesus é fiel em suas promessas. Direi ainda mais, que se para se salvar aquela alma fosse necessário um milagre, não há dúvida alguma que Jesus o faria, faria este excesso de misericórdia com a onipotência de seu Coração.

Ademais, a experiência o tem provado, que quem teve a perseverança de fazer em honra do Sagrado Coração de Jesus, nove comunhões em nove meses consecutivos, sem nunca interrompê-la, dificilmente abandonará esta pia devoção. As mais das vezes, até sucede que estes devotos acabam por não só comungar nas primeiras sextas-feiras de cada mês como também em todas as sextas-feiras do ano, não sendo raro o caso em que acabam por comungar todos os dias. E não é de admirar, porque Jesus veio à terra para trazer o fogo do divino amor, e nada mais deseja que este fogo se acenda e arda em todos os corações.

PERGUNTA – Se alguém interromper as nove sextas-feiras por motivo justo, deverá começar de novo?

RESPOSTA – Sim, porque a condição posta pelo Sagrado Coração é expressa de um modo claro e preciso; é indispensável, portanto, comungar nas nove primeiras sextas-feiras de nove meses consecutivos.

PERGUNTA – Quem fizesse as nove comunhões com a intenção de garantir o céu, pensando, entretanto, consigo mesmo, de continuar a pecar, poderia ele ter confiança nesta grande promessa do Sagrado Coração de Jesus?

RESPOSTA – Certamente que não e até cometeria muitos sacrilégios, porque, quem se aproxima dos Santos Sacramentos, deve ter firme intenção e vontade decidida de abandonar o pecado. Não é a mesma coisa ter medo de tornar a ofender a Deus por causa da nossa fraqueza e a calamidade da intenção de continuar a cometer pecados. No primeiro caso a misericórdia de Deus nos abre seus braços e nos concede o perdão; no segundo, porém, ela se irrita e fica por assim dizer impelida a castigar.

PERGUNTA – Mas se depois de ter feito bem e com as devidas disposições as nove primeiras sextas-feiras, com o andar do tempo alguém se tornasse mau e perverso, poderia esse salvar-se ainda?

RESPOSTA – A isso já foi respondido na 5ª pergunta, mas repeti-lo-emos de novo: Jesus é fiel em suas promessas, e não poderá permitir que, quem tiver feito as nove sextas-feiras, com a preparação devida, venha a perder a alma.

 PERGUNTA – Poderia indicar-nos quais são as devidas disposições para fazer bem as nove primeiras sextas-feiras a fim de merecer a graça da Grande Promessa?

RESPOSTA – Para merecer a graça da Grande Promessa é necessário: 1) receber nove vezes a Santa Comunhão; 2) na primeira sexta-feira de cada mês; 3) e isto por nove meses consecutivos; 4) aproximar-se da Sagrada Mesa, não só em estado de graça e sem más intenções, mas, ainda, com a intenção de honrar de modo especial o Sagrado Coração de Jesus, que pediu estas comunhões em reparação da ingratidão e de abandono de que é vítima por parte de tantas almas; 5) renovar em cada comunhão a intenção de cumprir a devoção das nove sextas-feiras, a fim de obter o fruto da Grande Promessa, isto é, da penitência final.

A CHAVE DO CÉU

Alma cristã, queres de hoje em diante viver segura, garantindo o importante negócio da tua salvação eterna? Queres adquirir o direito à glória eterna do céu? Pois bem, tu já’ viste que o Sagrado Coração de Jesus, no excesso da misericórdia do seu amor, pôs em tuas mãos a chave de ouro que te abrirá as portas do céu, no último instante de tua vida. Esta chave de ouro está à tua disposição, basta que o queiras, basta que faças as nove sextas-feiras em honra do Sacratíssimo Coração de Jesus. Podia bem o bom Jesus liberalizar-te, melhor do que assim, a salvação de tua alma? Grata e reconhecida, prostra-te a seus pés, agradece-Lhe de todo o coração por ter posto a teu dispor um meio tão fácil de salvação e promete-Lhe que hás de começar já esta devoção. Feliz de ti se perseverares: o Paraíso será teu galardão porque bem o sabes, Jesus é fiel em suas promessas.”

Publicado em O Imaculado Coração Triunfará.

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus – 28 de junho de 2019 – “Por que uma Festa ao Sagrado Coração de Jesus? Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus?” – São Pedro Julião Eymard (Cléofas)

Fonte (imagem): Apostolado Beata Imelda & Eucaristia

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Veja o que nos explica um grande santo da nossa Igreja…

Por que uma Festa ao Sagrado Coração de Jesus? 

A finalidade da Festa do Sagrado Coração de Jesus é honrar, mais fervorosa e ardentemente, o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.

A fim de penetrar no espírito da devoção para com o Coração de Jesus, é mister, portanto, honrar os sofrimentos passados do Salvador e reparar as ingratidões de que é diariamente saturado na Eucaristia.

Quão profundas foram as dores do Coração de Jesus!

Todas as provocações convergiram para Ele. Foi cumulado de humilhações, ferido pelas mais revoltantes calúnias, que procuravam roubar-lhe a honra; foi saciado de opróbrios e coberto de desprezos. Apesar de tudo isto, porém, ofereceu-se voluntariamente, sem a mais leve queixa. Seu amor foi mais forte que a morte, e as torrentes da desolação não conseguiram arrefecer-lhe o ardor.

Essas dores já terminaram, sem dúvida, mas, desde que Jesus as suportou por nós, o nosso reconhecimento deve persistir, e compete ao nosso amor honrá-las como se estivessem presentes aos nossos olhos.

As razões que determinaram a instituição da Festa do Sagrado Coração de Jesus, e o modelo pelo qual Jesus manifestou seu Coração, ensinam-nos que é na Eucaristia que O devemos honrar, pois é aí que O encontramos na plenitude de seu amor.

Foi diante do Santíssimo Sacramento exposto que Santa Margarida Maria recebeu as revelações do Sagrado Coração; foi na Hóstia Santa que Jesus se lhe apresentou com o Coração entre as mãos, dizendo estas adoráveis palavras, o mais eloquente comentário de sua presença eucarística: “Eis o Coração que tanto amou os homens”.

E o Nosso Senhor, aparecendo à venerável Madre Mectilde, fundadora de um Instituto de Adoradoras, recomendou-lhe que honrasse e amasse com ardor possível o seu Sagrado Coração no Santíssimo Sacramento, e Lho deu como penhor de seu amor para lhe servir de refúgio durante a vida e consolação na hora da morte.

Ó Jesus, sede minha luz, minha nuvem luminosa no deserto deste mundo, meu único Senhor, pois não quero outro! Sede minha única ciência. Fora de Vós, tudo é nada para mim.

“Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus?”

A devoção ao Coração de Jesus tem um duplo objetivo. Principalmente, honrar, pela adoração e o culto público, o Coração de carne de Jesus Cristo, e, depois, o amor infinito de que este coração se abrasou por nós desde a sua criação, e que ainda O consome no Sacramento de nossos altares.

Tudo o que pertence à pessoa do Filho de Deus é infinitamente digno de veneração. A menor parcela de seu Corpo, uma gotazinha de seu Sangue, merece as adorações do Céu e da Terra. Até mesmo as coisas desprezíveis em si mesmas se tornam veneráveis ao mero contato com sua Carne, tais como a cruz, os cravos, os espinhos, a esponja, a lança e todos os instrumentos de seu suplício.

Quanto não se deve, pois, venerar seu Coração, cuja excelência se baseia na sublimidade das funções que exerce, na perfeição dos sentimentos que produz e das ações que inspira!

Poucas pessoas meditam nas virtudes, na vida, no estado de Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento. Quantas O consideram como uma estátua, e pensam que Ele aí está somente para nos perdoar e receber as nossas súplicas. É um erro. Nosso Senhor aí vive e opera. Contemplai-O, estudai-O, imitai-O!

Podemos dirigir ao Divino Coração de Jesus as orações, homenagens e adorações que oferecemos ao próprio Deus.

Ah! Quanto se enganam os que, ouvindo estas palavras: “Ó Coração de Jesus”, dirigem todos os seus pensamentos ao órgão material, considerando esse Coração um membro sem vida e sem amor, tratando-O apenas como relíquia santa.

Enganam-se ainda os que pensam que esta devoção divide Jesus Cristo, e, assim, restringem ao seu Coração um culto que deve ser prestado à sua Pessoa toda. Não se convencem de que não excluímos as outras partes do composto divino do Homem-Deus, quando honramos o Coração de Jesus, porquanto, venerando-Lhe o Coração, queremos celebrar todos os atos, a vida total de Jesus Cristo, que é a manifestação exterior de seu Coração.

Ao Coração de Jesus, vivo no Santíssimo Sacramento, honra, louvor, adoração e realeza por todos os séculos dos séculos! (cf. Ap 5,12-13).

Cerquemos portanto a Eucaristia de nossas adorações, de nosso amor.

Assim como se formam no sol e dele se irradiam os raios ardentes que fertilizam a terra e conservam a vida, do mesmo modo é do coração que emanam as doces e fortes influências que comunicam o calor vital e o vigor a todos os membros do corpo.

Se o corpo enfraquece, o corpo todo definha; se o coração sofre, os membros sofrem também, os órgãos não funcionam regularmente e o organismo todo se abala.

A função do Coração de Jesus foi vivificar, fortificar, sustentar todos os seus membros, órgãos e sentidos, por influências contínuas, como o princípio das ações, dos afetos, das virtudes e de toda a sua vida do Verbo Encarnado. É que o coração, no dizer dos filósofos, é o foco do amor, e visto que foi o amor o móvel da vida de Jesus, é ao seu Coração que devemos referir todos os seus mistérios e todas as suas virtudes.

Assim como os olhos veem e os ouvidos ouvem, o coração ama. É o órgão da alma na produção dos afetos e do amor, tanto que, na linguagem vulgar, confundem-se estas duas expressões, designando-se o coração para exprimir o amor e este para significar aquele.

Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus? Ela se divide entre o Pai Celeste e nós.

Protege-nos, e, enquanto encerrado numa Hóstia frágil, o Salvador parece dormir o sono da impotência, o seu Coração vela. “Ego dormio et cor meum vigilat” (Ct 5,2).

Vela quando pensamos n’Ele e quando não pensamos. Não tem repouso; dirige constantemente ao Pai clamores de perdão em nosso favor. Jesus nos encobre com o Coração e nos preserva dos golpes da cólera divina provocada por nossos incessantes pecados. Seu Coração aí está como sobre a Cruz, aberto e deixando correr sobre as nossas cabeças torrentes de graça e de amor. Aí está para nos defender dos nossos inimigos, qual mãe que, a fim de proteger o filho de um perigo, o estreita ao coração para que ele somente seja atingido depois dela.

“E mesmo que a mãe esquecesse o filho, nos diz Jesus, jamais vos esquecerei!” (Is 49,15).

Conservai-vos, portanto, bem pequenino sobre o Coração do Divino Mestre, como a criancinha, amedrontada, se refugia no regaço materno.

São Pedro Julião Eymard

Fonte: Cleófas – “Por que uma Festa ao Sagrado Coração de Jesus?”  …  “Quereis conhecer a vida do Coração de Jesus?”

A grande mensagem do Coração de Jesus

Depois da Páscoa, a Igreja coloca várias festas importantes. Hoje comemoramos o Sagrado Coração de Jesus, que tem o intuito de honrar o amor de Jesus Cristo sofrendo e instituindo o Sacramento de seu Corpo e Sangue.

Confira uma palavra do Prof. Felipe Aquino sobre esta festa tão importante:

Por Prof. Felipe Aquino (Cléofas).

Leia também: 

Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?

A grande promessa do Coração de Jesus : “No extremo da misericórdia do meu Coração onipotente, concederei a todos aqueles que comungarem nas primeiras sextas-feiras de cada mês, durante nove meses consecutivos a graça do arrependimento final. Eles não morrerão sem a minha graça e sem receber os SS. sacramentos. O meu coração naquela hora extrema ser-lhe-á seguro abrigo”. As outras promessas [11] do Coração de Jesus a Santa Margarida Maria Alacoque.

Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança

Meditando sobre o Sagrado Coração de Jesus

Por que ser devoto ao Sagrado Coração de Jesus?

Coroinha ao Sagrado Coração de Jesus

10 curiosidades sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Publicado em Cléofas.

 

NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS (Derradeiras Graças)

A Solenidade ou Festa do Sagrado Coração de Jesus, de acordo com o calendário litúrgico, está prevista para o dia 28 de junho de 2019.

NOVENA AO SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS

Oração Preparatória para todos os dias

Oh! Coração diviníssimo de meu amado Jesus, em quem a Santíssima Trindade depositou tesouros imensos de celestiais graças!
Concedei-me um coração semelhante a Vós mesmo, e a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, vosso sagrado culto e bem de minha alma. Amém.
Rezar a oração do dia que corresponda.

Primeiro Dia
Oração:
Oh! Coração Sacratíssimo e poderoso de Jesus, que, com fervorosíssimos desejos e ardentíssimos amor, desejais corrigir e desterrar a secura e fraqueza de nossos corações!
Inflamai e consume as maldades e imperfeições do meu, para que se abrase em vosso amor; Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra Vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias em reverência as três insígnias da Paixão com que se mostrou o Sagrado Coração a Santa Margarida de Alacoque e as orações finais.

Segundo Dia
Oração:
Oh! Coração amabilíssimo de Jesus, celestial porta por onde nós chegamos a Deus e Deus vem a nós!
Dignai-vos estar atento a nossos desejos e amorosos suspiros, para que, entrando por vos na casa de vosso Eterno Pai, recebamos suas celestiais bençãos e copiosas graças para amar-vos.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Terceiro Dia
Oração:
Oh! Coração Santíssimo de Jesus, caminho para a mansão eterna e fonte de águas vivas! Concedei-me que siga vossas sendas retíssimas para a perfeição e para o céu, e que beba de vós a água doce e saudável da verdadeira virtude e devoção, que apaga a sede de todas as coisas temporais.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quarto Dia
Oração:
Oh! Coração puríssimo de Jesus, espelho cristalino em quem resplandece toda a perfeição!
Concedei-me que eu possa contemplar-vos perfeitamente, para que aspire a formar em meu coração a vossa semelhança, na oração, na ação e em todos os meus pensamentos, palavras e obras.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Quinto Dia
Oração:
Oh! Coração dulcíssimo de Jesus, parte da Trindade venerada, por quem se tornam perfeitas todas as nossas obras!
Eu vos ofereço as minhas, ainda que tão imperfeitas, para que suprindo vós a minha negligência, possam parecer muito perfeitas e agradáveis ante o divino acatamento.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sexto Dia
Oração:
Oh! Coração amplíssimo de Jesus, templo sagrado onde me mandais que habite com toda minha alma, potencias e sentidos!
Graças vos dou pela inexplicável quietude. Sossego e alegria que eu tenho achado neste templo maravilhosos da paz, onde descansarei eternamente.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Sétimo Dia
Oração:
Oh! Coração clementíssimo de Jesus!, divino propiciatório, pelo qual ofereceu o Eterno Pai que ouviria sempre nossas orações, dizendo: “Peça-me pelo Coração de meu amantíssimo Filho Jesus; por este Coração te ouvirei, e alcançarás quanto me peças”.
Apresento através de Vós a vosso Eterno Pai todos os meus pedidos, para conseguir o fruto que desejo.

Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Oitavo Dia
Oração:
Oh! Coração amantíssimo de Jesus, trono ígneo e lucidíssimo, inflamado no amor dos homens, a quem desejais abrasados mutuamente em vosso amor!
Eu desejo viver sempre respirando chamas de amor divino em que me abrase, e com que acenda a todo o mundo, para que nós correspondamos a vós amorosos e obsequiosos.
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma.
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Nono Dia
Oração:
Oh! Coração dolorosíssimo de Jesus, que para abrandar nossa dureza e fazer mais patente o amor com que padecestes tantas dores e penas para salvar-nos, vós quisestes nos mostrar a cruz, a coroa de espinhos e ferida da lança, com que vos manifestastes paciente e amante ao mesmo tempo!
Dai-me a graça de ressarcir as injúrias e ingratidões feitas contra vós.
Oh! amantíssimo Coração!,concedei-me a graça que vos peço nesta novena, se é para maior glória de Deus, culto vosso e bem de minha alma. Amém
Três Pai-Nossos e três Ave-Marias e as orações finais.

Orações Finais

Oração ao Pai Eterno
Oh! Pai Eterno! Por meio do Coração de Jesus, minha vida, minha verdade e meu caminho, chego a vossa Majestade; por meio deste adorável Coração, vos adoro por todos os homens que não vos adoram; vos amo por todos os que não vos amam; vos conheço por todos os que, voluntariamente cegos, não querem conhecer-vos.
Por este diviníssimo Coração desejo satisfazer a vossa Majestade por todas as obrigações que vos tem todos os homens; vos ofereço todas as almas redimidas com o precioso sangue de vosso divino Filho, e vos peço humildemente a conversão de todas pelo o mesmo suavíssimo Coração.
Não permitais que seja por mais tempo ignorado por elas o meu amado Jesus; fazei que vivam por Jesus, que morreu por todas elas.
Apresento também a vossa Majestade, por este Santíssimo Coração, vossos servos, meus amigos, e vos peço que concedeis seu Espírito Santo, para que, sendo seu protetor o mesmo Santíssimo Coração, mereçam estar convosco eternamente. Amém.
Fazer aqui o pedido que se deseja obter com esta novena.

Oração:

Oh! Coração diviníssimo de Jesus, digníssimo da adoração dos homens e dos anjos!
Oh! Coração inefável e verdadeiramente amável, digno de ser adorado com infinitas glórias, por ser fonte de todos os bens, por ser origem de todas as virtudes, por ser o objeto em quem mais se agrada toda a Santíssima Trindade entre todas as criaturas!
Oh! Coração dulcíssimo de Jesus! eu profundíssimamente vos adoro com todas as forças de meu pobre coração, eu vos adoro, eu vos ofereço as adorações todas dos mais amantes serafins e de toda vossa corte celestial e todas as que vos pode dar o Coração de vossa Mãe Santíssima. Amém.

Publicado em Derradeiras Graças.

Sagrado Coração de Jesus – Solenidade Litúrgica

Solenidade litúrgica do Sagrado Coração de Jesus

O mês de junho é dedicado ao Sagrado Coração de Jesus, cuja solenidade litúrgica celebramos dia 23 deste mês.

– Por que a Igreja Católica instituiu esta festa?

– Porque o Sagrado Coração de Jesus pediu essa celebração. Foi assim: Jesus apareceu a Santa Margarida Maria com o divino Coração em chamas. Reafirmou seu amor por nós, mas, queixou-se das ofensas que recebe na Eucaristia.

“Por isso te peço – disse Jesus a Santa Margarida – que a primeira Sexta-Feira depois da Oitava do Santíssimo Sacramento seja dedicada a uma festa especial para honrar o meu Coração, oferecendo-Lhe pública reparação, comungando nesse dia para reparar as indignidades que Ele recebeu durante o tempo em que esteve exposto sobre os altares; e prometo-te que o meu Coração se dilatará para espalhar com abundância o seu divino amor sobre aqueles que Lhe prestarem esta homenagem”.

Vamos, pois, celebrar com especial amor esse dia com Hora Santa ainda, com a comunhão reparadora com a renovação de sua consagração ao Sagrado Coração de Jesus.

A Igreja declarou que a festa do Sagrado Coração de Jesus, seja também, o dia de orações pela santificação dos sacerdotes. Vamos inclui-los em nossa oração.

A Igreja concede uma indulgência plenária sob as seguintes condições:
1.Confissão sacramental;
2.Comunhão sacramental;
3.Rezar o Pai Nosso e a Ave Maria diante do Santíssimo nas intenções do Papa.
4.Fazer ou renovar, mesmo em particular, a promessa de guardar fielmente os Estatutos do Apostolado da Oração (AO).

Em Cristo.

Pe.Otmar Jacob Schwengber. SJ
Diretor Espiritual do AO na Arquidiocese de Florianópolis

Publicado em Apostolado da Oração – Arquidiocese de Florianópolis.

Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

Sagrado Coração de Jesus: fonte de toda consolação

Leia atentamente este artigo e deixe-se envolver por esta meditação:

Fonte de toda a Consolação

Neste mês de junho, dedicado ao divino Coração, convido-o, caro leitor, a tomar algumas dessas invocações, procurando penetrar a mensagem de amor contida nelas.

“Eis o Coração que tanto amou os homens”

Numa de suas aparições a Santa Margarida Maria, Nosso Senhor mostrava- se transbordante de luz e com uma expressão repleta de bondade e misericórdia. Apontando seu próprio Coração, Ele transmitiu-lhe esta queixa afetuosa: “Eis o Coração que tanto amou os homens, que nada poupou até Se esgotar e consumir para lhes testemunhar seu amor, e que, como retribuição, da maior parte só recebe ingratidões”.

Como essa revelação deveria deixar- nos consternados! É verdade que Ele nos ama acima de toda medida e que é impossível a cada um de nós, simples criatura, retribuir com igual intensidade. Entretanto, a questão é saber se nós O amamos tanto quanto nos permite nossa capacidade de amar. Certamente, se nos entregássemos por inteiro a seu amor, ajudados por sua graça, nosso coração palpitaria em uníssono com o d’Ele, nós nos enterneceríamos com Ele, sentiríamos como Ele e – por que não? – sofreríamos por Ele.

Esse deve ser o anelo da alma católica.

Façamos, pois, da leitura destas palavras algo mais que um puro exercício intelectual. Transformemo-la em um ato de amor.

Leia também: Meditando sobre o Sagrado Coração de Jesus

As revelações do Coração de Jesus encorajam o pecador à confiança

Qual a origem da devoção ao Sagrado Coração de Jesus?

A grande promessa do Coração de Jesus

“Coração de Jesus, fornalha ardente de Caridade”

Esta belíssima jaculatória não se contenta de comparar esse amor – caritas, caridade – tão intenso com uma fornalha, mas acentua ser uma fornalha ardente. Esplêndida imagem de sua divina Paixão, não só pela humanidade em seu conjunto, mas também por todos os seus filhos e filhas, individualmente considerados.

Assim relata Santa Margarida Maria como lhe foi revelado esse amor: “Uma vez, estando exposto o Santíssimo Sacramento, apareceu Jesus Cristo todo resplandecente de glória, com suas cinco chagas brilhando como sóis, e sua sagrada humanidade lançando labaredas de todos os lados, mas sobretudo de seu adorável peito, que parecia uma fornalha.

Abrindo-o, Ele descobriu-me seu amabilíssimo e amantíssimo Coração, que era a fonte viva das chamas. Mostrou- me então as inexplicáveis maravilhas de seu puro amor e o excesso a que tinha chegado no amor aos homens, dos quais só recebia ingratidões e friezas”.

“Foi isso”, disse Ele a Santa Margarida, “o que mais Me doeu de todos os sofrimentos que tive em minha Paixão, ao passo que, se Me retribuíssem com algum amor, consideraria pouco tudo o que fiz por eles. Se fosse possível, quereria ainda ter feito mais. Mas os homens têm apenas frieza e recusa para com todas as minhas solicitudes de lhes fazer bem. Dá-Me tu, pelo menos, esse prazer de suprir-lhes as ingratidões, conforme tuas possibilidades”.

Oxalá esse apelo de Jesus encontre excelente acolhida, não apenas na alma das pessoas especialmente devotas do Sagrado Coração, mas também na de todos os católicos, despertando em cada um o desejo de oferecer a nosso amoroso Redentor digna reparação por tanta frieza. Que cada um, a exemplo de Simão Cireneu, ajude-O a carregar a cruz dos esquecimentos e das ingratidões. Será esta a melhor maneira de combater a tibieza que, às vezes, torna moroso nosso progresso espiritual, ou, pior ainda, nos paralisa num estado de torpor e de enfastiamento em relação às coisas de Deus.

Para avançarmos nesse luminoso caminho, contamos com um auxílio certo e preciosíssimo: a devoção ao Imaculado Coração de Maria, no qual Jesus é incomparavelmente mais amado do que em qualquer outra criatura, humana ou angélica. “Foi vontade de Deus que, na obra da redenção humana, a Santíssima Virgem Maria estivesse inseparavelmente unida a Jesus Cristo” – escrevia o Papa Pio XII. Por isso convém que cada cristão, “depois de prestar ao Sagrado Coração o devido culto, renda também ao amantíssimo Coração de sua Mãe celestial os correspondentes obséquios de piedade, de amor, de agradecimento e de reparação” (Encíclica Haurietis acquas, n. 74).

Ajudados pela poderosa mediação dessa terna Mãe, penetraremos com maior facilidade no mistério do divino amor, que Ela portou em seu puríssimo seio e alimentou, ao qual contemplou de perto com incêndios de adoração e enlevo.

“Coração de Jesus, paciente e misericordioso”

Este título traz-nos à mente uma exclamação de Santa Margarida Maria: “Esse divino Coração é todo doçura, humildade e paciência”.

“Paciente” (do latim, patiens, “aquele que sofre”) é um qualificativo muito adequado ao Coração misericordioso de Jesus, disposto a todos os sofrimentos pela nossa salvação. Contemplamos aqui um Coração cujo afeto se mede pela sua disposição de sofrer.

Não seria demasiado afirmar que o valor de um homem, ou de uma mulher, é proporcional à sua capacidade de superar, com ânimo e resignação, os insucessos e dificuldades que a Providência permite em seu caminho – especialmente quando se vê alvo de incompreensões da parte das pessoas que lhe são mais próximas.

Temos, então, ante nosso olhar o Divino Mestre como modelo de paciência.

Ser paciente significa, por exemplo, saber suportar os defeitos do próximo, responder com amabilidade às suas manifestações de mau gênio, e tantos outros atos de virtude do mesmo tipo.

Se imitarmos, neste ponto, nosso Salvador, faremos jus à sua amizade, conforme escreveu Santa Margarida Maria: “Tereis de vos mostrar mansos, suportando com paciência as grosserias, manias e amolações do próximo, sem vos deixar inquietar pelas contrariedades que ocasionem. Pelo contrário, fazei de boa vontade os serviços que puderdes, porque este é o modo de ganhar a amizade e a graça do Sagrado Coração de Jesus”.

Exatamente assim procede Nosso Senhor com cada um de nós. Se agirmos do mesmo modo para com os outros, crescerá em nós a confiança em sua predisposição de nos perdoar sempre, não só uma vez, mas todas as vezes que d’Ele nos aproximarmos arrependidos.

Sim, precisamos nos convencer dessa maravilhosa verdade: o Divino Redentor suportou meus pecados e por eles sofreu; por minha salvação imolou-Se, derramando todo o seu Preciosíssimo Sangue. Devo, pois, considerar minha maldade com grande contrição, é verdade, mas ao mesmo tempo com inabalável confiança.

Não nos deixemos nunca desanimar!

“Coração de Jesus, propiciação pelos nossos pecados”

Esta é a jaculatória que então aflora em nossos lábios.

Propiciar (do latim, propitiare) é tornar propício, tornar favorável por meio de um sacrifício, oferecer um sacrifício expiatório. Isso é o que fez Jesus, oferecendo-Se ao Pai como “expiação pelos nossos pecados” (1Jo 2,2).

E o Apóstolo do amor empenha-se em acentuar: “Nisso se manifestou o amor de Deus para conosco: em nos ter enviado ao mundo seu Filho único, para que vivamos por Ele (…) para expiar nossos pecados” (1Jo 4, 9-10).

Nosso Papa Bento XVI também se refere de modo ardoroso ao sacrifício do Salvador: “Em sua morte na Cruz realiza-se esse voltar-Se de Deus contra Si mesmo, entregando-Se para dar vida nova ao homem e salvá-lo: isso é o amor em sua forma mais radical” (Deus caritas est, n. 12).

Já morto em “propiciação por nossos pecados”, quis Jesus dar-nos uma demonstração do extremo limite aonde chegou seu amor por nós: de seu divino Coração brutalmente transpassado pela lança do soldado, manaram as últimas gotas de sangue, misturadas com água.

Por aí podemos avaliar quanto é censurável nossa frieza em relação a Ele, sobretudo nossa falta de confiança!

Assista também: A grande mensagem do Coração de Jesus

“Coração de Jesus, fonte de toda consolação”

Tal doação generosa até o ponto de dar-Se a Si mesmo perpassa nossas almas de alegria. Como não experimentarmos grandíssimo consolo ao vernos objeto de tão dadivoso amor? Na verdade, a palavra consolação encerra dois sentidos: por um lado, significa fortalecimento, novo vigor, novo alento; por outro, uma sensação de alegria, de suavidade, de unção do Divino Espírito Santo.

Em ambos os sentidos, o Sagrado Coração de Jesus é fonte de toda consolação, pois enche de júbilo e satisfação espiritual aqueles que se abrem para sua infinita bondade. Mas Ele é também nossa fortaleza. Assim, quando nos sentirmos débeis ou cansados, quando nos faltar coragem para praticar algum ato de virtude que o dever de católicos nos impõe, lembremo-nos: não estamos sozinhos, Jesus está a nosso lado! N’Ele encontraremos as forças necessárias para amar a Deus e ao próximo, cumprindo fielmente os divinos preceitos de sua Lei.

Sobretudo nessas horas, precisamos lançar-nos nos braços do Divino Mestre… Ah! se soubéssemos como Ele suspira por nos ajudar! Eis como Ele revela a Santa Margarida Maria essa sua predisposição: “Meu divino Coração está tão abrasado de amor para com os homens, e em particular para contigo, que, não podendo conter em Si as chamas de sua ardente caridade, precisa derramá-las por teu meio, e manifestar-Se a eles para os enriquecer com os preciosos dons que te mostro, os quais contêm as graças santificantes e salutares necessárias para os afastar do abismo da perdição”.

Querido leitor, esperamos que esta curta meditação tenha servido para fazê-lo sentir-se mais próximo do Coração de Jesus, e mais confiante na sua bondade sem limites. E que também lhe seja de algum proveito quando tiver a graça de se aproximar do altar para receber o divino Alimento.

Lembre-se, então, de que recebemos na alma, realmente presente, esse Coração no qual adoramos todas as perfeições expressas tão belamente em sua ladainha.

Padre Carlos Werner Benjumea, EP.

Fonte:  Prof. Felipe Aquino – Editora Cleofas  (Conteúdo básico extraído de http://www.gaudiumpress.org/content/37870-Fonte-de-toda-a-Consolacao)

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