Sagrado Coração de Jesus – Devoção – Santo Afonso Maria de Ligório – Solenidade – 03 de junho de 2016

Fonte: Mulher Católica (www.mulhercatolica.org/)

Sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Por Santo Afonso Maria de Ligório
Ignem veni mittere in terram: et quid volo, nisi ut accendatur? ― «Eu vim trazer fogo à terra, e que quero senão que ele se acenda?» (Lc 12, 49)
Sumário. A devoção entre todas as devoções, a mais perfeita, é o amor a Jesus Cristo, com a recordação frequente do amor que nos dedicou e ainda sempre dedica. Exatamente para se fazer amar é que o Verbo Eterno quis que nestes últimos tempos se instituísse e propagasse a devoção ao seu Coração, com a promessa das graças mais assinaladas aos que a praticassem. Felizes se estivermos do número destes devotos. Podemos estar certos de que o divino Coração nos abençoará em tudo o que empreendermos, e em todas as ocorrências será o nosso seguro abrigo.
 
I. A devoção das devoções é o amor a Jesus Cristo, com a recordação frequente do amor que nos dedicou e ainda dedica o nosso amável Redentor. Com razão se queixa um devoto autor de que muitas pessoas praticam diversas devoções e se descuidam desta, ao passo que o amor de Jesus Cristo deve ser a principal, para não dizer a única, devoção do cristão. ― Este descuido é causa do pouco progresso que as almas fazem nas virtudes, da contínua languidez nos mesmos defeitos e das frequentes recaídas em culpas graves. Pouco se aplicam, e raras vezes são exortadas a adquirirem o amor a Jesus Cristo, sendo todavia o amor o laço que une e liga as almas a Deus.
Foi exatamente para se fazer amar que o Verbo Eterno quis que se instituísse e propagasse na Igreja a devoção a seu Sacratíssimo Coração. Lemos na vida de Santa Margarida Maria Alacoque, que, quando esta devota virgem estava um dia em oração diante do Santíssimo Sacramento, Jesus Cristo lhe mostrou o seu Coração num trono de chamas, cercado de espinhos e encimado por uma cruz. «Eis aqui», disse ele, «o Coração que tanto amou os homens, e nada poupou até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor; e em reconhecimento, não recebe da maior parte senão ingratidões e irreverências neste Sacramento de amor. Mas, o que ainda mais sinto, é serem corações a mim consagrados que assim praticam».
Ordenou-lhe em seguida, que se empregasse em fazer celebrar, na primeira sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, uma festa particular em honra do seu divino Coração, e isto para três fins: O primeiro, para que os fiéis lhe deem ações de graças pelo grande dom que lhes fez na adorável Eucaristia. O segundo, para que as almas fervorosas reparem, pela sua afetuosa devoção, as irreverências e os desprezos que ele recebeu e recebe neste Sacramento da parte dos pecadores. O terceiro, enfim, para que lhe ofereçam compensação pela honra e culto que os homens deixam de lhe dar em muitas igrejas. Assim, a devoção ao Coração de Jesus não é senão um exercício de amor para com este amável Senhor.
II. Para compreendermos os bens imensos que nos provêm da devoção ao Coração de Jesus, basta que nos lembremos das promessas feitas por Jesus Cristo aos que a praticarem.
«Eu» ― assim disse o Senhor a Santa Margarida ― «darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias para o cumprimento dos deveres do seu estado; farei reinar a paz nas suas famílias; eu os consolarei nas suas aflições e lhes serei um refúgio na vida e na morte; lançarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas, e o que no passado não puderam realizar com as suas diligências repetidas e perseverantes, obtê-lo-ão por meio desta devoção salutar»[1].
Se nós também queremos ter parte nestas promessas, avivemos a devoção ao Sagrado Coração, especialmente neste mês que lhe é consagrado. Guardemo-nos, por amor dele, das faltas deliberadas; pratiquemos alguma mortificação interna e externa; visitemos a miúde o Santíssimo Sacramento e preparemo-nos para a festa do Sagrado Coração por meio de uma devota novena. Cada manhã unamos as nossas ações do dia com as do divino Coração de Jesus, e façamos o oferecimento delas, dizendo:
† «Meu Senhor Jesus Cristo, em união com a divina intenção coma qual destes, na terra, louvor a Deus por vosso Sacratíssimo Coração, e lh’o continuais a dar agora sem interrupção até a consumação dos séculos, por todo o universo, no sacramento da Eucaristia, eu também, durante todo este dia, sem excetuar a mínima parte dele, à imitação do santíssimo Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria Imaculada, Vos ofereço com alegria todas as minhas intenções e pensamentos, todas as minhas afeições e desejos, todas as minhas obras e palavras. † Amado seja por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus. † Louvado, adorado, amado e agradecido seja a todo o instante o Coração Eucarístico de Jesus em todos os tabernáculos do mundo, até à consumação dos séculos. Assim seja»[2]. (*II 409.)
[1] Acrescentaremos aqui mais algumas promessas de Jesus Cristo: «Eu abençoarei as casas onde se achar exposta e venerada a imagem do meu sagrado Coração; os pecadores acharão no meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia; as almas tíbias se tornarão fervorosas; os religiosos se elevarão a uma alta perfeição; darei aos sacerdotes o talento de tocar os corações mais empedernidos; as pessoas que propagarem esta devoção terão para sempre o seu nome inscrito no meu Coração».
[2] Cada uma destas orações tem 100 dias de indulgências.
Nota: Quem durante o mês de junho honrar, privada ou publicamente, o Sagrado Coração de Jesus, ganha cada dia uma indulgência de 7 anos, e uma plenária uma vez no dia da própria escolha, debaixo das condições da confissão, comunhão e oração segundo a intenção do Santo Padre.
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LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Segundo: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 338-341.
Publicado em Mulher Católica.

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Fonte: Mulher Católica (www.mulhercatolica.org/)

Festa do Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus,
tenho confiança em Vós.
(300 dias de indulgência)

Que é a festa do Sagrado Coração?

É uma solenidade instituída para honrar a um tempo o Coração de Jesus, que lhe animou a vida e deu o sangue salvador do mundo, e o amor infinito de Cristo para com os homens, amor cujo órgão e foco tem sido o Sagrado Coração.
A pessoa inteira de Nosso Senhor era digna de adoração; sua carne, seu sangue, e sobretudo, seu Coração, hipostaticamente unidos à sua natureza divina, mereciam as adorações: assim crê e ensina a Igreja. Ora, o coração, universalmente considerado entre os homens como órgão mais nobre, deve especialmente participar das nossas homenagens. Mas o coração, considerado como centro e foco de amor divino, merece respeito e amor agradecido: dali a devoção ao Sagrado Coração. Entretanto, a festa destinada a lembrar essas verdades foi instituída somente no século XVIII. Segundo a sua própria palavra, Nosso Senhor quis guardar essa devoção para nossos dias, afim de reanimar o fervor amortecido da sociedade.
Para os fins do século XVII, uma santa religiosa da Visitação, chamada Margarida Maria, foi o instrumento que Deus empregou para dar a conhecer o desejo que nutria Nosso Senhor de ver mais amado e melhor glorificado o seu Sagrado Coração.
Em 1765, o clero da França adotou essa devoção. Clemente XIII aprovou com a festa um Ofício do Sagrado Coração. A festa, segundo o pedido feito à santa Margarida Maria, celebra-se na sexta-feira imediata à oitava do santíssimo Sacramento.
Quais são os sentimentos do verdadeiro cristão ao festejar o Sagrado Coração?
Para o bom cristão, a festa do Sagrado Coração há de ser um dia de desagravo pelos ultrajes que Jesus recebe na Eucaristia.
De acordo com os desejos do próprio Nosso Senhor, a festa do Sagrado Coração deve ser festa de reparação. Queixou-se da ingratidão, do desprezo, da frieza, dos sacrilégios que muitas vezes sofre, na Eucaristia, por parte de pessoas que se julgam piedosas. Pediu comunhões fervorosas e reparadoras, atos de desagravo, e especialmente, uma festa de reparação.
Mais ainda do que a festa do Corpo de Deus, a festa do Sagrado Coração servirá, pois, a manifestar a Jesus Cristo o nosso amor e a nossa gratidão; nossa presença nos ofícios e na procissão que se faz também nesse dia, será um desagravo pelos ultrajes que recebe no sacramento do seu amor, por nossa frieza e irreverência para com a Eucaristia.
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Monsenhor CAULY. Curso de Instrução Religiosa: Tomo I – Catecismo explicado: Dogma, Moral, Sacramentos, Culto. São Paulo: Livraria Francisco Alves, 1924, p.576-578.

Publicado em Mulher Católica.

“A compaixão é a misericórdia que se inclina sobre a miséria e mostra a grandeza da alma.” – Pe. Antônio Francisco Bohn (Quinta-Feira Santa – 2014)

William-Adolphe Bouguereau(1825-1905) – “Compassion” (1897)

A indiferença e o individualismo como fontes da falta de compaixão

Lúcia Barden Nunes

Nosso tempo é marcado por duas características: a indiferença e o individualismo. Ambos já permeiam até mesmo o convívio familiar. Falas ou mensagens rápidas pelo celular; e-mails raros e telegráficos – cartas, nem pensar, e visitas – bem, a agenda está cheia para a maioria. Não devia ser assim porque o tempo deve ser vivido por nós e não o contrário – ele nos apressar, até quando não é necessário. Vivemos em uma sociedade superficial e volúvel. Não devíamos abrir mão de nossos afetos por uma suposta falta de tempo. Quando nosso coração está partido, ou enfrentamos todo tipo de dificuldades que podem surpreender-nos ao longo da vida,  podemos “estranhamente” receber a mesma falta de tempo

Acredito que não é uma regra, mas a pressa, a superficialidade estão pautando os relacionamentos. Fica um vazio que nada preenche, simplesmente porque nada pode preencher o lugar do amor. As cidades estão cheias de pessoas vazias por sua própria conta, enquanto outras se encontram esvaziadas de amor…

Padre Antônio Francisco Bohn, em um pequeno texto na Folhinha do Sagrado Coração, afirma o seguinte:

“A compaixão é que torna o coração verdadeiramente humano. Ela é uma virtude. (….) Inicie suas atividades com o pensamento voltado para o Sagrado Coração de Jesus. Você é a beleza da vida, obra-prima do Criador, a síntese de seu amor. Jesus deve estar em seu pensamento e no seu caminho. Nele você deve confiar todos os seus atos em cada minuto deste dia. Só um espírito bom pode ser compassivo. Quem se compadece dos outros, de si próprio se lembra. A compaixão se manifesta por atos e nela é essencial a bondade. Quando a pessoa tem compaixão das demais, Jesus tem compaixão dela. A compaixão é a misericórdia que se inclina sobre a miséria e mostra a grandeza da alma.”

Tenho pensado que a compaixão parece que deixou de ser um valor universal, e lamentavelmente, a razão pode se dever ao fato, entre outros, de nos permitirmos viver com um um mínimo de afetividade. Vamos ficando cada vez mais vez mais áridos, vazios.

Talvez precisemos retomar o “trabalho da formiguinha”: cada um de nós pode não ter mais influência na cultura de falta de compaixão, indiferença já instaladas, mas, é certo que podemos fazer a nossa parte…  Podemos nos dar uma chance de termos compaixão quando a circunstância se apresenta à nossa frente. Podemos ter a certeza de que nosso peito se aquecerá neste gesto…

Que Deus tenha sempre compaixão de nós. Amém.

LBN

Fonte/imagem: http://www.territorioscuola.com/wikipedia/pt.wikipedia (termo “Compaixão)

 

CELEBRAR A PÁSCOA É FESTEJAR A AÇÃO LIBERTADORA DE DEUS NA VIDA,PAIXÃO,MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS E CONTEMPLAR ESTA FORÇA DO AMOR MATERNAL DE DEUS ATUANDO EM NÓS E EM TODO UNIVERSO, RECRIANDO-O COM UMA NOVA CRIAÇÃO, RENOVADA PELA RESSURREIÇÃO DE JESUS – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares (OCDS) – Província São José – Brasil.

Desejo a todos uma boa e Santa Páscoa! Viva Jesus!

Lembramos nesta semana, a Sua Paixão, no Calvário, e damos graças pela Sua Ressurreição! Damos graças, portanto, por nos mostrar Seu Amor Infinito no sofrimento da Cruz, para o perdão de nossos pecados e de toda a Humanidade – do passado, do presente e do futuro!

Lúcia Barden Nunes

“Viva Jesus”: Expressão cunhada por São Francisco de Sales – Patrono da Imprensa Católica.

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Fonte: OCDS – Província São José – Brasil

Sábado, 30 de março de 2013

JESUS RESSUSCITOU!!! ALELUIA!!! ESTÁ VIVO!!!

RELEMBREMOS A EXPERIÊNCIA DAS MULHERES QUE FORAM DE MADRUGADA AO SEPULCRO E ENCONTRARAM O TÚMULO VAZIO E OS ANJOS DIZENDO :
“ELE NÃO ESTÁ MAIS AQUI.RESSUSCITOU !”
UMA DAS EXPRESSÕES MAIS FORTES NESTES DIAS É O “ALELUIA”,PALAVRA HEBRAICA QUE SIGNIFICA SIMPLESMENTE “LOUVOR A DEUS”.

NOSSA VIDA É REGIDA PELA VITÓRIA DE JESUS!!!!

NOSSA PÁSCOA E NOSSA RESSURREIÇÃO, GARANTIA DE NOSSA UNIÃO

DEFINITIVA COM DEUS.

Publicado em OCDS – Província São José – Brasil.

Missa de Cinzas – Última Homilia do Papa Bento XVI – 13.02.2013 – Basílica de São Pedro (Rede Aparecida)

Missa de Cinzas – Última Homilia do Papa Bento XVI – 13 de Fevereiro de 2013 – Basílica de São Pedro

Publicado por Rede Aparecida (em 14/02/2013).

Transcrição – texto completo em Português: http://www.vatican.va/holy_father/ben…

Nossa Senhora das Graças – Solenidade – 27 de novembro (A Medalha Milagrosa e seu Significado – Vídeo – YouTube – 2012)

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças e seu Significado

Sagrado Coração de Jesus – Santo Afonso Maria de Ligório – Solenidade – 15 de junho (Sobre a Devoção e Festa do Sagrado Coração)

Sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Por Santo Afonso Maria de Ligório
Ignem veni mittere in terram: et quid volo, nisi ut accendatur? ― «Eu vim trazer fogo à terra, e que quero senão que ele se acenda?» (Lc 12, 49)
Sumário. A devoção entre todas as devoções, a mais perfeita, é o amor a Jesus Cristo, com a recordação frequente do amor que nos dedicou e ainda sempre dedica. Exatamente para se fazer amar é que o Verbo Eterno quis que nestes últimos tempos se instituísse e propagasse a devoção ao seu Coração, com a promessa das graças mais assinaladas aos que a praticassem. Felizes se estivermos do número destes devotos. Podemos estar certos de que o divino Coração nos abençoará em tudo o que empreendermos, e em todas as ocorrências será o nosso seguro abrigo.
I. A devoção das devoções é o amor a Jesus Cristo, com a recordação freqüente do amor que nos dedicou e ainda dedica o nosso amável Redentor. Com razão se queixa um devoto autor de que muitas pessoas praticam diversas devoções e se descuidam desta, ao passo que o amor de Jesus Cristo deve ser a principal, para não dizer a única, devoção do cristão. ― Este descuido é causa do pouco progresso que as almas fazem nas virtudes, da contínua languidez nos mesmos defeitos e das freqüentes recaídas em culpas graves. Pouco se aplicam, e raras vezes são exortadas a adquirirem o amor a Jesus Cristo, sendo todavia o amor o laço que une e liga as almas a Deus.
Foi exatamente para se fazer amar que o Verbo Eterno quis que se instituísse e propagasse na Igreja a devoção a seu Sacratíssimo Coração. Lemos na vida de Santa Margarida Maria Alacoque, que, quando esta devota virgem estava um dia em oração diante do Santíssimo Sacramento, Jesus Cristo lhe mostrou o seu Coração num trono de chamas, cercado de espinhos e encimado por uma cruz. «Eis aqui», disse ele, «o Coração que tanto amou os homens, e nada poupou até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor; e em reconhecimento, não recebe da maior parte senão ingratidões e irreverências neste Sacramento de amor. Mas, o que ainda mais sinto, é serem corações a mim consagrados que assim praticam».
Ordenou-lhe em seguida, que se empregasse em fazer celebrar, na primeira sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, uma festa particular em honra do seu divino Coração, e isto para três fins: O primeiro, para que os fiéis lhe dêem ações de graças pelo grande dom que lhes fez na adorável Eucaristia. O segundo, para que as almas fervorosas reparem, pela sua afetuosa devoção, as irreverências e os desprezos que ele recebeu e recebe neste Sacramento da parte dos pecadores. O terceiro, enfim, para que lhe ofereçam compensação pela honra e culto que os homens deixam de lhe dar em muitas igrejas. Assim, a devoção ao Coração de Jesus não é senão um exercício de amor para com este amável Senhor.
II. Para compreendermos os bens imensos que nos provêm da devoção ao Coração de Jesus, basta que nos lembremos das promessas feitas por Jesus Cristo aos que a praticarem.
«Eu» ― assim disse o Senhor a Santa Margarida ― «darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias para o cumprimento dos deveres do seu estado; farei reinar a paz nas suas famílias; eu os consolarei nas suas aflições e lhes serei um refúgio na vida e na morte; lançarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas, e o que no passado não puderam realizar com as suas diligências repetidas e perseverantes, obtê-lo-ão por meio desta devoção salutar»[1].
Se nós também queremos ter parte nestas promessas, avivemos a devoção ao Sagrado Coração, especialmente neste mês que lhe é consagrado. Guardemo-nos, por amor dele, das faltas deliberadas; pratiquemos alguma mortificação interna e externa; visitemos a miúde o Santíssimo Sacramento e preparemo-nos para a festa do Sagrado Coração por meio de uma devota novena. Cada manhã unamos as nossas ações do dia com as do divino Coração de Jesus, e façamos o oferecimento delas, dizendo:
† «Meu Senhor Jesus Cristo, em união com a divina intenção coma qual destes, na terra, louvor a Deus por vosso Sacratíssimo Coração, e lh’o continuais a dar agora sem interrupção até a consumação dos séculos, por todo o universo, no sacramento da Eucaristia, eu também, durante todo este dia, sem excetuar a mínima parte dele, à imitação do santíssimo Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria Imaculada, Vos ofereço com alegria todas as minhas intenções e pensamentos, todas as minhas afeições e desejos, todas as minhas obras e palavras. † Amado seja por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus. † Louvado, adorado, amado e agradecido seja a todo o instante o Coração Eucarístico de Jesus em todos os tabernáculos do mundo, até à consumação dos séculos. Assim seja»[2]. (*II 409.)
[1] Acrescentaremos aqui mais algumas promessas de Jesus Cristo: «Eu abençoarei as casas onde se achar exposta e venerada a imagem do meu sagrado Coração; os pecadores acharão no meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia; as almas tíbias se tornarão fervorosas; os religiosos se elevarão a uma alta perfeição; darei aos sacerdotes o talento de tocar os corações mais empedernidos; as pessoas que propagarem esta devoção terão para sempre o seu nome inscrito no meu Coração».
[2] Cada uma destas orações tem 100 dias de indulgências.
Nota: Quem durante o mês de junho honrar, privada ou publicamente, o Sagrado Coração de Jesus, ganha cada dia uma indulgência de 7 anos, e uma plenária uma vez no dia da própria escolha, debaixo das condições da confissão, comunhão e oração segundo a intenção do Santo Padre.
LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Segundo: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 338-341.

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Festa do Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus,
tenho confiança em Vós.
(300 dias de indulgência)

Que é a festa do Sagrado Coração?

É uma solenidade instituída para honrar a um tempo o Coração de Jesus, que lhe animou a vida e deu o sangue salvador do mundo, e o amor infinito de Cristo para com os homens, amor cujo órgão e foco tem sido o Sagrado Coração.
A pessoa inteira de Nosso Senhor era digna de adoração; sua carne, seu sangue, e sobretudo, seu Coração, hipostaticamente unidos à sua natureza divina, mereciam as adorações: assim crê e ensina a Igreja. Ora, o coração, universalmente considerado entre os homens como órgão mais nobre, deve especialmente participar das nossas homenagens. Mas o coração, considerado como centro e foco de amor divino, merece respeito e amor agradecido: dali a devoção ao Sagrado Coração. Entretanto, a festa destinada a lembrar essas verdades foi instituída somente no século XVIII. Segundo a sua própria palavra, Nosso Senhor quis guardar essa devoção para nossos dias, afim de reanimar o fervor amortecido da sociedade.
Para os fins do século XVII, uma santa religiosa da Visitação, chamada Margarida Maria, foi o instrumento que Deus empregou para dar a conhecer o desejo que nutria Nosso Senhor de ver mais amado e melhor glorificado o seu Sagrado Coração.
Em 1765, o clero da França adotou essa devoção. Clemente XIII aprovou com a festa um Ofício do Sagrado Coração. A festa, segundo o pedido feito à santa Margarida Maria, celebra-se na sexta-feira imediata à oitava do santíssimo Sacramento.
Quais são os sentimentos do verdadeiro cristão ao festejar o Sagrado Coração?
Para o bom cristão, a festa do Sagrado Coração há de ser um dia de desagravo pelos ultrajes que Jesus recebe na Eucaristia.
De acordo com os desejos do próprio Nosso Senhor, a festa do Sagrado Coração deve ser festa de reparação. Queixou-se da ingratidão, do desprezo, da frieza, dos sacrilégios que muitas vezes sofre, na Eucaristia, por parte de pessoas que se julgam piedosas. Pediu comunhões fervorosas e reparadoras, atos de desagravo, e especialmente, uma festa de reparação.
Mais ainda do que a festa do Corpo de Deus, a festa do Sagrado Coração servirá, pois, a manifestar a Jesus Cristo o nosso amor e a nossa gratidão; nossa presença nos ofícios e na procissão que se faz também nesse dia, será um desagravo pelos ultrajes que recebe no sacramento do seu amor, por nossa frieza e irreverência para com a Eucaristia.
Monsenhor CAULY. Curso de Instrução Religiosa: Tomo I – Catecismo explicado: Dogma, Moral, Sacramentos, Culto. São Paulo: Livraria Francisco Alves, 1924, p.576-578.

Publicado em Mulher Católica.

Discurso do Papa Bento XVI na Basílica de São João de Latrão na abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma sobre «Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé» (ACI Digital)

O 7° Encontro Mundial de Famílias, que teve início ontem, dia 30 de maio e se estende até 3 de junho, em Milão, acontece em meio ao impacto do lançamento do livro “Sua Santidade”, há quatro dias – 27 de maio, publicado por jornalista italiano, supostamente com base em correspondências particulares de Bento XVI, ainda que não sejam de caráter estritamente pessoal. Foram roubadas de sua residência pelo empregado que era seu assistente pessoal desde 2006. Apesar de se dizer triste, o Papa segue com sua agenda, enquanto seu mordomo está preso. Provavelmente há informações não comprovadas, tal como aconteceu com o romance de ficção “O Código Da Vinci”, escrito por Dan Brown. Este autor apresentou como referências, após o término do romance, vários documentos, no entanto, algum tempo depois muitos deles, senão a maioria, foram declarados como não existentes pelos estudiosos que se dedicaram a encontrar suas fontes bibliográficas. Assim, apesar da gravidade que o quadro representa para aIgreja Católica, ou seja, o roubo das comunicações mantidas principalmente entre o Papa e alguns cardeais de suas relações mais próximas, evidencia um ataque premeditado, ainda que disfarçado de “boas intenções”. Tudo indica que a personalidade decidida do papa Bento XVI, mas ponderada, aliada à inteligência e à perspicácia em assuntos polêmicos, a seu tempo, permitirá que as notícias estampadas como escândalos na imprensa mundial sejam devidamente contextualizadas. Afinal, há uma realidade complexa quanto aos fatos que constituem os aspectos mundanos inerentes ao Estado do Vaticano, e principalmente, quanto ao esforço pela manutenção da unidade da Santa Sé. Esta, mantém a solidez da espiritualidade cristã católica ao longo de 20 séculos, contemplando cerca de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo. Sobre o assunto acesse o link da Agência Ecclesia – Portugal:

Vaticano: Divulgação pública de correspondência dirigida ao Papa foi ataque «muito violento» a Bento XVI : “(…)O arcebispo frisou que o Papa “não perde a serenidade que lhe permite governar a Igreja com determinação e clarividência” e disse esperar que o Encontro Mundial das Famílias, a decorrer até domingo na cidade italiana de Milão, com a presença de Bento XVI a partir de sexta-feira, seja uma ocasião “de festa” e “alegria. (…)” – Agência Ecclesia – Portugal – 31.05.2012.

Leia também: Vaticano: Bento XVI pede aos fiéis para «rezarem pelo sucesso» do 7º Encontro Mundial de Famílias – “Evento começa esta quarta-feira em Milão e o Papa espera que seja uma ocasião para todos descobrirem a sua vocação na Igreja e no mundo” (Agência Eccleia – Portugal – 27.05.2012).

Fonte/imagem: Agência Ecclesia (D.R.).

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Fonte: ACI Digital (Extraído de A Santa Sé – Site Oficial  Vaticano – “Documentos” – Libreria Editrice Vaticana)

Discurso do Papa Bento XVI na Basílica de São João de Latrão na abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma sobre «Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé»

06 de junho de 2005

Tópicos:O fundamento antropológico da família“, “Matrimônio e família na história da salvação“, “Os filhos“, “A ameaça do relativismo“, “Sacerdócio e vida consagrada.

“Queridos irmãos e irmãs:

Acolhi com muito prazer o convite de introduzir com uma reflexão este congresso diocesano antes de tudo porque me dá a possibilidade de encontrar-me convosco, de ter um contato direto, e depois porque me permite ajudar-vos a aprofundar no sentido e objetivo do caminho pastoral que a Igreja de Roma está percorrendo.

Saúdo com afeto a cada um de vós, bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e em particular a vós, leigos e famílias, que assumis conscientemente essas tarefas de compromisso e testemunho cristão que tem sua raiz no sacramento do batismo e para aqueles que estão casados, no do matrimônio. Agradeço de coração ao cardeal vigário e aos esposos Luca e Adriana Pasquale pelas palavras que me dirigiram em vosso nome.

Este congresso, e o ano pastoral ao que oferecerá as linhas guia, constituem uma nova etapa no percurso que a Igreja começou, baseando-se no Sínodo diocesano com a missão cidadã querida por nosso querido Papa João Paulo II em preparação do grande Jubileu do ano 2000. Naquela missão, todas as realidades de nossa diocese –paróquias, comunidades religiosas, associações e movimentos– se mobilizaram não só com motivo de uma missão ao povo de Roma, mas também para ser elas mesmas «povo de Deus em missão», pondo em prática a acertada expressão de João Paulo II, «paróquia, busca-te e encontra-te fora de ti mesma»: ou seja, nos lugares nos quais vive o povo. Deste modo, no transcurso da missão cidadã, muitos milhares de cristãos de Roma, em grande parte leigos, converteram-se em missionários e levaram a palavra da fé em primeiro lugar às famílias dos diferentes bairros da cidade e depois nos diferentes lugares de trabalho, nos hospitais, na escola e nas universidades, nos espaços da cultura e do tempo livre.

Depois do Ano Santo, meu amado predecessor vos pediu para não interromper este caminho e não dispensar as energias apostólicas suscitadas e os frutos de graça recolhidos. Por isso, a partir do ano 2001, a orientação pastoral fundamental da diocese foi a de conformar permanentemente a missão, caracterizando em sentido mais decididamente missionário a vida e as atividades das paróquias e de cada uma das demais realidades eclesiais. Quero dizer-vos antes de tudo que quero confirmar plenamente esta opção: faz-se necessária cada vez mais e sem alternativas, em um contexto social e cultural no qual atuam forças múltiplas que tendem a afastar-nos da fé e da vida cristã.

Há já dois anos, o compromisso missionário da Igreja de Roma se concentrou sobretudo na família, não só porque esta realidade fundamental é submetida hoje a múltiplas dificuldades e ameaças, e portanto tem particular necessidade de ser evangelizada e apoiada concretamente, mas também porque as famílias cristãs constituem um recurso decisivo para a educação na fé, a educação da Igreja como comunhão e sua capacidade de presença missionária nas situações mais variadas da vida, assim como para fermentar em sentido cristão a cultura e as estruturas sociais. Continuaremos com estas orientações também no próximo ano pastoral e por este motivo o tema de nosso congresso é «Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé». O pressuposto pelo qual há que começar para compreender a missão da família na comunidade cristã e suas tarefas de formação da pessoa e de transmissão da fé segue sendo sempre o significado que o matrimônio e a família têm no desígnio de Deus, criador e salvador. Este será portanto o miolo de minha reflexão desta tarde, remontando-me ao ensinamento da exortação apostólica «Familiaris consortio» (segunda parte, números 12-16).

O fundamento antropológico da família

Matrimônio e família não são uma construção sociológica casual, fruto de situações particulares históricas e econômicas. Pelo contrário, a questão da justa relação entre o homem e a mulher funde suas raízes na essência mais profunda do ser humano e só pode encontrar sua resposta a partir desta. Não pode separar-se da pergunta sempre antiga e sempre nova do homem sobre si mesmo: quem sou? E esta pergunta, por sua vez, não pode separar-se do interrogante sobre Deus: existe Deus? E, quem é Deus? Como é verdadeiramente seu rosto? A resposta da Bíblia a estas duas perguntas é unitária e consequencial: o homem é criado à imagem de Deus, e Deus mesmo é amor. Por este motivo, a vocação ao amor é o que faz do homem autêntica imagem de Deus: faz-se semelhante a Deus na medida em que se converte em alguém que ama.

Deste laço fundamental entre Deus e o homem se deriva outro: o laço indissolúvel entre espírito e corpo: o homem é, de fato, alma que se expressa no corpo e corpo que é vivificado por um espírito imortal. Também o corpo do homem e da mulher tem, portanto, por assim dizer, um caráter teológico, não é simplesmente corpo, e o que é biológico no homem não é só biológico, mas expressão e cumprimento de nossa humanidade. Do mesmo modo, a sexualidade humana não está ao lado de nosso ser pessoa, mas que lhe pertence. Só quando a sexualidade se integra na pessoa consegue dar-se um sentido a si mesma.

Deste modo, dos dois laços, o do homem com Deus e –no homem– o do corpo com o espírito, surge um terceiro laço: o que se dá entre pessoa e instituição. A totalidade do homem inclui a dimensão do tempo, e o «sim» do homem é um ir mais além do momento presente: em sua totalidade, o «sim» significa «sempre», constitui o espaço de fidelidade. Só em seu interior pode crescer essa fé que dá um futuro e permite que os filhos, fruto do amor, creiam no homem e em seu futuro em tempo difíceis. A liberdade do «sim» se apresenta portanto como liberdade capaz de assumir o que é definitivo: a expressão mais elevada da liberdade não é então a busca do prazer, sem chegar nunca a uma autêntica decisão. Aparentemente, esta abertura permanente parece ser a realização da liberdade, mas não é verdade: a verdadeira expressão da liberdade é pelo contrário a capacidade de decidir-se por um dom definitivo, no qual a liberdade, entregando-se, volta a encontrar-se plenamente a si mesma.

Em concreto, o «sim» pessoal e recíproco do homem e da mulher abre o espaço para o futuro, para a autêntica humanidade de cada um, e ao mesmo tempo está destinado ao dom de uma nova vida. Por este motivo, este «sim» pessoal tem de ser necessariamente um «sim» que é também publicamente responsável, com o qual os cônjuges assumem a responsabilidade pública da fidelidade, que garante também o futuro para a comunidade. Nenhum de nós pertence exclusivamente a si mesmo: portanto, cada um está chamado a assumir no mais íntimo de si sua própria responsabilidade pública. O matrimônio, como instituição, não é portanto uma ingerência indevida da sociedade ou da autoridade, uma imposição desde o exterior na realidade mais privada da vida; é pelo contrário uma exigência intrínseca do pacto de amor conjugal e da profundidade da pessoa humana.

As diferentes formas atuais de dissolução do matrimônio, como as uniões livres e o «matrimônio à prova», até o pseudomatrimônio entre pessoas do mesmo sexo, são pelo contrário expressões de uma liberdade anárquica que se apresenta erroneamente como autêntica libertação do homem. Uma pseudoliberdade se baseia em uma banalização do corpo, que inevitavelmente inclui a banalização do homem. Seu pressuposto é que o homem pode fazer de si o que quer: seu corpo se converte deste modo em algo secundário, manipulável desde o ponto de vista humano, que se pode utilizar como se quer. A libertinagem, que se apresenta como descobrimento do corpo e de seu valor, é a realidade um dualismo que faz depreciável o corpo, deixando-o por assim dizer fora do autêntico ser e dignidade da pessoa.

Matrimônio e família na história da salvação

A verdade do matrimônio e da família, que funde suas raízes na verdade do homem, encontrou aplicação na história da salvação, em cujo centro está a palavra: “Deus ama o seu povo!”. A revelação bíblica, na verdade, é antes de tudo expressão de uma história de amor, a história da aliança de Deus com os homens: por este motivo, a história do amor e da união de um homem e uma mulher na aliança do matrimônio pôde ser assumida por Deus como símbolo da história da salvação. O fato inefável, no mistério do amor de Deus pelos homens, toma sua forma lingüística do vocabulário do matrimônio e da família em positivo e em negativo: A aproximação de Deus ao seu povo é apresentada com a linguagem do amor esponsal, enquanto a infidelidade de Israel, a sua idolatria, é designada como adultério e prostituição.

No Novo Testamento, Deus radicaliza seu amor até tornar-se Ele mesmo, no seu Filho, carne da nossa carne, verdadeiro homem. Neste modo, a união de Deus com o homem assumiu a sua forma suprema, irreversível e definitiva. E deste modo se traça também pelo amor humano a sua forma definitiva, esse “sim” recíproco que não se pode revogar: não aliena o homem, mas o liberta da alienações da história por reportá-lo à verdade da criação. A sacramentalidade que o matrimônio assume em Cristo significa, portanto que o dom da criação foi elevado à graça da redenção. A graça de Cristo não se sobrepõe desde fora à natureza do homem, não a violenta, mas a liberta e a restaura, ao elevá-la mais além de suas próprias fronteiras. E como a encarnação do filho de Deus revela o seu verdadeiro significado na cruz, assim o amor humano autêntico é doação de si, não pode existir se evita a cruz.

Queridos irmãos e irmãs, este laço profundo entre Deus e o homem, entre o amor de Deus e o amor humano, é confirmado por algumas tendências e desenvolvimentos negativos, cujo peso experimentamos todos. O envelhecimento do amor humano, a supressão da autêntica capacidade de amar se apresenta em nosso tempo como a arma mais eficaz para que o homem afaste de Deus, para afastar Deus do olhar e do coração do homem. Agora, a vontade de «libertar» a natureza de Deus leva a perder de vista a realidade mesma da natureza, inclusive a natureza do homem, reduzindo-a a um conjunto de funções, das quais se pode dispor segundo seus próprios gostos para construir um suposto mundo melhor e uma suposta humanidade mais feliz, pelo contrário, destrói-se o desígnio do Criador e ao mesmo tempo a verdade de nossa natureza.

Os filhos

Também na procriação dos filhos o matrimônio reflete seu modelo divino, o amor de Deus pelo homem. No homem e na mulher, a paternidade e a maternidade, como sucede com o corpo e com o amor, não se circunscrevem ao aspecto biológico: a vida só se dá totalmente quando com o nascimento se oferecem também o amor e o sentido que fazem possível dizer sim a esta vida. Precisamente por isto, fica claro até que ponto é contrário ao amor humano, à vocação profunda do homem e da mulher, o fechar sistematicamente a própria união ao dom da vida e, ainda mais, suprimir ou manipular a vida que nasce.

Agora, nenhum homem e nenhuma mulher, por si só e só com suas próprias forças, pode dar adequadamente aos filhos o amor e o sentido da vida. Para poder dizer a alguém: «tua vida é boa, ainda que não conheça teu futuro», são necessárias uma autoridade e uma credibilidade superiores, que o indivíduo não pode dar-se por si só. O cristão sabe que esta autoridade é conferida a essa família mais ampla que Deus, através de seu Filho, Jesus Cristo, e do dom do Espírito Santo, criou na história dos homens, ou seja, a Igreja. Reconhece a ação desse amor eterno e indestrutível que assegura à vida de cada um de nós um sentido permanente, ainda que não conheçamos o futuro. Por este motivo, a edificação de cada uma das famílias cristãs se marca no contexto da grande família da Igreja, que a apóia e a acompanha, e garante que há um sentido e que em seu futuro se dará o «sim» do Criador. E reciprocamente a Igreja é edificada pelas famílias, «pequenas Igrejas domésticas», como as chamou o Concílio Vaticano II («Lumen gentium», 11; «Apostollicam actuositatem», 11), redescobrindo uma antiga expressão patrística (São João Crisóstomo, «In Genesim serm.» VI,2; VII,1). Neste sentido, a «Familiaris consortio» afirma que «o matrimônio cristão… constitui o lugar natural dentro do qual se leva a cabo a inserção da pessoa humana na grande família da Igreja» (n. 15).

A família e a Igreja

De tudo isto se deriva uma conseqüência evidente: a família e a Igreja, em concreto as paróquias e as demais formas de comunidade eclesial, estão chamadas à mais íntima colaboração nessa tarefa fundamental que está constituída, inseparavelmente, pela formação da pessoa e a transmissão da fé. Sabemos bem que para que aconteça uma autêntica obra educativa não basta uma teoria justa ou uma doutrina que comunicar. Necessita-se algo muito maior e humano, essa proximidade, vivida diariamente, que é própria do amor e que encontra seu espaço mais propício antes de tudo na comunidade familiar, e depois em uma paróquia ou movimento ou associação eclesial, nos que se encontram pessoas que prestam atenção aos irmãos, em particular às crianças e jovens, assim como aos adultos, anciãos, enfermos, às próprias famílias, porque, em Cristo, amam-nos. O grande patrono dos educadores, São João Bosco, recordava a seus filhos espirituais que «a educação é coisa de coração e que só Deus é seu dono» («Epistolário», 4,209).

A figura do testemunho é central na obra educativa, e especialmente na educação na fé, que é o cume da formação da pessoa e seu horizonte mais adequado: converte-se em ponto de referência precisamente na medida em que sabe dar razão da esperança que fundamenta sua vida. (Cf. 1 Ped 3, 15), na medida em que está envolvido pessoalmente com a verdade que propõe. O testemunho, por outro lado, não se assinala a si mesmo, mas assinala a algo, ou melhor, a Alguém maior que ele, com o qual se encontrou e de quem experimentou uma bondade confiável. Deste modo, todo educador e testemunho encontra seu modelo insuperável em Jesus Cristo, o grande testemunho do Pai, que não dizia nada por si mesmo, mas que falava tal e como o Pai o havia ensinado (Cf. João 8, 28).

Este é o motivo pelo qual no fundamento da formação da pessoa cristã e da transmissão da fé está necessariamente a oração, a amizade pessoal com Cristo e a contemplação nele do rosto do Pai. E o mesmo se pode dizer de todo nosso compromisso missionário, em particular, de nossa pastoral familiar: que a Família de Nazaré seja, portanto, para nossas famílias e comunidades, objeto de constante e confiada oração, assim como modelo de vida.

Queridos irmãos e irmãs, e especialmente vós, queridos sacerdotes: sou consciente da generosidade e a entrega com a qual servis ao Senhor e à Igreja. Vosso trabalho cotidiano pela formação na fé das novas gerações, em íntima união com os sacramentos da iniciação cristã, assim como também pela preparação ao matrimônio e pelo acompanhamento das famílias em seu caminho, que com freqüência, em particular na grande tarefa da educação dos filhos, é o caminho fundamental para regenerar sempre de novo a Igreja e também para vivificar o tecido social de nossa amada cidade de Roma.

A ameaça do relativismo

Segui, portanto, sem deixar-vos desalentar pelas dificuldades que encontrais. A relação educativa é, por sua mesma natureza, algo delicado: implica a liberdade do outro que, ainda que seja com doçura, de todos os modos é provocado a tomar uma decisão. Nem os pais, nem os sacerdotes, nem os catequistas, nem os demais educadores podem substituir a liberdade da criança, do adolescente ou do jovem a quem se dirigem. E a proposta cristã interpela especialmente a fundo a liberdade, chamando-a à fé e à conversão. Um obstáculo particular insidioso na obra educativa é hoje a massiva presença em nossa sociedade e cultura desse tipo de relativismo que, ao não reconhecer nada como definitivo, só tem como medida última o próprio eu com seus gostos e que, com a aparência da liberdade, converte-se para cada um em uma prisão, pois separa dos demais, fazendo que cada um se encontre fechado no próprio «eu». Em um horizonte relativista assim não é possível, portanto, uma autêntica educação: sem a luz da verdade antes ou depois toda pessoa fica condenada a duvidar da bondade de sua mesma vida e das relações que a constituem, da validez de seu compromisso para construir com os demais algo em comum.

Está claro, portanto, que não só temos de tentar superar o relativismo em nosso trabalho de formação de pessoas, mas que estamos também chamados a enfrentarmos seu predomínio destrutivo na sociedade e na cultura. Por isso, é muito importante que, junto à palavra da Igreja, dê-se o testemunho e o compromisso público das famílias cristãs, em particular para reafirmar a inviolabilidade da vida humana desde sua concepção até seu ocaso natural, o valor único e insubstituível da família fundada sobre o matrimônio e a necessidade de medidas legislativas e administrativas que apóiem as famílias na tarefa de engendrar e educar os filhos, tarefa essencial para nosso futuro comum. Por este compromisso vosso também vos agradeço de coração.

Sacerdócio e vida consagrada

A última mensagem que gostaria de deixar-vos afeta a atenção pelas vocações ao sacerdócio e à vida consagrada: todos sabemos a necessidade que tem a Igreja! Para que nasçam e amadureçam estas vocações, para que as pessoas chamadas se mantenham sempre dignas de sua vocação, é decisiva antes de tudo a oração, que não deve faltar nunca em cada uma das famílias e na comunidade cristã. Mas também é fundamental o testemunho de vida dos sacerdotes, dos religiosos e das religiosas, a alegria que expressam por haver sido chamados pelo Senhor. E é assim mesmo essencial o exemplo que recebem os filhos dentro de sua própria família e a convicção nas famílias de que a vocação dos filhos é também para elas um grande dom do Senhor. A opção pela virgindade por amor de Deus e dos irmãos, que é exigida para o sacerdócio e a vida consagrada, está acompanhada pela valorização do matrimônio cristão: a uma e a outra, com duas formas diferentes e complementares, fazem em certo sentido visível o mistério da aliança entre Deus e seu povo.

Queridos irmãos e irmãs, confio-vos estas reflexões como contribuição a vosso trabalho nas noites do Congresso e depois durante o próximo ano pastoral. Peço ao Senhor que vos dê valentia e entusiasmo para que nossa Igreja de Roma, cada paróquia, cada comunidade religiosa, associação ou movimento participe intensamente na alegria e no esforço da missão e deste modo cada família e toda a comunidade cristã redescubra no amor do Senhor a chave que abre a porta dos corações e que faz possível uma autêntica educação na fé e na formação das pessoas. Meu afeto e minha benção vos acompanham hoje e no futuro.” (Bento XVI – 06 de junho de 2005).

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Publicado em ACI Digital. Extraído de A Santa Sé – “Documentos” – Site Oficial do Vaticano – Discurso do Papa Bento XVI na Basílica de São João de Latrão na abertura do Congresso Eclesial da Diocese de Roma sobre «Família e comunidade cristã: formação da pessoa e transmissão da fé» – 06 de junho de 2005.

“SE CRISTO NÃO RESSUSCITOU ,VÃ É NOSSA FÉ”(I COR 15,14.17) – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares (OCDS) – Província São José – Brasil.

Desejo a todos uma boa e santa Páscoa, em Cristo Jesus. Lembramos a Sua Paixão, no Calvário, e a Sua Ressurreição, para o perdão de nossas faltas e de toda a Humanidade – do passado, do presente e do futuro!

(Lúcia Barden Nunes)

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Fonte: OCDS – Província São José – Brasil

JESUS CRISTO NOSSA PÁSCOA E NOSSA RESSURREIÇÃO, GARANTIA DE NOSSA UNIÃO DEFINITIVA COM DEUS.

UM TÚMULO ESTÁ VAZIO!!!ALELUIA!!!

NOSSA VIDA É REGIDA PELA VITÓRIA DE JESUS!!!!

“A paixão de Cristo a partir dos olhos de uma mãe” – OCDS – Província São José – Brasil (YouTube)

Sexta-Feira Santa

06.04.2012

Minha profissão de Fé
Gostem ou não os ateístas, misoteístas, e outras tendências que negam o caráter transcendente da vida humana, creio em um resgate, em vida e após a morte. Ele veio através de Jesus Cristo.
Sou jornalista, e tenho pago o preço (e não reclamo!) de afirmar minha fé no Cristianismo. Hoje, Sexta Feira Santa – para muitos apenas um feriado – o mundo ocidental lembra a tragédia humana. Ela fica estampada no sacrifício deste homem fortíssimo, ma manso de coração há mais de dois mil anos no mundo ocidental. Mas gostem ou não, seu legado se afirma, com dificuldades, é verdade, por todo o Oriente (continentes árabe, asiático e africano). Por que temem tanto o que mesmo estes povos aceitam com alegria? Deixo a questão no ar.
Sob outro aspecto, somos capazes de tudo no intento de afirmarmos nossa existência, que, no máximo pode ultrapassar um século (pouco, e raramente). Jesus Cristo continua inspirando vidas no mundo inteiro, apesar das de nossas propensões ao Mal, ao que é destrutivo, ao egoísmo mortífero. Um Mal que pode aniquilar instantaneamente ou a longo prazo uma ou várias vidas, ou, a vida em si. Mas quem o propaga, a si próprio destroi, e de modo quase imperceptível com a passagem do tempo. Só vai lhe restando o vazio. Literalmente, para este, o inferno começa aqui…
A opção pelo relativismo enquanto cultura, no mundo ocidental, que, sob o manto da liberdade vem se impondo, já está dividindo a Humanidade em dois mundos: os que amam a si mesmo e nada mais, e os que amam o Bem e o Belo do espírito humano e da vida. Há muito decidi pela segunda opção e, que Deus me ajude, continuarei arcando com as consequências. Estou bem acompanhada, e por por muitos. Aliás, à revelia da “Babel” atual, sinto-me amparada por aquele que é sacrificado, mas ressuscita, vindo das trevas espirituais na morte física: Jesus Cristo. Ele não vive somente para uma grande parte dentro de todas as denominações o explorarem com venda de livros, cd’s, incitamento a grandes ofertas de dízimo – como numa chantagem para uma vida próspera, etc. Vive para nos resgatar da segunda morte: a do espírito em vida e após o seu término. Este espírito – a alma – vai reencontra a paz. A seu tempo, nossos corpos serão restituídos do sono eterno, e se unirão misteriosamente à alma que não perece – para o seu bem e, para o seu mal. Sua Ressurreição é a efetivação da esperança que alimentamos neste “vale de lágrimas”(*). (LBN)

* Termo da oração Salve Rainha.

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Fonte: ORDEM DOS CARMELITAS DESCALÇOS SECULARES (OCDS ) – Província São José.

“A PAIXÃO DE CRISTO A PARTIR DOS OLHOS DE UMA MÃE”

A Igreja Católica inicia na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, o Tempo da Quaresma, período de preparação para a festa da Páscoa (“Celebrando” – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas – SP – Brasil)

Fonte/imagem/artigo: Missionários Combonianos – Actualidades – “Quaresma 2012 dedicada às boas obras

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Fonte: CELEBRANDO – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas

TEMPO DE QUARESMA 2012

A Igreja Católica inicia na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, o Tempo da Quaresma, período de preparação para a festa da Páscoa que, com a morte e ressurreição de Jesus, tornou-se o grande referencial da nossa fé, o dia da vitória da Vida sobre a morte. A Quarta-feira de Cinzas marca, também, no Brasil, o início da Campanha da Fraternidade.

1. A Quaresma é o período de 40 dias que começa na quarta-feira de Cinzas e termina na véspera do Domingo de Ramos, este ano no dia 1º de abril, quando tem início a Semana Santa. Nesses 40 dias, somos convidados a reviver a experiência dos 40 anos de travessia do deserto pelo povo de Israel e os 40 dias que Jesus passou no deserto antes de iniciar a sua Missão. Somos convidados a três atitudes que são os pilares da vida cristã: a Oração, relação do homem com Deus; o Jejum, relação do homem consigo mesmo; e a Caridade, relação do homem com o próximo. É um tempo rico de reflexão sobre a nossa vida, buscando valorizar o que temos feito de bom e dar um novo caminho ao que temos feito de ruim ou deixado de fazer. É o convite à conversão.

2. O nosso calendário civil é definido a partir da Festa da Páscoa, por isso a Quaresma varia de ano para ano. A festa da Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do início do outono. Neste ano de 2012 o outono começa no dia 21 de março, e a primeira lua cheia acontece no dia 06 de abril. Assim, a Festa da Páscoa acontece no domingo seguinte, dia 08 de abril. A partir desta data são definidas a Semana Santa, a Quarta-feira de Cinzas e, também, o Carnaval. A festa da Páscoa era primitivamente um ritual realizado por pastores que, para proteger as suas famílias e seus rebanhos dos espíritos maus, matavam um cordeiro e tingiam a entrada das tendas com o seu sangue. Por volta de 1250 anos antes de Cristo, esse ritual adquiriu um novo sentido, com a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Depois, com a ressurreição de Jesus, a Páscoa se tornou a principal festa dos cristãos, lembrando que Deus liberta seu povo através de Jesus Cristo, o novo cordeiro pascal.

3. Na Quarta-feira de Cinzas, nas missas celebradas nas Paróquias e Comunidades, se benzem e impõem as cinzas feitas de ramos de oliveiras ou palmeiras, bentos no Domingo de Ramos do ano anterior. Em procissão, os cristãos e cristãs recebem na fronte um pouco dessas cinzas para expressar o desejo e votos de assumir o processo de conversão que se iniciou no Batismo, por uma vida de oração, esmola e jejum. As cinzas nos lembram que todo orgulho, prepotência, bens materiais não são nada mais do que cinzas após a morte. Conscientes de nossa pequenez, somos chamados a ser agentes de transformação de uma sociedade injusta, desigual e violenta, através de obras, ações, do amor que entrega a própria vida pela vida do outro.

4. A Quarta-feira de Cinzas abre a Campanha da Fraternidade, promovida pela CNBB desde 1964, destacando uma situação da realidade social para a reflexão das comunidades e de toda a sociedade. O tema deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, um chamado à reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil,em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e na mobilização pela melhoria no sistema público de saúde.

Em todas as Paróquias e Comunidades da nossa região haverá Missa na Quarta-feira de Cinzas. Clique aqui para acessar a Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2012.

Desejamos um excelente início de Quaresma!

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Publicado em CELEBRANDO – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas.

Peça publicitária da Igreja Católica – sem fins lucrativos, veiculada em tevês pelo mundo, reconverte católicos em uma semana nos EUA – YouTube – Blog ” In Nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti”

Este vídeo, de 2009, é apresentado do seguinte modo no YouTube:  “Peça publicitária da Igreja Católica, veiculada em Tvs pelo mundo. (…) Categoria: Sem fins lucrativos/ativismo”.

Acredito que é válida a sua divulgação, já que na atualidade, há a publicização de vídeos também “non-profit”,  em circuito global, de temas favoráveis sobre as “vantagens” que  multinacionais,  a maioria poluidoras, oferecem a países com desemprego, ou, igualmente prejudiciais, de extração de madeira em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento, e pela mesma razão. Em seus países de origem as campanhas da população influenciam as decisões parlamentares pela não-instalação de seus parques industriais, em seu próprio solo. Outro exemplo é o da “indústria” do aborto,  que através do ativismo pró-escolha (com representações na ONU), lutam por sua legalização em nível global. Têm também o suporte de “lobbies” nos Parlamentos, através de todos os tipos de  organizações não-governamentais (ONGs).  Em nome dos “direitos da mulher”, tentam persuadir a todos através de um “pacote” de idéias, teorias, pesquisas que têm como pano de fundo um novo conceito, o de “Gênero”. No entanto, há estudos que afirmam que a tese de “Gênero” é, na verdade, mais  uma ideologia que vem sendo apresentada e propagandeada, principalmente nas áreas de educação e cultura. Inclusive, é trazido à tona que órgão de fomento mundial, atrelam a liberação de empréstimos a partir da publicização das idéias que compões o conceito de “Gênero”.

Ainda sobre a legalização do aborto, entre outras teorias relativistas, fundadas em concepções ditas pós-modernas, há a tentativa de convencimento de que estes sistemas de idéias poderiam vir a substituir a cultura judaico-cristã.  O termo denominado “cultura” evidencia tanto uma racionalidade quanto uma subjetividade, que perdura há  dois mil anos, por ter em essência, valores desde sempre reconhecidos como universais.  Tal cultura, a judaico-cristã, firmou concepções sobre o que é um ser humano, uma pessoa, e seus direitos inalienáveis, sejam os de um não-nascido, uma criança, uma mulher ou um homem.

Em seu conjunto, devemos estar atentos para a tentativa atual de banimento do Cristianismo. Diante do “novíssimo” caldo cultural da pós-modernidade, a base conceitual da fé cristã está ultrapassada. Entretanto, vale lembrar, que desde a sua origem lançou as bases da constituição do que entendemos como “família”, aliás, vigentes sem contestação até o final do século XX. Estamos portanto diante de uma campanha mundial de instauração de uma “nova” bagagem  de ideias e teorias sobre o que crianças devem “aprender” e adultos devem tomar como “verdade” enquanto seres humanos.. Adolf Hitler, mentor do nazismo também buscava “relativizar” a importância da cultura religiosa monoteísta do Judaísmo e do Cristianismo. Tinha em mente uma nova era para a Humanidade… (LBN)

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Apresento o blog abaixo como fonte publicadora da peça publicitária “pró-Cristianismo”, que também pode ser encontrada no YouTube:

IN NOMINE PATRIS, ET FILII, ET SPIRITUS SANCTI (Blog)

In Nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sanctii –  htp://paternoster10.blogspot.com/

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ÁSIA/JAPÃO – Os heróis cristãos de Fukushima que sacrificam suas vidas para impedir uma catástrofe nuclear (Agência Fides)

Fonte: Agência Fides

30.03.2011

ÁSIA/JAPÃO – Os heróis cristãos de Fukushima que sacrificam suas vidas para impedir uma catástrofe nuclear

Sendai (Agência Fides) – Entre os trabalhadores que estão na verdade sacrificando suas vidas na usina nuclear de Fukushima, para dominar a radioatividade crescente e tentar colocar em segurança a usina, existem também alguns cristãos. A notícia, que chegou à Fides por alguns missionários locais, foi confirmada pelo Bispo de Sendai, cujo território se encontra na província de Fukushima: “Na tragédia que estamos vivendo e que cria grande preocupação em todos – disse à Agência Fides Dom Martin Tetsuo Hiraga – sabemos que alguns cristãos estão trabalhando como voluntários nas proximidades da usina. Nessa situação terrível, os cristãos japoneses têm uma grande oportunidade para oferecer um testemunho de nossa fé e os valores do Evangelho. Eles estão fazendo isso na solidariedade, na dedicação aos outros, num espírito de abnegação. Em Fukushima os trabalhadores estão arriscando suas vidas para salvar a população japonesa e evitar uma catástrofe nuclear”. Em Fukushima, existem atualmente 180 voluntários anônimos que, em turnos de 50, entram na usina nuclear para realizar operações de emergência. Nos últimos dias, três homens que trabalhavam perto do reator nº 3 da usina nuclear foram hospitalizadas porque contaminados pela radiação. Segundo fontes locais de Fides, o líder da equipe que administra todas as operações é um cristão, enquanto outros cinco membros de uma comunidade Batista estão trabalhando no processo de refrigeração do reator n º 1. e 2. Os fiéis estão realizando esta tarefa delicada e perigosa, “com plena consciência de dar sua vida pelos outros, na fé e na oração” e pediram orações por todos os fiéis do mundo”, para confiar a sua vida nas mãos de Deus”. Uma vigília de oração especial pelas vítimas, para aqueles que estão trabalhando na solidariedade, para as comunidades cristãs japonesas e para apoiar “os heróis cristãos de Fukushima” foi realizada em Cingapura nos últimos dias pela OFM (Overseas Missionary Fellowship), comunidade cristã evangélica que tem missionários em 12 países asiáticos. (PA) (Agência Fides 30/3/2011)

Publicado em Agência Fides.

Papa: “Trabalho nos aproxima de Deus” (Rádio do Vaticano)

Fonte: Rádio Vaticano

PAPA: “TRABALHO NOS APROXIMA DE DEUS”

Cidade do Vaticano, 26 mar (RV) – O papa recebeu esta manhã um grupo de peregrinos da Diocese de Terni-Narni-Amelia, que comemoram 30 anos da visita do Papa João Paulo II às siderúrgicos da cidade.

Bento XVI saudou o grupo, liderado pelo Arcebispo Dom Vincenzo Paglia, recordando o amor especial que João Paulo II nutria pelo mundo do trabalho; seu encorajamento, solidariedade, amizade e carinho pelos operários. O Pontífice recordou que no dia de sua eleição, ele mesmo se definiu um “humilde trabalhador na vinha do Senhor”.

No discurso, o Papa falou sobre a crise de hoje, que está colocando a cidade da usina e suas famílias numa situação difícil. Ele disse sentir a preocupação que os operários trazem em seu coração, e demonstrou estar a par da responsabilidade e da participação da Igreja diocesana, comunicando a esperança do Evangelho e a força para edificar uma sociedade mais justa e digna do homem.

Neste sentido, ressaltou a importância da Eucaristia que salva o mundo, fazendo-o viver a alegria da fé e a paixão por melhorá-lo. A Eucaristia do Domingo é o fulcro da ação pastoral da Diocese, “viver de modo eucarístico significa viver como uma família, um único Corpo, uma sociedade de amor”.

“Neste horizonte – disse o Papa – insere-se o tema do trabalho e de seus problemas, como o que mais preocupa hoje: o desemprego. O trabalho é um dos elementos básicos da pessoa e da sociedade. Condições precárias de trabalho dificultam as condições da própria sociedade, as condições de uma vida ordenada segundo as exigências do bem comum”.

Outro problema tocado por Bento XVI foi a segurança no trabalho, uma realidade à qual é preciso estar atentos, para que a trágica série de incidentes seja interrompida. Em seguida, foi abordado também o problema da precariedade profissional entre os jovens.

O papa se disse muito próximo das preocupações e ansiedades dos operários, auspiciando que na lógica da gratuidade e da solidariedade, os momentos difíceis possam ser superados e seja garantido um emprego seguro, digno e estável para todos.

Enfim, recordou que o trabalho ajuda a sentirmo-nos mais perto de Deus e dos outros, e lembrou que Jesus foi um operário, tendo passado grande parte de sua vida terrena em Nazaré, na marcenaria de José.

Em sua visita à Terni, João Paulo II falou do “Evangelho do trabalho”, afirmando que o Filho de Deus, tornando-se homem, trabalhou com as próprias mãos. A sua foi uma verdadeira fatiga física, ocupou a maior parte de sua vida nesta terra, e assim, entrou na obra de redenção do homem e do mundo.

“O trabalho deve ser entendido na perspectiva cristã, ao invés de ser visto apenas como um meio de ganho, ou de exploração, como em muitas partes do mundo, onde é ofendida a própria dignidade da pessoa. Em relação ao trabalho aos domingos, o Papa acenou para o risco de que o ritmo do consumo possa subtrair-nos o sentido da festividade e do Domingo como dia do Senhor e da comunidade.
(CM)

Publicado em Rádio do Vaticano.

O Papa no Angelus recorda que também “o Filho de Deus era um refugiado”, e reza pelas populações atingidas pelas inundações na Austrália, Brasil, Filipinas e Sri Lanka (Agência Fides)

Fonte: Agência Fides

17.01.2011

VATICANO – O Papa no Angelus recorda que também “o Filho de Deus era um refugiado”, e reza pelas populações atingidas pelas inundações na Austrália, Brasil, Filipinas e Sri Lanka

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – No Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, celebrado no domingo, 16 de janeiro, o Papa Bento XVI convidou a refletir, em seu discurso antes da oração do Angelus, sobre a experiência de muitos homens e mulheres, e muitas famílias, que deixam seu país em busca de melhores condições de vida”. O Papa sublinhou que “esta migração é, às vezes voluntária, outras vezes, infelizmente, é forçada pela guerra ou perseguições e acontece muitas vezes em condições desumanas”. Recordando a experiência da Sagrada Família de Nazaré, Bento XVI sublinhou que “o Filho de Deus também foi um refugiado”, e que “a Igreja sempre vive dentro de si a experiência da migração. “Às vezes, infelizmente, os cristãos se sentem obrigados a deixar com sofrimento suas terras, empobrecendo assim os países onde seus antepassados viveram”. “Os movimento voluntários de cristãos, por diversos motivos, de uma cidade para outra, de um país para outro, de um continente para outro – continuou o pontífice – são uma oportunidade para aumentar o dinamismo da Palavra de Deus e fazem com que o testemunho da fé circule no Corpo Místico de Cristo atravessando os povos e culturas, e alcançando novas fronteiras, novos ambientes”. Citando, enfim, o tema da mensagem enviada para o Dia Mundial do Migrante, Bento XVI afirmou que “o objetivo da grande viagem da humanidade através dos séculos” é “formar uma única família, naturalmente com todas as diferenças que a enriquecem, mas sem barreiras, reconhecendo todos irmãos”. E citando a este propósito a “Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos”, que se realizará de 18 a 25 de janeiro, definindo “fundamental” o fato de que os cristãos ao em todo o mundo e, portanto, “diferentes por culturas e tradições, são uma só coisa, como deseja o Senhor “. Depois da oração mariana, o Papa expressou a alegria da Igreja pela beatificação do Venerável Papa João Paulo II, em 1° de maio – “Aqueles que o conheceram, aqueles que o estimaram e amaram, se alegram com a Igreja por este evento. Estamos felizes !”- e citou as vítimas das recentes catástrofes naturais: “Quero assegurar minha especial recordação na oração para as populações da Austrália, Brasil, Filipinas e Sri Lanka, atingidas recentemente por enchentes devastadoras. “O Senhor acolha as almas dos mortos, dê força às pessoas deslocadas e fortaleça os esforços daqueles que estão fazendo o possível para aliviar o sofrimento e privações”. (SL) (Agência Fides 17/1/2011)

* Links: O texto integral das palavras do Santo Padre no Angelus

Publicado em Agência Fides.

O papa Bento XVI enviou, nesta sexta-feira, 14, uma mensagem de solidariedade às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro (Flos Carmeli)

Fonte: Flos Carmeli

Mensagem do Santo Padre às Vitimas

O papa Bento XVI enviou, nesta sexta-feira, 14, uma mensagem de solidariedade às vítimas das chuvas na região serrana do Rio de Janeiro. Em telegrama assinado pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcísio Bertone, o papa se diz “consternado com as trágicas consequências das fortes chuvas que atingiram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro, particularmente Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo”.

Bento XVI manifesta sua solidariedade espiritual ao querido povo fluminense, nessa hora difícil” e “recomenda as vítimas a Deus misericordioso e implora a assistência e consolação divina para os desalojados e quantos sofrem física e moralmente, enviando-lhes uma propiciadora bênção apostólica”. O telegrama foi enviado ao bispo de Petrópolis, dom Filippo Santoro.

Os números da maior tragédia climática do país não param de crescer. Os mortos já passam de 700 e são milhares de desabrigados e desalojados na região serrana do Rio.

A Igreja pede ajuda aos que sofrem.

Faça a sua doação:

Cáritas Arquidiocesana – Rio de Janeiro
Banco Bradesco
agência 0814-1
conta 48500-4.

Campanha “SOS Serra” – Diocese de Petrópolis
Banco Bradesco
Agência 4014
conta 11.4134-1

Campanha “SOS Nova Friburgo” – Diocese de Nova Friburgo
Banco Bradesco
Agencia 540
conta 114.000-0

Campanha “SOS Teresópolis – Donativos” – Prefeitura de Teresópolis
Banco do Brasil
agência 0741
conta é 110000-9

Publicado em Flos Carmeli,

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