Hoje a Igreja celebra a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Jan. 23 / 12:01 am (ACI).- A solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (Theotokos) é a mais antiga que se conhece no Ocidente. Nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Santa Missa, encontram-se pinturas com esta inscrição.

Segundo um antigo testemunho escrito no século III, os cristãos do Egito se dirigiam a Maria com a seguinte oração: “Sob seu amparo nos acolhemos, Santa Mãe de Deus: não desprezeis a oração de seus filhos necessitados; livra-nos de todo perigo, oh sempre Virgem gloriosa e bendita” (Liturgia das Horas).

No século IV, o termo Theotokos era usado frequentemente no Oriente e Ocidente porque já fazia parte do patrimônio da fé da Igreja.

Entretanto, no século V, o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando: “Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses”.

Nestório havia caído em um engano devido a sua dificuldade para admitir a unidade da pessoa de Cristo e sua interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes Nele.

Os bispos, por sua parte, reunidos no Concílio de Éfeso (ano 431), afirmaram a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho. Por sua vez, declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”.

Logo, acompanhados pelo povo e levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém”.

São João Paulo II, em novembro de 1996, refletiu sobre as objeções expostas por Nestório para que se compreenda melhor o título “Maria, Mãe de Deus”.

“A expressão Theotokos, que literalmente significa ‘aquela que gerou Deus’, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina”, disse o papa.

“O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é-Lhe consubstancial. Nesta geração eterna Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria”, acrescentou.

Do mesmo modo, afirmou que a maternidade da Maria “não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana”. Além disso, “uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera”, disse são João Paulo II.

Por fim, é importante recordar que Maria não é só Mãe de Deus, mas também nossa porque assim quis Jesus Cristo na cruz, quando a confiou a São João. Por isso, ao começar o novo ano, peçamos a Maria que nos ajude a ser cada vez mais como seu Filho e iniciemos o ano saudando a Virgem Maria.

Saudação à Mãe de Deus

Salve, ó Senhora santa, Rainha santíssima,
Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja,
eleita pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou por seu santíssimo
e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude
da graça e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor! Salve,
ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes
derramadas, pela graça e iluminação
do Espírito Santo,
nos corações dos fiéis
transformando-os de infiéis
em servos fiéis de Deus!

Publicado em ACI Digital.

Jesus nasceu! Nasceu o Redentor! Que Sua luz e Seu amor permaneçam em nossos corações e neles façam morada durante todo ano que se inicia! Feliz e abençoado Natal!

Imagem: Nativity Mural, Bethlehem, Israel. By Paul Fisher.

Que presente podemos dar a Jesus neste Natal?

    Os reis magos vieram da Pérsia, iluminados por uma estrela no céu e por uma luz interior que os guiava e os dirigia para Cristo, o Messias que eles sabiam que os judeus esperavam. A tradição diz que eram reis de pequenos reinos, entendidos em ler as estrelas. Enquanto em Jerusalém ninguém esperava e acreditava, eles, na fé, procuravam o esperado Menino, sua Mãe e seu Pai em Belém. “Onde está o rei dos judeus, que acaba de nascer? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo” (Mt 2,1-2). São Mateus diz que o rei Herodes ficou perturbado e com ele toda a Jerusalém.

    E a misteriosa estrela os guiava até chegarem onde estava o Menino. Encontrando-O, prostraram-se diante d’Ele, “abrindo seus tesouros, ofereceram-lhe como presentes ouro, incenso em mirra”. O ouro é dado ao Rei, o incenso a Deus, e a mirra à vítima a ser imolada um dia no Calvário. Que mistério!

    Que presente podemos dar a Jesus neste Natal?

    Foto ilustrativa: ArtistGNDphotography by Getty Images

    A epifania é esta manifestação de Jesus como Messias, Filho de Deus e Salvador do mundo. Esses “magos”, representantes das religiões pagãs, representam as primeiras nações que acolhem a Boa Nova da salvação pela Encarnação do Verbo. A vinda deles a Jerusalém para “adorar ao Rei dos Judeus” mostra que eles procuram, em Israel, a luz do Messias da estrela de Davi, aquele que será o Rei das nações. Isso significa que “a plenitude dos pagãos entra na família dos patriarcas” e adquire a mesma dignidade dos judeus.

    Como escolher um presente para Jesus?

    Os reis magos, que eram pagãos, souberam ver no Menino o Deus Salvador, por isso O adoraram e Lhe deram presentes. E nós, o que devemos dar a Jesus? Antes de tudo, precisamos seguir a sua Luz, a sua Estrela.

    Ora, São João da Cruz disse que “amor só se paga com amor”. Jesus só nos deu amor: Sua vida, Sua morte, Sua ressurreição. “Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Ele é o amor! Nossos presentes ao grande Menino devem ser presentes de amor.

    Ele disse na Santa Ceia: “Se me amais guardareis os meus mandamentos” (Jo 14,15). Então, a primeira disposição nossa deve ser de renovar o desejo de ouvir a Sua voz e obedecer-Lhe. São Jerônimo disse que “quem não conhece os Evangelhos não conhece Jesus”. O primeiro passo é conhecer o que Ele ensinou; o segundo é viver o que Ele manda.

    (…)

    Entregue seu coração para Ele!

    Jesus veio para “tirar o pecado do mundo” (Jo 1,29); Ele é o Cordeiro imolado pelos nossos pecados. Então, o melhor presente que você pode colocar na Sua manjedoura é o propósito firme de lutar, sem tréguas, sem desanimar, sem se cansar, contra os seus pecados, pois o pecado é a única ação que pode afastá-Lo do seu coração, onde Ele quer sempre estar.

    Olhe para você mesmo diante do Presépio, e pergunte ao divino Menino o que Ele quer que você mude na sua vida. Peça-lhe a sua graça, para ouvir a sua voz e ter a graça de obedecer-Lhe. Ofereça esse propósito como o seu ouro, incenso e mirra. Ele vai gostar!

    Mais do que os presentes e as microlâmpadas piscando, Ele quer seu coração; todo, inteiro, sem divisão. Então, o melhor presente é entregar-Lhe o coração determinado a amá-Lo.

    Prof. Felipe Aquino

    Publicado em Formação Canção Nova.

    O consumismo e o verdadeiro espírito do Natal

    Natal é Jesus. Assim gostaria de começar esse texto, para que já fique explícito desde o começo qual é o verdadeiro sentido dessa festa que se aproxima. Sentido esse que fica muitas vezes em segundo plano nas celebrações, dando lugar a um consumismo desenfreado que cega o espírito que deveríamos ter nessa época.

    consumismo

    Isso não é novo. Todos sabemos que nessa época o comércio fica aberto até mais tarde para que possamos comprar aquelas coisas de última hora. Conhecemos a correria para comprar o tender, o peru, o presente daquela pessoa que tínhamos esquecido, etc….

    Também não é novidade que existe uma reação à tudo isso. Podemos ver nos jornais, revistas e internet uma grande quantidade de pessoas que criticam todo esse consumismo que vemos nessas épocas. Mas aqui percebo um grande problema que estamos vivendo atualmente. Em vários desses artigos, os autores pregam um retorno à essência do Natal, que é o sentimento de família, a magia que ronda em torno a figura do Papai Noel, as luzes que enfeitam essa época “mágica”, a inocente alegria das crianças esperando o bom velhinho descer pela chaminé e outras coisas desse tipo.

    “Natal é Jesus. E não se pode confundir isso apenas com sentimentos positivos”.

    Por isso comecei o texto dessa maneira. Natal é Jesus. E não se pode confundir isso apenas com sentimentos positivos. Celebramos nessa data um acontecimento real. Deus veio ao mundo em um frágil menino, filho de Nossa Senhora de Nazaré. E é isso que devemos, como católicos, anunciar para o mundo inteiro.

    O mundo está descontente. Esse exemplo do consumismo de Natal é bem gráfico. Se percebe intuitivamente que estamos celebrando mal essa festa, mas não se percebe qual é a Verdade que mostra como celebrá-la bem. De uma maneira mais geral, podemos dizer que o mundo muitas vezes está triste, cansado e procura sua alegria em coisas que não podem dar, porque a alegria verdadeira de todo mundo está em encontrar-se com Deus.

    “Os presentes e a festa fazem parte de tudo isso. É um tempo de verdadeira alegria, mas que precisa ser entendida, para não perder o foco”. 

    Mas encontrar-se com Ele não é tão simples assim. Ele não veio cheio de pompa, em um castelo imponente. Ele veio frágil, em uma manjedoura. Só o encontramos se ficamos atentos aos sinais dele em nossa vida, como os pastores que receberam a visita dos anjos e os reis magos que seguiram a estrela que os guiava. É preciso fazer silêncio e ficar atento. Exatamente o contrário do que muitas vezes fazemos nessas épocas.

    Os presentes e a festa fazem parte de tudo isso. É um tempo de verdadeira alegria, mas que precisa ser entendida, para não perder o foco. Os reis magos trouxeram presentes para o menino Jesus. Presentes valiosos inclusive, ouro, incenso e mirra. Mas o fizeram sabendo porque o faziam. Tinham encontrado Jesus e essa era a alegria de cada um deles.

    Mas realmente não importa se não podemos comprar nada nessa época. Existe uma música que é muito bonita, a canção do pequeno tamborileiro, que conta a história de um garotinho que havia encontrado a Jesus que tinha acabado de nascer em Belém, mas como era muito pobre, só podia tocar para Ele o seu velho tambor.

    gesu-bambino

    Muitos pensariam talvez que esse não é um presente digno de Deus, mas conta a música que quando Ele ouviu o toque do tambor, sorriu para o pequeno tamborileiro. Pensemos se com as nossas atitudes nesse Natal, estamos fazendo, nós também, com que Jesus sorria ou não.

    Publicado em A12 Redação.

    São João da Cruz – Biografia – Memória -14 de dezembro

    O Carmelo

    Vivido entre 1542 e 1591 na Espanha, sua vida é marcada, por um lado, pela dor infligida-lhe pela dura realidade externa, e por outro pela alegria da descoberta crescente de uma vasta e luminosa realidade interior.

    Órfão de pai aos 3 anos, João de Yepes – seu nome civil – prova o esforço da mãe que procura corações benevolentes a garantir-lhe a sobrevivência. Na adolescência pode trabalhar e estudar.

    Aos 21 anos faz-se religioso carmelita, mas sofre a angústia de não poder viver ali como queria, e sonha com a austeridade e o silêncio monástico dos cartuxos.

    No ano em que se ordena sacerdote, em 1567, encontra-se com Santa Teresa, que o conquista para a sua obra de reforma entre os frades. No ano seguinte, em 1568, torna-se o primeiro carmelita descalço, assume o novo nome de João da Cruz e vive momentos de indescritível felicidade, num casebre perdido da zona rural de Ávila. A partir daqui empenha-se, até o fim da vida, em diversas tarefas entre os carmelitas descalços que veem-se em ligeira expansão. Sua missão somente é interrompida pela perseguição dos padres da Ordem Carmelitana, que o escolhem como vítima do conflito gerado pelo crescimento dos descalços. Durante 9 meses, entre 1577 e 1578, é encarcerado no convento da cidade de Toledo. No meio de um sofrimento físico e moral somente imaginável por quem passou pela dura realidade da prisão, brotam do seu coração as mais belas poesias místicas já escritas, que revelam a experiência de um Deus que se faz prisioneiro do nosso amor.

    Terminado o tempo da prisão, retoma suas atividades, até o ano de 1591, quando, em meio a uma surda perseguição dos seus próprios superiores, alegra-se por ver aproximar-se o almejado momento de poder ver rompida a tênue tela que o separava do seu divino amado.

    São João da Cruz deixou-nos escritos de maravilhosa profundidade de vida espiritual. Seus escritos revelam a densidade de vida que ele mesmo viveu, e constitui doutrina insuperável, pela originalidade das considerações, a respeito do itinerário da vida cristã, desde seus primeiros passos às mais altas realizações nesta vida. A forma que envolve o conteúdo dos ensinamentos do místico doutor, é de igual modo, plena de beleza poética, pois somente a poesia é capaz de expressar sentimentos e realidades indizíveis.

    Escritor

    Quando sobra tempo e sente necessidade torna-se escritor. A maioria dos que entram em contato com os escritos de São João da Cruz, são levados a considerá-lo um escritor profissional, no entanto sua atividade é breve, 8 anos, de 1578 a 1586…É no sofrimento e na marginalização mais dura que nasce o Frei João, poeta e escritor… Além das cartas, de pensamentos e ditos e outros escritos menores, São João da Cruz deixou-nos quatro grandes escritos que inter-relacionam-se e onde desenvolve o dinamismo que toda pessoa humana é chamada a percorrer em sua relação com Deus. Tais obras são: Subida do Monte Carmelo, Noite escura, Cântico espiritual e Chama viva de Amor. As duas primeiras obras acentuam a purificação como passagem e caminho que concretiza a união, purificação que envolve atitudes que têm por protagonismo ora a pessoa que responde à graça, ora Deus mesmo que, aos passos da pessoa, toma o processo em suas mãos. As outras obras, ainda que tocando a realidade da purificação, centram sua atenção na vivacidade do amor que tudo pervade e nas consequências positivas da união com Deus, ideal último para o qual todos nós fomos criados.

    Místico

    Não há dúvida de que São João da Cruz é um dos maiores místicos de todos os tempos…Ele foi alguém que não só teve uma experiência forte da presença de Deus, mas também ajudou outros a iniciar o caminho da aventura da fé…Ao longo de seus escritos, encontramos conselhos, avisos, que evitam ao ‘principiante’ perder tempo precioso na busca de Deus.(p.21).

    O centro de tudo para nosso santo é sem dúvida o amor: força propulsora do processo, objeto de purificação que consiste em concentrar toda a sua força para Deus, fim e ideal do caminho. A união com Deus é união de amor com aquele que é amor. Ordenado para Deus, nosso amor recupera sua veemência, sua característica de força e movimento, afinal o amor é forte como a morte e sua medida é ser sem medida. Tão infinito como Deus é o amor, e, do mesmo modo como ele nos amou, à loucura, quando o amamos, somos levados a cometer por ele loucuras de amor. “Com ânsias de amores inflamada”, diz um trecho de uma sua poesia, é assim que a alma caminha em seu caminho com Deus e para Deus. Amando assim, este santo carmelita tornou-se, sem dúvida, um louco, louco de paixão por Deus, e nenhum de nós que dele se aproxima e por ele deixa-se guiar, pode deixar de almejar a mesma loucura, de um mesmo amor.

    A Bíblia

    São João da Cruz conhecia a Bíblia, amava-a de coração e sabia se movimentar com facilidade pelo mundo bíblico. Mais que um erudito é um apaixonado pela palavra de Deus.

    Teólogo

    Normalmente podemos correr o risco de colocar em oposição a teologia e a mística. É um erro que deve ser evitado. João da Cruz é um teólogo e um grande teólogo…Possui uma visão sistemática e completa da história da salvação.

    Quadro cronológico

    1542 – Nascimento em Fontiveros(Ávia), em data desconhecida. Filho de Gonzalo de Yepes e Catalina Álvarez. São três irmãos: Francisco, Luís e João.

    1545-1551 – Infância pobre e difícil: Quando morre o pai, a família emigra para Torrijos e não encontrando melhores condições de vida, volta a Fontiveros. Luís, o segundo dos irmãos, morre. Em 1551 fixam residência em Arévalo.

    1551-1559 – Ocupou-se nos ofícios de carpinteiro, pintor, entalhador; acólito na igreja da Madalena.

    1559-1563 – Estuda humanidades no colégio dos Jesuítas.

    1563 – Recebe o hábito religioso dos Carmelitas, chamado Frei João de São Matias.

    1564 – Entre o verão e o outono faz sua profissão religiosa.

    1567- Ordenado sacerdote em Salamanca, provavelmente em julho; reza sua primeira missa em Medina, provavelmente em agosto, acompanhado de sua mãe. Setembro/outubro: Encontra-se pela primeira vez com Santa Teresa, em Medina, que o conquista para dar início à sua Reforma entre os frades.

    1568 – Terminados seus estudos em Salamanca, volta a Medina; mantém colóquios com Santa Teresa; parte com ela rumo a Valladolid no dia 9 de agosto para a fundação das descalças e permanece lá até outubro, informando-se detalhadamente da nova vida reformada; no início de outubro vai a Duruelo(Ávila) para preparar uma ‘alquería’ para o primeiro convento descalço, e no dia 28 de novembro, primeiro domingo do Advento, inaugura nele a vida reformada de Carmelitas Descalços.

    1569-1572- Formador dos descalços

    1572 – Fim de maio, chega a Ávila a pedido de Santa Teresa, como confessor e vigário do Mosteiro de Carmelitas da Encarnação, onde ela é priora.

    1574 – …no dia 19 de março inauguram a fundação de Descalças, regressando a Ávila no fim do mês.

    1575-1576 – …Os Calçados de Ávila levam-no prisioneiro a Medina, onde fica nove meses, mas foi libertado e restituído ao seu cargo por intervenção do Núncio.

    1577-1578 – Encarcerado em Toledo – Na noite do dia é aprisionado e tirado violentamente de sua casinha da Encarnação de Ávila, e entre o dia 4 e 8 é levado ao Convento dos Descalços de Toledo, onde fica recluso no cárcere conventual durante oito meses; ali compõe seus primeiros poemas místicos.

    1578 – Durante a oitava as Assunção, por volta das duas ou três horas, provavelmente no dia 17, foge do cárcere conventual se refugiando de dia no convento das Descalças. O resto do mês de agosto e todo o mês de setembro, fica escondido na casa do Sr.Pedro González de Mendoza.

    1578-1588- Superior de Andaluzia

    1578- No início de outubro encontra-se em Almodóvar, onde participa do Capítulo dos Descalços, que começa no dia 9, e é eleito Vigário do Convento do Calvário(Jaén); de passagem para esta casa se detém em La Peñuela e nas Descalças de Beas; no início de novembro toma posse de seu cargo que durará sete meses e meio.

    1580 – Morre em Medina a mãe do santo.

    1585 – No dia 17 de fevereiro inaugura a fundação de Descalças em Málaga;

    1591 – Últimos sofrimentos e morte

    Junho – do Capítulo de Madri sai sem nenhum cargo…o abandono e uma surda perseguição caem sobre ele.

    10 de agosto – Chega como súdito a La Peñuela; um mês depois aparecem nele ‘umas pequenas calenturas’ que nunca mais cedem;

    28 de setembro – Vai doente para Úbeda(Jaén), onde passa os últimos meses de sua vida.

    Dezembro – à meia-noite de 6ª feira, 13, ao sábado, 14, morre santamente em Úbeda aos 49 anos de idade.

    1675 – Aos 25 de janeiro é beatificado pelo Papa Clemente X

    1726 – O Papa Bento XIII o canoniza aos 27 de dezembro.

    1926 – Pio XI, o Papa Carmelitano, proclama-o Doutor da Igreja, chamando-o Doutor Místico, no dia 24 de agosto.

    1952 – É proclamado Padroeiro dos poetas espanhóis, aos 21 de março.

    Fonte: São João da Cruz . Obras Completas. 2002. Vozes.

    Publicado em Carmelitas Mensageiros do Espírito Santo.

    Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Solenidade – 12 de outubro

    Destinado à Nossa Senhora Aparecida, o feriado de 12 de outubro carrega a data simbólica de homenagem à padroeira brasileira. Também conhecida como Nossa Senhora da Conceição, ela foi encontrada por pescadores na segunda quinzena de outubro de 1717, no Rio Paraíba do Sul, em São Paulo. Feita de terracota, medindo 36 cm e 2,5kg, a Santa apareceu no rio, e foi assim que deu origem ao seu nome.

    Cidade de Nossa Senhora Aparecida

    Em 1745, uma capela foi erguida e a Santa começou a atrair devotos. O lugar se tornou uma cidade, conhecida atualmente como Aparecida. Ela foi visitada pelo imperador Dom Pedro I durante sua viagem que terminaria com a declaração de independência brasileira. Na visita, o imperador fez uma promessa: caso se tornasse governante do Brasil, faria da Santa a padroeira do país. Porém isso não veio a calhar, pois quem se tornou padroeiro foi São Pedro de Alcântara.

    Visita de Princesa Isabel

    O verdadeiro reconhecimento começou a crescer quando a Vila de Santo Antônio de Guaratinguetá, onde apareceu pela primeira vez no rio, começou a comentar sobre as histórias de milagres. Por conta disso, em 1868, a Princesa Isabel foi para Aparecida pedir proteção para engravidar de uma criança. Em 1874, completou a gestação de um natimorto e, entre 1875 e 1875, teve três filhos herdeiros.

    O manto da Santa

    Como forma de doação, em 1888 a Princesa levou uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis e um manto azul, que seria posteriormente usado por um representante do Papa em 1904, que a coroou Rainha do Brasil.

    A cerimônia

    Por conta da pressão das arquidiocese do Rio de Janeiro e São Paulo para a formalidade do reconhecimento, Nossa Senhora se tornou oficialmente padroeira em 16 de julho de 1930, por um decreto do Papa Pio XI. O decreto foi oficializado em 31 de maio de 1931, em uma missa solene no Rio.

    Feriado Nacional

    O feriado nacional só veio depois, sancionado pelo Presidente João Figueiredo, o último presidente da ditadura. Foi firmado em 30 de junho de 1980, dia em que o João Paulo II pisou em terras nacionais, sendo o primeiro Papa a fazer isso.

    O dia escolhido

    Apesar de ter sido encontrada na segunda quinzena de outubro de 1717, o dia escolhido para o feriado foi dia 12, pois é o mesmo dia em que Cristóvão Colombo aportou no continente americano. Além disso, dia 12 de outubro também marca o dia em que Dom Pedro I foi coroado Imperador.

    12 milhões de visitas

    A cidade de Aparecida e a capela da Santa é visitada por cerca de 12 milhões de romeiros por ano. O lugar já recebeu figuras importantes como João Paulo II, Bento 16 e Papa Francisco, que realizou a missa no Santuário Nacional de Aparecida.

    Nossa Senhora da Conceição Aparecida, padroeira do Brasil, rogai por nós!

    Publicado em Fundação Padre Anchieta (título original da matéria ” Por que Nossa Senhora Aparecida foi considerada padroeira do Brasil?”

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