“Preconceito e Homofobia [A Armadilha do “Preconceito e da “Homofobia”] – O vocabulário que quer a inversão do que é racional – Artigo (Scutum Fidei – 28.04.2013)

  • Fonte: Frates in Unum

    «A verdadeira liberdade consiste em conformar-se com Cristo, e não em fazer o que se quer»

    Bento XVI, audiência geral de 1º de outubro de 2.008.

    ….

Quando o sacerdote celebra a Santa Missa…
  • Honra a Deus, alegra os anjos, edifica a Igreja, ajuda os vivos, proporciona descanso aos defuntos e faz-se participante de todos os bens. (Imitação de Cristo, Livro IV, Cap. V)

….
O conteúdo abaixo foi publicado por Lucia Nunes  em Notas-Facebook –  em Segunda, 29 de abril de 2013 às 20:43:
  • Entrevista coletiva de Padre Beto: “Eu não tenho do que me redimir, e, muito menos a quem ou do que pedir perdão.

        Link (áudio)

  • Padre Beto abandona ministério sacerdotal e espera que Igreja volte a ser a mesma das décadas de 60 a 80.

Declaração de Padre Beto em seu perfil no Facebook.

  • Diocese de Bauru declara a excomunhão de Padre Beto: incorreu de livre vontade no gravíssimo delito de heresia e cisma. Padre Beto está excomungado por heresia e cisma: traiu o compromisso de fidelidade à Igreja em nome da “liberdade de expressão”.

Fonte: Frates in Unum

…………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………………..

Fonte: Frates in Unum

 Conteúdo relacionado:

A Armadilha do “Preconceito” e da “Homofobia” – O vocabulário que quer a inversão do que é racional (na íntegra, logo abaixo)

19 de abril de 2013. Publicado no original em http://www.montfort.org.br/a-armadilha-do-preconceito-e-da-homofobia-o-vocabulario-que-quer-a-inversao-do-que-e-racional/

e

http://scutumfidei.org/2013/04/19/a-armadilha-do-preconceito-e-da-homofobia-o-vocabulario-que-quer-a-inversao-do-que-e-racional/

Scutum Fidei – 28 de abril de 2013 – Queremos tratar neste breve artigo, todavia, de dois termos muito empregados atualmente pelo politicamente correto e pelo lobby homossexual para a promoção de comportamentos que se opõem francamente à natureza. São esses termos: preconceito e homofobia. … Autor: Padre Daniel Pinheiro

ARTIGO

A Armadilha do “Preconceito” e da “Homofobia” – O

vocabulário que quer a inversão do que é racional

Autor: Padre Daniel Pinheiro Scutum Fidei

Os slogans, as frases feitas e o vocabulário pronto são extremamente corriqueiros. O programa de destruição do cristianismo, quer dizer, da santa Igreja Católica é mestre em bravejar slogans aparentemente inofensivos, mas que tem por objetivo último a completa mudança das mentalidades. Seguindo esse modus operandi, o aborto torna-se interrupção da gestação, por exemplo. A contracepção pode se tornar planejamento familiar. Queremos tratar neste breve artigo, todavia, de dois termos muito empregados atualmente pelo politicamente correto e pelo lobby homossexual para a promoção de comportamentos que se opõem francamente à natureza. São esses termos: preconceito e homofobia. Esses termos são utilizados por eles exatamente porque invertem completamente a realidade da questão.Preconceito e homofobia são expressões muito precisas e que significam algo muito mais sério e profundo do que parece à primeira vista. A intenção com o uso desses termos e pelo próprio sentido deles é afirmar que se opor ao homossexualismo é algo contrário à razão. Convém, para explicitar melhor isso, considerar algumas noções filosóficas.

As três operações do intelecto humano

O conceito é o fruto da primeira operação do intelecto, que se denomina simplex apprehensio (simples apreensão). O conceito é o entendimento pelo intelecto da essência de um dado ser. O conceito é, então, o primeiro fruto da racionalidade humana, se assim podemos dizer. É somente com a segunda operação do intelecto, denominada compositio et divisio(composição e divisão) que se faz um julgamento, fruto dessa segunda operação. Depois de abstrair a essência dos seres materiais o intelecto é capaz de julgar associando (compositio) ou separando (divisio) conceitos, afirmando ou negando o predicado de um sujeito. Assim, depois de abstrair a essência de homem (animal racional) e a essência de justo (aquele que dá a cada um aquilo que lhe é devido), eu posso dizer que um homem é justo ou injusto, por exemplo. Finalmente, com a terceira operação do intelecto e seu fruto que se chamam ambos raciocínio (ratiocinatio) o homem pode progredir no conhecimento, chegando ao conhecimento de algo novo a partir daquilo que já é conhecido por ele: i) todo homem tem um corpo; ii) Ora, Cristo é verdadeiro Homem; iii) Cristo tem, então, um corpo. Eis as três operações do intelecto humano.

Opor-se à prática homossexual é um preconceito?

Depois dessa breve análise das operações do intelecto e de seus frutos, podemos compreender aonde se pretende chegar quando se diz que se opor ao homossexualismo é um preconceito. O preconceito consiste, como o próprio nome indica, em uma maneira de agir que é anterior ao conceito. É uma ação sem qualquer indício de racionalidade, pois o preconceituoso se opõe a algo antes de conhecer a essência daquilo a que se opõe. Assim, aquele que é preconceituoso em relação ao homossexualismo agiria sem pensar, quer dizer, antes de saber exatamente o que significa o homossexualismo. Isso significaria, então, que aqueles que se opõem ao homossexualismo não agem segundo a razão, mas como animais, julgando simplesmente segundo sentimentos, paixões[1]. Ou ainda, aqueles que se opõem ao homossexualismo agem de maneira irracional porque agem movidos por razões religiosas. Como a religião é, para os modernos, inconciliável com a razão, aquele que julga por motivos religiosos julga sem ter conceitos racionais formados[2]. O que eles pretendem fazer, então, é informar essas pessoas consideradas por eles como preconceituosas e ignorantes, dizendo a elas o que é verdadeiramente o homossexualismo, para que elas tenham um conceito dele e possam julgá-lo a partir disso. Eles dizem, então, que se trata de “uma expressão legítima de amor”, “algo que faz parte da evolução humana”, “algo que leva certas pessoas à felicidade”, etc. Ao informar as pessoas não dão, então, o conceito correto de homossexualismo – comportamento contra a lei natural[3] e, portanto, irracional, portanto contra a virtude e conducente, como tal, à tristeza. Dão uma definição falsa que apela, sobretudo, aos sentimentos, às paixões. Com essa noção falsa as pessoas passarão a julgar falsamente a homossexualidade, aceitando-a e alguns até mesmo incentivando-a.

Notemos que há, assim, uma inversão completa da realidade, pois, na verdade,  os que se opõem ao homossexualismo o fazem justamente porque possuem o conhecimento exato da essência do homossexualismo, têm um conhecimento exato de seu conceito, e julgam seguindo a razão, baseada sempre na natureza das coisas. Assim, são contrários ao homossexualismo por que tal conduta, opondo-se à natureza, opõe-se à razão, e opondo-se à razão opõe-se ao bem do próprio homem e da sociedade. Assim, pela simples acusação de preconceito, aqueles que defendem a lei natural – participação da lei eterna em Deus e que pode ser e é conhecida pela razão – tornam-se os irracionais. Por outro lado, aqueles que defendem o homossexualismo, opõem-se, na verdade, à lei natural – sobre a qual deve ser fundada a razão que opera retamente. São os defensores desse comportamento que julgam segundo as paixões e, portanto, de forma irracional, mas, ao acusar os outros de “preconceito” pretendem ser os racionais e os razoáveis. A inversão foi feita com uma só palavra. Com um simples termo – preconceito – a virtude passou a ser o vício e o vício passou a ser virtude. O vício tornou-se um bem e uma condição para a felicidade.

O que significa homofobia?

Algo semelhante ocorre com o termo homofobia. O termo fobia significa geralmente uma aversão[4] (ou medo) exagerada, desproporcional, enfim irracional, em relação a algo que é considerado como um mal. A essa aversão se segue, em geral, um ódio com relação àquilo que é considerado um mal. Assim, a paixão do apetite concupiscível ou irascível seria tal que a razão deixaria de exercer seu domínio sobre as faculdades inferiores. Vemos claramente isso quando falamos de claustrofobia, que é a aversão irracional a lugares fechados ou agorafobia que é o medo irracional de lugares abertos ou públicos. Em todo o caso, a fobia é uma aversão (ou medo) irracional, que precede qualquer julgamento ou que advém de um julgamento falso: todo lugar fechado é perigoso ou todo lugar público é perigoso e deve ser evitado. Assim, quando se fala de homofobia o que se quer dizer é que existe uma aversão (ou medo) irracional em relação ao homossexualismo devido às paixões que suprimem o uso da razão ou devido ao falso juízo que se faz sobre o homossexualismo, que é, por sua vez, consequência do falso conceito que se tem dele. Voltamos ao mesmo ponto: é preciso informar os homofóbicos da “verdadeira” natureza do homossexualismo. Mais uma vez, com uma só palavra, a inversão completa da realidade foi operada. Aqueles que se opõem ao homossexualismo teriam uma aversão (ou medo) irracional, baseada em paixões que não estão de acordo com a razão. Aqueles que em realidade ordenam suas paixões segundo a razão, sempre com base, portanto, na lei natural, tornam-se os irracionais, enquanto aqueles que agem contra as leis mais básicas e evidentes da natureza e seguem as paixões desordenadas (contrárias à razão), tornam-se os grandes racionais e razoáveis.

Revolução operada

Vemos, então, como duas palavras aparentemente inofensivas operam uma verdadeira revolução. O racional torna-se irracional. O irracional torna-se racional. A virtude, que consiste justamente em uma disposição bem enraizada e dificilmente removível na alma de agir segundo a razão, torna-se vício. O vício, disposição idêntica à outra, mas contrária à razão, torna-se virtude. Não deixemos que esse vocabulário mais do que tendencioso nos seja imposto, enganando-nos. Aquele que se opõe ao homossexualismo não é preconceituoso nem homofóbico. Ele tem aversão a um mal que reconhece, baseado na realidade das coisas, como profundamente contrário à natureza. Um mal que corrompe a moralidade com a mesma gravidade que a negação dos princípios especulativos (princípio de não contradição, por exemplo) corrompe a razão.

O homossexualismo não pode, ademais, levar à felicidade. Ora, o bem de um ser – que é, claro, a sua felicidade – consiste em operar segundo a sua natureza. A natureza do homem é racional. Portanto, a felicidade do homem consiste em agir segundo a razão, conhecendo a verdade, agindo segundo a verdade e deleitando-se nela. Tal felicidade será plena quando atingirmos a Verdade pela visão beatífica e a amarmos em consequência desse conhecimento. Para chegar lá, porém, é preciso desde já agir segundo a razão. A razão nos mostra, por um lado, que o homossexualismo é intrinsecamente mau. Por outro lado, ela nos mostra que devemos aderir plenamente a Deus que se revela – o que pode ser conhecido pelos milagres e profecias, critérios de credibilidade. Ora, o Deus que se revela condenou igualmente o homossexualismo, querendo, porém, a conversão do pecador. É preciso amar as pessoas que possuem a tendência homossexual não para confortá-las em suas tendências, modos ou práticas, mas para desejar-lhes e fazer-lhes o bem, que é viver segundo a lei natural e segundo a lei divina.

Conclusão

Nosso Senhor falou que se conhece a árvore pelos frutos. Ora, os frutos naturais do homossexualismo não existem, ou se existem são frutos que se rebaixam à pura alegria sentimental e passageira, advinda da satisfação das paixões. Os frutos do casamento, do verdadeiro e único casamento possível, entre um homem e uma mulher, são inúmeros, desde que se evite a contracepção e a mentalidade da contracepção. Aqui a alegria é real, pois se age segundo a natureza humana, segundo a razão.

Notas – Padre Daniel Pinheiro

[1] De fato, quem age por preconceito age de maneira irracional. Assim, julgar moralmente alguém simplesmente pela cor da pele é um verdadeiro preconceito, algo irracional e, portanto, um pecado. Neste caso, faz-se um juízo antes de ter um conceito preciso do que é cor de pele (acidente do tipo qualidade) e antes de estabelecer a relação da cor da pele com a moralidade (acidente do tipo qualidade que não tem nenhuma influência na vida moral).

[2] É evidente que a religião não é algo irracional, não é uma superstição nem um salto no escuro, como pretendem muitos. O católico não crê porque é absurdo. Ao contrário, o católico crê porque é razoável crer, porque ele reconhece que Deus existe, reconhece que Deus pode falar e reconhece que Deus falou em virtude dos milagres e profecias, que só podem ter sua origem em Deus e que são, por isso, motivos de credibilidade. A fé é algo em conformidade com a razão, superando-a, mas nunca a contradizendo. Uma religião que contraria a razão é necessariamente uma falsa religião, pois, nesse caso, haveria contradição em Deus, que é o autor tanto da razão quanto da religião.

[3] A lei natural é a lei conhecida pela razão em virtude da própria natureza das coisas, tais como elas existem. Ela não pode evoluir nem mudar, pois a natureza das coisas não muda. Querer mudar a lei natural seria, em última instância, querer mudar Deus, pois a natureza das coisas é um reflexo da natureza divina, que não muda. É evidente que a própria natureza do homem mostra que a finalidade primária da união sexual é a procriação e que se o homem possui um apetite com relação a esse hábito é justamente para garantir a conservação da espécie, como lhe foi dado um apetite para se alimentar, a fim de conservar o indivíduo.

[4] Estritamente falando, fobia significa medo. Todavia, fobia parece aqui ser usado em sentido mais amplo, abrangendo tanto o medo quanto a aversão. O medo é a paixão (do apetite irascível) face ao mal árduo quando tememos sucumbir, enquanto a aversão ou fuga é simplesmente o desejo de afastar-se de um mal. Quando se trata dessas fobias, pode haver as duas paixões e mesmo a ira, que combate o mal presente.

Fonte: http://www.montfort.org.br/a-armadilha-do-preconceito-e-da-homofobia-o-vocabulario-que-quer-a-inversao-do-que-e-racional/ (texto integral).

CELEBRAR A PÁSCOA É FESTEJAR A AÇÃO LIBERTADORA DE DEUS NA VIDA,PAIXÃO,MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS E CONTEMPLAR ESTA FORÇA DO AMOR MATERNAL DE DEUS ATUANDO EM NÓS E EM TODO UNIVERSO, RECRIANDO-O COM UMA NOVA CRIAÇÃO, RENOVADA PELA RESSURREIÇÃO DE JESUS – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares (OCDS) – Província São José – Brasil.

Desejo a todos uma boa e Santa Páscoa! Viva Jesus!

Lembramos nesta semana, a Sua Paixão, no Calvário, e damos graças pela Sua Ressurreição! Damos graças, portanto, por nos mostrar Seu Amor Infinito no sofrimento da Cruz, para o perdão de nossos pecados e de toda a Humanidade – do passado, do presente e do futuro!

Lúcia Barden Nunes

“Viva Jesus”: Expressão cunhada por São Francisco de Sales – Patrono da Imprensa Católica.

_____________________________________________________________________________________________________________________________

Fonte: OCDS – Província São José – Brasil

Sábado, 30 de março de 2013

JESUS RESSUSCITOU!!! ALELUIA!!! ESTÁ VIVO!!!

RELEMBREMOS A EXPERIÊNCIA DAS MULHERES QUE FORAM DE MADRUGADA AO SEPULCRO E ENCONTRARAM O TÚMULO VAZIO E OS ANJOS DIZENDO :
“ELE NÃO ESTÁ MAIS AQUI.RESSUSCITOU !”
UMA DAS EXPRESSÕES MAIS FORTES NESTES DIAS É O “ALELUIA”,PALAVRA HEBRAICA QUE SIGNIFICA SIMPLESMENTE “LOUVOR A DEUS”.

NOSSA VIDA É REGIDA PELA VITÓRIA DE JESUS!!!!

NOSSA PÁSCOA E NOSSA RESSURREIÇÃO, GARANTIA DE NOSSA UNIÃO

DEFINITIVA COM DEUS.

Publicado em OCDS – Província São José – Brasil.

“Edificar a paz e construir pontes” – Discurso do Papa Francisco ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé – 22 de março de 2013 (Agência Zenit – Roma)

Papa Francisco celebra Missa na presença de funcionários do Vaticano, que vieram a partir de seu convite na manhã de 22 de março de 2013 (GaudiumPress.org)

Zenit.org

Edificar a paz e construir pontes

Discurso do Papa Francisco ao Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé

Cidade do Vaticano, 22 de Março de 2013 – Às 11 desta manhã, na Sala Regia do Palácio Apostólico Vaticano, o Santo Padre Francisco recebeu em Audiência os Membros do Corpo Diplomático acreditado junto da Santa Sé, por ocasião do início de seu Ministério Petrino. Apresentamos a seguir, os palavras do Papa.

Excelências,

Senhoras e Senhores,

De coração agradeço ao vosso Decano, Embaixador Jean-Claude Michel, as amáveis palavras que me dirigiu em nome de todos e com alegria vos recebo para uma simples, mas ao mesmo tempo intensa, troca de cumprimentos, que, idealmente, pretende ser o abraço do Papa ao mundo. Na realidade, por vosso intermédio, encontro os vossos povos e deste modo posso, em certa medida, alcançar cada um dos vossos concidadãos com suas alegrias, dramas, expectativas e desejos.

A vossa presença, numerosa, é também um sinal de que as relações que os vossos países mantêm com a Santa Sé são profícuas, são verdadeiramente uma ocasião de bem para a humanidade. Na verdade, é isto mesmo o que a Santa Sé tem a peito: o bem de todo o homem que vive nesta terra. E é precisamente com este entendimento que o Bispo de Roma começa o seu ministério, sabendo que pode contar com a amizade e benevolência dos países que representais, e na certeza de que compartilhais tal propósito. Ao mesmo tempo, espero que se revele também ocasião para iniciar um caminho com os poucos países que ainda não têm relações diplomáticas com a Santa Sé, alguns dos quais – de coração lhes agradeço – quiseram estar presentes na Missa de início do meu ministério ou enviaram mensagens como gesto de proximidade.

Como sabeis, há vários motivos que, ao escolher o meu nome, me levaram a pensar em Francisco de Assis, uma figura bem conhecida mesmo além das fronteiras da Itália e da Europa, inclusive entre os que não professam a fé católica. Um dos primeiros é o amor que Francisco tinha pelos pobres. Ainda há tantos pobres no mundo! E tanto sofrimento passam estas pessoas! A exemplo de Francisco de Assis, a Igreja tem procurado, sempre e em todos os cantos da terra, cuidar e defender quem passa indigência e penso que podereis constatar, em muitos dos vossos países, a obra generosa dos cristãos que se empenham na ajuda aos doentes, aos órfãos, aos sem-abrigo e a quantos são marginalizados, e deste modo trabalham para construir sociedades mais humanas e mais justas.

Mas há ainda outra pobreza: é a pobreza espiritual dos nossos dias, que afecta gravemente também os países considerados mais ricos. É aquilo que o meu Predecessor, o amado e venerado Bento XVI, chama a ditadura do relativismo(*), que deixa cada um como medida de si mesmo, colocando em perigo a convivência entre os homens. E assim chego à segunda razão do meu nome. Francisco de Assis diz-nos: trabalhai por edificar a paz. Mas, sem a verdade, não há verdadeira paz. Não pode haver verdadeira paz, se cada um é a medida de si mesmo, se cada um pode reivindicar sempre e só os direitos próprios, sem se importar ao mesmo tempo do bem dos outros, do bem de todos, a começar da natureza comum a todos os seres humanos nesta terra.

Um dos títulos do Bispo de Roma é Pontífice, isto é, aquele que constrói pontes, com Deus e entre os homens. Desejo precisamente que o diálogo entre nós ajude a construir pontes entre todos os homens, de tal modo que cada um possa encontrar no outro, não um inimigo nem um concorrente, mas um irmão que se deve acolher e abraçar. Além disso, as minhas próprias origens impelem-me a trabalhar por construir pontes. Na verdade, como sabeis, a minha família é de origem italiana; e assim está sempre vivo em mim este diálogo entre lugares e culturas distantes, entre um extremo do mundo e o outro, actualmente cada vez mais próximos, interdependentes e necessitados de se encontrarem e criarem espaços efectivos de autêntica fraternidade.

Neste trabalho, é fundamental também o papel da religião. Com efeito, não se podem construir pontes entre os homens, esquecendo Deus; e vice-versa: não se podem viver verdadeiras ligações com Deus, ignorando os outros. Por isso, é importante intensificar o diálogo entre as diversas religiões; penso, antes de tudo, ao diálogo com o Islão. Muito apreciei a presença, durante a Missa de início do meu ministério, de tantas autoridades civis e religiosas do mundo islâmico. E é também importante intensificar o diálogo com os não crentes, para que jamais prevaleçam as diferenças que separam e ferem, mas, embora na diversidade, triunfe o desejo de construir verdadeiros laços de amizade entre todos os povos.

Lutar contra a pobreza, tanto material como espiritual, edificar a paz e construir pontes: são como que os pontos de referimento para um caminho que devemos percorrer, desejando convidar cada um dos países que representais a tomar parte nele. Um caminho que será difícil, se não aprendermos a amar cada vez mais esta nossa terra. Também neste caso me serve de inspiração o nome de Francisco: ele ensina-nos um respeito profundo por toda a criação, ensina-nos a guardar este nosso meio ambiente, que muitas vezes não usamos para o bem, mas desfrutamos com avidez e prejudicando um ao outro.

Queridos Embaixadores,
Senhoras e Senhores,

Novamente obrigado por todo o trabalho que realizais, juntamente com a Secretaria de Estado, para edificar a paz e construir pontes de amizade e fraternidade. Por vosso intermédio, desejo renovar aos vossos Governos o meu agradecimento pela sua participação nas celebrações por ocasião da minha eleição, com votos de um frutuoso trabalho comum. O Senhor Todo-Poderoso cumule com os seus dons a cada um de vós, às vossas famílias e aos povos que representais.

Libreria Editrice Vaticana

Publicado em Zenit.org.

(*) Grifo meu.

Delegações estrangeiras são recebidas pelo Papa Francisco – Vaticano (Gaudium Press – Brasil)

Delegações estrangeiras são recebidas pelo Papa Francisco

Gaudiumpress.orgVÍDEO – 19 de Março de 2013 – Logo após a Missa de Inicio de seu Pontificado, o Papa Francisco recebeu, no interior da Basílica de São Pedro, as 132 delegações oficiais que estavam em Roma para os eventos da manhã de terça-feira. As delegações que mais se destacaram foram as da Argentina e da Itália. (gaudiumpress.org)

Conclave: Vídeos – Enviados por “The Vatican”

Vídeos enviados por  The Vatican

Canais para VATICAN RADIO – CTV VATICAN TV CENTER – VATICAN WEBSITE – VATICAN STATE (Italiano, Inglês, Francês, Espanhol, Alemão, Japonês, Polonês).

Missa “Pro Eligendo Pontífice” será celebrada na manhã do dia 12 de março e à tarde ingressam os Cardeais em Conclave para eleição do Papa (Zenit.org)

Fonte: Zenit (Roma)

Conclave começa dia 12 de março

De manhã Missa Pro Eligendo Pontífice será celebrada na Basílica de São Pedro

Roma, 08 de Março de 2013 (Zenit.org)

A Sala de Imprensa do Vaticano acaba de informar que a Oitava Congregação do Colégio Cardinalício decidiu que o Conclave para eleição do Papa começa dia 12 de março de 2013.

De manhã na Basílica de São Pedro será celebrada a Missa “Pro Eligendo Pontífice” e à tarde ingresso dos Cardeais em Conclave. (Agência Zenit-Roma)

Papa adverte sobre o mal, o sofrimento e a corrupção perante a Cúria (Agência EFE)

Fonte: EFE – Portugal
VATICANO QUARESMA

Papa adverte sobre o mal, o sofrimento e a corrupção perante a Cúria

 Cidade do Vaticano, 24 fev (EFE).- O papa Bento XVI afirmou que “o demônio sempre tenta sujar a criação de Deus” através “do mal deste mundo, do sofrimento e da corrupção”, perante os membros da Cúria romana e o cardeal Gianfranco Ravasi, diretor dos exercícios espirituais.

“Escuridão e sujeira. O mal trabalha para escurecer, para sujar a beleza de Deus”, afirmou o papa, que em 28 de fevereiro renunciará a seu pontificado, após uma semana de exercícios espirituais na capela “Redemptoris Mater” do Vaticano.

O sumo pontífice durante uma visita ao santuário de Fátima (Portugal) em 2012. EFE/Arquivo

O sumo pontífice durante uma visita ao santuário de Fátima (Portugal) em 2012.

EFE/Arquivo

“Mas da escuridão e da lama – continuou – emerge com a fé que ajuda a encontrar a bússola entre as trevas, a mão de Deus, para redescobrir o amor e a verdade”, acrescentou.

O líder religioso se referiu ao Deus que cria o mundo para no final ver que “tudo é muito lindo”, disse.

Tudo isso, afirmou o papa, “está em contradição com o mal neste mundo, o sofrimento, a corrupção (…) como se o diabo quisesse contaminar permanentemente a criação, para contradizer Deus e brigar com sua verdade e sua beleza”.

Após a experiência espiritual dos últimos dias, o papa Bento XVI agradeceu à Cúria por esses oito anos que levaram com ele, “com grande competência, afeto, amor e fé o peso de ministério petrino”.

Depois, em sua primeira aparição depois uma semana de exercícios espirituais, o papa recebeu em audiência privada de pouco mais de meia hora o presidente da República da Itália, Giorgio Napolitano e sua esposa.

Bento XVI disse a Napolitano que rezará pela Itália, agradeceu por sua amizade e manifestou seus melhores votos para o bem da Itália, “particularmente nestes tempos”.

Napolitano transmitiu a gratidão do povo italiano pelo magistério que Bento XVI desempenhou e garantiu ao pontífice que a gratidão e o afeto do povo italiano o acompanharão pelos próximos anos.

Por outro lado, a Secretaria de Estado da Santa Sé rejeitou hoje as “tentativas de condicionar os cardeais, com vistas ao Conclave, com a divulgação de notícias frequentemente não verificadas ou verificáveis e, portanto, falsas, com grande prejuízo a pessoas e instituições”.

A Secretaria de Estado da Santa Sé, mediante uma nota publicada no site da “Rádio Vaticana”, lembrou que “a liberdade” do Colégio Cardinalício, “cuja missão é a de proporcionar um novo papa à Igreja Católica, sempre foi defendida pela Igreja, para garantir uma eleição baseada unicamente em decisões em prol da Igreja”.

O modo atual com que se tenta influir nos cardeais mudou – afirma – e, atualmente, “tenta-se alterar a opinião pública através de argumentos e valorações que não refletem a atmosfera espiritual que a Igreja está vivendo”.

“É deplorável que, ao se aproximar a data do Conclave, se multiplique a divulgação de notícias frequentemente não verificadas que causam um grande prejuízo à instituição e a seus integrantes”, concluiu.

Por sua vez, o porta-voz vaticano, o jesuíta Federico Lombardi, também denunciou hoje a existência das mesmas pressões que a Secretaria de Estado lamenta, para condicionar o livre exercício de voto no Conclave, já que vários cardeais estão sendo “considerados indesejáveis por uma razão ou por outra”.

Além de um editorial escrito hoje para a “Rádio Vaticana”, em que Lombardi declara que “o caminho da Igreja nas últimas semanas do pontificado do papa Bento XVI, até a eleição do novo papa através da Sé Vacante” e o Conclave, é “muito difícil, dada a novidade da situação”, o jesuíta compareceu em uma breve entrevista coletiva no Vaticano.

Lombardi assegurou que nem todos os meios de comunicação podem ser acusados de publicar rumores, mas indicou que é o caso de alguns veículos italianos e de vários estrangeiros que continuam difamando, são notícias que falam de uma “forma negativa e premeditada”.

E o representante fez um apelo à imprensa para informar com comedimento sobretudo quanto ao que acontece na Igreja Católica. (Agência EFE – 27.02.2013)

PAPA BENTO XVI – AUDIÊNCIA GERAL – Discurso proferido no Vaticano – 13 de Fevereiro de 2013 (Site do Vaticano)

PAPA BENTO XVIAUDIÊNCIA GERAL

Sala Paulo VI

Quarta-feira, 13 de Fevereiro de 2013.

“Queridos irmãos e irmãs,
Como sabeis, decidi… – obrigado pela vossa amizade! – decidi renunciar ao ministério que o Senhor me confiou no dia 19 de Abril de 2005. Fi-lo em plena liberdade para o bem da Igreja, depois de ter longamente rezado e ter examinado diante de Deus a minha consciência, bem ciente da gravidade de tal acto mas igualmente ciente de já não ser capaz de desempenhar o ministério petrino com a força que o mesmo exige. Anima-me e ilumina-me a certeza de que a Igreja é de Cristo, o Qual não lhe deixará jamais faltar a sua orientação e a sua solicitude. Agradeço a todos pelo amor e pela oração com que me tendes acompanhado. Obrigado! Nestes dias, não fáceis para mim, senti quase fisicamente a força da oração que me proporciona o amor da Igreja, a vossa oração. Continuai a rezar por mim, pela Igreja, pelo futuro Papa. O Senhor vos guiará.


As tentações de Jesus e a conversão para o Reino dos Céus

Amados irmãos e irmãs

Hoje, Quarta-Feira de Cinzas, damos início ao Tempo litúrgico da Quaresma, quarenta dias que nos preparam para a celebração da Santa Páscoa; é um tempo de compromisso particular no nosso caminho espiritual. O número quarenta aparece várias vezes na Sagrada Escritura. De modo particular, como sabemos, ele evoca os quarenta anos durante os quais o povo de Israel peregrinou no deserto: um longo período de formação para se tornar o povo de Deus, mas também um longo período em que a tentação de ser infiel à aliança com o Senhor estava sempre presente. Quarenta foram também os dias de caminho do profeta Elias para chegar ao Monte de Deus, o Horeb; assim como o período que Jesus passou pelo deserto antes de começar a sua vida pública e onde foi tentado pelo diabo. Na Catequese hodierna, gostaria de meditar precisamente sobre este momento da vida terrena do Senhor, que leremos no Evangelho do próximo domingo.

Antes de tudo o deserto, onde Jesus se retira, é o lugar do silêncio, da pobreza, onde o homem permanece desprovido das ajudas materiais e se encontra diante dos pedidos fundamentais da existência, é impelido a ir ao essencial e, precisamente por isso, é-lhe mais fácil encontrar Deus. Mas o deserto é inclusive o lugar da morte, pois onde não há água também não há vida, e é o lugar da solidão, onde o homem sente mais intensa a tentação. Jesus vai ao deserto, e ali padece a tentação de deixar o caminho indicado pelo Pai para seguir outras veredas, mais fáceis e mundanas (cf. Lc 4, 1-13). Assim, Ele assume as nossas tentações, traz consigo a nossa miséria, para vencer o maligno e para nos abrir o caminho rumo a Deus, a senda da conversão.

Meditar sobre as tentações às quais Jesus foi submetido no deserto é um convite para cada um de nós a responder a uma pergunta fundamental: o que conta verdadeiramente na minha vida? (continuar lendo…)


Missa de Cinzas – Última Homilia do Papa Bento XVI – 13.02.2013 – Basílica de São Pedro (Rede Aparecida)

Missa de Cinzas – Última Homilia do Papa Bento XVI – 13 de Fevereiro de 2013 – Basílica de São Pedro

Publicado por Rede Aparecida (em 14/02/2013).

Transcrição – texto completo em Português: http://www.vatican.va/holy_father/ben…

Nossa Senhora das Graças – Solenidade – 27 de novembro (A Medalha Milagrosa e seu Significado – Vídeo – YouTube – 2012)

A Medalha Milagrosa de Nossa Senhora das Graças e seu Significado

12 de Outubro – Dia das Crianças e Dia da Padroeira do Brasil – Nossa Senhora da Conceição Aparecida – Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto (Portal da Família) – Entrevista: Norma Técnica ministerial pode legalizar o aborto no Brasil? (Blog Teologia e Corpo – Agência Zenit)

Dia Nacional do Nascituro – 08 de outubro –
Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto (2012).

Foto:Movimento Nacional da Cidadania pela Vida – Brasil sem Aborto

Fonte/artigo:  Portal da Família –  “Cronologia da morte: Principais fatos da história que contribuíram para introduzir o aborto no mundo e no Brasil”Portal da Família –   O dia 12 de outubro – Dia da Padroeira do BrasilEspecial Dia das CriançasComo surgiu o Dia das Crianças  Passe um dia diferente ao lado de seu filho   Piquenique: Uma boa alternativa para o dia 12  Declaração dos Direitos da Criança   Brinquedos que você mesmo pode fazer  – 15 de Outubro – Dia dos Professores – Você sabe como surgiu o Dia do Professor?Ser Mestre   Mestre   Oração do Professor   Aos Professores    O Professor sempre está errado

______________________________________________________________________________________________________________________

Fonte: Teologia e Corpo ( extraído de Agência Zenit)

Norma Técnica ministerial pode legalizar o aborto no Brasil?

Publicado a 1 de Outubro de 2012

Entrevista com Dra. Renata Gusson

Por Thácio Siqueira

SAO PAULO, segunda-feira, 01 de outubro de 2012 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir uma entrevista que a Dra. Renata Gusson, bioquímica e mestre em ciências, concedeu a ZENIT sobre o tema do aborto no Brasil.

Dra. Renata Gusson é Farmacêutica-Bioquímica, especialista em Biologia Molecular e mestre em Ciências pela Coordenadoria de Controle de Doenças da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

***

ZENIT: Dra. Renata, explique-nos como uma Norma Técnica ministerial pode legalizar o aborto no Brasil uma vez que a população é majoritariamente contrária ao aborto?

Dra. Renata: é realmente de pasmar qualquer cidadão que vive em uma democracia, não é mesmo? O assunto não é simples, e quem considera o aborto apenas um “problema de saúde pública” não tem a menor ideia das implicações realmente profundas que ele tem na geopolítica. Como é um tema complexo, eu não poderia em poucas linhas apresentar de forma adequada sua gravidade. Sugiro a leitura do documento “Maio de 2012, a nova estratégia mundial da Cultura da Morte”, publicado recentemente pela Comissão em Defesa da Vida do Regional Sul-1 da CNBB. Entretanto, para não deixar o leitor sem uma resposta, eu posso adiantar que, devido à altíssima resistência à legalização do aborto verificada na América Latina, criou-se uma nova estratégia para vencer esse obstáculo. Trata-se de normatizar que, a fim de garantir uma política que vise “reduzir os danos” de um aborto clandestino mal-provocado, o Sistema de Saúde brasileiro deve passar a acolher e orientar as mulheres que desejam abortar. A essa mulher seria explicado como tomar um medicamento abortivo e, tão logo começasse o processo de expulsão da criança, ela se dirigisse a um hospital que seria obrigado a recebê-la de forma “humanizada” e completar o procedimento. Seria proibido ao médico denunciar um caso de aborto provocado. É justamente isso que, na prática, se traduz como uma legalização do aborto. Os idealizadores de tal estratégia afirmam que é preciso burlar a lei para modificar a lei. Portanto, uma vez que essa política tenha sido implantada e largamente difundida, ficará muito mais fácil promover mudanças na legislação. É uma manobra astuta.

ZENIT: Dados divulgados por organizações pró-aborto afirmam que anualmente são feitos no Brasil mais de um milhão de abortos e que 200.000 mil mulheres morrem todos os anos devido a abortos clandestinos.

Dra. Renata: Eu costumo dizer que quem advoga pela morte dos inocentes já perdeu faz tempo o compromisso com a verdade. Esses dados realmente são difundidos a plenos pulmões por organizações pró-aborto. O que dizer deles? Dizer a verdade: são falsos. E não sou eu, que sou contrária à legalização do aborto que digo isso. São os próprios abortistas e o próprio Sistema Único de Saúde que assim afirmam. Para citar um exemplo: em 2010, a “Pesquisa Nacional do Aborto” realizada pela Universidade de Brasília em parceria com a ANIS (uma ONG pró-aborto), mostrou que de cada 2 mulheres que cometem aborto, uma acaba sendo internada. Dados do SUS revelam que, no mesmo ano, foram realizadas cerca de 200.000 curetagens devidas a abortos (tanto provocados como espontâneos). Médicos que trabalham em emergências obstétricas de hospitais públicos em todo o Brasil afirmam que cerca de, no máximo, 20-25% das curetagens são devidas a abortos provocados. A grande maioria é por abortos espontâneos. Vamos então raciocinar: se anualmente são feitas 200.000 curetagens e dessas, no máximo, 25% são devidas a abortos provocados, chegamos a um número de 50.000 abortos provocados. Se a pesquisa da UnB afirma que de cada 2 mulheres que abortam uma acaba recorrendo ao serviço de saúde, temos que são realizados, de fato, cerca de 100.000 abortos anualmente no Brasil. Esse número representa então, apenas 10% dos tão propalados um milhão de abortos no Brasil. Mas essa é uma estratégia já há muito conhecida: é preciso inflacionar a realidade para chocar a opinião pública. Outra inverdade contada para nós: o número de mortes maternas por aborto. O DataSus revela que no ano de 2011 ocorreram  95 mortes maternas devido a abortos (novamente aqui, tanto abortos espontâneos quanto provocados). Então, só nos resta perguntar: o que ocorreu com as mais de 199.900 mulheres que os abortistas afirmam terem morrido em decorrência de abortos mal-provocados? Elas simplesmente despareceram? Mentiras e mais mentiras. Isso é tudo o que os abortistas contam para nós.

ZENIT: Realmente, são informações importantes para o conhecimento da população.  Deixe uma mensagem para os leitores de Zenit.

Dra. Renata: Eu quero dizer que não podemos cair na mentira de aceitar o aborto como algo inevitável; como se fosse uma realidade que veio para ficar e contra a qual nada ou muito pouco podemos fazer. Muitíssimo pelo contrário. Ficou evidente no que acima foi dito, que os abortistas contrariam o bom senso, a verdade, a boa-fé. O avanço da agenda abortista só é possível se nós não fizermos absolutamente nada em contrário. Basta um pouquinho de atuação para que as coisas sigam o rumo certo. A verdade carrega uma força em si mesma. Quando você mostra para uma pessoa o que é o aborto e ela apreende a maldade do ato, nunca mais ela cairá na mentira de aceitar o aborto como, por exemplo, um direito da mulher. Então, eu sugiro aos leitores que divulguem para seus contatos vídeos sobre o aborto, como por exemplo, o “grito silencioso”, produzido por um médico ex-abortista norte-americano. É preciso fazer as pessoas verem sobre o que se trata o aborto: a morte dos inocentes mais indefesos. Outra importante iniciativa é contactar o seu representante político e cobrar dele uma atuação pró-vida com o poder que o seu voto deu a ele. Estamos em uma luta real. Não podemos nos deixar anestesiar ou fazer de conta que não existe problema algum. Para vencer uma batalha, a primeira coisa a fazer, é tomar consciência que não se vive tempos de paz. O nosso tempo, apesar de não se caracterizar por uma luta armada entre exércitos inimigos, caracteriza-se sim por uma luta velada contra os inocentes. O volume de sangue derramado pelo aborto já ultrapassou e muito qualquer outra guerra existente. Eu ousaria dizer que já ultrapassou, inclusive, o volume total de sangue derramado por todas as guerras já existentes. De que lado vamos lutar?
Publicado em Teologia e Corpo (extraído de Agência Zenit).

Pró-Vida: Vídeo Anti-Aborto – “Desenvolvimento de um Bebê Não-nascido” (“Pro-life Anti-Abortion Video: Development of the Unborn Baby” – catholichomeschool – YouTube)

Fonte: http://www.youtube.com/user/catholichomeschool

Santo Elias – Solenidade – 20 de julho – Origem da Ordem do Carmelo – Jerusalém (“El Profeta Elias” – YouTube)

O PROFETA ELIAS

A multidão permanecia tranquila e em silêncio, ainda que as palavras de Elias ressoassem no Monte Carmelo: “Até quando vos debatereis entre dois pensamentos? Se, Javé é Deus, segue-0; então, ponham Baal de lado”.

Esta inesquecível história revive dias decisivos quando a fé da antiga Israel cambaleava, nos obrigando, atualmente, a considerar a retidão que devemos ter para com a nossa Fé. (Tradução de texto em Espanhol – Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=ANzJhuKafqk&feature=youtu.be ).

 

 

Ato de Confiança e Consagração dos Sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria- Papa Bento XVI (Fátima – Portugal) – Devoção ao Imaculado Coração de Maria – Solenidade – 16 de junho de 2012 (Portal Santuário Nossa Senhora do Carmo e Comunidade Santa Teresa-OCDS-Província Nossa Senhora do Carmo – Sul – Brasil)

Sagrado Coração de Jesus – Imaculado Coração de Maria

Fonte/imagem: Blog Ensina-me a Rezar! – “Consagração da Família ao Sagrado Coração de Jesus e ao Imaculado Coração de Maria
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Fonte: Santuário Nossa Senhora do Carmo

Devoção ao Imaculado Coração de Maria

A devoção ao Coração de Maria começou já no início da Igreja, desenvolvendo-se na Idade Média. Com as aparições em Fátima, ganhou grande destaque. A devoção ao Coração de Maria está associada à devoção ao Coração de Jesus, pois esses Dois Corações se uniram no Mistério da Encarnação, Paixão e Morte do Verbo Encarnado.

Honrar o Coração de Maria é honrar o Coração que foi preparado por Deus para ser uma digna morada do Espírito Santo, que formaria a seu tempo o Redentor no ventre imaculado da Virgem Maria.

Esta devoção ao Coração de Maria é devoção à própria Mãe de Jesus. É também veneração dos santos sentimentos e afetos, a ardente caridade de Maria para com Deus, para com seu Filho e para com todos os homens, que lhe foram confiados solenemente por Jesus agonizante.

Assim, louvamos e agradecemos a Deus por nos haver dado por Mãe e intercessora Aquela que acreditou.

O Coração de Maria na Bíblia

Lc 2,19 – Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração. (sobre a adoração dos pastores que falavam da manifestação dos Anjos sobre o Menino)

Lc 2,35b – E uma espada transpassará a tua alma. (profecia de Simeão, dirigida a Maria)

Lc 2,51b – Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração. (depois do encontro de Jesus no Templo, ensinando os doutores da Lei)
A Aliança dos Dois Corações

Jo 19,34 – Mas um dos soldados abriu-lhe o lado com uma lança e, imediatamente, saiu sangue e água. (símbolo místico da origem dos sacramentos da Igreja)

Esta passagem exemplifica também a profunda união mística do Coração de Jesus com o Coração de Maria na obra da Redenção. Essa união começou quando, pelo poder do Espírito Santo, Maria concebeu o Coração de Jesus em Seu próprio Coração. Esse Sagrado Coração começou a pulsar no ventre de Maria, como eco às batidas de Seu Coração Imaculado. O Coração de Jesus existe pelo consentimento da Virgem Santíssima na Anunciação. Foi o sangue de Maria que alimentou esse Coração Sagrado do Filho de Deus feito homem.

Essa união de amor inefável é consumada quando, ao mesmo tempo, esses Dois Corações são imolados por nossa salvação. Quando o Coração de Jesus foi traspassado pela lança do soldado, o Coração de Maria foi traspassado espiritualmente, cumprindo a profecia de Simeão (Lc 2,35b).

Todas essas passagens indicam claramente a admirável Aliança desses Dois Corações (como já citou João Paulo II), que trabalharam pela salvação do mundo: o Coração de Jesus, que sofreu a ponto de ser traspassado para derramar-Se sobre todos os que nEle crerem; e o Coração de Maria, sempre se voltando ao Seu Divino Filho, Coração predestinado por Deus a sofrer com Jesus pela salvação da humanidade.
________________________________________________________________________________________________________________________________________

Leia também…

Fonte: Comunidade Santa Teresa – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares – Província Nossa Senhora do Carmo – Sul – Brasil
Consagração dos Sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria

Partilhamos esta oração de consagração dos sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria que foi rezada pela Sua Santidade, Papa Bento XVI, na Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, Portugal.


ATO DE CONFIANÇA E CONSAGRAÇÃO DOS SACERDOTES
                AO IMACULADO CORAÇÃO DE MARIA

  “Mãe Imaculada,
                    neste lugar de graça,
                    convocados pelo amor do vosso Filho Jesus,
                    Sumo e Eterno Sacerdote, nós,
                    filhos no Filho e seus sacerdotes,
                    consagramo-nos ao vosso Coração materno,
                    para cumprirmos fielmente a Vontade do Pai.

                                Estamos cientes de que, sem Jesus,
                                nada de bom podemos fazer (cf. Jo 15, 5)
                                e de que, só por Ele, com Ele e n’Ele,
                                seremos para o mundo
                                instrumentos de salvação.

                                Esposa do Espírito Santo,
                                alcançai-nos o dom inestimável
                                da transformação em Cristo.
                                Com a mesma força do Espírito que,
                                estendendo sobre Vós a sua sombra,
                                Vos tornou Mãe do Salvador,
                                ajudai-nos para que Cristo, vosso Filho,
                                nasça em nós também.

                                E assim possa a Igreja
                                ser renovada por santos sacerdotes,
                                transfigurados pela graça d’Aquele
                                que faz novas todas as coisas.

                                Mãe de Misericórdia,
                                foi o vosso Filho Jesus que nos chamou
                                para nos tornarmos como Ele:
                                luz do mundo e sal da terra
                                (cf. Mt 5, 13-14).

                                Ajudai-nos,
                                com a vossa poderosa intercessão,
                                a não esmorecer nesta sublime vocação,
                                nem ceder aos nossos egoísmos,
                                às lisonjas do mundo
                                e às sugestões do Maligno.

                                Preservai-nos com a vossa pureza,
                                resguardai-nos com a vossa humildade
                                e envolvei-nos com o vosso amor materno,
                                que se reflecte em tantas almas
                                que Vos são consagradas
                                e se tornaram para nós
                                verdadeiras mães espirituais.

                                Mãe da Igreja,
                                nós, sacerdotes,
                                queremos ser pastores
                                que não se apascentam a si mesmos,
                                mas se oferecem a Deus pelos irmãos,
                                nisto mesmo encontrando a sua felicidade.
                                Queremos,
                                não só por palavras mas com a própria vida,
                                repetir humildemente, dia após dia,
                                o nosso « eis-me aqui».

                                Guiados por Vós,
                                queremos ser Apóstolos
                                da Misericórdia Divina,
                                felizes por celebrar cada dia
                                o Santo Sacrifício do Altar
                                e oferecer a quantos no-lo peçam
                                o sacramento da Reconciliação.
                                Advogada e Medianeira da graça,
                                Vós que estais totalmente imersa
                                na única mediação universal de Cristo,
                                solicitai a Deus, para nós,
                                um coração completamente renovado,
                                que ame a Deus com todas as suas forças
                                e sirva a humanidade como o fizestes Vós.

                                Repeti ao Senhor aquela
                                vossa palavra eficaz:
                                « não têm vinho » (Jo 2, 3),
                                para que o Pai e o Filho derramem sobre nós,
                                como que numa nova efusão,
                                o Espírito Santo.

                                Cheio de enlevo e gratidão
                                pela vossa contínua presença no meio de nós,
                                em nome de todos os sacerdotes quero,
                                também eu, exclamar:
                                « Donde me é dado que venha ter comigo
                                a Mãe do meu Senhor?» (Lc 1, 43).

                                Mãe nossa desde sempre,
                                não Vos canseis de nos visitar,
                                consolar, amparar.
                                Vinde em nosso socorro
                                e livrai-nos de todo o perigo
                                que grava sobre nós.
                                Com este acto de entrega e consagração,
                                queremos acolher-Vos de modo
                                mais profundo e radical,
                                para sempre e totalmente,
                                na nossa vida humana e sacerdotal.

                                Que a vossa presença faça reflorescer o deserto
                                das nossas solidões e brilhar o sol
                                sobre as nossas trevas,
                                faça voltar a calma depois da tempestade,
                                para que todo o homem veja a salvação
                                do Senhor,
                                que tem o nome e o rosto de Jesus,
                                reflectida nos nossos corações,
                                para sempre unidos ao vosso!

                                Assim seja!”

ORAÇÃO DO PAPA BENTO XVI

Igreja da Santíssima Trindade – Fátima

****

Publicado em Comunidade Santa Teresa – OCDS – Província Nossa Senhpra do Carmo – Sul – Brasil.                            

Sagrado Coração de Jesus – Santo Afonso Maria de Ligório – Solenidade – 15 de junho (Sobre a Devoção e Festa do Sagrado Coração)

Sobre a devoção ao Sagrado Coração de Jesus

Por Santo Afonso Maria de Ligório
Ignem veni mittere in terram: et quid volo, nisi ut accendatur? ― «Eu vim trazer fogo à terra, e que quero senão que ele se acenda?» (Lc 12, 49)
Sumário. A devoção entre todas as devoções, a mais perfeita, é o amor a Jesus Cristo, com a recordação frequente do amor que nos dedicou e ainda sempre dedica. Exatamente para se fazer amar é que o Verbo Eterno quis que nestes últimos tempos se instituísse e propagasse a devoção ao seu Coração, com a promessa das graças mais assinaladas aos que a praticassem. Felizes se estivermos do número destes devotos. Podemos estar certos de que o divino Coração nos abençoará em tudo o que empreendermos, e em todas as ocorrências será o nosso seguro abrigo.
I. A devoção das devoções é o amor a Jesus Cristo, com a recordação freqüente do amor que nos dedicou e ainda dedica o nosso amável Redentor. Com razão se queixa um devoto autor de que muitas pessoas praticam diversas devoções e se descuidam desta, ao passo que o amor de Jesus Cristo deve ser a principal, para não dizer a única, devoção do cristão. ― Este descuido é causa do pouco progresso que as almas fazem nas virtudes, da contínua languidez nos mesmos defeitos e das freqüentes recaídas em culpas graves. Pouco se aplicam, e raras vezes são exortadas a adquirirem o amor a Jesus Cristo, sendo todavia o amor o laço que une e liga as almas a Deus.
Foi exatamente para se fazer amar que o Verbo Eterno quis que se instituísse e propagasse na Igreja a devoção a seu Sacratíssimo Coração. Lemos na vida de Santa Margarida Maria Alacoque, que, quando esta devota virgem estava um dia em oração diante do Santíssimo Sacramento, Jesus Cristo lhe mostrou o seu Coração num trono de chamas, cercado de espinhos e encimado por uma cruz. «Eis aqui», disse ele, «o Coração que tanto amou os homens, e nada poupou até se esgotar e consumir para lhes testemunhar o seu amor; e em reconhecimento, não recebe da maior parte senão ingratidões e irreverências neste Sacramento de amor. Mas, o que ainda mais sinto, é serem corações a mim consagrados que assim praticam».
Ordenou-lhe em seguida, que se empregasse em fazer celebrar, na primeira sexta-feira depois da oitava da festa do Corpo de Deus, uma festa particular em honra do seu divino Coração, e isto para três fins: O primeiro, para que os fiéis lhe dêem ações de graças pelo grande dom que lhes fez na adorável Eucaristia. O segundo, para que as almas fervorosas reparem, pela sua afetuosa devoção, as irreverências e os desprezos que ele recebeu e recebe neste Sacramento da parte dos pecadores. O terceiro, enfim, para que lhe ofereçam compensação pela honra e culto que os homens deixam de lhe dar em muitas igrejas. Assim, a devoção ao Coração de Jesus não é senão um exercício de amor para com este amável Senhor.
II. Para compreendermos os bens imensos que nos provêm da devoção ao Coração de Jesus, basta que nos lembremos das promessas feitas por Jesus Cristo aos que a praticarem.
«Eu» ― assim disse o Senhor a Santa Margarida ― «darei aos devotos do meu Coração todas as graças necessárias para o cumprimento dos deveres do seu estado; farei reinar a paz nas suas famílias; eu os consolarei nas suas aflições e lhes serei um refúgio na vida e na morte; lançarei abundantes bênçãos sobre todas as suas empresas, e o que no passado não puderam realizar com as suas diligências repetidas e perseverantes, obtê-lo-ão por meio desta devoção salutar»[1].
Se nós também queremos ter parte nestas promessas, avivemos a devoção ao Sagrado Coração, especialmente neste mês que lhe é consagrado. Guardemo-nos, por amor dele, das faltas deliberadas; pratiquemos alguma mortificação interna e externa; visitemos a miúde o Santíssimo Sacramento e preparemo-nos para a festa do Sagrado Coração por meio de uma devota novena. Cada manhã unamos as nossas ações do dia com as do divino Coração de Jesus, e façamos o oferecimento delas, dizendo:
† «Meu Senhor Jesus Cristo, em união com a divina intenção coma qual destes, na terra, louvor a Deus por vosso Sacratíssimo Coração, e lh’o continuais a dar agora sem interrupção até a consumação dos séculos, por todo o universo, no sacramento da Eucaristia, eu também, durante todo este dia, sem excetuar a mínima parte dele, à imitação do santíssimo Coração da Bem-Aventurada Virgem Maria Imaculada, Vos ofereço com alegria todas as minhas intenções e pensamentos, todas as minhas afeições e desejos, todas as minhas obras e palavras. † Amado seja por toda a parte o Sagrado Coração de Jesus. † Louvado, adorado, amado e agradecido seja a todo o instante o Coração Eucarístico de Jesus em todos os tabernáculos do mundo, até à consumação dos séculos. Assim seja»[2]. (*II 409.)
[1] Acrescentaremos aqui mais algumas promessas de Jesus Cristo: «Eu abençoarei as casas onde se achar exposta e venerada a imagem do meu sagrado Coração; os pecadores acharão no meu Coração a fonte e o oceano infinito de misericórdia; as almas tíbias se tornarão fervorosas; os religiosos se elevarão a uma alta perfeição; darei aos sacerdotes o talento de tocar os corações mais empedernidos; as pessoas que propagarem esta devoção terão para sempre o seu nome inscrito no meu Coração».
[2] Cada uma destas orações tem 100 dias de indulgências.
Nota: Quem durante o mês de junho honrar, privada ou publicamente, o Sagrado Coração de Jesus, ganha cada dia uma indulgência de 7 anos, e uma plenária uma vez no dia da própria escolha, debaixo das condições da confissão, comunhão e oração segundo a intenção do Santo Padre.
LIGÓRIO, Afonso Maria de. Meditações: Para todos os Dias e Festas do Ano: Tomo Segundo: Desde o Domingo da Páscoa até a Undécima Semana depois de Pentecostes inclusive. Friburgo: Herder & Cia, 1921, p. 338-341.

****

Festa do Sagrado Coração de Jesus

Sagrado Coração de Jesus,
tenho confiança em Vós.
(300 dias de indulgência)

Que é a festa do Sagrado Coração?

É uma solenidade instituída para honrar a um tempo o Coração de Jesus, que lhe animou a vida e deu o sangue salvador do mundo, e o amor infinito de Cristo para com os homens, amor cujo órgão e foco tem sido o Sagrado Coração.
A pessoa inteira de Nosso Senhor era digna de adoração; sua carne, seu sangue, e sobretudo, seu Coração, hipostaticamente unidos à sua natureza divina, mereciam as adorações: assim crê e ensina a Igreja. Ora, o coração, universalmente considerado entre os homens como órgão mais nobre, deve especialmente participar das nossas homenagens. Mas o coração, considerado como centro e foco de amor divino, merece respeito e amor agradecido: dali a devoção ao Sagrado Coração. Entretanto, a festa destinada a lembrar essas verdades foi instituída somente no século XVIII. Segundo a sua própria palavra, Nosso Senhor quis guardar essa devoção para nossos dias, afim de reanimar o fervor amortecido da sociedade.
Para os fins do século XVII, uma santa religiosa da Visitação, chamada Margarida Maria, foi o instrumento que Deus empregou para dar a conhecer o desejo que nutria Nosso Senhor de ver mais amado e melhor glorificado o seu Sagrado Coração.
Em 1765, o clero da França adotou essa devoção. Clemente XIII aprovou com a festa um Ofício do Sagrado Coração. A festa, segundo o pedido feito à santa Margarida Maria, celebra-se na sexta-feira imediata à oitava do santíssimo Sacramento.
Quais são os sentimentos do verdadeiro cristão ao festejar o Sagrado Coração?
Para o bom cristão, a festa do Sagrado Coração há de ser um dia de desagravo pelos ultrajes que Jesus recebe na Eucaristia.
De acordo com os desejos do próprio Nosso Senhor, a festa do Sagrado Coração deve ser festa de reparação. Queixou-se da ingratidão, do desprezo, da frieza, dos sacrilégios que muitas vezes sofre, na Eucaristia, por parte de pessoas que se julgam piedosas. Pediu comunhões fervorosas e reparadoras, atos de desagravo, e especialmente, uma festa de reparação.
Mais ainda do que a festa do Corpo de Deus, a festa do Sagrado Coração servirá, pois, a manifestar a Jesus Cristo o nosso amor e a nossa gratidão; nossa presença nos ofícios e na procissão que se faz também nesse dia, será um desagravo pelos ultrajes que recebe no sacramento do seu amor, por nossa frieza e irreverência para com a Eucaristia.
Monsenhor CAULY. Curso de Instrução Religiosa: Tomo I – Catecismo explicado: Dogma, Moral, Sacramentos, Culto. São Paulo: Livraria Francisco Alves, 1924, p.576-578.

Publicado em Mulher Católica.