Visita de Bento XVI ao México: “Adeus, fiquem com Deus!” (Agência Zenit – 26.03.2012))

Papa Bento XVI em visita ao México - 24 de março de 2012.

Fonte/imagem: Visita do Papa ao México – Fotos da passagem de Bento XVI no México, onde chegou no último sábado, 24

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VISITA AO MÉXICO

Fonte: Agência Zenit – O mundo visto de Roma

26.03.2012

Adeus, fiquem com Deus!

Bento XVI se despede dos mexicanos, exortando a não acreditar na mentalidade utilitarista

Por Luca Marcolivio

GUANAJUATO, segunda-feira, 26 de março de 2012(ZENIT.org)  – A visita pastoral de Bento XVI ao México foi concluída. Às 8 da manhã, o Santo Padre fez seu discurso de despedida no aeroporto internacional de Guanajuato, na presença do presidente mexicano, Felipe Calderón, e outras autoridades civis, políticas e eclesiásticas, e muitos fiéis.

O Papa definiu a sua visita breve mas intensa e a sua conclusão não é o fim do meu afeto e da minha proximidade a um país que levo no íntimo de mim mesmo. Agradeço a todos que a acolheram nestes três dias e que fizeram possível este evento;  Bento XVI  pediu ao Senhor para que tantos esforços não tenham sido em vão e que com sua ajuda produzam abundantes e duradouros frutos na vida de fé, esperança e caridade de León e Guanajuato, do México e dos países irmãos da América Latina e do Caribe.

Diante da fé em Jesus Cristo e da devoção afetuosa a Maria Santíssima, particularmente venerada no México, o Papa renovou o convite aos mexicanos  para serem fiéis a si mesmos  e não deixarem se intimidar pela força do mal, para serem corajosos e trabalharem  a fim que a seiva de suas raízes cristãs  façam florescer o presente e o futuro.

Quanto à problemática antiga e recente do país centro americano, o Santo Padre afirmou que compartilha seja a alegria, seja a dor dos irmãos mexicanos e que os  coloca  aos pés da Cruz, no coração de Cristo, do qual jorrou a água e o sangue redentor.

A exortação de Bento XVI aos fiéis mexicanos foi a de não ceder à mentalidade utilitarista, que termina sempre com o sacrifício dos mais fracos e indefesos, fazendo um esforço solidário que permita à sociedade, renovar suas bases para alcançar uma vida digna, justa e em paz para todos.

A contribuição ao bem comum, prosseguiu o Papa, é também uma exigência de dimensão essencial do Evangelho que é a promoção humana e uma altíssima expressão da caridade.

E por fim o Santo Padre dirigiu aos mexicanos seu Adios! No verdadeiro sentido da tradicional expressão hispânica: fiquem com Deus! Sempre no amor de Cristo, onde todos nos encontramos e nos encontraremos.

No momento de deixar o território mexicano, a bordo de um B777 da Alitalia, direto para o aeroporto de Santiago de Cuba, Bento XVI dirigiu um telegrama ao presidente Calderón, agradecendo a hospitalidade recebida durante os três dias da visita pastoral.

O Papa confiou os mexicanos e seus governantes à amorosa proteção de Nossa Senhora de Guadalupe, para que coerentemente com a vigorosa raiz cristã do país, prossigam cultivando por toda parte os valores morais e civis, para que se consolide a vida social por caminhos de paz, de concórdia e solidariedade.

(Tradução:MEM).

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Publicado em Agência Zenit.

“Pela vida da mãe e de seu filho” – Artigo – Cardeal Odilo Pedro Scherer – Arcebispo de São Paulo (SP) – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)

Fonte: Temas Polêmicos da Igreja Católica: “Aborto Não!” – Artigo (subtítulos):  Cultura de Vida e Aborto, Aborto e Estupro, Aborto de Anencéfalos Aborto – Direito de Decidir?, As Consequências do Aborto, Complicações Tardias do Aborto, Consequência sobre a Criança Não Nascida, Consequências Psicológicas, Consequências Sociais, Mensagem para Reflexão. Home: (16.03.2012)  http://temaspolemicosigreja.blogspot.com.br/2012/03/consolemos-nossa-mae.html

Links encartados na matéria:

http://www.providafamilia.org.br/site/secoes_detalhes.php?sc=52&id=362

http://www.providafamilia.org.br/site/secoes_detalhes.php?sc=50&id=382

http://temaspolemicosigreja.blogspot.com/2010/06/contra-o-sexo-antes-do-casamento.html)

http://www.providafamilia.org.br/site/secoes_detalhes.php?sc=33&id=70

Publicada por Taiana Froes em Junho 24, 2010.

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Línks relacionados (ao lado, no Blogroll do blog “Castelo Interior”, ao final da lista):

“Resources Medical” – Anti-Abortion (http://www.priestsforlife.org)

“This is a Suction Abortion” – Fr. Frank Pavone – “Priests for Life”.

Catholic Home School (Pro-Life Anti-Abortion) – Vídeo “Development of the Unborn Baby” (“Vídeo Pró-Vida; Anti-Aborto: Desenvolvimento de um Bebê por Nascer

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Pela vida da mãe e de seu filho

Cardeal Odilo Pedro Scherer
Arcebispo de São Paulo (SP)

De novo, em pauta a questão do aborto. Estamos num ano eleitoral, os partidos vão costurando suas alianças e, como não podia deixar de ser, na pauta dos ajustes também entram questões polêmicas, em discussão há mais tempo na opinião pública e também no Congresso Nacional.

Há quem gostaria que certos temas delicados não estivessem nos grandes debates político-eleitorais, talvez para não exigir uma tomada de posição clara perante os eleitores; prefere-se, então, qualificá-las como “questões religiosas”, das quais o Estado laico não se deveria ocupar, nem gastar tempo com elas na discussão política… Não penso assim. Decisões sobre a vida e a morte de outros seres humanos, sobre o modelo de casamento, família e educação, sobre justiça social e princípios éticos básicos para o convívio social são questões do mais alto interesse e relevância política. Dizer que são “temas religiosos” significa desqualificar a sua discussão pública, relegando-os à esfera da vida privada, ou ao ativismo de grupos voltados mais para interesses particulares que para o bem comum. Tirar da pauta política esses temas também poderia sugerir que pessoas sem religião não precisam estar vinculadas a valores e convicções éticas, o que é falso e até ofensivo.

Preocupo-me quando ouço que, no Brasil, a cada ano, são realizados mais de um milhão de abortos “clandestinos” e que, tantas mil mulheres (número bem expressivo!), morrem em consequência de abortos mal feitos! Há algo que não convence nesses números e afirmações. Sendo clandestinos, como pode alguém afirmar com tanta certeza dados tão impressionantes? Maior perplexidade ainda é suscitada, quando isso é afirmado por uma autoridade representativa do Estado, mostrando que tem, supostamente, conhecimento seguro de uma violação aberta e grave da lei e nada fazendo para que ela seja respeitada para preservar tantas vidas! De fato, continua valendo a lei que veta o aborto indiscriminado no Brasil.

Esses números assombrosos, ou estão prá lá de superdimensionados e manipulados para pressionar e atingir, de maneira desonesta, objetivos almejados; ou então, alguém está faltando para com seu dever de maneira consciente e irresponsável,  deixando que a lei seja violada impunemente, em casos tão graves, onde vidas humanas inocentes e indefesas são ceifadas, às centenas de milhares, ou até na conta dos milhões!

É lamentável a morte de cada mulher, em conseqüência de um aborto clandestino e mal feito. Lamentável também é, e muito, a sorte trágica de cada ser humano, que tem sua vida tolhida antes mesmo de ter visto a luz. Se há um problema de saúde pública a ser encarado, a solução não deveria ser a instrumentalização dessa tragédia humana para promover a legalização do aborto.

Dar roupagem legal à tragédia curaria a dor e faria sossegar a consciência? Questão de saúde pública deve ser enfrentada com políticas voltadas para a melhoria da saúde e das condições de vida, e não para a promoção da morte seletiva. Uma campanha de conscientização sobre a ilegalidade das práticas abortistas protegeria melhor a mulher e o ser que ela está gerando; haveria muito a fazer para alertar contra os riscos do recurso às clínicas – nem tão clandestinas – de “interrupção da gravidez”. Alguém conhece alguma campanha do Governo, ou alguma política pública para desestimular práticas abortivas contrárias à lei e arriscadas para a saúde da mulher? Não seria o caso de fazer?

Está em curso a discussão sobre a reforma do Código Penal brasileiro; em muitas coisas, certamente, ele deverá ser revisto e adequado. No entanto, chama a atenção e merece uma reflexão atenta da sociedade a proposta relativa ao artigo 128, sobre novos casos de aborto “não puníveis”, além dos dois casos já previstos (risco de vida para a mãe e gravidez resultante de estupro; cf http:/migre.me/845Dp).

No inciso I do artigo 128, propõe-se que não haja crime “se houver risco de vida ou à saúde da gestante”. A alusão ao “risco à saúde da mulher” é absolutamente vaga e, por si só, já ofereceria base para a universalização do aborto legal. No inciso II propõe-se que não haja crime se a gravidez resultar de violação da dignidade sexual, ou do emprego de técnica não-consentida de reprodução assistida”. O que se pretende qualificar como “violação da dignidade sexual”? O delito, neste caso, não aparece configurado e poderia ser facilmente alegado, sem que ninguém fosse capaz de comprovar a real ocorrência dos fatos. Além disso, a “reprodução assistida” já está legalizada e regulamentada no Brasil?

No inciso III do mesmo artigo, propõe-se que não haja punibilidade quando, “comprovada a anencefalia, ou quando o feto padecer de graves e incuráveis anomalias que inviabilizem a vida independente, em ambos os casos atestado pelo médico”. Além da anencefalia, já em discussão no STF, acrescentam-se outras “graves e incuráveis anomalias”, o que é preocupante, pois isso abriria as portas para uma inaceitável, do ponto de vista ético, “seleção pré-natal” dos indivíduos considerados “aptos” a viver e o descarte de outros, considerados “inviáveis”. É o controle de qualidade aplicado ao ser humano, já praticado em tempos passados por regimes condenados quase universalmente pelas suas práticas eugênicas. Vamos legalizar isso no Brasil agora?! No inciso IV, propõe-se que, “por vontade da gestante até a 12ª. semana de gestação, quando o médico constatar que a mulher não apresenta condições psicológicas de arcar com a maternidade”, o aborto poderia ser praticado, sem penalidades. Passa-se ao médico o peso da decisão sobre a vida ou a morte de seres humanos. Acho isso absolutamente inadequado! É preciso refletir muito, para não legalizar a banalização da vida humana.

Publicado por CNBB em 12 de Março de 2012.


São José e o Primado da Vida Interior – Solenidade – 19 de março – Exortação Apostólica do Papa João Paulo II (Comunidade Santa Teresa – OCDS – Província do Carmo – Sul – Brasil)

Fonte: Comunidade Santa  Teresa – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares (OCDS) – Província do Carmo – Sul – Brasil

SÃO JOSÉ E O PRIMADO DA VIDA INTERIOR
(Da Exortação Apostólica  do Venerável Papa João Paulo II)

“Também quanto ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré se estende o mesmo clima de silêncio, que acompanha tudo aquilo que se refere à figura de José. Trata-se, contudo, de um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura.

 Os Evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas «ações», envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava cotidianamente em contato com o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a sua morada» sob o teto da sua casa.

Isto explica, por exemplo, a razão por que Santa Teresa de Jesus, a grande reformadora do Carmelo contemplativo, se tornou promotora da renovação do culto de São José na cristandade ocidental.”

 O sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na «sua insondável vida interior, da qual lhe provêm ordens e consolações singularíssimas; dela lhe decorrem também a lógica e a força, própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como foi a de colocar imediatamente à disposição dos desígnios divinos a própria liberdade, a sua legítima vocação humana e a felicidade conjugal, aceitando a condição, a responsabilidade e o peso da família e renunciando, por um incomparável amor virgíneo, ao natural amor conjugal que constitui e alimenta a mesma família».

Esta submissão a Deus, que é prontidão de vontade para se dedicar às coisas que dizem respeito ao seu serviço, não é mais do que o exercício da devoção, que constitui uma das expressões da virtude da religião.

A comunhão de vida entre José e Jesus leva-nos a considerar ainda o mistério da Incarnação precisamente sob o aspecto da humanidade de Cristo, instrumento eficaz da divindade para a santificação dos homens: «Por força da divindade, as ações humanas de Cristo foram salutares para nós, produzindo em nós a graça, quer em razão do mérito, quer por uma certa eficácia».

Entre estas ações os Evangelistas privilegiam aquelas que dizem respeito ao mistério pascal; mas não deixam de frisar bem a importância do contacto físico com Jesus em ordem às curas de enfermidades (cf., por exemplo, Mc 1, 41) e a influência por ele exercida sobre João Baptista, quando ambos estavam ainda no seio materno (cf. Lc 1, 41-44).

O testemunho apostólico não transcurou — como já se viu — a narração do nascimento de Jesus, da circuncisão, da apresentação no templo, da fuga para o Egito e da vida oculta em Nazaré, por motivo do «mistério» de graça contido em tais «gestos», todos eles salvíficos, porque todos participavam da mesma fonte de amor: a divindade de Cristo. Se este amor se irradiava, através da sua humanidade, sobre todos os homens, certamente eram por ele beneficiados, em primeiro lugar, aqueles que a vontade divina tinha posto na sua maior intimidade: Maria, sua Mãe, e José, seu pai putativo .

Uma vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor «filial» de Jesus e, vice-versa, o amor «filial» de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? Justamente, pois, as almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino vêem em José um exemplo luminoso de vida interior.

Mais ainda, a aparente tensão entre a vida ativa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade (caritas veritatis) e as exigências do amor (necessitat caritatis), podemos dizer que José fez a experiência quer do amor da verdade, ou seja, do puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer das exigências do amor, ou seja, do amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade.”
(Venerável Papa João Paulo II, Capítulo V da EXORTAÇÃO APOSTÓLICA REDEMPTORIS CUSTOS).
JM+JT
São José, rogai por nós!
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Publicado por  http://comsantateresa.org.br (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares – OCDS – Comunidade Santa Teresa – Província do Carmo – Sul – Brasil).

Síria: Santa Sé exige fim da violência (Agência Ecclesia – Portugal – 03.03.2012)

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Fonte: Agência Ecclesia – Portugal

Lisboa, 29 fev 2012 (Ecclesia) – Três responsáveis da diplomacia do Vaticano lançaram apelos ao fim imediato da violência na Síria que, segundo a ONU, provocou mais de 7500 mortos nos últimos meses.

Em declarações à Rádio Vaticano, o observador permanente da Santa Sé Conselho da ONU para os Direitos Humanos, D. Silvano Maria Tomasi, disse hoje que “nunca é demasiado tarde para pôr fim ao uso da violência”.

Para este responsável, não é “aceitável uma violação sistemática dos Direitos Humanos das pessoas, através da repressão violenta, do uso da força contra manifestantes e do assassinato de tantos civis, incluindo crianças”.

O arcebispo italiano destaca que a situação síria tem consequências nos “equilíbrios internos no Médio Oriente”, pedindo o “fim do uso da força”.

Os confrontos entre manifestantes e o regime do presidente Bashar al-Assad são particularmente visíveis na cidade de Homs, 160 km a norte de Damasco, sob bombardeamento das forças do Governo.

D. Silvano Maria Tomasi falou esta terça-feira, perante os membros do referido Conselho da ONU, lamentando os “dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria que causaram tantas vítimas e grave sofrimento”.

O núncio apostólico (embaixador da Santa Sé) em Damasco, D. Mario Zenari, afirma, por seu lado, ter ficado “impressionado ao ver as crianças vítimas deste conflito”.

Segundo o diplomata, a situação é “grave” pela falta de alimentos ou medicamentos, sendo difícil “socorrer e curar os feridos, enterrar os mortos”.

D. Michael Fitzgerald, núncio apostólico no Egito e observador da Santa Sé na Liga Árabe, Dom, sublinha a necessidade de “permitir a entrada de médicos, medicamentos e alimentos para as pessoas”.

O prelado considera que a decisão de enviar Kofi Annan como enviado especial conjunto da ONU e da Liga Árabe “para ver se é possível negociar” na Síria é “muito importante”.

No último dia 12, Bento XVI lançou um “apelo urgente” pedindo o fim da violência e do “derramamento de sangue” na Síria.

“Sigo com muita apreensão os dramáticos e crescentes episódios de violência na Síria”, disse o Papa, após a recitação da oração do Angelus com milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, Vaticano.

Falando em “numerosas vítimas”, nas quais se incluem “algumas crianças”, Bento XVI lembrou ainda os feridos e “quantos sofrem as consequências de um conflito cada vez mais preocupante”.

OC

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Publicado em Agência Ecclesia – Portugal.

A Igreja Católica inicia na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, o Tempo da Quaresma, período de preparação para a festa da Páscoa (“Celebrando” – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas – SP – Brasil)

Fonte/imagem/artigo: Missionários Combonianos – Actualidades – “Quaresma 2012 dedicada às boas obras

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Fonte: CELEBRANDO – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas

TEMPO DE QUARESMA 2012

A Igreja Católica inicia na próxima quarta-feira, dia 22 de fevereiro, o Tempo da Quaresma, período de preparação para a festa da Páscoa que, com a morte e ressurreição de Jesus, tornou-se o grande referencial da nossa fé, o dia da vitória da Vida sobre a morte. A Quarta-feira de Cinzas marca, também, no Brasil, o início da Campanha da Fraternidade.

1. A Quaresma é o período de 40 dias que começa na quarta-feira de Cinzas e termina na véspera do Domingo de Ramos, este ano no dia 1º de abril, quando tem início a Semana Santa. Nesses 40 dias, somos convidados a reviver a experiência dos 40 anos de travessia do deserto pelo povo de Israel e os 40 dias que Jesus passou no deserto antes de iniciar a sua Missão. Somos convidados a três atitudes que são os pilares da vida cristã: a Oração, relação do homem com Deus; o Jejum, relação do homem consigo mesmo; e a Caridade, relação do homem com o próximo. É um tempo rico de reflexão sobre a nossa vida, buscando valorizar o que temos feito de bom e dar um novo caminho ao que temos feito de ruim ou deixado de fazer. É o convite à conversão.

2. O nosso calendário civil é definido a partir da Festa da Páscoa, por isso a Quaresma varia de ano para ano. A festa da Páscoa é celebrada no primeiro domingo após a primeira lua cheia do início do outono. Neste ano de 2012 o outono começa no dia 21 de março, e a primeira lua cheia acontece no dia 06 de abril. Assim, a Festa da Páscoa acontece no domingo seguinte, dia 08 de abril. A partir desta data são definidas a Semana Santa, a Quarta-feira de Cinzas e, também, o Carnaval. A festa da Páscoa era primitivamente um ritual realizado por pastores que, para proteger as suas famílias e seus rebanhos dos espíritos maus, matavam um cordeiro e tingiam a entrada das tendas com o seu sangue. Por volta de 1250 anos antes de Cristo, esse ritual adquiriu um novo sentido, com a libertação do povo de Israel da escravidão do Egito. Depois, com a ressurreição de Jesus, a Páscoa se tornou a principal festa dos cristãos, lembrando que Deus liberta seu povo através de Jesus Cristo, o novo cordeiro pascal.

3. Na Quarta-feira de Cinzas, nas missas celebradas nas Paróquias e Comunidades, se benzem e impõem as cinzas feitas de ramos de oliveiras ou palmeiras, bentos no Domingo de Ramos do ano anterior. Em procissão, os cristãos e cristãs recebem na fronte um pouco dessas cinzas para expressar o desejo e votos de assumir o processo de conversão que se iniciou no Batismo, por uma vida de oração, esmola e jejum. As cinzas nos lembram que todo orgulho, prepotência, bens materiais não são nada mais do que cinzas após a morte. Conscientes de nossa pequenez, somos chamados a ser agentes de transformação de uma sociedade injusta, desigual e violenta, através de obras, ações, do amor que entrega a própria vida pela vida do outro.

4. A Quarta-feira de Cinzas abre a Campanha da Fraternidade, promovida pela CNBB desde 1964, destacando uma situação da realidade social para a reflexão das comunidades e de toda a sociedade. O tema deste ano é “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, um chamado à reflexão sobre a realidade da saúde no Brasil,em vista de uma vida saudável, suscitando o espírito fraterno e comunitário das pessoas na atenção aos enfermos e na mobilização pela melhoria no sistema público de saúde.

Em todas as Paróquias e Comunidades da nossa região haverá Missa na Quarta-feira de Cinzas. Clique aqui para acessar a Mensagem do Papa Bento XVI para a Quaresma 2012.

Desejamos um excelente início de Quaresma!

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Publicado em CELEBRANDO – Revista Virtual de Liturgia – Arquidiocese de Campinas.

Há 50 anos chegava à Região Sul do Brasil, o grupo de Irmãs Carmelitas que fundaria o Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José – Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças – Monjas Contemplativas.

Publicado em Ordem dos Carmelitas Descalços  Seculares (OCDS) – Comunidade Santa Teresa – Província do Carmo – Sul – Brasil. Pesquisa/fotosCarmelo Nossa Senhora da Assunção e São José – Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças – Monjas Contemplativas – Curitiba – Paraná.

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Há 50 anos, chegava à Curitiba, no Paraná, mais exatamente, em 10 de fevereiro de 1960, o grupo de Irmãs Carmelitas, provenientes do Carmelo Santa Teresa, de São Paulo, Capital, para fundação  do Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José. O grupo era formado por dez pioneiras:  Madre Leopoldina de Santa Teresa , Madre Isabel dos Anjos, Ir. Inês de São Sebastião, Ir. Genoveva do Imaculado Coração de Maria, Ir. Teresa de Jesus, Ir. Maria de Lourdes, que depois retornou ao Camelo de S. Paulo. As acompanhavam o grupo das formandas Ir. Teresa Cristina de São José, Ir. Regina da Imaculada Conceição,  Ir. Maria de São José Ir. Maria Celina do Menino Jesus. Vieram a pedido do Arcebispo Dom Manuel da Silveira Delboux. Ao chegarem instalaram-se em uma pequena casa provisória.
No dia 18 de março de 1962, após uma solenidade, as Irmãs passaram para o novo prédio.

carmelo curitiba - o começo

. Veja mais abaixo, como está atualmente o Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José – Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças – Monjas Contemplativas (fotos e texto publicados no site):

Como é Bonito…


Como é bonito Senhor, cada manhã te agradecer.

Mais uma vez teu amor vem me chamar para viver.

Contigo Deus de Amor, eu quero caminhar e assim por onde eu for, irás me acompanhar.

Como é bonito Senhor, cada manhã, ter o meu pão e desejá-lo também a cada um dos meus irmãos.

Como é bonito Senhor, cada manhã recomeçar, tendo a certeza e a fé que tua mão vai me guiar.

 

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Leia também o artigo:

Publicado em: Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças – Monjas Contemplativas

Ideal Apostólico e Oração

Há uma passagem muito importante no livro Caminho de Perfeição que só agora podemos compreender perfeitamente à luz da teologia dos carismas. Diz assim:
“A princípio, quando se tratou da fundação deste mosteiro, não tive a intenção de estabelecer tanta aspereza no exterior (…). Nesta ocasião, tive notícias dos prejuízos e estragos que faziam os luteranos na França, e o quanto ia crescendo esta desventurada seita. Deu-me grande aflição, e, como se pudesse ou valesse alguma coisa, chorava com o Senhor, suplicando-lhe para remediar tanto mal. Parecia-me que mil vidas daria eu para salvação de uma só alma das muitas que ali se perdiam. Sendo mulher e ruim, senti-me incapaz de trabalhar como desejava para a glória de Deus. Tendo o Senhor tantos inimigos e tão poucos amigos, toda a minha ânsia era, e ainda é, que ao menos estes fossem bons. Determinei-me então a fazer este pouquinho a meu alcance, que é seguir os conselhos evangélicos com toda a perfeição possível e procurar que estas poucas irmãs aqui enclausuradas fizessem o mesmo. Confiava na grande bondade de Deus, que nunca falta a quem por ele se decide a tudo deixar. Sendo elas tais como eu as pintava em meus desejos, entre suas virtudes desapareceriam minhas faltas, e assim poderia eu de algum modo contentar ao Senhor. E, ocupadas todas em orações pelos defensores da Igreja, pregadores e letrados que a sustentam, ajudaríamos, no que estivesse a nosso alcance, a este meu Senhor, tão atribulado por aqueles a quem fizera tanto bem. Até parece que esses traidores pretendem crucificá-lo de novo, deixando-o sem ter onde reclinar a cabeça.” (C 1, 1-2).

Clique aqui para ler os livros: Caminho de Perfeição e Castelo Interior

Ao estabelecer esse gênero de vida, feito de oração, penitência, silêncio e solidão, o plano da Santa Madre foi formar amigos fortes e fiéis de Cristo, preparados para fazer por Ele muito mais do que os próprios teólogos e sacerdotes. Bem convencida disto, a Santa prossegue:

“Ó, minhas irmãs no Cristo! ajudai-me a suplicar isto ao Senhor, já que para este fim vos reuniu aqui. Esta é a nossa vocação. Estes hão de ser vossos negócios. Estes, vossos desejos. Aqui se empreguem vossas lágrimas. Sejam estes os vossos pedidos e não, irmãs, súplicas por negócios do mundo” (C 1, 5).

E para que não paire dúvida alguma, acrescenta esta declaração terminante:

“Se vossas orações e desejos, disciplinas e jejuns não se empregarem no que deixei indicado, ficai certas de que não realizais nem cumpris o fim para o qual o Senhor vos reuniu aqui.” (C 3, 10).

Há quem pense que o Carmelo Teresiano atual deixa bastante a desejar em relação à sua vocação específica, pois não produz o mesmo número de místicos que no passado. Mas quem pode afirmá-lo com certeza? À primeira vista, pareceria natural que, dado o número atual de membros da Ordem (13.000 religiosas e 3.000 religiosos, segundo o cálculo de 1979,[4] comparados com 200 e 300 respectivamente do tempo da Santa Teresa), florescessem mais almas místicas do que no passado. Mas, na verdade, estes são dons gratuitos de Deus e só Ele sabe o porquê.

Mais ainda: este modo tão limitado e humano de encarar nossa vocação não é só dos estranhos à Ordem, mas também de seus próprios membros. Na época atual – de tão ativo apostolado no campo social -, não é incomum ouvir queixas e preocupações dos que acreditam que o Carmelo Teresiano moderno não participa como deveria desse apostolado, nem do apostolado missionário e educacional em que a hierarquia da Igreja Católica parece tão empenhada. Também não faltam algumas irmãs nossas de clausura que se sentem um pouco frustradas e sentem suas vidas um pouco vazia se não puderem participar – mesmo em termos limitados – do campo do apostolado social da Igreja junto aos pobres. Da mesma forma muitos leigos tem dificuldade de entender o porquê de “disperdiçar” uma vida ficando “presa por grades” e “sem poder fazer nada de concreto para ajudar quem precisa”.

Como é verdade que não há nada de novo sob o sol! Essas mesmas objeções foram apresentadas à Madre Teresa por algumas irmãs de seu tempo, e a Santa deu-lhes uma resposta concludente:

“A outra objeção é a de que não podeis nem tendes meios de ganhar almas para Deus. De boa vontade o faríeis. Contudo, não vos cabendo ensinar nem pregar a exemplo dos apóstolos, não sabeis como agir. A isso já respondi por escrito mais de uma vez – talvez mesmo neste Castelo, não sei. Como, porém, creio que a dúvida vos passe pela mente, junto com os grandes desejos que o Senhor vos dá, não deixarei de repeti-lo aqui. Já vos disse em outra parte (3M 2, 13) que algumas vezes o demônio nos inspira desejos magnânimos, para deixarmos de lado ocasiões atuais de servir a Nosso Senhor em obras positivas e realizáveis. Ficamos desejando coisas impossíveis. Muito fareis com a vossa oração, não há dúvida. Contudo, já não falo nisso. Só vos digo uma coisa: não queirais ajudar a todo o mundo. Contentai-vos em ajudar aqueles que estão em vossa companhia. A vossa obrigação para com eles é maior. Desse modo, a vossa obra será tanto mais meritória. Julgais que é pouco lucro abrasá-los todos com o fogo de vossa grande humildade, mortificação, diligência em servir às irmãs, caridade sincera para com elas e amor de Deus? Ou se, com as demais virtudes, os encheis de estímulo? Não é pequeno, mas grandíssimo proveito – e muito agradável serviço prestado ao Senhor. Vendo que realizais as obras a vosso alcance, Sua Majestade entenderá que faríeis muito mais se pudésseis. Assim vos dará o prêmio como se lhe tivésseis ganho muitas almas.” (7M 4, 14).

Para evitar mal-entendidos e para que suas filhas não pensassem que se esquivava da questão, a Santa acrescenta com clareza: “Direis que não é converter almas, porque todas aqui são boas e virtuosas. Que tendes vós com isso? Que vos importa? Quanto melhores e mais perfeitas, tanto mais os seus louvores serão agradáveis ao Senhor. Na mesma proporção, tanto mais as suas orações serão de proveito para os próximos. Enfim, minhas irmãs, concluo com este pensamento: não construamos torres sem alicerces firmes. O Senhor não olha tanto a magnificência das obras. Olha mais o amor com que são feitas. Se realizarmos o que está ao nosso alcance, o que depende de nós, Sua Majestade fará com que o continuemos realizando cada dia mais e melhor. Não nos cansemos logo. No breve tempo desta vida – que talvez dure menos do que pensamos – ofereçamos interior e exteriormente ao Senhor o sacrifício que estiver em nossas mãos. Sua Majestade o juntará com a oblação que de si mesmo fez ao Pai na cruz, por todos nós. Assim lhe conferirá o valor merecido por nosso amor, nossa boa vontade, ainda que as obras sejam pequeninas” (7M 4, 15).

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Livros de Santa Teresa de Ávila disponibilizados no site Carmelo Nossa Senhora da Assunção e São José – Comunidade das Irmãs Carmelitas Descalças – Monjas Contemplativas – “Castelo Interior” e “Caminho de Perfeição“, no link  Livros .

A PARÁBOLA DA INSISTÊNCIA – Aluizio José da Mata – In Memoriam – Sociedade São Vicente de Paulo

 Aluizio José da Mata - Confrade da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP) - Sete Lagoas (MG)In Memoriam – Aluizio José da Mata

Confrade da Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP)

 Sete Lagoas (MG)

Fonte/imagem/artigo:  Diário Católico – MG

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Logo abaixo, com tristeza, apresento a notícia do falecimento exatamente há um ano atrás, de meu amigo virtual e administrador da lista de oração “Texto-Meditação” – Aluizio da Mata, da qual fui assinante durante cinco anos. Lamentamos sua partida, mas temos o conforto que dele ter sido um homem bom, de Fé sólida, solidário e atuante como confrade da Ordem Secular  Sociedade São Vicente de Paulo (SSVP), de Sete Lagoas, Minas Gerais. (LBN)

Aluizio faleceu aos 27 de Janeiro de 2011.
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Último artigo, em janeiro de 2011…

MARIANA: NÃO DÁ PARA ESPERAR MAIS…  – 13 janeiro 2011

Aluizio da Mata

Não sei se todos os que estão lendo este artigo, conhecem a história da Mariana.
Ela tem seus quatro anos de vida e tem lutado para mantê-la como uma guerreira. Portadora de leucemia, ela passou por todos os tratamentos necessários: quimioterapia, radioterapia, internações e mais internações, espera de um doador de medula óssea compatível…
E muitas orações. Depois de vários meses, foi encontrado o doador que poderá salvar a sua vida. É um menino americano, cujo nome nem sabemos. Depois de muitos preparos, exames e orações o transplante foi feito. A expectativa de que não houvesse rejeição do organismo que recebeu o transplante durou alguns dias e finalmente pôde-se dizer que ele teve o sucesso esperado. A medula da Mariana começou a funcionar. Mas, aí vem o que ninguém esperava. De tantos remédios, de tantos tratamentos, de tantas internações, eis que o quadro físico da Mariana começa a cobrar e ela tem passado a maior parte do tempo sobrevivendo por meio de aparelhos, com as funções dos pulmões muito afetadas, rins sem funcionar, com muito sangramento interno, está toda inchada e drenos em muitas partes do corpo.

É muito sofrimento para uma menina que nem começou a viver direito. Não falo do sofrimento dos pais, parentes e amigos, pois seria desnecessário. Basta o sofrimento dela. Agora mesmo fiquei sabendo que o pai dela, Érico, foi internado com comprometimento muito sério no fígado.

Aí vem o questionamento: Por que será que tudo isso está acontecendo?
Não tenho resposta e duvido que alguém a tenha. Eu pensava em escrever um artigo sobre a Mariana quando ela deixasse o hospital, livre de todo esse pesadelo, mas não dá para esperar mais. Seu estado de saúde se agravou bastante. A finalidade do artigo é de insistir no pedido de orações para ela e para todas as pessoas que estão na mesma situação. Não sei o que Deus tem reservado para ela, mas seja o que for, é preciso que tenhamos fé na misericórdia d’Ele. O pedido insistente de ajuda é válido. Jesus mesmo ensinou isto dizendo que uma pessoa que possa ajudar a outra ajudará mesmo que seja para se livrar do importuno. Como estava se referindo ao ser humano, imagine Deus recebendo nossos insistentes pedidos por uma pessoa doente…

 A PARÁBOLA DA INSISTÊNCIA

Disse-lhes ainda Jesus: Qual dentre vós, tendo um amigo e este for procurá-lo à meia-noite e lhe disser: Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu, chegando de viagem, procurou-me e eu nada tenho que lhe oferecer. E o outro lhe responde lá de dentro, dizendo: a porta já está fechada e os meus filhos comigo já estão deitados. Não posso levantar-me para tos dar; digo-vos que, se não se levantar para dar-lhos, por ser seu amigo, todavia o fará por causa da importunação, e lhe dará tudo o de que tiver necessidade (Lc 11, 5-8). A compaixão pelo amigo cansado e faminto leva aquele homem a importunar seu amigo vizinho, em momento impróprio. O que o levara a tomar aquela atitude era a situação de grande necessidade do amigo? Ele não decide importunar pelo simples prazer de importunar, mas porque foi constrangido pela necessidade do amigo. Sua insistência foi sua vitória. Veja como esta parábola pode nos ajudar a sermos mais insistentes em nossa vida de oração.

Hoje à tarde, conversando com o confrade Obed, ele me relatou diversos casos que presenciou, onde a mão de Jesus se fez sentir para curar pessoas doentes. Mas, ele disse que sempre houve antes de cada cura muita fé nas orações interpostas. Então, amigos católicos (Vicentinos, participantes de Grupos de Oração, participantes de Grupos na internet), membros de outras igrejas, está na hora de “importunarmos” o nosso Deus para que Ele derrame as graças necessárias para que o quadro clínico da Mariana seja revertido.

Jesus, que curou os leprosos, os coxos, os cegos e tantas outras pessoas que necessitavam de sua ajuda, volte seu olhar para a Mariana. Dê-lhe mais tempo de vida e encaminhe-a para ser um exemplo de Vossa misericórdia.
Amém.

SIMPLICIDADE VICENTINA – 9 janeiro 2011
Texto: Aluizio da Mata

Muitas coisas me encantam na Sociedade de São Vicente de Paulo. Uma delas é a simplicidade.
Uma pessoa que não seja vicentina e esteja acostumada a participar de reuniões de clubes sociais ou políticos há de estranhar, e muito, se assistir a uma reunião de uma de nossas Conferências Vicentinas.

Para começar, não verá tratamento diferenciado para qualquer pessoa, seja um médico, seja um mecânico, seja um grande empresário ou um dono de um pequeno comércio, seja um simples aposentado ou uma dona de casa. Todos são tratados igualmente.
Não há lugar de honra a ser ocupado por ninguém. Se alguém se senta à frente de todos é apenas para dirigir a reunião ou para ajudar o presidente nas tarefas de secretaria e tesouraria.

Todos os demais membros da conferência ficam sentados em cadeiras simples, às vezes até duras demais para corpos tão cansados da labuta do dia a dia. Ninguém se arvora a ser melhor do que qualquer dos confrades ou consócias. Não há diferença de tratamento, mesmo que a pessoa seja uma autoridade ou figura proeminente na sociedade civil. Uma prova do que estou falando vemos em momentos da reunião. Na chamada, os nomes são simplesmente os nomes. Nenhum título é colocado. A coleta financeira semanal é secreta, atitude sábia, pois ninguém sabe o que o outro colocou dentro da sacola. Todos os donativos entregues aos necessitados são em nome da Conferência, mesmo que ele tenha sido dado por um dos seus membros. Talvez, as únicas pessoas que possam ter um tratamento um pouco diferenciado sejam os participantes do clero, não por sua causa pessoal, mas por representar Jesus perante a humanidade. Infelizmente, são poucas as ocasiões que eles nos visitam.

Em qualquer reunião de Conferência, nota-se a simplicidade em tudo. Se olharmos em volta de nós em uma das nossas reuniões semanais, veremos a maioria dos presentes com roupas simples, podemos até dizer, bem ao estilo das pessoas sem vaidades. Todos conversam entre si, antes e depois da reunião. Impera, na grande maioria das vezes, uma amizade sincera. Todos sentem prazer em encontrar alguém e bater aquele papinho.

A Sociedade de São Vicente de Paulo é uma entidade interessante, pois não procura se engrandecer. Não faz propaganda do seu trabalho semanal e, às vezes, até diário. Quase não se vê reportagem de rádio, televisão, jornal ou revista dando ciência à população do trabalho que fazemos. Nas grandes catástrofes, em qualquer parte do mundo, os Vicentinos estão presentes lá, ajudando; mas, ninguém é entrevistado. Nenhum confrade ou consócia tem seu retrato estampado na mídia. Nessas ocasiões, muitas entidades e clubes de serviço fazem questão de lá comparecer, e isso é bom, pois a caridade não é monopólio de ninguém. Mas, normalmente, elas e eles são destacados pela mídia.

Outra coisa que a SSVP proporciona é a nossa satisfação em poder ajudar, não porque queiramos que haja pobres para efetuarmos o nosso apostolado, mas por sentir que somos úteis, sem esperar nenhum reconhecimento, já que “pobres sempre tereis convosco”, como disse Jesus.

A Sociedade de São Vicente de Paulo incorporou bem os ensinamentos de Jesus, principalmente aquele que diz: “Não saiba a tua mão esquerda o que fez a tua mão direita”, querendo dizer que a divulgação de toda ajuda feita ao necessitado já terá tido a sua recompensa, ao contrário daquela feita em silêncio, que terá a recompensa no Céu. Por ser uma entidade simples, que vive fazendo a caridade, tem ela a proteção de Deus e isso é garantia de que continuará existindo enquanto for movida pela caridade e pela simplicidade.

Textos escritos por  Aluizio da Mata (Confrade da Sociedade São Vicente de Paulo- SSVP – Sete Lagoas – MG)

 

 

“Papa apela ao silêncio no dia dos jornalistas” – 24 de janeiro – Dia de São Francisco de Sales – Padroeiro dos jornalistas e escritores católicos

Fonte: www.expresso.pt

13:00 Terça feira, 24 de janeiro de 2012

Papa apela ao silêncio no dia dos jornalistas

É dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas. E Bento XVI aproveita a oportunidade para lembrar como “o silêncio é precioso”.
Rosa Pedroso Lima


Bento XVI: «É necessário criar um ambiente propício,

quase uma espécie de ‘ecossistema’ capaz de equilibrar

silêncio, palavra, imagem e sons»
Pier Paolo Cito/AP

Como já vem sendo habitual, Bento XVI volta a supreender com um discurso que está bem longe do main stream. Aproveitando o dia de São Francisco Sales – que a Igreja designou como padoreiro dos jornalistas – o Papa apresentou a sua mensagem ao Dia Mundial das Comunicações Sociais, que este ano se celebrará a 20 de Maio.

“Silêncio e palavra: caminho de evangelização” é o título dado à mensagem papal. E, retomando a antiga tradição – aliás patente em várias religiões – que destaca o papel do silêncio na comunicação humana, Bento XVI apela a que se encontre um equilíbrio entre os momentos de palavra e os momentos de silêncio. Trata-se, segundo o Papa, de “dois momentos da comunicação que se devem equilibrar, alternar e integrar entre si para se obter um diálogo autêntico e uma união profunda entre as pessoas”.

“O silêncio é parte integrante da comunicação”, afirma, sublinhando que é na parte não dita da Comunicação que se “abre um espaço de escuta recíproca e se torna possível uma relação humana mais plena”. Para além, claro, de ser no silêncio que “escutamo-nos e conhecemo-nos melhor a nós mesmos”.

Depois de já ter sublinhado a importância das novas tecnologias no desenvolvimento das comunicações e de ter ‘aberto’ o Vaticano às novas tecnologias – como o Twitter ou as páginas online – o Papa defende uma espécie de nova ordem da comunicação. “O homem de hoje vê-se, frequentemente, bombardeado por respostas a questões que nunca se pôs e a necessidade que não sente”, esclarece o Papa. “É necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de ‘ecossistema’ capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagem e sons”, conclui.

Publicado em http://www.expresso.pt/.
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Fonte/imagem: Salesianos de Dom Bosco  
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Fonte: http://oblatosamlat.cybermeme.net/ 

A VIDA DE SÃO FRANCISCO DE SALES

Os anos convulsionados na França, depois da Reforma Protestante, formaram o pano de fundo da vida de Francisco de Sales. Ele nasceu no dia 21 de agosto de 1567 de uma família nobre, no reino da Sabóia, situado entre a França, Itália e Suíça. Ele estudou no Colégio de Clermont dos Jesuítas, em Paris, e na Universidade de Pádua, onde se doutorou no Direito Canônico e  Civil.

Sendo estudante em Paris, teve que enfrentar a tempestade de uma severa crise espiritual, ao sofrer a tentação de desespero referente à predestinação.

Para o seu pai, foi uma grande decepção que Francisco não aceitou uma carreira esplêndida no mundo, mas preferiu o sacerdócio. Depois da ordenação, o seu bispo oenviou como jovem missionário para Chablais, distrito da Sabóia, por quatro anos. Lá ficou famoso por seus folhetos em defesa da fé e, mal e mal, se escapou de um atentado contra sua vida. Os seus escritos dessa  época foram publicados com o título

Controvérsias e a Defesa do Estandarte da Santa Cruz. Ao finalizar o seu apostolado de missionário, ele tinha persuadido cerca de 72.000 Calvinistas a voltar para a Igreja Católica.

Foi ordenado bispo de Genebra em 1602, mas residia em Annecy (agora situada na França), já que  Genebra estava sob o domínio dos Calvinistas e ficou fechada para ele.

Sua diocese tornou-se muito conhecida na Europa por motivo de sua organização eficiente, seu clero zeloso e os leigos bem esclarecidos — uma realização monumental naquela época. A sua fama como diretor espiritual e escritor aumentava.

Convenceram-no que reunisse, organizasse e expandisse suas muitas cartas sobre assuntos espirituais e as publicasse. É o que ele fez em 1609, com o título Introdução à Vida Devota. Essa se tornou a sua obra mais famosa e, ainda hoje, é uma obra clássica que se encontra nas livrarias no mundo inteiro. Mas o seu projeto especial foi o escrito do Tratado do Amor de Deus, fruto de anos de oração e trabalho. Este também continua sendo publicado hoje. Ele queria escrever também uma obra paralela ao Tratado, ou seja, sobre o amor ao próximo, mas a sua morte no dia 28 de dezembro de 1622, aos 55 anos de idade, o impossibilitou. Além das obras mencionadas acima, suas cartas, pregações e palestras ocupam cerca de 30 volumes. O valor permanente e a popularidade dos seus escritos levou a Igreja a conceder-lhe o título de Padroeirode Escritores Católicos.

Francisco aceitou em sua casa um jovem com dificuldade de audição e criou uma linguagem de símbolos para possibilitar a comunicação. Essa obra de caridade conduziu a Igreja a dar-lhe um outro título, ou seja, o de Padroeiro dos de Difícil Audição.

Ele colaborou com Santa Francisca de Chantal na fundação da ordem religiosa das Irmãs da Visitação de Santa Maria, conhecidas pela simplicidade da sua regra e tradições e por sua abertura especial a viúvas. Foi através da persistência de uma destas irmãs, uns 250 anos mais tarde, a Madre Maria de Sales Chappuis, que um sacerdote de Troyes, na França, Luís Brisson, fundou os Oblatos de São Francisco de Sales, uma comunidade de sacerdotes e irmãos, dedicados à vida  e divulgação do espírito e dos ensinamentos de São Francisco de Sales. Padre Brisson fundou também uma comunidade de irmãs com o mesmo nome, Oblatas de São Francisco de Sales.

O espírito e a fama de Francisco e a influência dos seus escritos se estenderam rapidamente depois de sua morte. A Igreja o declarou santo formalmente em 1665 e  lhe deu o título excepcional de Doutor da Igreja em 1867 – um título outorgado só a uns 30  santos na história da Igreja que são famosos por seus escritos. A sua festa a Igreja celebra no dia 24 de janeiro.

Diferente de muitos santos,cujas vidas,repletas de acontecimentos maravilhosos, parecem estar fora do alcance de cristãos comuns, a vida de Francisco de Sales não apresenta nada de sensacional. Os seus ideais de moderação e caridade, de gentileza e humildade, de alegria e entrega à vontade de Deus são expressos com uma sensatez que anima os fracos e alimenta os fortes, ocasionando-lhe o reputação como o Santo Cavalheiro.

(…)

O ESPÍRITO DE SÃO FRANCISCO DE SALES
(extraído dos seus escritos)

Publicado em http://oblatosamlat.cybermeme.net/ .

IMITAÇÃO DE CRISTO: “Que se deve repousar em Deus acima de todos os bens e dons” – Tomás de Kempis – Livro III – Capítulo XXI

Fonte/imagem/artigo: Carmelo Santa Teresa ( Ordem dos Carmelitas Seculares – Província do Carmo Sul do Brasil)

Artigo: ” O CARMELO E O SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS”

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IMITAÇÃO DE CRISTO

LIVRO III

CAPÍTULO XXI

Que se deve repousar em Deus acima de todos os bens e dons

O DISCÍPULO

1.Minha alma, em tudo e sobre tudo descansa sempre em Deus, que é o eterno descanso dos Santos.

Dulcíssimo e amantíssimo Jesus, fazei que eu ache mais descanso só em Vós do que em todas as coisas criadas; mais do que na saúde e na formosura; mais do que na glória e na honra; mais do que no poder e nas dignidades; mais do que ciência e na sutileza; mais do que nas riquezas e nas artes; mais do que na alegria e divertimento; mais do que na fama e no louvor; mais do que nas delícias e nos prazeres. Fazei com que eu vos prefira a todas as esperanças  e promessas que nos dais; a todos os merecimentos e bons desejos que podemos ter; a todas as graças e graças e favores de que podeis encher-nos; a todas as consolações e doçuras que podemos receber de Vós. Fazei que eu ame mais descansar em Vós só do que em todos os anjos, esses espíritos celestiais; mais do que todo o visível e invisível; enfim, mais do que em tudo o que há fora de Vós, Deus meu!

2. Porque Vós só sois infinitamente bom; Vós só Altíssimo; Vós só Poderosíssimo; Vós só Suficientíssimo  e Pleníssimo; Vós só Suavíssimo e Amabilíssimo.

Vós só formosíssimo e amantíssimo. Vós só Nobilíssimo e Gloriosíssimo sobre todas as coisas, em que todos os bens sempre estiveram, estão e estarão eternamente juntos em suma perfeição.

Assim, é pouco, insuficiente tudo o que me dais ou prometeis, ou me descobris de Vós mesmo, não vos vendo,nem vos possuindo plenamente.

Porque o meu coração não pode dar-se por cabalmente satisfeito senão elevando-se acima de todas as criaturas, a fim de descansar Vós só.

3. Ó meu Jesus, esposo amabilíssimo e puríssimo amante as almas, Senhor de todas as criaturas!

Quem me dará asas de verdadeira liberdade para voar e descansar em Vós!

Oh! quando serei assaz desapegado  da terra para ver quão suave sois, Deus e Senhor meu!

Quando serei por tal modo absorto em Vós, por tal modo penetrado de vosso amor, que não sinta mais a mim mesmo e não viva mais senão em Vós, nessa união inefável e acima  dos sentidos, que nem todos conhecem!

Agora passo eu a vida nos gemidos e levo com dor o peso da minha miséria!

Porque neste vale de lágrimas encontro tantos males que me perturbam a miúdo, me entristecem e anuviam a alma; muitas vezes me cansam e embaraçam, distraem-me, apoderam-se de mim e me impedem de ter livre entrada junto de Vós; privam-me desses deliciosos amplexos de que gozam sempre e sem obstáculos os espíritos bem-aventurados, que assistem em vossa presença!

Ó meu Deus, ouvi os meus suspiros e tornai-vos sensível a tantos males que sofro sobre a terra!

4. Ó Jesus! Esplendor da eterna glória, alívio da alma aflita neste desterro! Minha boca está diante de Vós, e meu silêncio vos fala por mim!

Até quando tardará o meu Senhor em vir à minha alma?

Venha a mim na extrema pobreza em que jazo e encham-me de alegria. Estenda sua mão e levante este infeliz da miséria em que está prostrado.O DISCÍPULO

Vinde, meu Deus, vinde; sem vós não posso ter dia nem hora alegre, porque sois toda a minha alegria e vós só podeis encher o vazio de meu coração.

Miserável sou, como preso e carregado de ferros, enquanto me não concedeis a luz da vossa presença e me dais a liberdade, mostrando-me vosso doce e amoroso semblante.

5. Busquem outros em lugar  de Vós o que quiserem, que a mim nenhuma outra coisa agrada, nem agradará nunca, senão Vós, Deus meu, esperança minha e minha eterna felicidade.

Gemerei sempre e não deixarei de orar até que a vossa graça volte a mim e vós me faleis no interior.

6. Jesus Cristo – Aqui me tens, filho meu, e venho a ti, pois me chamaste .  As tuas lágrimas e os desejos de tua alma, a humildade e a penitência de teu coração me inclinaram a vir a ti.

O Discípulo – E disse: Senhor, chamei-Vos e desejei gozar-vos, na resolução de desprezar tudo por amor de Vós.

Porém, Vós mesmo me excitastes a buscar-Vos.

Sede, pois, bendito, Senhor, por haver usado com vosso servo de tamanha bondade, segundo Vossa misericórdia infinita.

À vista disto, que resta ao vosso servo senão humilhar-se profundamente em vossa presença, sem perder nunca a lembrança de sua maldade e vileza?

Em toda esta multidão de maravilhas, de que enchestes o céu e a terra, nada há que vos seja semelhante, ó meu Deus!

Todas as vossas obras são perfeitíssimas, “todos os vossos juízos são retos, e o universo  governais por vossa soberana providência” (Salmo 118, 16).

Dê-se, pois, todo o louvor e glória a Vós, que sois a sabedoria do Pai! A minha alma, a minha língua e todas as criaturas juntas vos louvem eternamente.

Fonte: Imitação de Cristo, Tomás de Kempis, Livro III, Capítulo XXI.

“Vimos sua estrela e viemos adorá-lo”: Epifania do Senhor (Mt 2, 1-12) – Tempo do Natal – 07.01.2012 e Batismo do Senhor (Mc 1, 7-1) – Ano Litúrgico B – 08.01.2012

07 e 08.01.2012

EPIFANIA DO SENHOR (Mt, 2, 1-12)

No Natal Deus se esconde e se humilha, assumindo condição humana. Na Epifania, Deus se manifesta e mostra a todas as nações sua glória divina e realeza. A Epifania revela o aspecto glorioso do mistério natalino; o caráter universal da mensagem do Evangelho e a missão da Igreja de fazer com que todos reconheçam o Cristo como encarnação amorosa de Deus. “Nós vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorar o Senhor!” Num contraste muito grande com a cegueira e o orgulho de Herodes e dos sábios de Israel, cheios de boa vontade e atentos aos sinais dos tempos, os Magos se dispõem a correr a aventura da fé. Realizam assim as profecias e rompem os limites estreitos da concepção judaica da História da Salvação. Somos também convidados para ir a “Belém” e encontrar Deus que se revela.

Frei Anacleto Luiz Gapski, OFM

BATISMO DO SENHOR Mc 1, 7-11)

O Batismo é a última Festa da Manifestação do Senhor do ciclo do Natal. Ela constitui uma grande revelação da Santíssima Trindade e de Jesus Cristo como Filho amado e o Espírito Santo é visto pairar sobre Jesus. Jesus diz: “Nós devemos cumprir toda a justiça”. Ele não precisava de batismo, mas, mergulhando nas águas, quis assumir a humanidade pecadora. como na Encarnação, Deus assumiu o ser humano como criatura pecadora mortal. Como tocou nas águas do Jordão, Jesus continua a tocar a Humanidade, restabelecendo a justiça entre Deus e o ser humano pecador. Jesus nos tocou no Batismo e, agora, na Eucaristia.

Frei Alberto Beckhäuser, OFM

Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus (2012).

“Céus, escutai! Terra, ouve com atenção! Que todas as criaturas, e sobretudo o homem, sejam arrebatadas de admiração e irrompam em louvores: «Jesus Cristo, Filho de Deus, nasce em Belém da Judeia” – Primeiro Sermão para a Vigília de Natal – São Bernardo (1091-1153) – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares (OCDS) – Fortaleza-CE – 24 de dezembrode 2011

Fonte (imagem/texto): Paróquia Santo Cristo dos Milagres (Capuchinhos) – Fonseca – Niterói-RJ. Texto: “Natal: O Nascimento do Nosso Senhor Jesus Cristo’.

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O Natal perdeu há pelos três décadas, em todo o mundo cristão, o seu verdadeirro significado: a data que marca a chegada do Messias, o Salvador, o Filho de Deus, Jesus Cristo. Foi anunciada pelos profetas do Antigo Testamento. Ele nasceria de uma virgem, e seria concebido envolto em mistério.

Veio em carne, para redimir a Humanidade do passado, da sua época e do futuro. E, além disso, apesar de nada acrescentar à Lei dada pelo próprio Criador a Moisés, explicou-a pelo viés do Amor, da Miserricórida. Este legado é contado, através de vários ângulos, pelos Apóstolos. Já estabelecida com uma mínima hierarquia na Igreja Primitiva, na qual São Pedro foi o primeiro representante da comunidade cristã. Ele e seus sucessores, guardaram os escritos que viriam formar o Novo Testamento. Reunidos, após cerca de quatro séculos de perseguições e martírios pelos pagãos, a Igreja Católica, já instituída  (denominada desse modo no sentido de ser universal), tem, na atualidade, como representante de Cristo, enquanto aguardamos sua segunda vinda, o Papa Bento XVI. Este continuamente nos insta a prestarmos a atenção na pessoa de Jesus de Nazaré, na essência de sua Palavra, aplicando-a em nossas vidas, ainda que o mundo ocidental tenha dado as costas a praticamente tudo que herdou da herança cristã.

Os presentes e a confraternização (em geral, com muito álcool), incentivados há semanas por apelos comerciais, darão o tom da festa, infelizmente. Cristo vai estar ausente nos corações da maioria que comemora este Natal, e, ao que parece, o mesmo se repetirá nos próximos. Para quem pode, será uma festa cada vez mais ostentatória… Penso que, já seria um alento que o mundo cristão se desse conta que entregou seu coração à irreligiosidade, e voltasse Jesus Cristo: “Caminho, Verdade e Vida”.

Desejo a todos que o Natal seja inspirado no nascimento do Menino Jesus, que nasce no tempo humano e nos nossos corações para nos trazer amor, luz e paz! (LBN)

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Fonte (imagem/texto):  Agência de Notícias AFP: Cidade do Vaticano  – Santa Sé -“Papa: é preciso recobrar a humildade diante do consumismo”.

Copyright © 2011 AFP- Permissão de divulgação sem fins comerciais.

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Fonte: Blog da Comunidade Rainha do Carmelo (OCDS) – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares -Fortaleza-CE

24.12.2011

Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Bernardo (1091-1153), monge cistercense e doutor da Igreja

Primeiro sermão para a Vigília de Natal

Céus, escutai! Terra, ouve com atenção! Que todas as criaturas, e sobretudo o homem, sejam arrebatadas de admiração e irrompam em louvores: «Jesus Cristo, Filho de Deus, nasce em Belém da Judeia». […] Haverá notícia mais bela a anunciar à terra? […] Alguma vez se ouviu coisa parecida, alguma vez o mundo soube de alguma coisa semelhante? «Em Belém da Judeia nasce Jesus Cristo, o Filho de Deus.» Tão poucas palavras para exprimir a vinda do Verbo, a Palavra de Deus feita criança, mas que doçura nestas palavras! […] «Jesus Cristo, o Filho de Deus, nasce em Belém.» Nascimento de uma santidade incomparável: honra do mundo inteiro, exaltação de todos os homens devido ao bem imenso que Ele lhes traz, admiração dos anjos por causa da profundidade deste mistério de uma novidade sem paralelo (cf Ef 3,10). […]

«Jesus Cristo, Filho de Deus, nasce em Belém da Judeia». Vós que estais deitados na poeira, erguei-vos e louvai Deus! Eis o Senhor que chega com a salvação, eis a vinda do Ungido do Senhor, do Seu Messias, ei-Lo que vem na Sua glória. […] Feliz daquele que se sente atraído por Ele e que «acorre à fragrância dos Seus perfumes» (Ct 1,4 LXX): ele verá «a glória que lhe vem do Pai como Filho único» (Jo 1,14).

Vós que estais perdidos, respirai! Jesus vem salvar o que perecera. Vós, os doentes, voltai a ser saudáveis: Cristo vem estender o bálsamo da Sua misericórdia sobre a chaga dos vossos corações. Estremecei de alegria, todos vós que sentis grandes desejos: o Filho de Deus vem a vós para fazer de vós co-herdeiros do Seu Reino (Rm 8,17). Sim, Senhor, peço-Te, cura-me e ficarei curado; salva-me e serei salvo (Jr 7,14); glorifica-me e ficarei verdadeiramente na glória. Sim, «que a minha alma bendiga o Senhor e que tudo em mim bendiga o Seu santo nome» (Sl 102,1). […] O Filho de Deus faz-Se homem para fazer dos homens filhos de Deus.

Publicado em Blog da Comunidade Rainha do Carmelo (OCDS) – Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares – Fortaleza-CE.

“O que me aproveita que Cristo tenha nascido uma vez em Belém, se não nascer de novo pela fé em meu coração?” São palavras pronunciadas por Orígenes e repetidas por Santo Agostinho e São Bernardo.(…)” – Última pregação do Advento de 2011, proferida no Vaticano pelo pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap. (Agência Zenit – 23.12.2011)

Fonte: You Tube

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Este é o final da a quarta e última pregação do Advento de 2011, pronunciada nesta manhã de sexta-feira no Vaticano pelo pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap.

Leia mais abaixo, a íntegra desta pregação, que fala do apostolado dos leigos, e foi publicada pela Agência Zenit, de Roma. (LBN)

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“Daqui a dois dias é Natal. É reconfortante para os irmãos leigos lembrar que ao redor da manjedoura de Jesus, além de Maria e José, estavam os seus representantes, os pastores e os magos.

O Natal no leva de volta à ponta da ponta do rastro do navio, porque tudo começou a partir daí, daquela criança na manjedoura. Na liturgia escutaremos proclamar “Hodie Christus Natus est, hodie Salvator apparuit”, “Hoje Cristo nasceu, hoje o Salvador apareceu”. Ouvindo-os, repensamos aquilo que dissemos da anamnese que torna o evento mais presente do que quando aconteceu pela primeira vez”. Sim, Cristo nasce hoje, porque ele realmente nasce para mim no momento que reconheço e creio no mistério. “O que me aproveita que Cristo tenha nascido uma vez em Belém, se não nascer de novo pela fé em meu coração?” São palavras pronunciadas por Orígenes e repetidas por Santo Agostinho e São Bernardo. (Orígenes, Comentário ao Evangelho de Lucas, 22,3 (SCh. 87, p. 302).

Façamos nossa a invocação escolhida pelo nosso Santo Padre para os seus votos natalícios desse ano e repitamos com todo o anseio do coração:  fazemos nossa a invocação próprios escolhidos pelo nosso Santo Padre para o seu cartão de Natal deste ano e repeti-lo com todo o anseio do coração: “Veni ad salvandum nos”, Vem, Senhor, e salva-nos!” (…)

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Fonte: Agência ZENIT – “O mundo visto de Roma”

23-12-2011

CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 23 dezembro de 2011 (ZENIT.org) – Publicamos a seguir a quarta e última pregação do Advento de 2011, pronunciada nesta manhã de sexta-feira no Vaticano pelo pregador da Casa Pontifícia, Padre Raniero Cantalamessa, OFM Cap.

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Recomeçar do início

A atual onda de evangelização

1. Um novo destinatário do anúncio

“Prope est iam Dominus: venite, adoremus”: O Senhor está próximo: venham, adoremos. Começamos essa meditação, como inicia a liturgia das horas nestes dias antes do Natal, para que também essa faça parte de nossa preparação para a solenidade..

Terminemos hoje as nossas reflexões sobre a evangelização.Tentei reconstruir, nas meditações anteriores, três grandes ondas de evangelização na história da Igreja. Certamente poderíamos ter lembrado de outros grandes empreendimentos missionários, como o que começou São Francisco Xavier no século XVI no Oriente – Índia, China e Japão – como também a evangelização do continente Africano no século XIX pelas mãos de Daniel Comboni, do cardeal Guglielmo Massaia e de tantos outros. No entanto, há uma razão pela escolha feita, que eu espero que tenha podido transparecer das reflexões realizadas.

Aquilo que muda e que distingue as várias ondas evangelizadoras lembradas, não é o objeto do anúncio – “a fé, transmitida aos santos uma vez por todas”, como é chamada pela Carta de Judas -, mas os destinatários da mesma, respectivamente o mundo greco-romano, o mundo bárbaro e o novo mundo, ou seja, o continente americano.

Então nos perguntamos: quem é o novo destinatário, que nos permite falar da atual evangelização de hoje, da quarta onda de nova evangelização? A resposta é: o mundo ocidental secularizado e, em alguns aspectos, pós-cristão. Esta especificação que já aparecia nos documentos do Beato João Paulo II, tornou-se explícita no ensinamento do Santo Padre Bento XVI. No Motu Proprio com o qual ele criou o “Pontifício Conselho para a Promoção da nova evangelização”, ele fala de “muitos países de antiga tradição cristã, que se tornaram refratários à mensagem do Evangelho (Bento XVI, Motu Proprio “Ubicunque et semper”).

No Advento do ano passado tentei caracterizar este novo destinatário do anúncio, resumindo-o em três pontos: cientificismo, secularismo e racionalismo. Três tendências que levam a um resultado comum, o relativismo.

E juntamente com a aparição no cenário de um novo mundo para evangelizar, vimos cada vez o surgimento de uma nova categoria de anunciadores: os bispos, nos primeiros três séculos (sobretudo no III), os monges na segunda onda e os frades na terceira. Também hoje testemunhamos o surgimento de uma nova categoria de protagonistas da evangelização: os leigos. Não se trata evidentemente da substituição de uma categoria pela outra, mas de uma nova parcela do Povo de Deus que se acrescenta às outras, permanecendo sempre os bispos, encabeçados pelo Papa, os guias oficiais e os responsáveis últimos pela tarefa missionária da Igreja.

2. Como o rastro deixado por um grande navio
Eu disse que ao longo dos séculos mudaram os destinatários do anúncio, mas não o anúncio em si. Porém, devo esclarecer esta última afirmação. É verdade que não pode mudar a essência do anúncio, mas pode e deve mudar a maneira de apresentá-lo, as prioridades, a partir de que ponto começar o anúncio.

Resumimos os progressos realizados pelo anúncio do Evangelho para chegar até nós. Há, antes de tudo, o anúncio feito por Jesus que tem por objeto central a notícia: “Já chegou a vós o Reino de Deus”. Depois desta fase única e irrepetível, que chamamos de “o tempo de Jesus”, acontece, depois da Páscoa, “o tempo da Igreja”. Nesse, Jesus não é mais o anunciador, mas o anunciado; a palavra “Evangelho” não significa mais “a boa nova de Jesus”, mas a boa nova sobre Jesus, ou seja, que tem por objeto a Jesus e, em particular , sua morte e ressurreição. Isto é o que São Paulo entende sempre com a palavra “Evangelho”.

É necessário, porém, estar atentos para não separar muito os dois tempos e os dois anúncios, aquele de Jesus e aquele da Igreja, ou, como se costuma dizer faz tempo, o “Jesus histórico” do “Cristo da fé”. Jesus não é somente o objeto do anúncio da Igreja, a coisa anunciada. Ai de o reduzir apenas a isso! Seria esquecer a ressurreição. No anúncio da Igreja é o Cristo ressucitado que, com o seu Espírito, ainda fala; ele é também o sujeito que anuncia. Como diz um texto do Concílio: “Cristo está presente na sua palavra, pois é Ele quem fala quando lemos as Escrituras na Igreja.” (Sacrosanctum concilium, n. 7).

Partindo do anúncio inicial da Igreja, o kerygma, podemos resumir com uma imagem o desenvolver-se sucessivo da pregação da Igreja. Pensemos no rastro deixado por um navio. Começa com uma ponta, que é a ponta do navio, mas vai se espalhando sempre mais, até perder-se no horizonte e tocar as duas margens opostas do mar. É o que aconteceu com o anúncio da Igreja; começou com uma ponta: o kerygma “Cristo morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para nossa justificação” (cf. Rm 4, 25, 1 Cor 15,1-3 ); de modo ainda mais significativo e sintético: “Jesus é o Senhor” (Atos 2, 36; Rm 10,9).

Uma primeira expansão deste ponto ocorreu com o nascimento dos quatro evangelhos, escritos para explicar aquele núcleo inicial, e com o resto do Novo Testamento; depois disso veio a tradição da Igreja, com seu ensinamento, a sua teologia, as suas instituições, as suas leis, a sua espiritualidade. O resultado final é uma imensa riqueza que nos faz imaginar precisamente o rastro do navio na sua expansão máxima.

Por tanto, neste ponto, caso queiramos reevangelizar o mundo secularizado, faz-se necessário uma escolha. Por onde começar? A partir de qualquer ponto do rastro deixado, ou pela ponta? A imensa riqueza de doutrina e de instituições podem se tornar uma desvantagem se queremos apresentar-nos assim ao homem que perdeu todo o contato com a Igreja e já não sabe quem é Jesus. Seria como colocar uma daquelas enormes e pesadas capas pluviais de brocado em cima de uma criança.

É necessário ajudar este homem a estabelecer uma relação com Jesus; fazer com ele o que Pedro fez no dia de Pentecostes com as três mil pessoas presentes: falar-lhes do Jesus que nós crucificamos e que Deus ressuscitou, levá-lo ao ponto no qual também ele, tocado no coração, peça: “O que devemos fazer, irmãos?” e nós responderemos, como disse Pedro: “Arrependei-vos, recebam o  batismo, se ainda não o receberam, ou confessem-se se já são batizados”.

Aqueles que responderão ao anúncio se unirão, também hoje, como então, à comunidade dos crentes, escutarão o ensinamento dos apóstolos e tomarão parte na fração do pão; segundo o chamado e a resposta de cada um, poderão fazer próprio, aos poucos, todo este imenso patrimônio nascido do Kerygma. Nâo se aceita Jesus por causa da palavra da Igreja, mas se aceita a Igreja por causa da palavra de Jesus.

Temos um aliado neste esforço: o fracasso de todas as tentativas do mundo secular para substituir o Kerygma cristão por outros “gritos” e outros “slogans”. Costumo usar o exemplo da famosa pintura do pintor norueguês Edvard Munch, intitulada “O Grito”. Um homem em cima de uma ponte, sobre um fundo avermelhado, com as mãos ao redor de sua boca escancarada, emite um grito que, entende-se imediatamente, é um grito de angústia, um grito vazio, sem palavras, só o som. Parece-me a descrição mais eficaz da situação do homem moderno que, tendo esquecido o grito cheio de conteúdo que é o kerygma, se vê obrigado a gritar ao vazio da própria angústia existencial. Se, como alguém disse, “Deus é a direção à qual o homem lança seu próprio grito”, então “O Grito” de Munch é, a seu modo, uma oração.

3. Cristo, nosso contemporâneo
Agora, deixe-me tentar explicar por que é possível, no Cristianismo, recomeçar, a qualquer momento, da ponta do navio, sem que isto seja um fingimento mental, ou uma simples tarefa de arqueologia. A razão é simples: aquele navio ainda navega o mar e o rastro deixado ainda começa por uma ponta!

Há um ponto onde eu não concordo com o filósofo Kierkegaard, que também disse coisas maravilhosas sobre a fé e sobre Jesus. Um dos seus temas favoritos é aquele da contemporaneidade de Cristo. Mas ele concebe tal contemporaneidade como um tornar-nos um contemporâneio de Cristo. “Aquele que crê em Cristo – escreve – é obrigado a fazer-se um contemporâneo seu no rebaixamento.” (S. Kierkegaard, Exercício do cristianismo, I, E,  in Opere, aos cuidades de C. Fabro, Florença 1972, p. 708) A idéia é que para acreditar realmente, com a mesma fé exigida aos apóstolos, é necessário prescindir dos dois mil anos de história e de confirmações sobre Cristo e colocar-se no lugar daqueles a quem Jesus dirigia sua palavra: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados ​​e sobrecarregados e eu vos aliviarei “(Mateus 11, 28). Logo ele, um homem que não tinha uma pedra onde repousar a cabeça!

A verdadeira contemporaneidade de Cristo é outra coisa: é ele que se faz nosso contemporâneo, porque, tendo ressuscitado, vive no Espírito e na Igreja. Se nós nos fôssemos fazer contemporâneos de Cristo, seria uma contemporaneidade só intencional; mas, se é Cristo que se faz contemporâneio nosso, então é uma contemporaneidade real. De acordo com um pensamento arrojado da espiritualidade ortodoxa, “a anamnese é uma lembrança alegre que torna o passado ainda mais presente do que quando foi vivido.”Não é um exagero. Na celebração litúrgica da Missa, o evento da morte e ressurreição de Cristo se torna mais real para mim do que era na verdade para aqueles que testemunharam materialmente o evento, porque então havia uma presença “segundo a carne”, agora se trata de uma presença “segundo o Espírito”.

O mesmo quando se proclama com fé: “Cristo morreu pelos meus pecados, ressuscitou para a minha justificação, ele é o Senhor”. Um autor do século IV escreve: “Para cada homem, o princípio da vida é aquele, a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo foi imolado por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que lhe foi dada daquela imolação”.( Homilia pasqual do ano 387 , SCh 36, p. 59 s.)

Percebo que não é fácil e talvez nem mesmo possível dizer essas coisas para as pessoas, muito menos ao mundo secularizado de hoje; mas é o que nós, evangelizadores, temos que ter bem claro para tirar coragem disso e crer na palavra do evangelista João que diz: “Aquele que está em vocês é mais forte do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4, 4).

4. Os leigos, protagonistas da evangelização
Dizia no início que, do ponto de vista dos protagonistas, a novidade, na atual fase da evangelização, são os leigos. Do seu papel na evangelização trataram o concílio na “Apostolicam Actuositatem”, Paulo VI na “Evangelii Nuntiandi”, João Paulo II na “Christifideles laici.”

As premissas desta chamada universal à missão já estão no Evangelho. Após o primeiro envio dos apóstolos em missão, Jesus, lê-se no Evangelho de Lucas, “designou outros setenta e dois, e os enviou dois a dois à sua frente a toda cidade e lugar aonde ele próprio devia ir” (Lc 10, 1). Esses setenta e dois discípulos  foram provavelmente todos aqueles que ele tinha reunido até aquele momento, ou ao menos todos aqueles que estavam dispostos a comprometer-se seriamente por ele. Jesus, portanto, envia todos os seus discípulos.

Conheci um leigo dos Estados Unidos, pai de família, que, ao lado da sua profissão, desempenha também uma evangelização intensa. É um sujeito bem-humorado e que evangeliza ao som de estrondosas gargalhadas, como só os americanos sabem fazer. Quando ele vai para um lugar novo, começa dizendo muito sério: “Dois mil e quinhentos bispos, reunidos no Vaticano, pediram-me para vir e anunciar-vos o evangelho”. As pessoas ficam naturalmente curiosas. Ele então explica que os 2.500 bispos são aqueles que participaram no Concílio Vaticano II e escreveram o decreto sobre o apostolado dos leigos (Apostolicam Actuositatem), que convida todos os leigos cristãos a participarem na missão evangelizadora da Igreja. E estava absolutamente certo de dizer “me pediram.” Essas palavras não são faladas ao vento, para todos e para ninguém; são dirigidas pessoalmente a cada leigo católico.

Hoje conhecemos a energia nuclear que se libera da “fissão” do átomo. Um átomo de urânio é bombardeado e “partido” em dois pelo impacto de uma partícula chamada nêutron, liberando energia neste processo. Começa daí uma reação em cadeia. Os dois novos elementos “fissionam”, ou seja, partem-se por sua vez, dois outros átomos, estes outros quatro, e assim por bilhões de átomos, de modo que a energia “liberada” no final, é imensa. E não necessariamente energia destrutiva, porque a energia nuclear também pode ser usada para fins pacíficos, em favor do homem.

Neste sentido, podemos dizer que os leigos são um tipo de energia nuclear da Igreja no plano espiritual. Um leigo alcançado pelo Evangelho, vivendo ao lado de outros, pode “contagiar” outros dois, estes, outros quatro, e como os leigos cristãos não são só algumas dezenas de milhares como o clero, mas centenas de milhões, eles podem realmente desempenhar um papel decisivo na difusão, no mundo, da luz benéfica do Evangelho.

Do apostolado dos leigos não se começou a falar somente com o Concílio Vaticano II. Já se falava há tempo. O que, no entanto, o concílio contribuiu foi o título com o qual os leigos contribuem no apostalado da hierarquia. Eles não são meros colaboradores chamados a dar o seu contributo profissional, o seu tempo e os seus recursos; são portadores de carismas, com os quais, diz a Lumen Gentium, estão aptos e prontos para assumirem obras e ofícios, úteis na renovação e à maior expansão da Igreja”. (L.G., 12)

Jesus quis que seus apóstolos fossem  pastores de ovelhas e pescadores de homens. Para nós, do clero, é mais fácil ser pastores que pescadores; ou seja, alimentar com a palavra e com os sacramentos aqueles que veem à Igreja, e não ir em busca dos que estão distantes, nos ambientes mais diferentes da vida. A parábola da ovelha perdida se inverteu hoje em dia: noventa e nove ovelhas se distanciaram e uma só permaneceu no redil. O perigo que temos é de passarmos todo o tempo alimentando esta única que permaneceu e de não ter tempo, até mesmo pela falta de clero, para ir em busca das perdidas. Nisso a contribuição dos leigos se faz providencial.

A realização mais avançada neste sentido são os movimentos eclesiais. A sua contribuição específica para a evangelização é de oferecer aos adultos uma oportunidade de redescobrir o seu batismo e se tornarem membros ativos e engajados da Igreja. Muitas conversões de adultos e a volta à prática religiosa de “cristãos de nome” acontecem hoje dentro desses movimentos. Um dos propósitos do Congresso sobre a evangelização, ocorrido no passado mês de Outubro, foi justamente, eu acho, aquele de coletar as várias e originais formas de evangelização experimentadas por eles.

Recentemente, o Santo Padre Bento XVI voltou sobre a importância da família em vista da evangelização, falando de um “protagonismo” das famílias cristãs neste campo. “Como estão relacionados o eclipse de Deus e a crise da família, dizia, assim a nova evangelização é inseparável da família cristã”. (Bento XVI, discurso à Plenária do Pontifício Conselho para a família, no “L’Osservatore Romano”, 2 Dezembro, p.8.)

Comentando o texto de Lucas, onde se diz que Jesus “designou outros setenta e dois e os enviou dois a dois à sua frente a cada cidade e lugar aonde ele próprio devia ir ” (Lc 10, 1), São Gregório Magno escreve que os envia dois a dois , “porque menos que entre dois não pode haver amor”, e o amor é aquilo pelo qual os homens poderão reconhecer que somos discípulos de Cristo. Isso se aplica a todos, mas de uma maneira especial para dois: pai e mãe. Se eles já não podem fazer nada mais para ajudar seus filhos na fé, já fariam muito se, olhando para eles, seus filhos pudessem dizer entre si: “Vejam como papai e mamãe se amam “. “O amor é de Deus”, diz a Escritura (1 Jo 4, 7) e isso explica por que onde quer que haja um pouco de amor “verdadeiro, ali, Deus é sempre anunciado.

A primeira evangelização começa dentro das paredes de casa. A um jovem que lhe perguntava o que deveria fazer para ser salvo, Jesus dizia: “Vai, vende o que tens e dá aos pobres …, depois vem e segue-me” (Mc 10, 21); mas a outro jovem que queria deixar tudo e segui-lo, não o permitiu, mas lhe disse: “Vai para tua casa e para os teus e anuncia-lhes tudo o que fez por ti o Senhor na sua misericórdia” (Mc 5, 19).

Há um famoso canto espiritual negro intitulado “There is a balm in Gilead” “Há um bálsamo em Gilead” Algumas das suas palavras podem incentivar os leigos, e não somente eles, na tarefa da evangelização de pessoa a pessoa, de porta em porta. Diz:

“If you cannot preach like Peter, if you cannot preach like Paul, go home and tell your neighbor that Jesus died for all”.

“Se você não sabe pregar como Pedro, se você não sabe pregar como Paulo, vai para tua casa” e diga “a seus vizinhos: Jesus morreu por nós!”

Daqui a dois dias é Natal. É reconfortante para os irmãos leigos lembrar que ao redor da manjedoura de Jesus, além de Maria e José, estavam os seus representantes, os pastores e os magos.

O Natal no leva de volta à ponta da ponta do rastro do navio, porque tudo começou a partir daí, daquela criança na manjedoura. Na liturgia escutaremos proclamar “Hodie Christus Natus est, hodie Salvator apparuit”, “Hoje Cristo nasceu, hoje o Salvador apareceu”. Ouvindo-os, repensamos aquilo que dissemos da anamnese que torna o evento mais presente do que quando aconteceu pela primeira vez”. Sim, Cristo nasce hoje, porque ele realmente nasce para mim no momento que reconheço e creio no mistério. “O que me aproveita que Cristo tenha nascido uma vez em Belém, se não nascer de novo pela fé em meu coração?” São palavras pronunciadas por Orígenes e repetidas por Santo Agostinho e São Bernardo. (Orígenes, Comentário ao Evangelho de Lucas, 22,3 (SCh. 87, p. 302).

Façamos nossa a invocação escolhida pelo nosso Santo Padre para os seus votos natalícios desse ano e repitamos com todo o anseio do coração:  fazemos nossa a invocação próprios escolhidos pelo nosso Santo Padre para o seu cartão de Natal deste ano e repeti-lo com todo o anseio do coração: “Veni ad salvandum nos”, Vem, Senhor, e salva-nos!

Publicado em Agência ZENIT.

Rede asiática contra a pena de morte (“Anti-Death Penalty Asia Network”- ADPAN) promove a abolição da pena capital na Ásia e Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quênia (KNCHR) faz pedido de ajuda humanitária ao Quênia para enfrentamento do quadro de inundações (Agência Fides)

Veja abaixo destas duas importantes e dramáticas notícias, um vídeo do YouTube sobre o dia dedicado à Nossa Senhora de Guadalupe (México), padroeira da América Latina. Sua aparição é dada como milagrosa, já que cientistas não conseguem explicar que tipo de material teria sido utilizado na sua estampa sob um simples tecido de linho. Afirmam que não duraria mais de 20 anos.  Há 500 anos ela fez uma aparição ao índio São Juan Diego e disse que quer proteger seus filhos no mundo inteiro. Estas parições foram reconhecidas pela Igreja Católica, pelo caráter miraculoso que possuem.  Ao que parece, nós, seus filhos estamos ignorando suas palavras de alerta desde lá, ou seja, há muito tempo: nos séculos 19, em Lourdes e La Sallete, na França e, no século XX (1917), na cidade de Fátima, em Portugal. Um desses exemplos de descaminhos é a injustiça, na forma de julgamentos precipitados na Ásia, que levam anualmente  à pena de morte milhares de pessoas, os quais ignoram o Direito Internacional. Outro exemplo é todo tipo de agressão ao meio ambiente em escala mundial, que leva a mudanças climáticas, trazendo inundações e doenças a países já na linha de pobreza, como é o caso do Quênia.(LBN)

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Fonte: Agência Fides

10.12.2011

ÁSIA – Em 14 países asiáticos a pena de morte é aplicada após julgamentos injustos ou com provas obtidas sob tortura

Hong Kong (Agência Fides) – Em 14 países asiáticos são condenados à morte milhares de pessoas todos os anos, após julgamentos injustos, ou com base em provas obtidas sob tortura. E a afirmação da “Rede Asiática contra a pena de morte” (“Anti-Death Penalty Asia Network”) num relatório intitulado “Quando fala a justiça. Milhares condenados à morte após julgamentos injustos”, apresentado no últimos dias em Hong Kong, cuja cópia foi enviada à Agência Fides. Segundo o relatório, 14 países asiáticos exercem juntos mais penas de morte do que o resto do mundo. Em particular, o relatório pede uma ação em favor de oito pessoas que correm o risco de execução na China, Japão, Índia, Indonésia, Malásia, Paquistão, Cingapura e Taiwan. Em cada um desses casos, a sentença de morte – se afirma – foi imposta após um julgamento injusto e em seis casos a cada oito a acusação foi baseada em provas obtidas mediante tortura.
Confissões obtidas pela força são regularmente consideradas “provas confiáveis” em processos no Afeganistão, China, Japão, Índia e Indonésia, embora as leis proíbam tais práticas. O documento enfatiza “as falhas presentes nos sistemas judiciários de muitos desses países”, recordando que, por outro lado, mais da metade dos países asiáticos aboliram a pena de morte ou não aplicam execuções capitais nos últimos 10 anos.
O texto nota que na Ásia, os réus de crimes puníveis com a pena de morte possuem um limitado, ou inexistente, acesso à defesa legal, seja antes como durante o processo. Dentre os exemplos citados, constam: na Índia, Devender Pal Singh, detento no braço da morte, denunciou à Corte suprema que os policiais o obrigaram à força “a assinar algumas folhas em branco”. No Japão, a polícia é autorizada a reter e interrogar um suspeito sem a presença de um advogado por 23 dias, pois alegam que o advogado pode “dificultar a descoberta da verdade”. As autoridades chinesas podem impor obstáculos nos encontros entre advogados e clientes para impedir o acesso a fascículos.
Com base no direito internacional, a pena de morte pode ser imposta apenas para crimes intencionais com conseqüências mortais. Apesar disso, alguns países asiáticos, como Coreia do Norte, Malásia, Paquistão e Cingapura a aplicam para crimes não mortais, como furto ou tráfico de drogas. Os crimes punidos [com] a pena de morte são pelo menos 55 na China, 28 no Paquistão e 57 em Taiwan.
A Rede asiática contra a pena de morte (“Anti-Death Penalty Asia Network”- ADPAN) é uma rede independente que promove a abolição da pena capital na Ásia. Dentre seus membros estão advogados, Organizações Não-governamentais, grupos da sociedade civil, defensores de direitos humanos e ativistas de 23 países. Também fazem parte Amnesty International e a Comunidade de Santo Egídio. (PA) (Agência Fides 10/12/2011)

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Fonte: Agência Fides

07.12.2011

ÁFRICA/QUÊNIA – Milhares de vítimas das enchentes estão precisando urgentemente de alimento, mosquiteiros, tendas e medicamentos

Nairóbi (Agência Fides) – As fortes chuvas que estão se abatendo sobre o Quênia carregaram pontes e interromperam muitas estradas, tornando mais difícil o resgate de milhares de pessoas desabrigadas pelas enchentes. Segundo a Cruz Vermelha do Quênia (KRCS), desde outubro morreram pelo menos, uma dezena de pessoas e 40 mil foram vítimas de desastres naturais. Nos últimos dias, por causa de um deslizamento de terra em Keiyo, no Rift Valley, outras pessoas morreram e outras ainda em Nyanza, no Quênia ocidental e na região costeira. Em Garbatula, distrito de Isiolo, centenas de agricultores perderam as lavouras. Em outras partes do país existe o perigo de epidemias de doenças causadas por água contaminada pela explosão de latrinas e poços, e outras áreas pela ruptura de dutos.
Segundo a Comissão Nacional para os Direitos Humanos do Quênia (KNCHR), que controla a zona setentrional do país, as inundações atingiram toda a região de Isiolo, com a ruptura das digas do rio Ewaso Nyiro. Garfarsa, Kombola, Sericho, Merti e Garbatula são algumas das áreas mais gravemente atingidas. Os desabrigados e as pessoas em graves dificuldades necessitam urgentemente de ajudas alimentares, tendas, cobertores, utensílios de cozinha e remédios. Poucos dias atrás, também o rio Nzoia rompeu as digas, fazendo evacuar milhares de pessoas das áreas de Budalang’i, Bunyala e Funyula, no Quênia ocidental. Outras milhares de vítimas foram registradas nas áreas de Nyando e Nyatike, Nyanza e na Província costeira onde, no mês de outubro, as enchentes causaram graves prejuízos à população, destruíram escolas e sistemas de depuração. No mês de novembro, o Global Disaster Alert junto ao Coordination System lançou um alarme diante das enchentes no Quênia, depois que mais de 300 famílias foram desalojadas e o gado arrastado pelas inundações em Wajir, no sul do Quênia. (AP) (7/12/2011 Agência Fides)

Dia de Nossa Senhora de Guadalupe (México), padroeira da América Latina (12.12.2011) – Yo Tube

12.12.2011

Ainda que o dia dedicado a Nossa Senhora de Guadalupe (México), padroeira da América Latina, esteja chegando ao fim, já que adentramos a noite, achei este vídeo encantador, simples  e ilustrativo. Há legendas em inglês, mas um locutor vai relatando a sequência de imagens em português. No entanto, o que, de fato, é importante é que Nossa Senhora não “desiste” da Humanidade. Em aparições miraculosas, como a que se deu em Gaudalupe, há 500 anos, vem nos alertando para a necessidade da conversão diária de cada um de nós, e dos povos. Ela nos indica o caminho do Amor e da Paz, que Seu Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo nos legou há dois mil anos.

 

A Santa Sé entrou como Estado-membro da Organização Internacional para as Migrações (IOM) – Agência Fides (06.12.2011)

 

 

Fonte/imagem: IOM – Make a Donation –   International Organization for Migration  (IOM – “About Migration”)

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Fonte: Agência Fides 
06.12.2011

VATICANO – A Santa Sé é membro da Organização Internacional para as Migrações (IOM)

Genebra (Agência Fides) – A Santa Sé entrou como Estado-membro da Organização Internacional para as Migrações (IOM). A demanda vaticana foi aceita pelos Estados participantes do organismo internacional durante a 100ª sessão plenária que se realiza de 5 a 7 de dezembro, em Genebra. O Arcebispo Silvano M. Tomasi, Observador permanente da Santa Sé no Escritório das Nações Unidas e Instituições especializadas em Genebra, em seu pronunciamento, enviado à Agência Fides, agradeceu pela decisão e destacou que “em todo o mundo, o movimento de pessoas que procuram emprego ou sobrevivem a fome, conflitos e violações de seus direitos humanos fundamentais, continua a aumentar. Assim, a responsabilidade da comunidade internacional de responder de modo eficaz e humano se torna mais evidente e mais urgente”. Através de sua presença como Estado-membro, a Santa Sé quer apoiar o serviço prestado pela IOM em seus 60 anos de vida aos desalojados, em colaboração com os Estados e as organizações da sociedade civil, “segundo sua natureza específica, seus princípios e suas normas”.
Dom Tomasi ressaltou três pontos nos quais a Santa Sé quer oferecer sua contribuição. Em primeiro lugar, sobre a importância da dimensão ética dos movimentos populacionais. “Quando a dignidade da pessoa humana e o direito à vida estão em jogo, tais valores devem ter prioridade. Neste difícil campo de reflexão e de equilíbrio de direitos, esta delegação tentará contribuir”. Assim, o Arcebispo recordou que as organizações católicas e a Caritas, presente em muitas nações do mundo, acumularam uma experiência notável na assistência concreta aos desalojados, permitindo a milhares de famílias e indivíduos iniciar uma nova vida. “Por isso, a colaboração operativa parece muito importante e até necessária para facilitar a convergência de todas as energias disponíveis a fim de ajudar as populações desapropriadas de todo tipo com programas comuns e regulamentar a troca de informações”. Enfim, como terceiro ponto, o Arcebispo Tomasi evidenciou que a ajuda das organizações católicas a todas as pessoas deslocadas se baseia na convicção da dignidade única de toda pessoa e da comum pertença à mesma família humana, que é antecedente a qualquer consideração cultural, religiosa, social, política ou de outros gêneros. “Assim, nos parece justo que as autoridades públicas reconheçam esta contribuição e com um autêntico sentido de democracia, deixem espaço a um serviço baseado na consciência, que por sua vez, se torna uma garantia de liberdade para todos”. (S.L.) (Agência Fides 06/12/2011)