A Imaculada Conceição de Maria no Advento

No Advento eterno, antes da criação do mundo, a Imaculada Conceição de Maria já estava no desígnio amoroso de Deus para a humanidade. É significativo refletir sobre esta verdade, especialmente no Tempo do Advento e na proximidade da Solenidade da Imaculada Conceição. A este respeito, o Papa São João Paulo II nos ensina que existe um Advento primordial e eterno em Deus, que está se cumprindo na história da humanidade.

Este Advento eterno, que é o projeto de Deus para a humanidade, realiza-se em três fases na história da salvação. No primeiro Advento, tem início a Criação do mundo, que tem como centro e ápice o gênero humano, ainda em plena harmonia com o Criador. O segundo, começa com a queda de Adão e termina na primeira vinda de Jesus Cristo. O terceiro e último, tem início naquele que chamamos de Tempo da Igreja, que vivemos hoje e que culminará com a segunda e definitiva vinda do Senhor.

Desde o Advento primordial, Maria foi escolhida, predestinada, para ser a Mãe do Verbo Eterno. Em vista dessa suprema dignidade, foi também concedida à Mãe de Deus a maravilhosa graça da Imaculada Conceição [Dogma]*. A graça da Imaculada, que celebramos com toda a Igreja no Tempo do Advento, diz respeito não somente a Santíssima Virgem, mas também à escolha de Deus a respeito de cada um de nós desde toda a eternidade.

A Imaculada Conceição no Advento primordial

Na carta aos Efésios, o apóstolo São Paulo nos dá uma belíssima imagem do Advento: “Bendito seja Deus e Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com toda espécie de bênçãos espirituais em Cristo. N’Ele nos escolheu antes da constituição do mundo, para sermos santos e imaculados diante dos seus olhos”. Esta não é ainda a imagem do Advento da vinda de Jesus Cristo, mas “trata-se daquele Advento eterno cujo início se encontra em Deus mesmo, ‘antes da constituição do mundo’, porque já a ‘constituição do mundo’ foi o primeiro passo da Vinda de Deus ao homem, o primeiro ato do Advento”.

Créditos: by Getty Images / Sidney de Almeida/cancaonova.com

Neste primeiro Advento, todo o mundo visível foi criado para o homem como demonstra o livro do Gênesis. Mas “o início do Advento em Deus é o Seu eterno projeto de criação do mundo e do homem, projeto nascido do amor. Este amor se manifesta com a eterna opção do homem em Cristo, Verbo Encarnado”. Em Cristo, fomos escolhidos por Deus, antes da constituição do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante de seus olhos.

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“Neste eterno Advento está presente Maria. Entre todos os homens que o Pai escolheu em Cristo, Ela foi-o de modo particular e excepcional, porque foi escolhida em Cristo para ser Mãe de Cristo”. E assim Ela, melhor do que qualquer outra pessoa entre os homens “predestinados pelo Pai” para a dignidade de filhos e filhas adotivos, foi predestinada de modo especialíssimo para fazer resplandecer a sua maravilhosa graça, que o Pai nos deu no Filho Bem-amado.

A Virgem Maria

A glória sublime da especialíssima graça de Deus é a Maternidade do Verbo eterno e, em consideração desta, a Mãe de Deus obteve em Cristo também a graça da Imaculada Conceição. Sendo assim, a Virgem Maria está presente naquele primeiro e eterno Advento da Palavra com a dignidade de Mãe de Deus e da sua Imaculada Conceição, segundo o desígnio de Amor do Pai na criação do mundo e no projeto de salvação da humanidade.

Publicado em Formação Canção Nova.

* Grifo meu.

Hoje a Igreja celebra a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus

REDAÇÃO CENTRAL, 01 Jan. 23 / 12:01 am (ACI).- A solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus (Theotokos) é a mais antiga que se conhece no Ocidente. Nas Catacumbas ou antiquíssimos subterrâneos de Roma, onde se reuniam os primeiros cristãos para celebrar a Santa Missa, encontram-se pinturas com esta inscrição.

Segundo um antigo testemunho escrito no século III, os cristãos do Egito se dirigiam a Maria com a seguinte oração: “Sob seu amparo nos acolhemos, Santa Mãe de Deus: não desprezeis a oração de seus filhos necessitados; livra-nos de todo perigo, oh sempre Virgem gloriosa e bendita” (Liturgia das Horas).

No século IV, o termo Theotokos era usado frequentemente no Oriente e Ocidente porque já fazia parte do patrimônio da fé da Igreja.

Entretanto, no século V, o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus, afirmando: “Então Deus tem uma mãe? Pois então não condenemos a mitologia grega, que atribui uma mãe aos deuses”.

Nestório havia caído em um engano devido a sua dificuldade para admitir a unidade da pessoa de Cristo e sua interpretação errônea da distinção entre as duas naturezas – divina e humana – presentes Nele.

Os bispos, por sua parte, reunidos no Concílio de Éfeso (ano 431), afirmaram a subsistência da natureza divina e da natureza humana na única pessoa do Filho. Por sua vez, declararam: “A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus”.

Logo, acompanhados pelo povo e levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: “Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém”.

São João Paulo II, em novembro de 1996, refletiu sobre as objeções expostas por Nestório para que se compreenda melhor o título “Maria, Mãe de Deus”.

“A expressão Theotokos, que literalmente significa ‘aquela que gerou Deus’, à primeira vista pode resultar surpreendente; suscita, com efeito, a questão sobre como é possível que uma criatura humana gere Deus. A resposta da fé da Igreja é clara: a maternidade divina de Maria refere-se só a geração humana do Filho de Deus e não, ao contrário, à sua geração divina”, disse o papa.

“O Filho de Deus foi desde sempre gerado por Deus Pai e é-Lhe consubstancial. Nesta geração eterna Maria não desempenha, evidentemente, nenhum papel. O Filho de Deus, porém, há dois mil anos, assumiu a nossa natureza humana e foi então concebido e dado à luz por Maria”, acrescentou.

Do mesmo modo, afirmou que a maternidade da Maria “não se refere a toda a Trindade, mas unicamente à segunda Pessoa, ao Filho que, ao encarnar-se, assumiu dela a natureza humana”. Além disso, “uma mãe não é Mãe apenas do corpo ou da criatura física saída do seu seio, mas da pessoa que ela gera”, disse são João Paulo II.

Por fim, é importante recordar que Maria não é só Mãe de Deus, mas também nossa porque assim quis Jesus Cristo na cruz, quando a confiou a São João. Por isso, ao começar o novo ano, peçamos a Maria que nos ajude a ser cada vez mais como seu Filho e iniciemos o ano saudando a Virgem Maria.

Saudação à Mãe de Deus

Salve, ó Senhora santa, Rainha santíssima,
Mãe de Deus, ó Maria, que sois Virgem feita igreja,
eleita pelo santíssimo Pai celestial,
que vos consagrou por seu santíssimo
e dileto Filho e o Espírito Santo Paráclito!
Em vós residiu e reside toda a plenitude
da graça e todo o bem!
Salve, ó palácio do Senhor! Salve,
ó tabernáculo do Senhor!
Salve, ó morada do Senhor!
Salve, ó manto do Senhor!
Salve, ó serva do Senhor!
Salve, ó Mãe do Senhor,
e salve vós todas, ó santas virtudes
derramadas, pela graça e iluminação
do Espírito Santo,
nos corações dos fiéis
transformando-os de infiéis
em servos fiéis de Deus!

Publicado em ACI Digital.

O consumismo e o verdadeiro espírito do Natal

Natal é Jesus. Assim gostaria de começar esse texto, para que já fique explícito desde o começo qual é o verdadeiro sentido dessa festa que se aproxima. Sentido esse que fica muitas vezes em segundo plano nas celebrações, dando lugar a um consumismo desenfreado que cega o espírito que deveríamos ter nessa época.

consumismo

Isso não é novo. Todos sabemos que nessa época o comércio fica aberto até mais tarde para que possamos comprar aquelas coisas de última hora. Conhecemos a correria para comprar o tender, o peru, o presente daquela pessoa que tínhamos esquecido, etc….

Também não é novidade que existe uma reação à tudo isso. Podemos ver nos jornais, revistas e internet uma grande quantidade de pessoas que criticam todo esse consumismo que vemos nessas épocas. Mas aqui percebo um grande problema que estamos vivendo atualmente. Em vários desses artigos, os autores pregam um retorno à essência do Natal, que é o sentimento de família, a magia que ronda em torno a figura do Papai Noel, as luzes que enfeitam essa época “mágica”, a inocente alegria das crianças esperando o bom velhinho descer pela chaminé e outras coisas desse tipo.

“Natal é Jesus. E não se pode confundir isso apenas com sentimentos positivos”.

Por isso comecei o texto dessa maneira. Natal é Jesus. E não se pode confundir isso apenas com sentimentos positivos. Celebramos nessa data um acontecimento real. Deus veio ao mundo em um frágil menino, filho de Nossa Senhora de Nazaré. E é isso que devemos, como católicos, anunciar para o mundo inteiro.

O mundo está descontente. Esse exemplo do consumismo de Natal é bem gráfico. Se percebe intuitivamente que estamos celebrando mal essa festa, mas não se percebe qual é a Verdade que mostra como celebrá-la bem. De uma maneira mais geral, podemos dizer que o mundo muitas vezes está triste, cansado e procura sua alegria em coisas que não podem dar, porque a alegria verdadeira de todo mundo está em encontrar-se com Deus.

“Os presentes e a festa fazem parte de tudo isso. É um tempo de verdadeira alegria, mas que precisa ser entendida, para não perder o foco”. 

Mas encontrar-se com Ele não é tão simples assim. Ele não veio cheio de pompa, em um castelo imponente. Ele veio frágil, em uma manjedoura. Só o encontramos se ficamos atentos aos sinais dele em nossa vida, como os pastores que receberam a visita dos anjos e os reis magos que seguiram a estrela que os guiava. É preciso fazer silêncio e ficar atento. Exatamente o contrário do que muitas vezes fazemos nessas épocas.

Os presentes e a festa fazem parte de tudo isso. É um tempo de verdadeira alegria, mas que precisa ser entendida, para não perder o foco. Os reis magos trouxeram presentes para o menino Jesus. Presentes valiosos inclusive, ouro, incenso e mirra. Mas o fizeram sabendo porque o faziam. Tinham encontrado Jesus e essa era a alegria de cada um deles.

Mas realmente não importa se não podemos comprar nada nessa época. Existe uma música que é muito bonita, a canção do pequeno tamborileiro, que conta a história de um garotinho que havia encontrado a Jesus que tinha acabado de nascer em Belém, mas como era muito pobre, só podia tocar para Ele o seu velho tambor.

gesu-bambino

Muitos pensariam talvez que esse não é um presente digno de Deus, mas conta a música que quando Ele ouviu o toque do tambor, sorriu para o pequeno tamborileiro. Pensemos se com as nossas atitudes nesse Natal, estamos fazendo, nós também, com que Jesus sorria ou não.

Publicado em A12 Redação.

Confira três alegrias da Assunção da Virgem Maria

SOLENIDADE -15 de Agosto

Foto Ilustrativa

O mistério da Assunção da Santíssima Virgem Maria ao Reino dos Céus deve ser para nós católicos fonte de alegria e esperança, pois se, aqui na Terra, ela já realizou maravilhas da graça por obra do Espírito Santo, muito mais ela realizará agora que goza da visão beatífica.

A Virgem Maria é a Rainha Mãe

Participante da glória divina, a Rainha dos Céus certamente exercerá sua maternidade misericordiosa com muito mais eficácia; intercederá por todos e cada um de nós em particular, especialmente pelos pobres pecadores com muito mais amor, pois conhecerá mais profundamente as nossas misérias; será nossa mediadora junto ao seu Filho Jesus Cristo com maior autoridade, pois agora a Virgem Maria é a Rainha Mãe – Gebirah, em hebraico –, de quem Betsabé, mãe de Salomão, é tipo ou imagem (cf. 1 Rs 2,19).

Em seu testamento, Jesus Cristo não nos deixou tesouros nem riquezas materiais. Além da Sua presença (cf. Mt 28,20), Ele nos deixou a Santa Mãe Igreja, e com ela o seu membro mais eminente, que é a Santíssima Virgem. Na pessoa do discípulo amado, o Crucificado entregou a toda a Igreja e, ao mesmo tempo, a cada um de nós em particular a sua própria Mãe (cf. Jo 19,27).

A maternidade espiritual da Virgem Maria

Ainda em sua vida terrena, a Mãe da Igreja exerceu essa maternidade especialmente sobre os apóstolos e demais discípulos de seu Filho. Essa presença materna tem seu ápice no dia de Pentecostes, quando Nossa Senhora estava reunida com eles em unânime e perseverante oração (cf. At 1,14).

A Virgem de Nazaré, a cheia de graça (cf. Lc 1, 28), ou seja, cheia do Espírito Santo, foi a mestra de oração daqueles homens e mulheres. Ela intercedia e, ao mesmo tempo, ensinava aos discípulos como rezar. Além disso, ela realizava a missão especialíssima da maternidade espiritual, ou seja, com o Espírito Santo, gerava os novos filhos da Igreja nascente.

Depois da Assunção da Virgem Maria em corpo e alma ao Reino dos Céus, essa maternidade espiritual se manifesta de forma ainda mais perfeita e acabada, pois ela não mais intercedia, ensinava e gerava os filhos da Igreja ali presentes no Cenáculo. Mas, na glória dos Céus, em comunhão com a Santíssima Trindade e revestida de poder sobre todo o gênero humano, Nossa Senhora exerce sua maternidade espiritual sobre toda a humanidade e sobre cada um de nós em particular.

Nos céus, temos uma Mãe que intercede por nós, que nos ensina a rezar e que nos gera em Jesus Cristo, Cabeça da Igreja. Por isso, devemos nos alegrar, encher-nos de júbilo e dar graças a Deus pela gloriosa Assunção da Virgem Maria à glória dos Céus!

A intercessão da Virgem Maria

Nos seus dias aqui na Terra, Nossa Senhora já intercedia pela Igreja, particularmente para aqueles membros que viviam naquela época e, de certa forma, estavam sob o seu olhar materno. Depois de sua Assunção aos Céus, a Virgem Maria continua a sua missão de interceder por toda a Igreja e, ao mesmo tempo, por cada um de nós:

“De fato, depois de elevada ao céu, não abandonou essa missão salvadora, mas, com a sua multiforme intercessão, continua a alcançar-nos os dons da salvação eterna (185). Cuida, com amor materno, dos irmãos de seu Filho, que, entre perigos e angústias, caminham ainda na terra, até chegarem à pátria bem-aventurada” 1.

Com essa certeza de fé e confiantes na sua intercessão materna, invocamos a Mãe da Igreja antes de imergir os novos filhos de Deus nas fontes do batismo; imploramos sua intercessão para aquelas mães que, reconhecidas pelo dom da maternidade, apresentam-se com alegria em suas comunidades.

Intercedemos por aqueles pais que lutam para educar e santificar os filhos, levando-os para o caminho de Deus; confiamos aos seus cuidados maternais os filhos da Igreja que abraçam o seguimento de Cristo na vida religiosa e/ou o ministério sacerdotal, e para eles invocamos o seu auxílio maternal; a ela, dirigimos instantes súplicas em favor dos filhos que chegaram à hora da passagem desta para uma nova vida; dela solicitamos a intervenção em prol daqueles que, fechados os olhos para as luzes deste mundo que passa, comparecem diante de Jesus Cristo, a Luz eterna; e, por fim, suplicamos, pela sua intercessão materna, conforto para aqueles que, mergulhados na dor, choram, com fé, a partida dos nossos próprios entes queridos 2 .

A mediação da Mãe de Deus

A maternidade de Maria Santíssima, na economia da graça, perdura sem interrupção, desde o seu consentimento, que fielmente deu na Anunciação do Anjo (cf. Lc 1,38) e que manteve inabalável aos pés da cruz (cf. Jo 19,25) até a consumação eterna de todos os eleitos. Conscientes disso, enquanto filhos da Igreja, invocamos a Virgem Maria com os títulos de advogada, auxiliadora, socorro e medianeira, conscientes de que esses títulos e invocações nada tiram nem acrescentam à dignidade e eficácia do único Mediador, que é Jesus Cristo 3.

[…]

Com efeito, nenhuma criatura pode equiparar-se ao Verbo de Deus encarnado, o Redentor da humanidade. Todavia, da mesma forma que o sacerdócio de Cristo é participado de diversos modos pelos ministros ordenados e pelo povo fiel, e assim como a bondade de Deus, sendo única, se difunde de múltiplas formas pelos seres criados, de modo análogo, a mediação única de Jesus Cristo não exclui, antes suscita cooperações diversas, que participam dessa única fonte. Por isso, não hesitamos em invocar a mediação da Virgem Maria, Mãe da Igreja, para mais intimamente aderirmos, com seu auxílio materno, ao único Mediador e Salvador, nosso Senhor Jesus Cristo.

Oração a Nossa Senhora da Assunção

Ó Maria Santíssima, ao celebrarmos a sua Assunção em corpo e alma à glória dos Céus,
suplicamos que nos ajude a viver com fé e esperança neste mundo, procurando sempre e em
todas as coisas a edificação do Reino de Deus.

Nossa Senhora, assunta aos Céus, ajudai-nos a abrir-nos à presença e à ação do Espírito Santo, Espírito Criador e Renovador, capaz de transformar os nossos corações.

Ó Senhora da Assunção, ilumina as nossas mentes acerca do destino que nos espera – a alegria
eterna na Pátria celeste –, da dignidade de cada um de nós e da nobreza dos nossos corpos e
das nossas almas, que poderão um dia estar convosco na glória dos Céus.

Virgem Maria, elevada aos Céus, mostra-te a todos nós como Mãe de esperança! “Mostra-te como Rainha da Civilização do amor!”

Padre Natalino Ueda

Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia.  É o autor do blog Todo de Maria, que tem como temas principais a devoção mariana e a consagração a Nossa Senhora segundo o método de São Luís Maria Grignion de Montfort.

Publicado em Canção Nova (Formação).