“Nesta primeira perseguição, de caráter local, morreram os apóstolos Pedro(crucificado ) e Paulo (decapitado por ser cidadão romano).”, in As Perseguições – A Lex Romana (Blog Missio Fides – Pe. Edson Ausier – Brasil)

Fonte: MISSIO FIDES – TOTUS TUUS (Pe.Edson Ausier. Arquidiocese de Manaus, Amazonas, Brasil)

Confira também:

MISSIO FIDES – TOTUS TUUS – “Ícone: Janela para a Eternidade” – quinta-feira, 29 de julho de 2010

PERSEGUIÇÕES- A LEX ROMANA

No ano 186 a C. o senado romano reagiu contra os cultos forâneos (= externos) proibindo as Bacchanalia (=festas em honra de Baco, deus do vinho),e perseguindo duramente os seus seguidores; vários milhares deles foram executados. Proibia-se a associação dos crentes de Baco, a não ser em grupos de dois homens e não mais de três mulheres. Os que não cumprissem estas normas sofreriam a pena capital..

173 a C. para frear os progressos da superstitio populi (= superstição do povo) e restaurar a credibilidade dos deuses pátrios o Senado romano viu-se obrigado a emitir decretos de expulsão contra mestres de retórica e filósofos gregos.

Cícero(-63) em De legibus (= sobre as leis) mantém que a única religião pública é aquela que recebe o reconhecimento do poder político. Os deuses romanos eram cidadãos que podiam ser naturalizados, ou privados de cidadania, segundo decisão, ou conveniência do Estado. Ele afirmava que “nossos antepassados nunca foram mais sábios nem melhor inspirados pelos deuses, que quando decidiram que as mesmas pessoas que presidem a religião governem o Estado”. Daí ao cesaropapismo(= uma única pessoa assume todos os poderes cívicos e religiosos) só um passo, ou um tempo.

Lucrecio ( de Rerum Natura) é um defensor da religião pública frente a toda forma de superstição.

59 a C. o Senado mandou destruir os altares a Isis e Osiris, dentro do pomoerium (direito de alojamento) e do capitólio (= uma das sete colinas de Roma na qual estava o templo de Júpiter, protetor da cidade, chamada também Tarpeya, pela rocha célebre desde que se atiravam os meninos com defeitos no nascimento); proibição que se repetiu em anos posteriores.

29 a C., Augusto, ou melhor Caio Octávio, que reformou seu nome para Caio Julio César Octaviano e recebeu o sobrenome de Augusto, como é conhecido na História, recebe todo o poder político em suas mãos, aceitando o título de princeps senatus( príncipe do Senado).. Recebe o título de Imperator, general vitorioso, encarnação viva de Júpiter, o deus supremo dos romanos. No ano 37 recebe o título de Augustus, (= divino) com autoridade para ser o garante dos auspícios. No ano 12 recebe o título de Pontifex máximus, ( pontífice máximo),uma vez morto Lépido, ficando como único e máximo reponsável de toda a religião romana. Assim neste mesmo ano mandou destruir 2 mil oráculos diversos quando transferiu para o templo de Apolo Palatino os livros sibilinos (da Sibila, mulher sábia com poderes proféticos). A religião romana se transformou num dos apoios mais sólidos do regime imperial. Com exceção de Calígula e Nero, os demais imperadores do século I, apenas se afastaram das normas marcadas por Augusto, apresentando-se como máximos protetores da religião tradicional: a tríade capitolina (Júpiter,Juno, Minerva) a deusa Roma e o Imperador divinizado especialmente em províncias.

Tibério (14-37 )mandou destruir o templo de Isis-Serapis e jogar no Tibre a estátua da deusa. Como continuador da obra de Augusto perseguiu os magos, astrólogos e matemáticos (= no tempo considerados como adivinhos), judeus e outros seguidores de deuses orientais.

Claudio (43) ordena uma perseguição de judeus em Roma por causa de tumultos provocados por enfrentamentos com os cristãos. Entre eles Áquila (At 18,2).

Nero (64) inicia a primeira perseguição contra os cristãos não por motivos religiosos mas por causa do incêndio de Roma do qual são acusados. Nela morrem Pedro e Paulo. Segundo Tertuliano,(final sec II) Nero decretou o Institutum Neronianum( Decreto neroniano) que permitia às autoridades romanas perseguir os cristãos pelo fato mesmo de praticar sua religião, embora os autores modernos o neguem. Porém se propagou entre o povo a idéia de que os cristãos eram ateus (ver o caso de Sócrates) porque rejeitavam os deuses e as religiões, especialmente as tradicionais, sem cujos ritos os males sobrevinham sobre Roma e portanto eram culpáveis dos mesmos. Também que em seus cultos comiam carne de crianças e organizavam orgias sexuais, o qual apontava os banquetes eucarísticos, que eram confundidos com os orientais como os cultos de Mitra ou Baco.

A LEX ROMANA – AS PERSEGUIÇÕES (cont.)

No ano 304 a C. existia uma lei promulgada pela autoridade do Senado que proibia sem ordem do mesmo Senado ou dos tribunos da plebe, dedicar templo ou altar algum privadamente. Cícero explica dizendo que ninguém pode separar-se da cidade no culto aos deuses como ninguém pode infringir suas leis, ou negar-lhe seu serviço, sem deixar, ipso facto, de ser cidadão e cair sob sua justa vingança.

Tertuliano ( autor cristão no fim do século II) é o único que afirma que existiu um decreto de Nero que afirmava Ut christiani non sint(= não é lícito ser cristiano). Não se encontrou outro testemunho e por isso muitos autores o rejeitam. Nero culpou do incêndio de Roma aos cristãos à semelhança do acontecido na Roma do século II a C. quando um incêndio de umas casas vizinhas esteve a ponto de destruir o templo de Vesta, onde se guardava o fogo sempiterno da cidade. O cônsul (magistrado da república com suprema autoridade por um ano; era também chefe do exército), mandado pelo Senado para pesquisar as causas, acusou os habitantes de Cápua, que então visitavam Roma como causantes, porque Cápua era aliada de Aníbal, e esperava ser cabeça da Itália contra os interesses de Roma. Nesta primeira perseguição, de caráter local, morreram os apóstolos Pedro(crucificado ) e Paulo (decapitado por ser cidadão romano). Foram os mais ilustres mártires, de quem Caio (198-217), presbítero romano, escreve: “Dá fé desta história a inscrição, conservada até hoje dos seus sepulcros….que acharás se te aproximas ao Vaticano”. Modernamente nas escavações feitas no subsolo da basílica atual do Vaticano se descobriu um sepulcro com ossos do 1º século de um velho de 70 anos, com moedas desde o 1º século, e a inscrição Petros eini em grego(Pedro está aqui).

Do ano 64 até o 313, ano este em que o cristianismo gozou de liberdade no Império, houve estes períodos de perseguição: Século I 6 anos de perseguição (domiciano) e 28 de tolerância. – Século II: 86 anos de perseguição e 14 de tolerância.- Século III: 24 anos de perseguição e 74 de tolerância. –Século IV: 13 anos de perseguição Total: 129 anos de perseguição e 120 de tolerância. As perseguições mais importantes são as de Domiciano (5 anos) cujo motivo foi que eram molitores rerum novarum, (maquinadores de coisas novas) e que poderíamos traduzir como suspeitosos contra o regime, em que a nobreza romana pela primeira vez foi mártir de Cristo..

250 Décio, descendene de uma família senatorial romana, oficial do Illirico (Yugoslávia atual) tentou reavivar o culto em torno à figura do imperador. No momento em que assumiu o império ditou um edito obrigando a todos os cristãos a realizar atos públicos de submissão religiosa ao imperador e aos deuses oficiais. Aos que o faziam entregava um certificado(libellus)para não serem molestados de novo; e os que se negavam podiam ser encarcerados, torturados e mortos. No fim de um ano as medidas começaram a ser suavizadas, devido à opinião pública impressionada pelos excessos cometidos. Mártires: Fabião, papa em Roma, Ágata na Sicília, Dionísio em Paris. Alguns como Pablo se esconderam no deserto, outros compraram o libello ou apostataram, daí o problema dos lapsi (caídos).

Em 257, Valeriano – O velho Valeriano, no início tolerante, incitado por Macrino, ministro da fazenda que ambicionava os bens eclesiásticos, iniciou uma perseguição mais seletiva., de modo que só se obrigava a oferecer sacrifícios aos membros da hierarquia eclesiástica. Um segundo decreto ia dirigido contra os cristãos da classe alta em 258. Tudo terminou em 260 ao cair Valeriano nas mãos dos persas. Total 3 anos. Seu filho Galiano devolveu aos cristãos as igrejas e iniciou uma paz de quase 50 anos. Mártires: Sixto II em Roma com seu diácono Lourenço. Frutuoso na Espanha, Cipriano em Cartago.

A última perseguição foi a de Diocleciano(10 anos) – um gigante de corpo, de espírito organizador. Instaurou a tetrarquia, que estava acompanhada de um rearme moral e religioso. Sua mulher e filha eram cristãs. Esta perseguição, que teve início por dois incêndios perto da casa imperial, foi a mais cruenta e duradoura. Iniciada em 303, a instigação de seu colega Galério, César do Oriente, alcançou enorme dureza, exceto nas Gálias e Britannia, onde César Constâncio, colega do Augusto Maximiano, se limitou a destruir alguns lugares de culto. Em 305, Diocleciano abdicou e a perseguição só se manteve no Oriente através dos dois césares Galério e Maximino, sendo que no Ocidente cessou praticamente. Em 311, Galério, pouco antes de morrer, ditou um edito de tolerância. Licínio, Constantino e Majêncio o aprovaram. Só Maximino. de modo parcial e por pouco tempo, reiniciou as medidas anticristãs. Mártires: Sebastião em Roma, Lucia em Siracusa.

AS PERSEGUIÇÕES (Sobre os mártires)

O NÚMERO DOS MÁRTIRES.: O número de mártires que conhecemos com nomes próprios é um pouco mais de duzentos. O número conhecido pelas Acta Martyrum (atas dos mártires), pelo culto, ou outras fontes, se aproxima do milhar. Algumas atas e alguns mártires são famosos. No ano 117, Ignácio de Antioquia em Roma. No ano 156, Policarpo de Esmirna.. Em 165, Justino. Em 177, os mártires de Lion nas Gálias, França atual, entre eles S Blondina, escrava. No ano de.180 Perpétua e Felicidade( esta escrava) em Cartago. No século III, temos Cipriano, bispo de Cartago e Frutuoso, bispo de Tarragona. Finalmente, na perseguição de Diocleciano, Vicente, diácono de Zaragoza. São mártires cujas atas conhecemos. Outros, cujo martírio é conhecido pelo culto antigo como os grandes mártires romanos Inés, Sebastião, Pancrácio, dos que temos a igreja a eles dedicada, com seu sepulcro e inscrições e notícias litúrgicas. Muitos são desconhecidos. Para os mais moderados, seu número total nos IV primeiros séculos está mais perto dos 10 mil que dos 100 mil. Talvez foram muitos mais os que, sem ser mortos, tiveram que afrontar a confiscação de bens, o desterro, os cárceres e as minas. Como nota: no primeiro semestre da guerra civil na Espanha, foram mortos 12 bispos, 4 mil sacerdotes seculares e mais de 2 mil religiosos, entre eles 250 escolápios.

[Leia mais neste artigo – LBN]:

OS CÁRCERES

A TORTURA

AS MINAS.-AS CATACUMBAS

A FRAGILIDADE HUMANA – O Pão dos Fortes, Os Lapsi, Tipos de Lapsi, Os Confessores.

A ÚLTIMA PERSEGUIÇÃO – Diocleciano e o Baixo Império, A Perseguição, Galério, Morte de Galério, Licínio, Consequências.

FIM DAS PERSEGUIÇÕES – Constantino (285-337),  Batalha da Ponte Mílvio, Edito de Milão, Batismo e Morte de Constantino.

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Postado no site Missio Fides, por Pe.Edson Ausier, em 30 de abril de 2007.

Nossa Senhora do Carmo – Solenidade – 16 de julho

Nossa Senhora do Carmo

E  história de São Simão Stok (a quem Nossa Senhora apareceu)

http://www.paginaoriente.com/titulos/nscar1607.htm

PAPA ESCREVE AOS CATÓLICOS DA TERRA SANTA PEDINDO UNIÃO

Artigo da Rádio do Vaticano (link) extraído do site /home: http://www.paginaoriente.com/

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Olá a todos! É possível sentir saudade de quem não conhecemos pessoalmente? Parece loucura, não? O que sei que é que me sinto feliz em saudá-los: “Que a Paz de Cristo esteja com vocês!”, caros amigos e amigas. A mesma saudação estendo aos visitantes que estão dando uma passadinha por aqui! Saibam que estive afastada por atividade paralela à minha área profissional – o Jornalismo. Terminei a revisão de uma tese de doutorado, com a Graça de Deus. A concluí em meio a um tratamento por stress continuado. Precisei “dar um tempo”. Que Deus me perdoe a pretensão, bem como nosso amado Apóstolo São Paulo, mas gostaria de expressar o seguinte, mal comparando, é claro: “Combati o bom combate”. O trabalho em si transcorreu como um barco que segue tranquilo. No entanto , no meio do caminho…Posso dizer também: vencemos com a ajuda da Providência Divina, eu e meu esposo, em várias frentes, ainda que algumas expectativas tenham sido frustradas. Mas, como Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente, então, que Assim Seja!

Minha saúde, agora que diminuiu este “poderoso” stresse, já está voltando ao normal.Conhecem aquele ditado, bem popular: “Ninguém é de ferro”? Pois é… É o que passa comigo. O médico havia me sugerido procurar (o que aceitei na teoria na hora), por exemplo, fazer algum tipo de trabalho manual para relaxar a mente. Nem mesmo devia me envolver com este blog…

Nós cristãos temos a “mania” de fazer o máximo porque confiamos que Deus fará, se necessário, o impossível, em sua Misericórdia para nos levantar! A menos que nos queira junto d’ Ele… Desculpem-me se é um tanto chocante raciocinar desse jeito, mas é proveitoso. Melhoramos a cada dia um pouco mais, entre quedas e  asceses, não?

Retorno, portanto, ao ritmo de antes. Um abraço fraterno.

Um pedido especial de minha parte à nossa amadíssima Nossa Senhora do Carmo: peço-Lhe que proteja com seu manto a todos os jornalistas que lutam pelos que sofrem, ou seja, os fracos, os inocentes. Estendo meu pedido de proteção a todos os carmelitas, calçados ou descalços, consagrados e seculares, bem como à minha família como um todo, e a todos que amam a Deus, a Cristo Jesus, no mundo inteiro. Amém.

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Fonte: Igreja Catedral da Diocese de Santo André – SP – Brasil

2010 – Catedral Nossa Senhora do Carmo

Nossa Padroeira

O título “Nossa Senhora do Carmo” é um dos mais antigos e conhecidos da Mãe de Jesus. Surgiu no Monte Carmelo, onde se iniciou a Ordem Carmelita. Nesse monte bíblico foi construída uma pequena capela onde os primeiros monges eremitas carmelitas se reuniam para louvar a Deus e venerar a Virgem Santa.

No século XIII, com as invasões muçulmanas, os monges foram expulsos para o Ocidente e levaram consigo a devoção. Nas dificuldades, invocavam Nossa Senhora por meio do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. O Escapulário tornou-se um sinal, um “sacramental”, que nos recorda o amor materno de Maria e nos convida a viver mais plenamente nossos compromissos com a vida cristã. A devoção ao Escapulário é uma maneira simples e delicada de manifestar o amor à Virgem Santa. O Escapulário é de forma comum e popular chamado por muitos de “bentinho”.

Ele possui o profundo significado de pertença a Maria. O Escapulário é como a forte armadura da fé que nos reveste e nos liberta dos perigos e das tentações do inimigo. Todo cristão que queira comprometer-se com maior empenho na vivência do Evangelho, assumindo Maria como modelo e protetora, pode usar o escapulário. Hoje temos o escapulário em tamanho reduzido para ser dado aos fiéis, para que eles recebam esse sinal protetor de Deus, em nosso caminhar para a casa do Pai.

(Extraído de texto do Frei Patricio Sciadini, OCD)

O Escapulário de Nossa Senhora do Carmo

Pe. Hildebrando

Pe. Hildebrando Rodrigues de Oliveira
Vigário paroquial da Catedral
Publicado em Junho/2006 no Catedral Informa

“Eis o escapulário, aceita-o como um privilégio que alcancei para ti.”

É bom lembrar que o escapulário não é um amuleto, que assegure, sob qualquer hipótese, a salvação de quem o usar. Todavia, contam-se por milhares as conversões de pecadores na hora da morte, atribuídas unicamente ao escapulário de Nossa Senhora do Carmo. A partir de 1245, Simão Stock foi eleito Superior Geral da Ordem Carmelitana, que tem por propósito especial o culto da Mãe de Deus, e pretende ter origem nos tempos do profeta Elias. Diz a tradição que os discípulos de Elias, em lembrança de uma visão do Mestre, teriam fundando uma congregação com sede no Monte Carmelo, com o fim declarado de prestar homenagens à Mãe do Mestre.

Simão Stock era um homem de grandes virtudes, privilegiado por Deus com dons de profecia e dos milagres e por meio dele a Ordem de Nossa Senhora do Carmo começou então a ter uma aceitação extraordinária. Foi aos 16 de julho de 1251 que, estando em oração fervorosa, rodeada de anjos, Nossa Senhora se dignou aparecer-lhe, veio trazer- lhe um escapulário, dizendo: “Meu dileto filho, eis o escapulário, que será o distintivo da minha ordem. Aceita-o como um penhor do privilégio que alcancei para ti e para os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido desde escapulário está livre do fogo do inferno”.

Estando-lhe assim satisfeita a maior aspiração, Simão Stock tratou de divulgar a irmandade do Escapulário e convidar o mundo católico a participar dos grandes privilégios anexos. O escapulário teve uma aceitação comparável ao rosário. Como o rosário, o escapulário tem experimentado o efeito poderosíssimo da proteção da Mãe de Deus. Muitos são os casos que mostram que privilégio nenhum favorece a quem não quer se separar do pecado e levar uma vida digna e cristã. Assim sendo, meus amigos, não considerem o Escapulário supersticiosamente, ou seja, como um amuleto, mas como compromisso de uma vida digna e cristã, fazendo por merecer os privilégios que ele lhe oferece.

Artigo extraído integralmente do site da Catedral Nossa Senhora do Carmo –  2010 ©.

Vídeo – Santo Antônio de Pádua – 13 de junho – Memória

Santo Antônio de Pádua nasceu em uma família da nobreza de Lisboa. Quando São Francisco de Assis o conheceu, devido à sua erudição e humildade, o nomeou mestre dos franciscanos, contrariando sua decisão de que a Ordem se limitaria aos estudos da Bíblia. Santo Antônio também possuía domínio da oratória, o que para São Francisco acrescentaria ao seu ideal, que, aliás, seguia fielmente o que Jesus Cristo disse aos Apóstolos: “Ide e pregai ao mundo inteiro”.

Além destes dons recebidos do Céu, realizou milagres. Morreu jovem, aos 36 anos de idade, junto a seus irmãos, em Pádua.  Reunia em sua pessoa virtudes como a pureza, a piedade e a humildade, e além disso, foi um pregador de rara inteligência e um hábil orador.

Por tantas graças, Santo Antônio, que veio de Lisboa, e viveu em Pádua, nós, do mundo inteiro, te agradecemos por todas as intercessões que fizeste e fazes  junto a Deus Pai.

Santo Antônio, aconselha-nos nas adversidades e roga por nós! Amém!

No “Arquivo” do blogue “Castelo Interior”, você encontrará uma explanação completa sobre os “feitos”de Santo Antônio de Pádua (com links complementares, que remetem para o site de origem). Vale a pena saber mais sobre este franciscano “por adoção”. Sua vida é surpreendente, já que no post que cito aqui, fica evidente seu potencial de conversão, o que acrescenta, e muito, à idéia que temos dele, ou seja, que era todo o tempo suave, tal como o vemos nas imagens com o menino Jesus que carrega ao colo. Era suave, mas sua pregação era firme e forte.

Desnutrição alarmante das crianças do Níger e Apelo internacional do Papa frente à violência no Oriente Médio (assassinato de Dom Luigi Padovese, em 03 de junho, na Turquia) – Agência Fides/Roma – 09.06.2010

Dom Luigi Padovese, presidente da Conferência Episcopal da Turquia, foi assassinado na última quinta-feira, dia 3 de junho, dia em que celebramos Corpus Christi – Corpo de Deus – o sacrifício e a Ressurreição de Jesus Cristo. Uma data terrivelmente emblemática para a morte de um homem consagrado ao serviço da construção do Reino de Cristo, até Sua vinda. Lembremos de Dom Luigi em nossas orações.

Creio que seu martírio representa a grave crise, que toma o disfarce de religiosa, mas que visa, de fato, tomada de poder entre grupos que, historicamente, vivem em conflito pelo domínio de uma terra que é chamada Santa, Jerusalém. No caso, todo seu amplo entorno, que afinal, se estende por todo o Oriente Médio. Ao que parece os cristãos chamam a atenção para o diálogo entre as várias vertentes, tanto entre muçulmanos, quanto judaicas, com chave negativa em relação à visão do Estado de Israel. No entanto, salvo melhor avaliação, os cristãos no Oriente Médio, apesar de serem numericamente quase ínfimos naqueles países, são incômodos, e infelizmente, alvo fácil.

Leia, logo abaixo o apelo internacional do Papa Bento XVI para o enfrentamento da violência no Oriente Médio, principalmente contra os cristãos.

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Sempre houve muita fome e miséria na África, principalmente devido à desestruturação social decorrente de centenas de anos de escravidão sofrida e perpetrada, com raras exceções pelo mundo inteiro. No entanto, a cultura africana é propícia à manutenção da violência entre elites tribais, ainda que em meio a arranha-céus… A corrupção é moeda corrente, e a decorrência disso é o frequente esfacelamento dos tecidos sociais.As crianças do Níger passam fome ou sobrevivem desnutridas. Há uma “super-dieta” que está em vias de não poder ser mantida. Uma organização internacional importante está enfrentando a ausência de uma estrutura permanente de assistência – via setor público, devido a uma simples questão: os homens não admitem que suas mulheres se afastem das áreas de colheita, para ajudá-los.  O resultado é que as crianças com saúde mais crítica, não conseguem receber adequadamente a alimentação que lhes é reservada. Por certo, há indiferença dos setores públicos, que, além de aceitarem passivamente a dependência de iniciativas internacionais, não garantem que a cadeia de ajuda humanitária seja mantida. Seria o caso de aplicar multas pesadas sobre os habitantes que desfazem do trabalho de Ongs em geral e de iniciativas, tanto católicas, quanto de outras igrejas cristãs.

Logo abaixo, leia a notícia de hoje sobre a situação em Níger, com cidades que, por falta de transporte chegam a exigir três dias de viagem para ir aos centros de distribuição de alimentação das crianças, e três para a volta.

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Fonte: AGÊNCIA FIDES – Roma

Imagem: "Palco da Vida"-Cabo Verde

ÁFRICA/NÍGER Toda criança tem direito a alimentação e assistência médica

Niamey (Agência Fides) – A falta de meios de transporte, o estilo de vida rural e a pressão exercida sobre as mulheres para trabalhar nos campos, ajudam a piorar as formas de desnutrição nas crianças do Níger que não podem levar a termo os programas de alimentação terapêutico aos quais são submetidos. Em algumas áreas rurais remotas, os centros de saúdem onde são realizados tais tratamentos, estão muito longe. Isso faz com que uma criança desnutrida a cada cinco que participa destes programas, nas províncias de Zinder e Maradi, interrompe o tratamento porque proveniente da Nigéria. A terapia intensiva dura oito semanas. Por causa da interrupção, o número de crianças gravemente desnutridas que são registradas nos programas terapêuticos aumenta semana após semana. Foram verificados 8 mil casos na última semana. Segundo o coordenador do UNICEF, na capital, Niamey, desde o início do ano as agências humanitárias cuidam de 84 crianças gravemente desnutridas. Na província de Diffa, onde trabalha a Ong Save the Children, a situação está piorando. A organização está programando aumentar as ajudas em todos os centros de saúde nos distritos deDiffa onde trabalha.

De Zinder e Maradi é preciso muito tempo para ir e voltar do centro, além disso os maridos não querem que suas mulheres e crianças fiquem ali muito tempo sozinhos e em vista da estação da colheita, as mulheres que trabalham nos campos, são obrigadas a voltar para suas casas. Em algumas áreas, 70% dos povoados distam mais de 15 km dos centros de saúde, outros 50 km, tornando necessário 3 dias para ir e 3 para voltar!

O índice de desnutrição aguda geral em Diffa é o mais alto da região, com 17.4%. Na zona norte da província acontece que ao voltar ao povoado depois de um mês ele não mais existe. As crianças em terapia devem ser controladas pelo menos uma vez por semana para verificar se estão perdendo peso, que não tenham contraído outras complicações, e que a comida hiper-calórica a eles destinados não seja dada aos outros membros da família. No Níger, a assistência de saúde oferecida às crianças com menos de cinco anos e às mulheres grávidas é gratuito, todavia, os remédios não são suficientes. (AP) (8/6/2010 Agência Fides)

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Imagem: Loyola Notícias
Papa Bento XVI no Memorial de Moisés, no Monte Nebo - Basílica (Jordânia) - 08.05.2009. Imagem: Loyola Notícias

Fonte: AGÊNCIA FIDES – Roma

2010-06-07

VATICANO Apelo do Papa em favor do “esforço internacional urgente e intrépido a fim de resolver as tensões que continuam no Oriente Médio, sobretudo na Terra Santa, antes que tais conflitos conduzam a um maior espargimento de sangue”

Nicósia (Agência Fides) – “Renovo o meu apelo pessoal pelo esforço internacional urgente e intrépido a fim de resolver as tensões que continuam no Oriente Médio, sobretudo na Terra Santa, antes que tais conflitos conduzam a um maior espargimento de sangue.” São as palavras proferidas pelo Santo Padre Bento XVI no domingo, 6 de junho, no final da Santa Missa celebrada no Palácio do Esporte Eleftheria de Nicósia, antes da entrega do Instrumentum laboris da próxima Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, que se celebrará em outubro.

Em seu discurso o Santo Padre recordou Dom Luigi Padovese, Presidente da Conferência Episcopal da Turquia, assassinado em 3 de junho. O Papa recordou que o prelado contribuiu na preparação doInstrumentum Laboris e acrescentou: “Confio a sua alma à misericórdia de Deus Onipotente, recordando seu compromisso, especialmente como Bispo, pela compreensão mútua no âmbito inter-religioso e cultural e pelo diálogo entre as Igrejas. A sua morte é um lúcido chamado à vocação que todos os cristãos partilham em ser, em toda circunstância, testemunhas corajosas de tudo aquilo que é bom, nobre e justo”. O Papa evidenciou como o Oriente Médio tenha “um lugar especial no coração de todos os cristãos, a partir do momento que foi ali que Deus se manifestou aos nossos pais na fé”. A mensagem do Evangelho se difundiu no mundo inteiro e “os cristãos em cada lugar continuam olhando o Oriente Médio com reverência especial, por causa dos profetas e dos patriarcas, dos apóstolos e dos mártires, aos quais devemos tanto, aos homens e às mulheres que ouviram a Palavra de Deus, que deram testemunho dela, e a entregaram a nós pertencentes à grande família da Igreja”.

Falando sobre a próxima Assembleia Especial para o Oriente Médio do Sínodo dos Bispos, o Santo Padre evidenciou que ela “buscará aprofundar os laços de comunhão entre os membros das Igrejas locais, como também a comunhão destas Igrejas entre si e com a Igreja universal”. Será um encorajamento no testemunho de fé em Cristo, vivida nos países onde esta fé nasceu e cresceu. “A Assembleia Especial é uma ocasião para todos os cristãos do resto do mundo de oferecer uma ajuda espiritual e uma solidariedade para seus irmãos e irmãs do Oriente Médio” – prosseguiu o Santo Padre. É uma ocasião para ressaltar o valor importante da presença e do testemunho cristão nos países da Bíblia, não somente para a comunidade cristã no mundo, mas igualmente para todos os vizinhos e concidadãos. Contribuam de várias formas ao bem comum, por exemplo, através da educação, do cuidado pelos doentes e a assistência social. Trabalham em favor da construção da sociedade. Vivam em paz e harmonia com seus próximos judeus e muçulmanos.

Muitas vezes vocês agem como artesãos da paz no difícil processo de reconciliação. Vocês merecem o reconhecimento pela função inestimável que desempenham. Espero que os seus direitos sejam sempre respeitados, incluindo o direito à liberdade de culto e a liberdade religiosa, e que vocês não sofram discriminações de todos os tipos. Rezo para que os trabalhos da Assembleia Especial chame a atenção da comunidade internacional sobre a condição dos cristãos no Oriente Médio, que sofrem por causa de sua fé, para que possam encontrar soluções justas e duradouras aos conflitos que causa tantos sofrimentos”. (SL) (Agência Fides 7/06/2010)

“(…)A fé diz-nos que é o próprio Cristo que continua dando o seu corpo e o seu sangue por amor a nós, como garantia de salvação para todos.” (SpeDeus – 03 de junho – Festa de Corpus Christi – Corpo de Deus)

Ceia do Senhor

Fonte: “Instituição da Eucaristia” – Achiropita.org.br

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Fonte: SpeDeus

Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo – Festa do Corpo de Deus

A Igreja coloca a festa da Eucaristia na semana seguinte ao domingo da Trindade. Tem tudo a ver. A coerência da liturgia corresponde à coerência da fé.

Se Deus é amor, se Ele assim se revelou no seu mistério da Trindade, que é a comunhão divina no seu amor, este amor foi manifestado para nós pela maneira como Cristo nos amou. E diz o Evangelho que ele nos amou até o fim! Deu por inteiro a sua vida por amor.
“Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos”, disse Jesus. Disse e fez. Deu por inteiro sua vida. E tornou perene este seu gesto de amor, colocando-o como sua memória para ser celebrada para sempre.

Isto é a Eucaristia. Ela recolhe o amor de Cristo, que continua dando a sua vida por nós e para nós. Também nisto se mostra a coerência do mistério de Deus. Deus é amor. Tendo assumido um corpo humano, o Filho de Deus fez do seu corpo uma expressão de amor. E, para mostrar que queria partilhar connosco o seu amor, fez do seu corpo alimento para nossas vidas, à semelhança de pão para comer e de vinho para beber. Sob estas aparências, a fé diz-nos que é o próprio Cristo que continua dando o seu corpo e o seu sangue por amor a nós, como garantia de salvação para todos.

A coerência de amor divino convida-nos à coerência de nossa fé. No pão consagrado e no cálice abençoado reconhecemos a presença viva do próprio Senhor, que nos envolve em seu amor e nos fortalece em sua comunhão.

A Eucaristia é o grande sinal do amor de Deus, que Cristo nos testemunhou e nos comunica por seu Santíssimo Sacramento.

(Fonte: Evangelho Quotidiano)
Publicada por JPR em Quinta-feira, Junho 03, 2010 (SpeDeus).

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Papa Bento XVI

Oremus pro Pontifice nostro Benedicto
Dominus conservet eum et vivificet eum et
beatum faciat eum in terra
et non tradat eum in animam inimicorum eius

Tradução:

Oremos pelo nosso Papa Bento.
O Senhor o conserve e lhe dê vida e saúde,
O faça feliz na terra
E o guarde de todos os males. Amen.

(Tradução de JPR a partir da versão italiana)

«A Cruz de Cristo será a ruína do demónio; e por isso Jesus não deixa de ensinar aos seus discípulos que, para se entrar na Sua glória, deve sofrer muito, ser rejeitado, condenado e crucificado (cf. Lc 24, 26), pois o sofrimento é parte integrante da sua missão.»

«Jesus sofre e morre na Cruz por amor. Deste modo, considerando bem, deu sentido ao nosso sofrimento, um sentido que muitos homens e mulheres em todas as épocas compreenderam e assumiram como seu, experimentando uma profunda serenidade, mesmo na amargura perante duras provas físicas e morais.»

(Tradução de JPR a partir da versão espanhola)

Angelus de 1 de Fevereiro de 2009.

(Tradução de JPR a partir do site da Santa Sé e das versões italiana e espanhola)

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Fonte: SpeDeus
Tema para reflexão
A nossa vida em Deus (1)

Sendo Deus eterna comunicação de Amor, é compreensível que esse Amor transborde para fora d’Ele na Sua actuação. Toda a actuação de Deus na história é obra conjunta das três Pessoas, dado que se distinguem apenas no interior de Deus. Não obstante, cada uma imprime nas acções divinas “ad extra” a sua ( ) característica pessoal. Com uma imagem, poder-se-ia dizer que a acção divina é sempre única, como o dom que nós poderíamos receber da parte de uma família amiga, que é fruto de um só acto; mas, para quem conhece as pessoas que formam essa família, é possível reconhecer a mão ou a intervenção de cada uma, pela marca pessoal deixada por elas na prenda única.

Este reconhecimento é possível, porque conhecemos as Pessoas divinas na Sua distinção pessoal mediante as missões, quando Deus Pai enviou juntamente o Filho e o Espírito Santo na história (cf. Jo 3, 16-17 e 14, 26), para que se fizessem presentes entre os homens: «São sobretudo as missões divinas da Encarnação do Filho e do dom do Espírito Santo que manifestam as propriedades das pessoas divinas» (Catecismo, 258). Eles são como que as duas mãos do Pai que abraçam os homens de todos os tempos, para os levar ao seio do Pai. Se Deus está presente em todos os seres enquanto princípio do que existe, com as missões do Filho e do Espírito fazem-se presentes de uma forma nova . A própria Cruz de Cristo manifesta ao homem de todos os tempos o eterno Dom que Deus faz de Si mesmo, revelando na Sua morte a íntima dinâmica do Amor que une as três Pessoas.

(GIULIO MASPERO)
Agradecimento: António Mexia Alves
Publicada por JPR em Quinta-feira, Junho 03, 2010 (SpeDeus).

“Mãe de Deus: Invocação fundamental da Virgem, Mãe do Redentor…o Papa Bento XVI ilustrou o profundo significado desta invocação.”(Mês de Maio – dedicado à Virgem Maria – “Canto da Paz” – Clarissas e Franciscanos)

Olá, estimados e estimadas visitantes! Amigas, amigos em Cristo Jesus…
Como havia avisado anteriormente, me vejo obrigada a fazer postagens sem regularidade  mínima. Ou seja, sem nenhum compromisso com o “tempo real”, que a bem da verdade, não me incomoda. Mas algo diário ou um pouco mais espaçado é o ideal, não? volto ao tema “tempo real”. Como jornalista , penso que esta é uma realidade questionável na net, já que a maior parte das informações que nela circulam, exige aprofundamento… O que temos é uma avalanche de informações, quase sempre inconclusivas. Tempos modernos… Em todo caso, lembro a todos que estou trabalhando em uma revisão de pós-graduação. Entre a introdução, os cinco capítulos e a conclusão, estou quase na metade do quarto. O tema é complexo e exige absoluta concentração. Enquanto isto vai acontecendo, outros compromissos me chamam… Exigências do “caos moderno”…
Logo retomarei, com a Graça de Deus, o ritmo que dava ao blogue “Castelo Interior”. Conto com as orações de todos, certo?
Passou batido o dia da Ascensão do Senhor – o que lamento muito. No “Arquivo” do blogue, em ano anterior fiz uma postagem. Me sinto estranha neste afastamento obrigatório do blogue, ainda que positivo. No entanto, sinto-me “conectada” a Ele, principalmente durante estes últimos 20 dias, ou seja, Jesus Cristo não veio para os sãos (penso que se referia aos santos e santas, já ao seu tempo!). Veio para os pecadores, que aliás, somos todos nós – que pertencemos à Humanidade – e além disso, também para quem se sente atribulado, cansado, esgotado, injustiçado por colocar o amor acima do dinheiro, e pelos que morrem perseguidos na luta por amor e justiça.Então, resta-nos a consolação do dito bíblico conhecidíssimo: “Tudo posso n’Aquele que me fortalece”.
Também ficaram para trás outros assuntos importantes, como, por exemplo, àqueles ligados ao dia-a-dia da Igreja, em Roma. De lá, é bom lembrarmos, partem as decisões que mantém a Igreja Católica Una, Santa e Apostólica.Jesus disse que venceu o mundo, e que, por esta razão, a Sua Igreja não será vencida! Cristo é a cabeça e nós somos os membros deste “Corpo Santo” que é a Igreja – o Papa Bento XVI – Joseph Ratzinger, o Vaticano, os homens e mulheres consagrados espalhados pelo mundo, e nós, leigos cristãos católicos e de outras denominações, seguidores de Seus ensinamentos – pelo menos em nossa “férrea” determinação…
Afinal, viver é lutar, não? Às vezes, confesso – passa uma nuvem que me faz pensar se sou forte o suficiente… Aí, lembro dos cristãos que me antecederam, em tempos, que, historicamente, foram de “corta-cabeças”, e faço com que saiam da minha mente, de meu coração, ainda que com esforço, idéias derrotistas. Na verdade, acredito que quem “manda” todos os sentimentos pouco animadores, ainda que na forma de uma nuvem escura “mental” é a Fé! A oração é a arma neste combate… Afinal, a promessa de Cristo Jesus é que teríamos o “Paráclito” – O Espírito Santo como Divino Auxiliador (Amém!). Assim, tem havido em minha vida, muita luta contra o stresse, o esgotamento – ultimamente, até mesmo com necessidade de medicação. É que os resultados da vida concreta têm sido “desafiadoramente” modestos… Tudo bem. Lutamos por “ser”, como um ideal de vida, e não, pelo ter, acima de tudo… Acho que todos entendem a que me refiro. Infelizmente,esta é a mola mestra do mundo que vivemos, principalmente depois dos anos 80, com ênfase a parir dos 90.
No entanto, no meio da Babel do mundo de hoje, vivi, vivemos um acontecimento confortador e estimulante: a visita de minha irmã caçula e de meu sobrinho, que vieram do exterior. Mas, a saudade reiniciou quando minha irmã partiu… Queremos sempre proteger quem amamos, estar ali, na hora em que a dor ou o contentamento surgem, não? Fazer o quê? É a vida… Nosso sobrinho  ficou no Brasil. Foi difícil para ela. Mas estamos contentes por poder “olhar por ele”, fazer o máximo para que se sinta amado e orientado. Contará com seus avós maternos, eu e meu marido, meu irmão, minha cunhada e seus dois primos e uma prima. Está de bom tamanho. Contamos a proteção da Sagrada Família – Santa Maria, São José e Jesus, seu Filho adotivo. Amém. Que todos os meus familiares, inclusive, os que estão do outro lado do oceano, sejam protegidos, confortados, em especial,  um de meus cunhados, que está hospitalizado. Amém.
Mudando um pouco de assunto, de memória, lembro que foi comentado por um Santo (desculpem-me, mas não tenho certeza – talvez  seja o Cura D’Ars – São João Maria Vianney – patrono do Ano Sacerdotal)): “Até o túmulo o homem será perseguido por tentações.”. Penso que pode ter sido dito por São Francisco de Assis, que teve uma trajetória de vida de crescente sofrimento físico, moral e espiritual. “Tentações” é um termo bem amplo no mundo da espiritualidade cristã. Se assim não fosse, São Francisco de Assis não teria nos deixado o seguinte pensamento: “Quanto mais tentado fores, saiba que és mais amado. Ninguém deve ser reputado servo de Deus até que passe pelas tentações e aridez.” (S.Francisco de Assis)
Até breve. Que Deus nos ilumine e fortaleça. Amém.
(L.B.N.)
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Fonte: CANTO DA PAZ

MÊS DE MAIO

Mãe de Deus – Invocação fundamental da Virgem, Mãe do Redentor

…o Papa Bento XVI ilustrou o profundo significado desta invocação.

Maria Mae de Deus_ canto da paz_clarissas

“Este título, que já no século III lhe era atribuído pela devoção popular, foi oficialmente confirmado em 431 pelo Concílio de Éfeso, desejando sublinhar fortemente a unidade das duas naturezas, divina e humana, na pessoa de Cristo.”

Foi a partir daí – recordou o Papa – que se desenvolveu amplamente a devoção mariana, com numerosas igrejas dedicadas à Mãe de Deus, entre as quais, aqui em Roma, a basílica de Santa Maria Maior. O título de “Mãe de Deus”, tão ligado às festas natalícias, é a invocação fundamental com que os fiéis honram a Virgem, e faz ver o nascimento de Jesus e a maternidade divina de Maria como dois aspectos do mesmo mistério da Incarnação do Verbo.

“Todos os títulos atribuídos à Virgem, assim como os privilégios da Imaculada Conceição e da Assunção, têm como fundamento a sua vocação a ser a Mãe do Redentor. Como tal, Maria é também a Mãe do Corpo de Cristo, que é a Igreja.”

Foi por isso que, durante o Concílio Vaticano II, a 21 de Novembro de 1964, Paulo VI conferiu solenemente a Maria o título de “Mãe da Igreja”, que faz com que ela seja também nossa Mãe – acrescentou ainda Bento XVI.

“Somos, portanto, convidados a considerar atentamente a importância da presença da Virgem Maria na vida da Igreja e na nossa vida pessoal, para que ela guie os nossos passos ao longo do novo ano, em que o Senhor nos concede a graça de entrar”.

(Fonte: http://www.diocesedecampinagrande.org)

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Confira também:

Ave Maria – em latim
Padre Amaro Saumell canta a Ave Maria em latim: http://www.cantodapaz.com.br/blog/2006/09/10/ave-maria/

“Da pureza e simplicidade do coração” – IMITAÇÃO DE CRISTO (Livro II, Cap. IV)

Alguns contratempos, graças a Deus, já devidamente resolvidos, além de meu envolvimento em uma revisão de texto longo e complexo (que está na metade), me impediram de movimentar o Blog “Castelo Interior”, dedicado a Santa Teresa de Avila (de Jesus), santa fundadora do Carmelo Descalço (viveu no século XVI).

Saúdo a todos,  tal como Jesus Cristo nos ensinou: “Que a Paz reine nesta casa”. Amém.

Por gentileza, aproveito para pedir a todos os visitantes que este meu voto repercuta em seus corações, e pensem também em mim e meu esposo. A Igreja nos ensina que devemos rezar uns pelos outros. A petição dos (as) amigos(as) é valiosa para os “ouvidos” de nosso Criador, que é Pai Misericordioso, e de Seu Filho, Jesus, Nosso Senhor e Salvador. Nossa casa deve ser um reduto de amor, um refúgio nestes tempos tão contraditórios e difíceis. A propósito, penso na Sagrada Família: Jesus, Nossa Senhora – a Virgem Maria e São José. Como é importante (e Santa Teresa frisa este aspecto) contar com a proteção de nossa Mãe Santíssima e o pai adotivo, amadíssimo por Jesus  – São José! Nossas famílias e as do mundo inteiro estão enfrentando crises terríveis:  materialismo (gerado pela descrença), relativismo moral, drogas, alcoolismo (talvez nestes dois casos, a situação seja tão crítica, devido ao desemprego vivido pelos jovens, ou, em boa parte dos casos, ausência total de educação religiosa, etc.), descaso público com a pobreza e a miséria de dois terços da humanidade, desamor… Em nossas orações lembremos dos que sofrem, perto ou longe de nossos olhos.

Voltarei a postar (por enquanto com menor frequência). Então, Paz e Bem a todos, e, tal como Santa Teresa escreveu em seus poemas, lembremos, todos os dias, se possível a cada hora: “Só Deus basta!”.

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IMITAÇÃO DE CRISTO*

Capítulo IV

Da pureza e simplicidade do coração

1. Tem o homem duas asas com que se levanta acima das coisas terrenas, que são simplicidade e pureza.

A simplicidade há de estar na intenção, e a pureza no afeto.

A simplicidade busca a Deus; a pureza o abraça e nele se compraz.

Nenhuma boa obra te impedirá de voar, se interiormente estiveres livre de todo o afeto desordenado.

Se não quiseres senão o que Deus quer e o que é útil ao próximo, gozarás da liberdade interior.

Sendo o teu coração reto, tens em qualquer criatura um espelho de vida e um livro de santa doutrina.

Não há criatura tão pequena e tão vil que não represente a bondade de Deus.

2. Se fosses bom e puro no interior, logo verias e entenderias bem todas as coisas sem impedimento.

O coração limpo penetra o céu e o inferno.

Cada um julga as coisas exteriores, segundo suas disposições interiores.

Se há alegria no mundo, sem dúvida que a possui o homem de coração puro.

E se em algum lugar há tribulação e angústia, a má consciência é que melhor conhece.

Assim como o ferro metido no fogo perde a ferrugem e fica todo em brasa, assim o homem que inteiramente se converte

a Deus, se desentorpece e se muda em novo homem.

3. Quando o homem começa a afrouxar, teme ainda o menor trabalho, e recebe com gosto a consolação interior.

Porém, quando começa perfeitamente a vencer-se e a andar com valor no caminho de Deus, logo tem por ligeiras as coisas que antes lhe pareciam pesadas.

REFLEXÕES

(“Imitação de Cristo” – Livro II – pg. 143)

Quando Jesus Cristo quis propor um modelo a seus discípulos, escolheu-o por ventura entre os homens sábios e poderosos? Não: “chamou um menino, pô-lo no meio deles e disse-lhes: em verdade vos digo, se não vos converterdes e vós não fizerdes como meninos, não entrarei no reino dos Céus” (MT 18, 2-3).

Ora, que vês num menino? A simplicidade, a pureza. Ele crê, ama e age, sem pensar em si mesmo, pelo primeiro movimento do coração; e eis que agrada a Deus. ele não pede nem longas orações, nem eloquentes discursos, nem meditações profundas, mas uma vontade reta, uma intenção pura, um amor inocente. Não ter outros desejos senão os seus, esquecer-te inteiramente de si mesmo, submeter-se aos decretos de sua adorável Providência, sem buscar investigá-los – que pode haver mais puro que esta resignação, que esta singela obediência?Por isso, será grande a recompensa dos que assim praticarem: ” Bem-aventurados, diz o Salvador, os que têm o coração puro, porque eles verão a Deus” (MT 5,8).

Dai-me, Deus meu, a simplicidade das almas puras, para que minha boca possa dignamente cantar os vossos louvores e anunciar a vossa grandeza. “Louva minha alma, o Senhor, e todas as minhas entranhas bendigam o seu nome santo. Louva, minha alma, o Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Não, a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória” (Sl 102, 1-2:; 112,9)

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* IMITAÇÃO DE CRISTO – Livro II – Capítulo IV, pg.141.

“A celebração da Páscoa é certeza para nós de que a vida vence a morte, a alegria vence a dor! Portanto, nunca se deixe abater, lembre que depois da Cruz vem a glória. E, como diz um canto que cantamos em nossas celebrações: [em Jesus temos a razão do sofrer que traz salvação]” – Carmelo Sagrado Coração de Jesus – Carmelo de Santo Ângelo (RS – Brasil – segunda-feira – 05 de abril de 2010)

PÁSCOA ETERNA

Jesus Cristo – a nossa Páscoa – ressuscitou! Ele veio, em nome do Amor, para nos mostrar o caminho da Eternidade!

N’ Ele nossas aflições têm descanso… Somos provados para poder acompanhá-lo, com nossos passos vacilantes, desde agora até a implantação definitiva do Reino de Deus, Seu Pai, nosso por adoção. Reino de Misericórdia! Amém!

(L.B.N.)

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Segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feliz Páscoa!

(Santo Ângelo-RS-Brasil)

“Somente no silêncio a pessoa penetra nas profundezas de Deus, sua base original. Somente no silêncio ela capta grandes relações, sente a dor, a busca, os anseios e a alegria do outro. Se nos afastamos, é para enxergarmos mais longe. Para abranger na totalidade do amor de Deus, o mistério do mundo tão carente de amor e de paz. O mistério dos homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs; especialmente dos excluídos.

Nas dificuldades da vida nunca deixe de olhar mais além!

No horizonte sempre brilha uma nova luz!”

Post publicado em “Carmelo de Santo Ângelo”.

“Atrai-nos, na exaltação da Santa Cruz, a descida de Deus, que dos céus desce à terra até na Cruz ser cravado. E daí Jesus não descerá, senão pelas nossas mãos. Qualquer homem, qualquer rei, podendo, desceria da Cruz, para aí não morrer. Ele não. Só Deus não desce do madeiro, só o nosso Deus, que entra na morte porque lá se encontra cada amado filho seu. Sobe a cruz para estar comigo e como eu.” (São João da Cruz – Exaltação da Santa Cruz (OCD)

Exaltação da Santa Cruz

São João da Cruz

“Para expressar a onipotência do Santíssimo Deus e sua personalidade única e indizível, os autores sacros dizem que Deus habita nos altos céus.

Oh percepção do espaço… que me permite conhecer as distâncias, das infinitas extensões aos ínfimos intervalos, dos prolongados caminhos aos curtos atalhos, da ausência de quem está longe, à intimidade de quem se faz próximo.
Oh espaço, categoria que descerra uma pequena fresta do insondável mundo de Deus e que me induz a balbuciá-lo algumas preces e a dizer com o salmo 143: “do alto estende a tua mão, salva-me das águas torrenciais”, ou com o salmo 9: “eu me alegro e exulto em ti, e toco ao teu nome, ó Altíssimo.”
Deus é altíssimo, habita nos céus – nos mais altos céus, melhor ainda, acima dos mais altos céus. Os céus são o nosso limite, ainda por descobrir e decifrar. Mas não há limites para a infinita glória de Deus. E’ o que reza o salmo 113: “Elevado sobre os povos todos è Iahweh, sua gloria está acima do céu”.

E, porque Deus habita nas alturas, è para o alto que os corações de homens piedosos se voltavam, que as mãos de Moisés se estendiam para implorar o favor divino sobre o povo de Deus na vitória sobre os Amalecitas, era para o alto que a fumaça dos incensos se dirigia, era para o alto que soou o primeiro grande clamor do sangue inocente de Abel, ou a malicia de Nínive, quando Deus disse: “quia ascendit malitia ejus coram me”, pois a sua maldade subiu e chegou aos meus ouvidos. Era nos altos lugares que se construíam os altares e templos, e era nos píncaros das montanhas que os homens de Deus subiam para comunicarem-se com Ele. De fato foi no monte Moriá que o nosso pai na fé, Abraão, sentiu o chamado de Deus (Gn 22,1-19) e para o alto do monte levou Isaque para ser sacrificado. Foi no alto do Horeb que Moisés falou com Deus face a face e onde Deus assinou a aliança com o seu povo. O monte Sião, em Jerusalém, elevado acima das montanhas, foi o símbolo do desejo de congregar todos os dispersos de Israel e todos os povos da terra, em Deus. Foi no alto que o Filho de Deus revelou sua glória, estabeleceu sua nova lei das bem-aventuranças e realizou a suprema obra da nossa redenção. O alto nos fascina. Dá-nos a sensação de sentirmo-nos perto de Deus, quando do alto vemos por primeiro o nascer do sol, e por [ultimo o entardecer do dia. O dia parece ser mais longo na montanha, acende em nós a nostalgia da eternidade.

O que nos atrai no calvário?

“Quando eu for elevado atrairei todos a mim”.

Atrai-nos, na exaltação da Santa Cruz, a descida de Deus, que dos céus desce à terra até na Cruz ser cravado. E daí Jesus não descerá, senão pelas nossas mãos. Qualquer homem, qualquer rei, podendo, desceria da Cruz, para aí não morrer. Ele não. Só Deus não desce do madeiro, só o nosso Deus, que entra na morte porque lá se encontra cada amado filho seu. Sobe a cruz para estar comigo e como eu. Estar na Cruz é o que Deus, no seu amor, deve ao homem que é crucificado. Porque o amor conhece muitos deveres, mas o primeiro dos deveres de quem ama é o de estar junto da pessoa amada. Qualquer outro gesto poderia nos dar uma falsa imagem de Deus. Somente a Cruz tira-nos toda dúvida, porque é a revelação suprema de Deus, de um Deus que desce. A Cruz é o abismo onde Deus torna-se o amante.

Subi, oh carmelitas, para o alto, onde habita a glória de Deus, pelo único atalho que não nos fará deter, nem demorar, o mesmo perseguido pelo Cristo, que no alto jaz, nu, só, sem apegos, sem bens, solus cum Deus solus, porque só Deus permanece, tudo o mais passa. Santo Padre João da Cruz recita, feliz e convicto, o caminho: nada… nada… nada… nada… nada… e ainda, no Monte, nada.”

Fonte: Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD) – Boletim de notícias da Província São José – Sudeste do Brasil

 

Da Cruz Misericórdia e perdão – Cardeal Geraldo Majella Agnelo (CNBB) -Artigo sobre a Semana Santa – 30.03.2010

Fonte/imagem: PASTORAL VOCACIONAL CARMELITANA – Província São José

(clique na imagem)

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CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) – Artigos dos Bispos

Ter, 30 de Março de 2010

Cardeal Geraldo Majella Agnelo

Da Cruz Misericórdia e perdão

Hoje, entramos na Semana Santa. A comemoração do ingresso de Jesus em Jerusalém. Recordamos o mistério de Cristo Salvador que dá a vida por nós, e aprofundamos o sentido de nosso ser cristãos. A celebração de hoje é ao mesmo tempo Domingo de Ramos e Domingo da Paixão do Senhor. Por desejo do Papa é também Jornada mundial da Juventude.

Os ramos constituem o aspecto mais vistoso e sugestivo do acontecimento: palmas e ramos de oliveira recordam o ingresso triunfal de Jesus em Jerusalém. Os ramos eram sinal de alegria, porque o povo tinha em Jesus o seu rei e messias. Nós abençoaremos os ramos de oliveira e os levaremos para nossas casas como recordação de Cristo vencedor da morte.

A Jornada da Juventude. Foram os jovens sobretudo com seu entusiasmo a proclamar o triunfo de Jesus em seu ingresso em Jerusalém. É também o reconhecimento da Igreja ao papel dos jovens no anúncio do Evangelho. O apóstolo João na sua Segunda Carta dirige-se aos jovens com plena confiança: “Escrevi a vós, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus habita em vós, e vencestes o maligno”. Eles são capazes de entusiasmo, de disponibilidade com o seu tempo, o seu empenho, de criatividade: sabem ser originais e doar-se.

Na primeira leitura da missa, (Isaias 50,4-7), o profeta do tempo da deportação dos hebreus para a Babilônia, descreve um personagem obscuro, chamado “Servo Sofredor”, que é perseguido por seus inimigos, mas põe sua confiança em Deus. Descreve antecipadamente a vida e a paixão do Senhor Jesus.

Na segunda leitura (Filipenses 2,6-11), Paulo convida os cristãos de Filipos a terem em si “os mesmos sentimentos que foram em Cristo Jesus”. Ele soube viver a obediência ao Pai, e o serviço aos irmãos, até ao dom supremo da vida. Por isso o Pai o proclamou Senhor.

Hoje, lemos por inteiro o relato da Paixão do Senhor, narrado por Lucas 22-14-23,56. Lucas, evangelista da misericórdia de Deus, evidencia como o amor do Senhor, a sua divina capacidade de perdão, tiveram plena manifestação no momento crucial da Paixão. Jesus repõe a orelha do servo do sumo sacerdote ferido pela espada; dirige a Pedro depois da traição um olhar de perdão; demonstra compreensão também para o bom ladrão; os judeus que o escarneciam; o centurião que o põe na cruz. Naquele doloroso momento até Herodes e Pilatos tornaram-se amigos. Jesus não opõe violência à violência, mas escolhe a vida da mansidão e do perdão.

Podemos imaginar o relato da Paixão segundo Lucas como articulado em seis momentos: A hora da amizade: Jesus na última ceia, doa-se a seus amigos; revela com delicadeza a presença de um traidor; confirma Pedro no papel de chefe dos apóstolos. A hora da angústia: Jesus em oração no Horto das Oliveiras experimenta a amargura do abandono, enquanto os seus discípulos dormem. A hora da traição: Judas com um beijo entrega Jesus a seus inimigos. A hora do julgamento: Jesus inocente é processado e condenado pelos homens pecadores. A hora da morte: Jesus é crucificado com dois malfeitores, promete o paraíso ao bom ladrão, abandona-se com confiança ao Pai e morre. A hora do silêncio:Jesus é sepultado por seus amigos em um túmulo novo, à espera da ressurreição.

Escutaremos com atenção, gratidão e afeto, sabendo que o Senhor morreu por cada um de nós.

Uma vez conhecida esta imagem de um Deus que sofre, todas as demais não nos bastam. Se no jardim das oliveiras Jesus consumou a sua paixão moral, no Calvário consumou a sua paixão física. Ele está portanto vizinho também a quem sofre no corpo.  A paixão de Cristo, liturgicamente se renova nesta semana, nos ritos sobretudo da Missa que celebramos, mas de fato, materialmente se renova cada dia, em toda parte em que exista uma pessoa se debatendo-se nos tormentos da violência. Quem sofre pode estar seguro de ser compreendido por Jesus, também quando não tem nada a fazer  e grita a Deus, “Por que, por que, por que?”

O relato evangélico não termina aqui. O último momento é a hora da ressurreição. Nós a celebraremos com alegria no domingo próximo, festa da Páscoa.

(CNBB- Cardeal Geraldo Majella Agnelo – 30.03.2010)

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PARA REFLETIR….

História da Igreja e a ação de Deus

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CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) – Artigos dos Bispos

Dom Orani João Tempesta

A ação de Deus na História

Ultimamente o debate sobre os passos do Concílio Vaticano II nos fazem refletir sobre a importância desse acontecimento eclesial.  Como recordou muitas vezes o Papa Bento XVI, infelizmente tivemos muitas interpretações errôneas dos textos conciliares que levaram a Igreja a muitas dificuldades. De outro lado, também escutamos as dificuldades em colocar em prática não só a letra, mas também o espírito desse importante evento. Passados alguns decênios e devido a tantas discussões atuais, seria interessante que pudéssemos estar sempre voltados para a ação do Espírito Santo na sua Igreja e descobrir esses sinais.

Nos inícios do século XX, o interesse pela Igreja renascia nas almas com renovado vigor. O “Movimento litúrgico” esforçava-se por colocar ao alcance de todos o profundo significado da ação litúrgica da Igreja, e a memorável encíclica do Papa Pio XII, “Mystici Corporis”, recolhendo a contribuição de aprofundados estudos e avanços da teologia, ressaltou a dimensão teológica e mística, que, com a dimensão visível e institucional, identifica a Igreja em sua unidade profunda.

Talvez em nenhum outro século a Igreja tenha se voltado para si mesma e refletido sobre sua própria identidade e missão com tanta intensidade e profusão de estudos teológicos e documentos do magistério eclesiástico como no século XX. Mas o que marcou o século XX para a Igreja foi, de fato, o Concílio Vaticano II. A Igreja foi aí o grande tema: a Igreja em si mesma e em sua relação com o mundo; a Igreja em sua unidade fundamental e diversidade de expressões; a Igreja como depositária do Evangelho do Deus vivo revelado em Jesus.

Um dos grandes documentos do Concílio é a Constituição Dogmática “Lumen gentium”. Temos aí uma fonte da qual somos chamados a beber continuamente. A constituição oferece, em linguagem acessível, o que a Igreja pensa sobre si mesma. Toda a riqueza teológica sobre a Igreja, presente nas Escrituras, ressaltada pelos Santos Padres, vivida pelos santos, estudada e sistematizada pelo labor dos teólogos ao longo dos séculos, isto é, toda a tradição de fé a respeito da Igreja encontra na “Lumen gentium” uma vigorosa síntese. Logo no início do documento, a Igreja é apontada como sendo, em Cristo, “como que o sacramento, ou o sinal e instrumento, da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (n.1). Essas breves palavras revelam já o teor e a profundidade das reflexões contidas ao longo de todo o texto.

Quem deseja unir-se intimamente a Cristo, Deus feito homem, não pode ignorar a Igreja que Ele quis. Cristo e a Igreja são, na verdade, inseparáveis. Aqueles que querem Cristo não podem rejeitar a Igreja. O Plano de Salvação de Deus é sacramental, isto é, Deus houve por bem dispensar-nos a salvação valendo-se de sinais sensíveis, de modo que o invisível viesse a nós por meio das coisas visíveis. A humanidade de Cristo é o primeiro grande sinal visível da salvação de Deus. Cristo é o grande e primordial sacramento de Deus no meio de nós. A visibilidade da salvação continua na Igreja, que, com seus sacramentos, a Palavra que anuncia, o serviço da caridade e a sua organização visível, é o grande sinal de Cristo ao longo da história.

(…)Somos convidados a conhecer melhor a Igreja. Sim; ela é a Esposa de Cristo. Nós, batizados, como Povo de Deus a caminho, somos seus membros vivos, em comunhão com os que nos precederam na mesma fé e que hoje estão na glória do céu ou se purificam no purgatório para a visão de Deus. (…)Não podemos ficar indiferentes à Igreja que Ele amou e conquistou com o Seu sangue. A Igreja é a família de Deus, é a mãe que nos gera para a fé em Cristo. Ela nos ensina a amá-Lo, servi-Lo, celebrá-Lo e esperá-Lo vigilantes. Bento XVI, na abertura da Conferência de Aparecida, disse: “A Igreja tem a grande tarefa de conservar e alimentar a fé do Povo de Deus, e recordar também aos fiéis deste Continente que, em virtude do seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo”.

Que o século XXI possa continuar a empreitada do século XX, fazendo de nosso tempo uma ocasião propícia para um continuado aprofundamento da nossa identidade de cristãos e católicos, membros vivos da Igreja de Cristo. Que a Constituição “Lumen gentium” do Vaticano II nos sirva de farol e guia, já que o revigoramento do verdadeiro sentido de Igreja em nossos corações significa o revigoramento de Cristo em nossas vidas.

(CNBB – Dom Orani João Tempesta – 18.12.2009)

Domingo de Ramos: “”Como nos amastes, ó Pai Bondoso!… Entregaste teu Filho Único à morte por nós, ímpios pecadores! Como nos amastes! Foi por nosso Amor que Ele, não tendo como usurpação o ser igual a Vós, se fez por nós obediente até a morte e morte de cruz, Ele, o Único que, entre os mortos, estava isento da morte, o Único que tinha Poder de entregar a Vida e de retomá-la!(…) – Santo Agostinho – (OCDS-28.03.2010)

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DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR – 28/03/10 (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares(OCDS)

LITURGIA DIÁRIA
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A Semana Santa que inclui o Tríduo Pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém.

EVANGELHO (São Lucas 19, 28-40)

Naquele tempo, 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monteperto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. 32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” 40Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

MEDITANDO O EVANGELHO DO DIA

“Como nos amastes, ó Pai Bondoso!… Entregaste teu Filho Único à morte por nós, ímpios pecadores! Como nos amastes! Foi por nosso Amor que Ele, não tendo como usurpação o ser igual a Vós, se fez por nós obediente até a morte e morte de cruz, Ele, o Único que, entre os mortos, estava isento da morte, o Único que tinha Poder de entregar a Vida e de retomá-la! Foi, diante de Vós, o nosso Sacerdote e sacrifício: e foi Sarcedote por que foi sacrifício. De escravos fez-nos vossos filhos; e serviu-nos, apesar de ter nascido de Vós. Com razão Nele coloco toda a minha firme confiança, esperando que curais todas as minhas enfermidades por intermédio Daquele que, sentando à Vossa Direita, intercede por nós. Sem Ele eu desesperaria! Ah! São muitas e grandes as minhas fraquezas, mas maior é o Poder da Vossa Medicina.” (Santo Agostinho)


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Vamos refletir um pouco mais sobre a Paixão de Jesus? (LBN)

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FLOS CARMELI – FLOR DO CARMELO

Meditação – Ano Litúrgico 2009

Reflexão – Por que a Cruz?

Ensina-nos quem somos

Recorda-nos o Amor Divino

O sinal do cristão

Contemplar a cruz com fé nos salva

Força de Deus

Síntese do Evangelho

(Fonte: ACIDigital)

Este post foi publicado em Flos Carmeli.

Cardeal Vincent Nichols, de Westminster, disse que o papa introduziu grandes mudanças no direito da Igreja em sua época de cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; entre elas a inclusão do Direito Canônico do delito contra as crianças cometido através da internet – Juan Lara, da Agência EFE), sobre declarações do cardeal de Westminster ao “L’Osservatore Romano”.

O blog “Castelo Interior” não tem qualquer fim comercial, direto ou indireto.
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Confiram também esta impressionate notícia…

* Revistas alemãs oferecem até 1 milhão de euros para quem caluniar o Santo Padre.

(Fonte: Blog Shalom – Comunidade Shalom – março de 2010)

E, dentro do mesmo site, a publicação original no site católico alemão Kreuz.Net

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Fonte: Yahoo Brasil – Notícias

Vaticano diz que “ninguém fez tanto” contra a pedofilia quanto Bento XVI

Sáb, 27 Mar, 02h58

Juan Lara

Cidade do Vaticano, 27 mar (EFE).- “Ninguém fez tanto” como Bento XVI na luta contra os abusos sexuais contra menores por parte de sacerdotes, afirmou hoje o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, que publicou as declarações do cardeal de Westminster, Vincent Nichols, em defesa do Pontífice.

O religioso disse que o papa introduziu grandes mudanças no direito da Igreja em sua época de cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, entre elas a inclusão do Direito Canônico do delito contra as crianças cometido através da internet.

Outras medidas foram a extensão dos delitos de abusos de crianças até os 18 anos, a renúncia caso por caso da prescrição e a elaboração de um sistema para a redução rápida do estado clerical dos sacerdotes acusados.

“O papa não é um observador ocioso, suas ações falam tanto como suas palavras”, afirmou Nichols em sua defesa de Bento XVI.

Segundo o jornal, o Cardeal afirmou que desde 2001 na Inglaterra e Gales a política seguida pelos bispos é a de informar a Polícia e os serviços sociais de todas as acusações de abusos de crianças, independente do tempo transcorrido.

Ele completou que os abusos sexuais contra menores são inaceitáveis e que a Igreja Católica cometeu “erros graves”.

Hoje o cardeal vigário para o estado da Cidade do Vaticano, Angelo Comastri, pediu que os fiéis dediquem todas as suas preces e o rosário a Bento XVI “neste momento difícil”, em referência as acusações feitas por vários meios de comunicação de que o papa supostamente ocultou casos de pedofilia.

O novo porta-voz do vaticano, Federico Lombardi, também saiu hoje em defesa de Bento XVI e afirmou que os “ataques midiáticos” aos padres pedófilos causaram um grande dano à Igreja, e que a autoridade do papa e o compromisso da Santa Sé para lutar contra esses abusos “saem fortalecidos”.

O porta-voz afirmou que a atenção que a imprensa internacional deu aos casos dos padres pedófilos denunciados na Europa nos últimos dias “não é uma surpresa”. Há pouco tempo o papa publicou uma carta para os católicos da Irlanda, outro país onde se registraram centenas de abusos sexuais contra menores.

Lombardi reconheceu que embora esses casos tenham acontecido há dezenas de anos atrás, “reconhecê-los é o preço para restabelecer a Justiça e purificar a memória. Permite olhar com um compromisso renovado, com humildade e confiança, para o futuro”.

Segundo o porta-voz, as respostas que estão chegando das diferentes conferências episcopais, entre elas a dos Estados Unidos, sobre medidas para uma gestão correta e a prevenção dos abusos são uma “boa notícia”.

Nos últimos dias o papa se viu cercado pelo assunto depois que o jornal “New York Times” afirmou que quando era o encarregado da Congregação para a Doutrina da Fé ele encobriu o sacerdote americano Lawrence C. Murphy, acusado de abusar sexualmente de mais de 200 menores entre 1950 e 1970 em uma escola para crianças surdas do estado de Wisconsin.

O “New York Times” também afirmou ontem que na década de 1980, quando Ratzinger era arcebispo de Munique, ele autorizou que um sacerdote com antecedentes de pedofilia e que tinha sido expulso por isso do bispado da cidade alemã de Essen, trabalhasse na capital bávara.

Lombardi e os meios de comunicação da Santa Sé desmentiram categoricamente essas informações e denunciaram uma “campanha ignóbil” para golpear o papa Ratzinger “custe o que custar”.(Agência EFE)

Boatos contra o Papa fazem parte da agenda de lobbies laicistas e anticatólicos, devido à eficaz ação de defesa da vida e da família pela Igreja, afirma vaticanista a respeito de publicação no New York Times,no dia 25 de março de 2010.

Oração a São Miguel Arcanjo

Época: Séc. XIX

São Miguel Arcanjo,
protegei-nos no combate,
defendei-nos com o vosso escudo
contra as armadilhas
e ciladas do demónio.
Deus o submeta,
instantemente o pedimos;
e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder,
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que andam pelo mundo
procurando perder as almas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ámen.

[Nota: O Papa Leão XIII, durante a celebração de uma missa particular, teve uma visão segundo a qual soube que o Demónio pediu permissão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus concedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século (este século). Assim que o Demónio se afastou, Deus chamou Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo e lhes disse:
“Dou-vos, agora, a incumbência de contrabalançar a obra nefasta do Demónio.”

O Papa a seguir compôs a oração a São Miguel Arcanjo, ordenando depois que fosse rezada de joelhos, no fim de cada Santa Missa.

Fonte: http://www.paroquias.org/oracoes/?o=230

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A esta informação agrego outra: o Papa Leão XIII, na Missa referida acima, teria ficado pálido por ouvir a conversação entre Deus e o demônio, e além disso, após a bênção final, ter acompanhado a aparição do Maligno (a quem Jesus se refere). Nesta visão, Satã caminhava entre as pilastras, ao fundo da catedral. Logo a seguir, o Papa, como um ser humano normal, adentra a Sacristia, de acordo com relatos, apavorado. Ajoelha-se imediatamente no genuflexório, e pede ao padre que o auxiliava que registrasse no papel suas palavras. O escrito resultou na oração que conhecemos como “Oração a São Miguel Arcanjo”, publicada mais acima, neste post.

Nosso século é materialista, lógico, mas a Igreja Católica afirma que este evento é extraordinário (e outros), e por tal razão os denomina como “visão mística”. Na História da Igreja Católica há milhares deles, e foram reconhecidos como tal porque em nada contradizem os cânones (as Escrituras Sagradas, a Tradição Apostólica, o Direito Canônico).

Parece que chegou o momento de atentarmos para o combate espiritual severo que este pontífice, o Papa Bento XVI está travando, praticamente sem trégua. Façamos o que ele nos pediu logo que assumiu seu Pontificado: “Rezem por mim”. Afinal, somos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja Católica.

Que Deus  dê ao Papa Bento XVI fortaleza na sua difícil tarefa e, quanto a nós,  que o Espírito Santo nos alerte e ilumine para que não deixemos de lado a parte que nos cabe neste combate. Ainda que  esta batalha seja visível, lembremos das exortações de São Paulo para o fato de que não lutamos contra a a”carne” e sim contra “potestades”.  No entanto,  nada devemos temer, já que a vitória já foi conquistada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém.

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Fonte: Zenit.org (Roma)

Lobby laicista contra Papa: grande boato do “New York Times”

Por Massimo Introvigne

ROMA, quinta-feira, 25 de março de 2010 (ZENIT.org).- Se existe um jornal que me vem à mente quando se fala de lobbies laicistas e anticatólicos, este é o New York Times. No dia 25 de março de 2010, o jornal de Nova York confirmou esta vocação sua com um incrível boato relativo a Bento XVI e ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.

Segundo o jornal, em 1996, os cardeais Ratzinger e Bertone teriam ocultado o caso – indicado à Congregação para a Doutrina da Fé pela arquidiocese de Milwaukee – relativo a um padre pedófilo, Lawrence Murphy. Incrivelmente – após anos de esclarecimentos e depois que o documento foi publicado e comentado amplamente em meio mundo, desvelando as falsificações e erros de tradução dos lobbies laicistas –, o New York Times ainda acusa a instrução Crimen sollicitationis, de 1962 (na verdade, 2ª edição de um texto de 1922) de ter agido para impedir que o caso Murphy fosse levado à atenção das autoridades civis.

Os fatos são um pouco diferentes. Por volta de 1975, Murphy foi acusado de abusos particularmente graves e desagradáveis em um colégio para menores surdos. O caso foi imediatamente denunciado às autoridades civis, que não encontraram provas suficientes para proceder contra Murphy. A Igreja, nesta questão mais severa que o Estado, continuou com persistência indagando sobre Murphy e, dado que suspeitava que ele fosse culpado, limitou de diversas formas seu exercício do ministério, apesar de que a denúncia contra ele tinha sido arquivada pela magistratura correspondente.

Vinte anos depois dos fatos, em 1995 – em um clima de fortes polêmicas sobre os casos dos “padres pedófilos” –, a arquidiocese de Milwaukee considerou oportuno indicar o caso à Congregação para a Doutrina da Fé. A indicação era relativa a violações da disciplina da confissão, matéria de competência da Congregação, e não tinha nada a ver com a investigação civil, que havia sido levada a cabo e que havia sido concluída 20 anos antes. Também é preciso observar que, nos 20 anos precedentes a 1995, não houve nenhum fato novo nem novas acusações feitas a Murphy. Os fatos sobre os quais se discutia eram ainda aqueles de 1975.

A arquidiocese indicou também a Roma que Murphy estava moribundo. A Congregação para a Doutrina da Fé certamente não publicou documentos e declarações 20 anos depois dos fatos, mas recomendou que se continuasse limitando as atividades pastorais de Murphy e que lhe fosse pedido que admitisse publicamente sua responsabilidade. Quatro meses depois da intervenção romana, Murphy faleceu.

Este novo exemplo de jornalismo lixo confirma como funcionam os “pânicos morais”. Para desonrar a pessoa do Santo Padre, desenterra-se um episódio de 35 anos atrás, conhecido e discutido pela imprensa local já na década de 70, cuja gestão – enquanto era da sua competência e 25 anos depois dos fatos – por parte da Congregação para a Doutrina da Fé foi canônica e impecável, e muito mais severa que a das autoridades estatais americanas.

De quantas destas ‘descobertas’ ainda temos necessidade para perceber que o ataque contra o Papa não tem nada a ver com a defesa das vítimas dos casos de pedofilia – certamente graves, inaceitáveis e criminais, como Bento XVI recordou com tanta severidade –, mas que tenta desacreditar um pontífice e uma Igreja que incomodam os lobbies pela sua eficaz ação de defesa da vida e da família? (ZENIT-25.03.2010))

“Na humildade e no recolhimento de um lar de Nazaré se passou o mais transcendente acontecimento da História.” – A. de França Andrade – Hagiografia

Fonte/imagem: Câmara Municipal de Lamego (séc. XVI) – Portugal

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Quinta-feira (Santa), 25 de março de 2010

Anunciação do Anjo e Encarnação do Verbo

Na humildade e no recolhimento de um lar de Nazaré se passou o mais transcendente acontecimento da História.

Quando a Santíssima Virgem respondeu ao Arcanjo São Gabriel “Faça-se em mim segundo a tua palavra” (São Lucas, 1,38), o próprio Verbo de Deus, a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, “se fez carne e habitou entre nós” (São João, 1,14).

Tinha assim início o processo de Redenção do gênero humano, o qual culminaria no Calvário, com a Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Fonte: “Cada dia tem seu Santo”, de A. de França Andrade – Artpress.

Meditação para a Quaresma – “A Sagrada Face do Senhor” – (Flos Carmeli)

No site Flos Carmeli há um interessante resgate histórico sobre a Ordem Terceira e a Ordem do Carmo, que publico aqui, na íntegra, logo abaixo.

Dentro do espírito da Quaresma, também este site carmelita nos apresenta a especial devoção de Santa Teresinha do Menino Jesus à “Sagrada Face”. Esta, ao entrar no Carmelo Descalço passa a assinar seus escritos como  “Ir. Teresa do Menino Jesus da Sagrada Face”. Hà uma boa razão para esta decisão. Sua piedade é profundamente espiritual em relação à imagem de Jesus que se mostra com os olhos semi-cerrados, e com uma coroa de espinhos cravada em sua cabeça, enfim, a própria face do sofrimento. Ela vê nesta imagem o uma analogia com o sofrimento humano, tanto na enfermidade quanto nas provações. Contemplava a “Sagrada Face”, que reproduziu a partir de um quadro,e colocou no cortinado de seu quarto, na condição de enferma.

Pessoalmente, vejo na imagem que Santa Verônica obteve ao colocar um lenço na face de Jesus, rumo ao Calvário, toda a decepção, toda tristeza que Ele sentiu pela carga pesadíssima de pecados da Humanidade, do passado, de seu tempo e dos tempos terríveis que viriam no futuro. Por certo, sabia da tendência futura quanto ao apego ao que é passageiro no mundo. Afinal, Ele mesmo afirmava que era o “Alfa e o Ômega”. Resta-nos refletir:  o que somos nós neste mundo de aparências? O materialismo está nos tornando mais e mais miseráveis…

Senhor, tende piedade de nós! Amém.

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Leia mais sobre a “Sagrada Face” em  Meditação para Quaresma V – A Sagrada Face do Senhorhttp://flordocarmelo.blogspot.com/2010/03/meditacao-para-quaresma-v-sagrada-face.html

Fonte: Flos Carmeli (Flor do Carmelo)

Quem são os carmelitas

A Venerável Ordem Terceira do Carmo (ou chamada Ordem dos Terceiros Carmelitas) é um ramo da Ordem do Carmo composto pelo grupo de membros leigos dos Carmelitas da Antiga Observância, os quais encontram-se sempre unidos em comunhão espiritual e fraterna com os frades contemplativos e com as freiras de clausura da sua ordem religiosa.

A Ordem Terceira do Carmo usufrui do carisma carmelita primitivo da Antiga Observância, ainda que partilhe a riqueza espiritual do ramo reformado por Santa Teresa de Ávila e São João da Cruz.

A instituição da Ordem Terceira do Carmo, depois também chamada de Venerável (devido ao fato de se tratar da maior ordem religiosa mariana), remonta ao tempo de São Simão Stock que, além de ter sido um importante instrumento na expansão da Ordem do Carmo, foi quem recebeu das mãos de Nossa Senhora o Escapulário, sob a promessa das graças que concedidas aos seus confrades que o usassem com devoção.

Nossa Senhora anunciou-lhe: “Meu filho muito amado: eis o escapulário que será o distintivo da minha Ordem. Aceita-o como um penhor de privilégio, que alcancei para ti e para todos os membros da Ordem do Carmo. Aquele que morrer vestido deste escapulário, estará livre do fogo do inferno“. A partir daí, São Simão Sotck passou a difundir, com toda a sua dedicação, esta piedosa devoção mariana pelo mundo inteiro, tendo inclusive sido ele que extendeu a devoção do do Escapulário aos leigos, e obtido, por parte da Rainha Celestial, especial proteção na fundação da confraria de Nossa Senhora do Carmo (no ano de 1251), acolhendo também os devotos leigos que passaram a participar dos grandes privilégios inerentes ao Escapulário.

O Beato João Soreth foi quem instituiu os conventos femininos das Irmãs Carmelitas de clausura e da própria Ordem Terceira do Carmo . Na realidade, tal deve-se ao fato de que, em meados do século XV, apesar dessas comunidades religiosas já existirem, estas viviam sem Regra definida e foi ele quem deu-lhes a devida forma canónica. Foi o Beato João Soreth quem, na primeira pessoa, empreendeu todos os esforços necessários e obteve do Papa a aprovação dos estatutos legais e o reconhecimento da Ordem das Irmãs Carmelitas de clausura e da Ordem Terceira do Carmo (sendo esta última composta maioritariamente por homens e mulheres leigos, mas que estão ligados espiritualmente, e de modo bastante particular, aos restantes membros da Ordem do Carmo).

Breve Histórico da Ordem do Carmo
Quanto à origem da ordem carmelitana, remonta tempos muito antigos. O culto especial e a devoção à Santa Mãe de Deus, remonta a origem da congregação carmelitana aos tempos do profeta Elias. Na Ordem Carmelitana, é guardada a tradição, na qual o profeta Elias, ao ver aquela nuvenzinha que se levantava no mar e a pegada d’homem, teria nela reconhecido a figura da futura Mãe do Salvador.

Segundo uma tradição, aprovada pela liturgia da Igreja (dia de Pentecostes), um grupo de homens devotos aos profetas Eliseu e Elias, foram preparados por São João Batista para o advento do Salvador, ocasião em que abraçaram o cristianismo e construíram junto ao Monte Carmelo, um santuário à SS. Virgem, no mesmo lugar onde Elias vira aparecer aquela nuvenzinha, anunciadora da fecundidade da Mãe de Deus.

Historicamente documentado, temos que no século XII, o calabrês Bertoldo estabeleceu-se no Monte Carmelo com mais alguns companheiros, não sabendo-se se lá encontraram-se com a Congregação dos Servos de Maria ou se fundaram uma com este nome. Em 1209, Santo Alberto, Patriarca de Jerusalém escreveu as regras da Ordem, e por isto é considerado o primeiro legislador da Ordem Carmelita. Alguns anos depois, São Simão Stok, um eremita que vivia em solidão, e que tinha por morada um tronco oco de madeira, dirigiu-se ao Monte Carmelo, onde encontrou-se com os Servos de Maria e decidiu agregar-se à Congregação. Foi ele quem levou a regra escrita por Santo Alberto ao conhecimento do Papa Honório III, que aprovou e reconheceu a Ordem Carmelita. Fundou a Irmandade do Escapulário a pedido de Nossa Senhora do Carmo.

A instituição oficial das Irmãs Carmelitas e da ordem Terceira do Carmo deve-se ao Beato João Soreth. Apesar de já estarem presentes, em meados do século XV, deu forma canônica e empreendeu todos os esforços junto à Santa Sé para obter do Papa o reconhecimento e aprovação dos Institutos legais.

No século XVI, durante o pontificado de Gregório XIII, Santa Tereza Dávila reformou a Ordem Carmelita, tendo pessoalmente escrito a regra para o segmento feminino. Pediu auxílio de São João da Cruz que, ficou incumbido de escrever as regras do segmento masculino. Desde então, existem dois segmentos: Os da Antiga Observância, e os Descalços (ou Reformados).

Post publicado em Flos Carmeli.