“Mãe de Deus: Invocação fundamental da Virgem, Mãe do Redentor…o Papa Bento XVI ilustrou o profundo significado desta invocação.”(Mês de Maio – dedicado à Virgem Maria – “Canto da Paz” – Clarissas e Franciscanos)

Olá, estimados e estimadas visitantes! Amigas, amigos em Cristo Jesus…
Como havia avisado anteriormente, me vejo obrigada a fazer postagens sem regularidade  mínima. Ou seja, sem nenhum compromisso com o “tempo real”, que a bem da verdade, não me incomoda. Mas algo diário ou um pouco mais espaçado é o ideal, não? volto ao tema “tempo real”. Como jornalista , penso que esta é uma realidade questionável na net, já que a maior parte das informações que nela circulam, exige aprofundamento… O que temos é uma avalanche de informações, quase sempre inconclusivas. Tempos modernos… Em todo caso, lembro a todos que estou trabalhando em uma revisão de pós-graduação. Entre a introdução, os cinco capítulos e a conclusão, estou quase na metade do quarto. O tema é complexo e exige absoluta concentração. Enquanto isto vai acontecendo, outros compromissos me chamam… Exigências do “caos moderno”…
Logo retomarei, com a Graça de Deus, o ritmo que dava ao blogue “Castelo Interior”. Conto com as orações de todos, certo?
Passou batido o dia da Ascensão do Senhor – o que lamento muito. No “Arquivo” do blogue, em ano anterior fiz uma postagem. Me sinto estranha neste afastamento obrigatório do blogue, ainda que positivo. No entanto, sinto-me “conectada” a Ele, principalmente durante estes últimos 20 dias, ou seja, Jesus Cristo não veio para os sãos (penso que se referia aos santos e santas, já ao seu tempo!). Veio para os pecadores, que aliás, somos todos nós – que pertencemos à Humanidade – e além disso, também para quem se sente atribulado, cansado, esgotado, injustiçado por colocar o amor acima do dinheiro, e pelos que morrem perseguidos na luta por amor e justiça.Então, resta-nos a consolação do dito bíblico conhecidíssimo: “Tudo posso n’Aquele que me fortalece”.
Também ficaram para trás outros assuntos importantes, como, por exemplo, àqueles ligados ao dia-a-dia da Igreja, em Roma. De lá, é bom lembrarmos, partem as decisões que mantém a Igreja Católica Una, Santa e Apostólica.Jesus disse que venceu o mundo, e que, por esta razão, a Sua Igreja não será vencida! Cristo é a cabeça e nós somos os membros deste “Corpo Santo” que é a Igreja – o Papa Bento XVI – Joseph Ratzinger, o Vaticano, os homens e mulheres consagrados espalhados pelo mundo, e nós, leigos cristãos católicos e de outras denominações, seguidores de Seus ensinamentos – pelo menos em nossa “férrea” determinação…
Afinal, viver é lutar, não? Às vezes, confesso – passa uma nuvem que me faz pensar se sou forte o suficiente… Aí, lembro dos cristãos que me antecederam, em tempos, que, historicamente, foram de “corta-cabeças”, e faço com que saiam da minha mente, de meu coração, ainda que com esforço, idéias derrotistas. Na verdade, acredito que quem “manda” todos os sentimentos pouco animadores, ainda que na forma de uma nuvem escura “mental” é a Fé! A oração é a arma neste combate… Afinal, a promessa de Cristo Jesus é que teríamos o “Paráclito” – O Espírito Santo como Divino Auxiliador (Amém!). Assim, tem havido em minha vida, muita luta contra o stresse, o esgotamento – ultimamente, até mesmo com necessidade de medicação. É que os resultados da vida concreta têm sido “desafiadoramente” modestos… Tudo bem. Lutamos por “ser”, como um ideal de vida, e não, pelo ter, acima de tudo… Acho que todos entendem a que me refiro. Infelizmente,esta é a mola mestra do mundo que vivemos, principalmente depois dos anos 80, com ênfase a parir dos 90.
No entanto, no meio da Babel do mundo de hoje, vivi, vivemos um acontecimento confortador e estimulante: a visita de minha irmã caçula e de meu sobrinho, que vieram do exterior. Mas, a saudade reiniciou quando minha irmã partiu… Queremos sempre proteger quem amamos, estar ali, na hora em que a dor ou o contentamento surgem, não? Fazer o quê? É a vida… Nosso sobrinho  ficou no Brasil. Foi difícil para ela. Mas estamos contentes por poder “olhar por ele”, fazer o máximo para que se sinta amado e orientado. Contará com seus avós maternos, eu e meu marido, meu irmão, minha cunhada e seus dois primos e uma prima. Está de bom tamanho. Contamos a proteção da Sagrada Família – Santa Maria, São José e Jesus, seu Filho adotivo. Amém. Que todos os meus familiares, inclusive, os que estão do outro lado do oceano, sejam protegidos, confortados, em especial,  um de meus cunhados, que está hospitalizado. Amém.
Mudando um pouco de assunto, de memória, lembro que foi comentado por um Santo (desculpem-me, mas não tenho certeza – talvez  seja o Cura D’Ars – São João Maria Vianney – patrono do Ano Sacerdotal)): “Até o túmulo o homem será perseguido por tentações.”. Penso que pode ter sido dito por São Francisco de Assis, que teve uma trajetória de vida de crescente sofrimento físico, moral e espiritual. “Tentações” é um termo bem amplo no mundo da espiritualidade cristã. Se assim não fosse, São Francisco de Assis não teria nos deixado o seguinte pensamento: “Quanto mais tentado fores, saiba que és mais amado. Ninguém deve ser reputado servo de Deus até que passe pelas tentações e aridez.” (S.Francisco de Assis)
Até breve. Que Deus nos ilumine e fortaleça. Amém.
(L.B.N.)
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Fonte: CANTO DA PAZ

MÊS DE MAIO

Mãe de Deus – Invocação fundamental da Virgem, Mãe do Redentor

…o Papa Bento XVI ilustrou o profundo significado desta invocação.

Maria Mae de Deus_ canto da paz_clarissas

“Este título, que já no século III lhe era atribuído pela devoção popular, foi oficialmente confirmado em 431 pelo Concílio de Éfeso, desejando sublinhar fortemente a unidade das duas naturezas, divina e humana, na pessoa de Cristo.”

Foi a partir daí – recordou o Papa – que se desenvolveu amplamente a devoção mariana, com numerosas igrejas dedicadas à Mãe de Deus, entre as quais, aqui em Roma, a basílica de Santa Maria Maior. O título de “Mãe de Deus”, tão ligado às festas natalícias, é a invocação fundamental com que os fiéis honram a Virgem, e faz ver o nascimento de Jesus e a maternidade divina de Maria como dois aspectos do mesmo mistério da Incarnação do Verbo.

“Todos os títulos atribuídos à Virgem, assim como os privilégios da Imaculada Conceição e da Assunção, têm como fundamento a sua vocação a ser a Mãe do Redentor. Como tal, Maria é também a Mãe do Corpo de Cristo, que é a Igreja.”

Foi por isso que, durante o Concílio Vaticano II, a 21 de Novembro de 1964, Paulo VI conferiu solenemente a Maria o título de “Mãe da Igreja”, que faz com que ela seja também nossa Mãe – acrescentou ainda Bento XVI.

“Somos, portanto, convidados a considerar atentamente a importância da presença da Virgem Maria na vida da Igreja e na nossa vida pessoal, para que ela guie os nossos passos ao longo do novo ano, em que o Senhor nos concede a graça de entrar”.

(Fonte: http://www.diocesedecampinagrande.org)

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Confira também:

Ave Maria – em latim
Padre Amaro Saumell canta a Ave Maria em latim: http://www.cantodapaz.com.br/blog/2006/09/10/ave-maria/

“Da pureza e simplicidade do coração” – IMITAÇÃO DE CRISTO (Livro II, Cap. IV)

Alguns contratempos, graças a Deus, já devidamente resolvidos, além de meu envolvimento em uma revisão de texto longo e complexo (que está na metade), me impediram de movimentar o Blog “Castelo Interior”, dedicado a Santa Teresa de Avila (de Jesus), santa fundadora do Carmelo Descalço (viveu no século XVI).

Saúdo a todos,  tal como Jesus Cristo nos ensinou: “Que a Paz reine nesta casa”. Amém.

Por gentileza, aproveito para pedir a todos os visitantes que este meu voto repercuta em seus corações, e pensem também em mim e meu esposo. A Igreja nos ensina que devemos rezar uns pelos outros. A petição dos (as) amigos(as) é valiosa para os “ouvidos” de nosso Criador, que é Pai Misericordioso, e de Seu Filho, Jesus, Nosso Senhor e Salvador. Nossa casa deve ser um reduto de amor, um refúgio nestes tempos tão contraditórios e difíceis. A propósito, penso na Sagrada Família: Jesus, Nossa Senhora – a Virgem Maria e São José. Como é importante (e Santa Teresa frisa este aspecto) contar com a proteção de nossa Mãe Santíssima e o pai adotivo, amadíssimo por Jesus  – São José! Nossas famílias e as do mundo inteiro estão enfrentando crises terríveis:  materialismo (gerado pela descrença), relativismo moral, drogas, alcoolismo (talvez nestes dois casos, a situação seja tão crítica, devido ao desemprego vivido pelos jovens, ou, em boa parte dos casos, ausência total de educação religiosa, etc.), descaso público com a pobreza e a miséria de dois terços da humanidade, desamor… Em nossas orações lembremos dos que sofrem, perto ou longe de nossos olhos.

Voltarei a postar (por enquanto com menor frequência). Então, Paz e Bem a todos, e, tal como Santa Teresa escreveu em seus poemas, lembremos, todos os dias, se possível a cada hora: “Só Deus basta!”.

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IMITAÇÃO DE CRISTO*

Capítulo IV

Da pureza e simplicidade do coração

1. Tem o homem duas asas com que se levanta acima das coisas terrenas, que são simplicidade e pureza.

A simplicidade há de estar na intenção, e a pureza no afeto.

A simplicidade busca a Deus; a pureza o abraça e nele se compraz.

Nenhuma boa obra te impedirá de voar, se interiormente estiveres livre de todo o afeto desordenado.

Se não quiseres senão o que Deus quer e o que é útil ao próximo, gozarás da liberdade interior.

Sendo o teu coração reto, tens em qualquer criatura um espelho de vida e um livro de santa doutrina.

Não há criatura tão pequena e tão vil que não represente a bondade de Deus.

2. Se fosses bom e puro no interior, logo verias e entenderias bem todas as coisas sem impedimento.

O coração limpo penetra o céu e o inferno.

Cada um julga as coisas exteriores, segundo suas disposições interiores.

Se há alegria no mundo, sem dúvida que a possui o homem de coração puro.

E se em algum lugar há tribulação e angústia, a má consciência é que melhor conhece.

Assim como o ferro metido no fogo perde a ferrugem e fica todo em brasa, assim o homem que inteiramente se converte

a Deus, se desentorpece e se muda em novo homem.

3. Quando o homem começa a afrouxar, teme ainda o menor trabalho, e recebe com gosto a consolação interior.

Porém, quando começa perfeitamente a vencer-se e a andar com valor no caminho de Deus, logo tem por ligeiras as coisas que antes lhe pareciam pesadas.

REFLEXÕES

(“Imitação de Cristo” – Livro II – pg. 143)

Quando Jesus Cristo quis propor um modelo a seus discípulos, escolheu-o por ventura entre os homens sábios e poderosos? Não: “chamou um menino, pô-lo no meio deles e disse-lhes: em verdade vos digo, se não vos converterdes e vós não fizerdes como meninos, não entrarei no reino dos Céus” (MT 18, 2-3).

Ora, que vês num menino? A simplicidade, a pureza. Ele crê, ama e age, sem pensar em si mesmo, pelo primeiro movimento do coração; e eis que agrada a Deus. ele não pede nem longas orações, nem eloquentes discursos, nem meditações profundas, mas uma vontade reta, uma intenção pura, um amor inocente. Não ter outros desejos senão os seus, esquecer-te inteiramente de si mesmo, submeter-se aos decretos de sua adorável Providência, sem buscar investigá-los – que pode haver mais puro que esta resignação, que esta singela obediência?Por isso, será grande a recompensa dos que assim praticarem: ” Bem-aventurados, diz o Salvador, os que têm o coração puro, porque eles verão a Deus” (MT 5,8).

Dai-me, Deus meu, a simplicidade das almas puras, para que minha boca possa dignamente cantar os vossos louvores e anunciar a vossa grandeza. “Louva minha alma, o Senhor, e todas as minhas entranhas bendigam o seu nome santo. Louva, minha alma, o Senhor, e não te esqueças de nenhum de seus benefícios. Não, a nós, Senhor, não a nós, mas ao Vosso nome dai glória” (Sl 102, 1-2:; 112,9)

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* IMITAÇÃO DE CRISTO – Livro II – Capítulo IV, pg.141.

“A celebração da Páscoa é certeza para nós de que a vida vence a morte, a alegria vence a dor! Portanto, nunca se deixe abater, lembre que depois da Cruz vem a glória. E, como diz um canto que cantamos em nossas celebrações: [em Jesus temos a razão do sofrer que traz salvação]” – Carmelo Sagrado Coração de Jesus – Carmelo de Santo Ângelo (RS – Brasil – segunda-feira – 05 de abril de 2010)

PÁSCOA ETERNA

Jesus Cristo – a nossa Páscoa – ressuscitou! Ele veio, em nome do Amor, para nos mostrar o caminho da Eternidade!

N’ Ele nossas aflições têm descanso… Somos provados para poder acompanhá-lo, com nossos passos vacilantes, desde agora até a implantação definitiva do Reino de Deus, Seu Pai, nosso por adoção. Reino de Misericórdia! Amém!

(L.B.N.)

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Segunda-feira, 5 de abril de 2010

Feliz Páscoa!

(Santo Ângelo-RS-Brasil)

“Somente no silêncio a pessoa penetra nas profundezas de Deus, sua base original. Somente no silêncio ela capta grandes relações, sente a dor, a busca, os anseios e a alegria do outro. Se nos afastamos, é para enxergarmos mais longe. Para abranger na totalidade do amor de Deus, o mistério do mundo tão carente de amor e de paz. O mistério dos homens e mulheres, nossos irmãos e irmãs; especialmente dos excluídos.

Nas dificuldades da vida nunca deixe de olhar mais além!

No horizonte sempre brilha uma nova luz!”

Post publicado em “Carmelo de Santo Ângelo”.

“Atrai-nos, na exaltação da Santa Cruz, a descida de Deus, que dos céus desce à terra até na Cruz ser cravado. E daí Jesus não descerá, senão pelas nossas mãos. Qualquer homem, qualquer rei, podendo, desceria da Cruz, para aí não morrer. Ele não. Só Deus não desce do madeiro, só o nosso Deus, que entra na morte porque lá se encontra cada amado filho seu. Sobe a cruz para estar comigo e como eu.” (São João da Cruz – Exaltação da Santa Cruz (OCD)

Exaltação da Santa Cruz

São João da Cruz

“Para expressar a onipotência do Santíssimo Deus e sua personalidade única e indizível, os autores sacros dizem que Deus habita nos altos céus.

Oh percepção do espaço… que me permite conhecer as distâncias, das infinitas extensões aos ínfimos intervalos, dos prolongados caminhos aos curtos atalhos, da ausência de quem está longe, à intimidade de quem se faz próximo.
Oh espaço, categoria que descerra uma pequena fresta do insondável mundo de Deus e que me induz a balbuciá-lo algumas preces e a dizer com o salmo 143: “do alto estende a tua mão, salva-me das águas torrenciais”, ou com o salmo 9: “eu me alegro e exulto em ti, e toco ao teu nome, ó Altíssimo.”
Deus é altíssimo, habita nos céus – nos mais altos céus, melhor ainda, acima dos mais altos céus. Os céus são o nosso limite, ainda por descobrir e decifrar. Mas não há limites para a infinita glória de Deus. E’ o que reza o salmo 113: “Elevado sobre os povos todos è Iahweh, sua gloria está acima do céu”.

E, porque Deus habita nas alturas, è para o alto que os corações de homens piedosos se voltavam, que as mãos de Moisés se estendiam para implorar o favor divino sobre o povo de Deus na vitória sobre os Amalecitas, era para o alto que a fumaça dos incensos se dirigia, era para o alto que soou o primeiro grande clamor do sangue inocente de Abel, ou a malicia de Nínive, quando Deus disse: “quia ascendit malitia ejus coram me”, pois a sua maldade subiu e chegou aos meus ouvidos. Era nos altos lugares que se construíam os altares e templos, e era nos píncaros das montanhas que os homens de Deus subiam para comunicarem-se com Ele. De fato foi no monte Moriá que o nosso pai na fé, Abraão, sentiu o chamado de Deus (Gn 22,1-19) e para o alto do monte levou Isaque para ser sacrificado. Foi no alto do Horeb que Moisés falou com Deus face a face e onde Deus assinou a aliança com o seu povo. O monte Sião, em Jerusalém, elevado acima das montanhas, foi o símbolo do desejo de congregar todos os dispersos de Israel e todos os povos da terra, em Deus. Foi no alto que o Filho de Deus revelou sua glória, estabeleceu sua nova lei das bem-aventuranças e realizou a suprema obra da nossa redenção. O alto nos fascina. Dá-nos a sensação de sentirmo-nos perto de Deus, quando do alto vemos por primeiro o nascer do sol, e por [ultimo o entardecer do dia. O dia parece ser mais longo na montanha, acende em nós a nostalgia da eternidade.

O que nos atrai no calvário?

“Quando eu for elevado atrairei todos a mim”.

Atrai-nos, na exaltação da Santa Cruz, a descida de Deus, que dos céus desce à terra até na Cruz ser cravado. E daí Jesus não descerá, senão pelas nossas mãos. Qualquer homem, qualquer rei, podendo, desceria da Cruz, para aí não morrer. Ele não. Só Deus não desce do madeiro, só o nosso Deus, que entra na morte porque lá se encontra cada amado filho seu. Sobe a cruz para estar comigo e como eu. Estar na Cruz é o que Deus, no seu amor, deve ao homem que é crucificado. Porque o amor conhece muitos deveres, mas o primeiro dos deveres de quem ama é o de estar junto da pessoa amada. Qualquer outro gesto poderia nos dar uma falsa imagem de Deus. Somente a Cruz tira-nos toda dúvida, porque é a revelação suprema de Deus, de um Deus que desce. A Cruz é o abismo onde Deus torna-se o amante.

Subi, oh carmelitas, para o alto, onde habita a glória de Deus, pelo único atalho que não nos fará deter, nem demorar, o mesmo perseguido pelo Cristo, que no alto jaz, nu, só, sem apegos, sem bens, solus cum Deus solus, porque só Deus permanece, tudo o mais passa. Santo Padre João da Cruz recita, feliz e convicto, o caminho: nada… nada… nada… nada… nada… e ainda, no Monte, nada.”

Fonte: Ordem dos Carmelitas Descalços (OCD) – Boletim de notícias da Província São José – Sudeste do Brasil

 

Da Cruz Misericórdia e perdão – Cardeal Geraldo Majella Agnelo (CNBB) -Artigo sobre a Semana Santa – 30.03.2010

Fonte/imagem: PASTORAL VOCACIONAL CARMELITANA – Província São José

(clique na imagem)

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CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) – Artigos dos Bispos

Ter, 30 de Março de 2010

Cardeal Geraldo Majella Agnelo

Da Cruz Misericórdia e perdão

Hoje, entramos na Semana Santa. A comemoração do ingresso de Jesus em Jerusalém. Recordamos o mistério de Cristo Salvador que dá a vida por nós, e aprofundamos o sentido de nosso ser cristãos. A celebração de hoje é ao mesmo tempo Domingo de Ramos e Domingo da Paixão do Senhor. Por desejo do Papa é também Jornada mundial da Juventude.

Os ramos constituem o aspecto mais vistoso e sugestivo do acontecimento: palmas e ramos de oliveira recordam o ingresso triunfal de Jesus em Jerusalém. Os ramos eram sinal de alegria, porque o povo tinha em Jesus o seu rei e messias. Nós abençoaremos os ramos de oliveira e os levaremos para nossas casas como recordação de Cristo vencedor da morte.

A Jornada da Juventude. Foram os jovens sobretudo com seu entusiasmo a proclamar o triunfo de Jesus em seu ingresso em Jerusalém. É também o reconhecimento da Igreja ao papel dos jovens no anúncio do Evangelho. O apóstolo João na sua Segunda Carta dirige-se aos jovens com plena confiança: “Escrevi a vós, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus habita em vós, e vencestes o maligno”. Eles são capazes de entusiasmo, de disponibilidade com o seu tempo, o seu empenho, de criatividade: sabem ser originais e doar-se.

Na primeira leitura da missa, (Isaias 50,4-7), o profeta do tempo da deportação dos hebreus para a Babilônia, descreve um personagem obscuro, chamado “Servo Sofredor”, que é perseguido por seus inimigos, mas põe sua confiança em Deus. Descreve antecipadamente a vida e a paixão do Senhor Jesus.

Na segunda leitura (Filipenses 2,6-11), Paulo convida os cristãos de Filipos a terem em si “os mesmos sentimentos que foram em Cristo Jesus”. Ele soube viver a obediência ao Pai, e o serviço aos irmãos, até ao dom supremo da vida. Por isso o Pai o proclamou Senhor.

Hoje, lemos por inteiro o relato da Paixão do Senhor, narrado por Lucas 22-14-23,56. Lucas, evangelista da misericórdia de Deus, evidencia como o amor do Senhor, a sua divina capacidade de perdão, tiveram plena manifestação no momento crucial da Paixão. Jesus repõe a orelha do servo do sumo sacerdote ferido pela espada; dirige a Pedro depois da traição um olhar de perdão; demonstra compreensão também para o bom ladrão; os judeus que o escarneciam; o centurião que o põe na cruz. Naquele doloroso momento até Herodes e Pilatos tornaram-se amigos. Jesus não opõe violência à violência, mas escolhe a vida da mansidão e do perdão.

Podemos imaginar o relato da Paixão segundo Lucas como articulado em seis momentos: A hora da amizade: Jesus na última ceia, doa-se a seus amigos; revela com delicadeza a presença de um traidor; confirma Pedro no papel de chefe dos apóstolos. A hora da angústia: Jesus em oração no Horto das Oliveiras experimenta a amargura do abandono, enquanto os seus discípulos dormem. A hora da traição: Judas com um beijo entrega Jesus a seus inimigos. A hora do julgamento: Jesus inocente é processado e condenado pelos homens pecadores. A hora da morte: Jesus é crucificado com dois malfeitores, promete o paraíso ao bom ladrão, abandona-se com confiança ao Pai e morre. A hora do silêncio:Jesus é sepultado por seus amigos em um túmulo novo, à espera da ressurreição.

Escutaremos com atenção, gratidão e afeto, sabendo que o Senhor morreu por cada um de nós.

Uma vez conhecida esta imagem de um Deus que sofre, todas as demais não nos bastam. Se no jardim das oliveiras Jesus consumou a sua paixão moral, no Calvário consumou a sua paixão física. Ele está portanto vizinho também a quem sofre no corpo.  A paixão de Cristo, liturgicamente se renova nesta semana, nos ritos sobretudo da Missa que celebramos, mas de fato, materialmente se renova cada dia, em toda parte em que exista uma pessoa se debatendo-se nos tormentos da violência. Quem sofre pode estar seguro de ser compreendido por Jesus, também quando não tem nada a fazer  e grita a Deus, “Por que, por que, por que?”

O relato evangélico não termina aqui. O último momento é a hora da ressurreição. Nós a celebraremos com alegria no domingo próximo, festa da Páscoa.

(CNBB- Cardeal Geraldo Majella Agnelo – 30.03.2010)

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PARA REFLETIR….

História da Igreja e a ação de Deus

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CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) – Artigos dos Bispos

Dom Orani João Tempesta

A ação de Deus na História

Ultimamente o debate sobre os passos do Concílio Vaticano II nos fazem refletir sobre a importância desse acontecimento eclesial.  Como recordou muitas vezes o Papa Bento XVI, infelizmente tivemos muitas interpretações errôneas dos textos conciliares que levaram a Igreja a muitas dificuldades. De outro lado, também escutamos as dificuldades em colocar em prática não só a letra, mas também o espírito desse importante evento. Passados alguns decênios e devido a tantas discussões atuais, seria interessante que pudéssemos estar sempre voltados para a ação do Espírito Santo na sua Igreja e descobrir esses sinais.

Nos inícios do século XX, o interesse pela Igreja renascia nas almas com renovado vigor. O “Movimento litúrgico” esforçava-se por colocar ao alcance de todos o profundo significado da ação litúrgica da Igreja, e a memorável encíclica do Papa Pio XII, “Mystici Corporis”, recolhendo a contribuição de aprofundados estudos e avanços da teologia, ressaltou a dimensão teológica e mística, que, com a dimensão visível e institucional, identifica a Igreja em sua unidade profunda.

Talvez em nenhum outro século a Igreja tenha se voltado para si mesma e refletido sobre sua própria identidade e missão com tanta intensidade e profusão de estudos teológicos e documentos do magistério eclesiástico como no século XX. Mas o que marcou o século XX para a Igreja foi, de fato, o Concílio Vaticano II. A Igreja foi aí o grande tema: a Igreja em si mesma e em sua relação com o mundo; a Igreja em sua unidade fundamental e diversidade de expressões; a Igreja como depositária do Evangelho do Deus vivo revelado em Jesus.

Um dos grandes documentos do Concílio é a Constituição Dogmática “Lumen gentium”. Temos aí uma fonte da qual somos chamados a beber continuamente. A constituição oferece, em linguagem acessível, o que a Igreja pensa sobre si mesma. Toda a riqueza teológica sobre a Igreja, presente nas Escrituras, ressaltada pelos Santos Padres, vivida pelos santos, estudada e sistematizada pelo labor dos teólogos ao longo dos séculos, isto é, toda a tradição de fé a respeito da Igreja encontra na “Lumen gentium” uma vigorosa síntese. Logo no início do documento, a Igreja é apontada como sendo, em Cristo, “como que o sacramento, ou o sinal e instrumento, da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano” (n.1). Essas breves palavras revelam já o teor e a profundidade das reflexões contidas ao longo de todo o texto.

Quem deseja unir-se intimamente a Cristo, Deus feito homem, não pode ignorar a Igreja que Ele quis. Cristo e a Igreja são, na verdade, inseparáveis. Aqueles que querem Cristo não podem rejeitar a Igreja. O Plano de Salvação de Deus é sacramental, isto é, Deus houve por bem dispensar-nos a salvação valendo-se de sinais sensíveis, de modo que o invisível viesse a nós por meio das coisas visíveis. A humanidade de Cristo é o primeiro grande sinal visível da salvação de Deus. Cristo é o grande e primordial sacramento de Deus no meio de nós. A visibilidade da salvação continua na Igreja, que, com seus sacramentos, a Palavra que anuncia, o serviço da caridade e a sua organização visível, é o grande sinal de Cristo ao longo da história.

(…)Somos convidados a conhecer melhor a Igreja. Sim; ela é a Esposa de Cristo. Nós, batizados, como Povo de Deus a caminho, somos seus membros vivos, em comunhão com os que nos precederam na mesma fé e que hoje estão na glória do céu ou se purificam no purgatório para a visão de Deus. (…)Não podemos ficar indiferentes à Igreja que Ele amou e conquistou com o Seu sangue. A Igreja é a família de Deus, é a mãe que nos gera para a fé em Cristo. Ela nos ensina a amá-Lo, servi-Lo, celebrá-Lo e esperá-Lo vigilantes. Bento XVI, na abertura da Conferência de Aparecida, disse: “A Igreja tem a grande tarefa de conservar e alimentar a fé do Povo de Deus, e recordar também aos fiéis deste Continente que, em virtude do seu batismo, são chamados a ser discípulos e missionários de Jesus Cristo”.

Que o século XXI possa continuar a empreitada do século XX, fazendo de nosso tempo uma ocasião propícia para um continuado aprofundamento da nossa identidade de cristãos e católicos, membros vivos da Igreja de Cristo. Que a Constituição “Lumen gentium” do Vaticano II nos sirva de farol e guia, já que o revigoramento do verdadeiro sentido de Igreja em nossos corações significa o revigoramento de Cristo em nossas vidas.

(CNBB – Dom Orani João Tempesta – 18.12.2009)

Domingo de Ramos: “”Como nos amastes, ó Pai Bondoso!… Entregaste teu Filho Único à morte por nós, ímpios pecadores! Como nos amastes! Foi por nosso Amor que Ele, não tendo como usurpação o ser igual a Vós, se fez por nós obediente até a morte e morte de cruz, Ele, o Único que, entre os mortos, estava isento da morte, o Único que tinha Poder de entregar a Vida e de retomá-la!(…) – Santo Agostinho – (OCDS-28.03.2010)

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DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR – 28/03/10 (Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares(OCDS)

LITURGIA DIÁRIA
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A Semana Santa que inclui o Tríduo Pascal, visa recordar a Paixão e a Ressurreição de Cristo, desde a sua entrada messiânica em Jerusalém.

EVANGELHO (São Lucas 19, 28-40)

Naquele tempo, 28Jesus caminhava à frente dos discípulos, subindo para Jerusalém. 29Quando se aproximou de Betfagé e Betânia, perto do monteperto do monte chamado das Oliveiras, enviou dois de seus discípulos, dizendo: 30“Ide ao povoado ali na frente. Logo na entrada encontrareis um jumentinho amarrado, que nunca foi montado. Desamarrai-o e trazei-o aqui. 31Se alguém, por acaso, vos perguntar: ‘Por que desamarrais o jumentinho?’, respondereis assim: ‘O Senhor precisa dele’”. 32Os enviados partiram e encontraram tudo exatamente como Jesus lhes havia dito. 33Quando desamarravam o jumentinho, os donos perguntaram: “Por que estais desamarrando o jumentinho?” 34Eles responderam: “O Senhor precisa dele”. 35E levaram o jumentinho a Jesus. Então puseram seus mantos sobre o animal e ajudaram Jesus a montar. 36E enquanto Jesus passava, o povo ia estendendo suas roupas no caminho. 37Quando chegou perto da descida do monte das Oliveiras, a multidão dos discípulos, aos gritos e cheia de alegria, começou a louvar a Deus por todos os milagres que tinha visto. 38Todos gritavam: “Bendito o rei, que vem em nome do Senhor! Paz no céu e glória nas alturas!” 39Do meio da multidão, alguns dos fariseus disseram a Jesus: “Mestre, repreende teus discípulos!” 40Jesus, porém, respondeu: “Eu vos declaro: se eles se calarem, as pedras gritarão”.

Palavra da Salvação.
Glória a vós, Senhor!

MEDITANDO O EVANGELHO DO DIA

“Como nos amastes, ó Pai Bondoso!… Entregaste teu Filho Único à morte por nós, ímpios pecadores! Como nos amastes! Foi por nosso Amor que Ele, não tendo como usurpação o ser igual a Vós, se fez por nós obediente até a morte e morte de cruz, Ele, o Único que, entre os mortos, estava isento da morte, o Único que tinha Poder de entregar a Vida e de retomá-la! Foi, diante de Vós, o nosso Sacerdote e sacrifício: e foi Sarcedote por que foi sacrifício. De escravos fez-nos vossos filhos; e serviu-nos, apesar de ter nascido de Vós. Com razão Nele coloco toda a minha firme confiança, esperando que curais todas as minhas enfermidades por intermédio Daquele que, sentando à Vossa Direita, intercede por nós. Sem Ele eu desesperaria! Ah! São muitas e grandes as minhas fraquezas, mas maior é o Poder da Vossa Medicina.” (Santo Agostinho)


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Vamos refletir um pouco mais sobre a Paixão de Jesus? (LBN)

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FLOS CARMELI – FLOR DO CARMELO

Meditação – Ano Litúrgico 2009

Reflexão – Por que a Cruz?

Ensina-nos quem somos

Recorda-nos o Amor Divino

O sinal do cristão

Contemplar a cruz com fé nos salva

Força de Deus

Síntese do Evangelho

(Fonte: ACIDigital)

Este post foi publicado em Flos Carmeli.

Cardeal Vincent Nichols, de Westminster, disse que o papa introduziu grandes mudanças no direito da Igreja em sua época de cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé; entre elas a inclusão do Direito Canônico do delito contra as crianças cometido através da internet – Juan Lara, da Agência EFE), sobre declarações do cardeal de Westminster ao “L’Osservatore Romano”.

O blog “Castelo Interior” não tem qualquer fim comercial, direto ou indireto.
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Confiram também esta impressionate notícia…

* Revistas alemãs oferecem até 1 milhão de euros para quem caluniar o Santo Padre.

(Fonte: Blog Shalom – Comunidade Shalom – março de 2010)

E, dentro do mesmo site, a publicação original no site católico alemão Kreuz.Net

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Fonte: Yahoo Brasil – Notícias

Vaticano diz que “ninguém fez tanto” contra a pedofilia quanto Bento XVI

Sáb, 27 Mar, 02h58

Juan Lara

Cidade do Vaticano, 27 mar (EFE).- “Ninguém fez tanto” como Bento XVI na luta contra os abusos sexuais contra menores por parte de sacerdotes, afirmou hoje o jornal vaticano “L’Osservatore Romano”, que publicou as declarações do cardeal de Westminster, Vincent Nichols, em defesa do Pontífice.

O religioso disse que o papa introduziu grandes mudanças no direito da Igreja em sua época de cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, entre elas a inclusão do Direito Canônico do delito contra as crianças cometido através da internet.

Outras medidas foram a extensão dos delitos de abusos de crianças até os 18 anos, a renúncia caso por caso da prescrição e a elaboração de um sistema para a redução rápida do estado clerical dos sacerdotes acusados.

“O papa não é um observador ocioso, suas ações falam tanto como suas palavras”, afirmou Nichols em sua defesa de Bento XVI.

Segundo o jornal, o Cardeal afirmou que desde 2001 na Inglaterra e Gales a política seguida pelos bispos é a de informar a Polícia e os serviços sociais de todas as acusações de abusos de crianças, independente do tempo transcorrido.

Ele completou que os abusos sexuais contra menores são inaceitáveis e que a Igreja Católica cometeu “erros graves”.

Hoje o cardeal vigário para o estado da Cidade do Vaticano, Angelo Comastri, pediu que os fiéis dediquem todas as suas preces e o rosário a Bento XVI “neste momento difícil”, em referência as acusações feitas por vários meios de comunicação de que o papa supostamente ocultou casos de pedofilia.

O novo porta-voz do vaticano, Federico Lombardi, também saiu hoje em defesa de Bento XVI e afirmou que os “ataques midiáticos” aos padres pedófilos causaram um grande dano à Igreja, e que a autoridade do papa e o compromisso da Santa Sé para lutar contra esses abusos “saem fortalecidos”.

O porta-voz afirmou que a atenção que a imprensa internacional deu aos casos dos padres pedófilos denunciados na Europa nos últimos dias “não é uma surpresa”. Há pouco tempo o papa publicou uma carta para os católicos da Irlanda, outro país onde se registraram centenas de abusos sexuais contra menores.

Lombardi reconheceu que embora esses casos tenham acontecido há dezenas de anos atrás, “reconhecê-los é o preço para restabelecer a Justiça e purificar a memória. Permite olhar com um compromisso renovado, com humildade e confiança, para o futuro”.

Segundo o porta-voz, as respostas que estão chegando das diferentes conferências episcopais, entre elas a dos Estados Unidos, sobre medidas para uma gestão correta e a prevenção dos abusos são uma “boa notícia”.

Nos últimos dias o papa se viu cercado pelo assunto depois que o jornal “New York Times” afirmou que quando era o encarregado da Congregação para a Doutrina da Fé ele encobriu o sacerdote americano Lawrence C. Murphy, acusado de abusar sexualmente de mais de 200 menores entre 1950 e 1970 em uma escola para crianças surdas do estado de Wisconsin.

O “New York Times” também afirmou ontem que na década de 1980, quando Ratzinger era arcebispo de Munique, ele autorizou que um sacerdote com antecedentes de pedofilia e que tinha sido expulso por isso do bispado da cidade alemã de Essen, trabalhasse na capital bávara.

Lombardi e os meios de comunicação da Santa Sé desmentiram categoricamente essas informações e denunciaram uma “campanha ignóbil” para golpear o papa Ratzinger “custe o que custar”.(Agência EFE)

Boatos contra o Papa fazem parte da agenda de lobbies laicistas e anticatólicos, devido à eficaz ação de defesa da vida e da família pela Igreja, afirma vaticanista a respeito de publicação no New York Times,no dia 25 de março de 2010.

Oração a São Miguel Arcanjo

Época: Séc. XIX

São Miguel Arcanjo,
protegei-nos no combate,
defendei-nos com o vosso escudo
contra as armadilhas
e ciladas do demónio.
Deus o submeta,
instantemente o pedimos;
e vós, Príncipe da milícia celeste,
pelo divino poder,
precipitai no inferno a Satanás
e aos outros espíritos malignos
que andam pelo mundo
procurando perder as almas.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Ámen.

[Nota: O Papa Leão XIII, durante a celebração de uma missa particular, teve uma visão segundo a qual soube que o Demónio pediu permissão para submeter a Igreja a um período de provações. Deus concedeu-lhe permissão para provar a Igreja por um século (este século). Assim que o Demónio se afastou, Deus chamou Nossa Senhora e São Miguel Arcanjo e lhes disse:
“Dou-vos, agora, a incumbência de contrabalançar a obra nefasta do Demónio.”

O Papa a seguir compôs a oração a São Miguel Arcanjo, ordenando depois que fosse rezada de joelhos, no fim de cada Santa Missa.

Fonte: http://www.paroquias.org/oracoes/?o=230

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A esta informação agrego outra: o Papa Leão XIII, na Missa referida acima, teria ficado pálido por ouvir a conversação entre Deus e o demônio, e além disso, após a bênção final, ter acompanhado a aparição do Maligno (a quem Jesus se refere). Nesta visão, Satã caminhava entre as pilastras, ao fundo da catedral. Logo a seguir, o Papa, como um ser humano normal, adentra a Sacristia, de acordo com relatos, apavorado. Ajoelha-se imediatamente no genuflexório, e pede ao padre que o auxiliava que registrasse no papel suas palavras. O escrito resultou na oração que conhecemos como “Oração a São Miguel Arcanjo”, publicada mais acima, neste post.

Nosso século é materialista, lógico, mas a Igreja Católica afirma que este evento é extraordinário (e outros), e por tal razão os denomina como “visão mística”. Na História da Igreja Católica há milhares deles, e foram reconhecidos como tal porque em nada contradizem os cânones (as Escrituras Sagradas, a Tradição Apostólica, o Direito Canônico).

Parece que chegou o momento de atentarmos para o combate espiritual severo que este pontífice, o Papa Bento XVI está travando, praticamente sem trégua. Façamos o que ele nos pediu logo que assumiu seu Pontificado: “Rezem por mim”. Afinal, somos membros do Corpo de Cristo, que é a Igreja Católica.

Que Deus  dê ao Papa Bento XVI fortaleza na sua difícil tarefa e, quanto a nós,  que o Espírito Santo nos alerte e ilumine para que não deixemos de lado a parte que nos cabe neste combate. Ainda que  esta batalha seja visível, lembremos das exortações de São Paulo para o fato de que não lutamos contra a a”carne” e sim contra “potestades”.  No entanto,  nada devemos temer, já que a vitória já foi conquistada por Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Amém.

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Fonte: Zenit.org (Roma)

Lobby laicista contra Papa: grande boato do “New York Times”

Por Massimo Introvigne

ROMA, quinta-feira, 25 de março de 2010 (ZENIT.org).- Se existe um jornal que me vem à mente quando se fala de lobbies laicistas e anticatólicos, este é o New York Times. No dia 25 de março de 2010, o jornal de Nova York confirmou esta vocação sua com um incrível boato relativo a Bento XVI e ao cardeal secretário de Estado, Tarcisio Bertone.

Segundo o jornal, em 1996, os cardeais Ratzinger e Bertone teriam ocultado o caso – indicado à Congregação para a Doutrina da Fé pela arquidiocese de Milwaukee – relativo a um padre pedófilo, Lawrence Murphy. Incrivelmente – após anos de esclarecimentos e depois que o documento foi publicado e comentado amplamente em meio mundo, desvelando as falsificações e erros de tradução dos lobbies laicistas –, o New York Times ainda acusa a instrução Crimen sollicitationis, de 1962 (na verdade, 2ª edição de um texto de 1922) de ter agido para impedir que o caso Murphy fosse levado à atenção das autoridades civis.

Os fatos são um pouco diferentes. Por volta de 1975, Murphy foi acusado de abusos particularmente graves e desagradáveis em um colégio para menores surdos. O caso foi imediatamente denunciado às autoridades civis, que não encontraram provas suficientes para proceder contra Murphy. A Igreja, nesta questão mais severa que o Estado, continuou com persistência indagando sobre Murphy e, dado que suspeitava que ele fosse culpado, limitou de diversas formas seu exercício do ministério, apesar de que a denúncia contra ele tinha sido arquivada pela magistratura correspondente.

Vinte anos depois dos fatos, em 1995 – em um clima de fortes polêmicas sobre os casos dos “padres pedófilos” –, a arquidiocese de Milwaukee considerou oportuno indicar o caso à Congregação para a Doutrina da Fé. A indicação era relativa a violações da disciplina da confissão, matéria de competência da Congregação, e não tinha nada a ver com a investigação civil, que havia sido levada a cabo e que havia sido concluída 20 anos antes. Também é preciso observar que, nos 20 anos precedentes a 1995, não houve nenhum fato novo nem novas acusações feitas a Murphy. Os fatos sobre os quais se discutia eram ainda aqueles de 1975.

A arquidiocese indicou também a Roma que Murphy estava moribundo. A Congregação para a Doutrina da Fé certamente não publicou documentos e declarações 20 anos depois dos fatos, mas recomendou que se continuasse limitando as atividades pastorais de Murphy e que lhe fosse pedido que admitisse publicamente sua responsabilidade. Quatro meses depois da intervenção romana, Murphy faleceu.

Este novo exemplo de jornalismo lixo confirma como funcionam os “pânicos morais”. Para desonrar a pessoa do Santo Padre, desenterra-se um episódio de 35 anos atrás, conhecido e discutido pela imprensa local já na década de 70, cuja gestão – enquanto era da sua competência e 25 anos depois dos fatos – por parte da Congregação para a Doutrina da Fé foi canônica e impecável, e muito mais severa que a das autoridades estatais americanas.

De quantas destas ‘descobertas’ ainda temos necessidade para perceber que o ataque contra o Papa não tem nada a ver com a defesa das vítimas dos casos de pedofilia – certamente graves, inaceitáveis e criminais, como Bento XVI recordou com tanta severidade –, mas que tenta desacreditar um pontífice e uma Igreja que incomodam os lobbies pela sua eficaz ação de defesa da vida e da família? (ZENIT-25.03.2010))