Catástrofes profetizadas por NOSSA SENHORA à Irmã Sasagawa em Akita (Japão – 13 de outubro de 1973) e ao Padre Gobbi (13 de outubro de 1972 – Movimento Sacerdotal Mariano -Santuário de Fátima) e Milagre do Sol (Última Aparição em Fátima – 13 de outubro de 1917 – Ênfase nas Devoções: Rosário – Escapulário e ao Imaculado Coração – Consagração)

Aniversário do Milagre do Sol nas Aparições de Fátima. Confira também as mensagens do dia 13 de Outubro ditas por Nossa Senhora a Irmã Agnes, em Akita, no Japão em 1973 e ao Padre Stefano Gobbi, em 1994. (Descrição – YouTube – Canal Católico do Filho Pródigo).**

** Observações adicionais minhas a respeito do vídeo acima, publicado pelo Canal do Filho Pródigo, em 2023: A Aparição de Nossa Senhora em Akita, no Japão, em 1973, à Irmã Agnes Sasagawa foi reconhecida pela Igreja Católica. Publicarei o conteúdo desta Aparição de Nossa Senhora em outro momento, possivelmente até o final desta semana, também com comentário sobre como lidar espiritualmente com o impacto das revelações contidas nesta Aparição, no atual momento, ou seja, passados 52 anos. Vivemos um tempo de rebelião moral e espiritual, dentro e fora da Igreja Católica, além de uma guerra, na qual a Ucrânia está se defendendo da Rússia desde o ano de 2022, sem trégua. O vídeo abaixo foi publicado em 2023 e seu autor levou em conta a gravidade deste conflito bélico, principalmente, pelo fato da Rússia só ter sido consagrada ao Imaculado Coração de Maria em março de 2023, pelo Papa Francisco, de forma correta, mas não de modo integral e infelizmente tarde. Há outros fatos alarmantes em curso no mundo todo, que colidem diretamente com as profecias, revelações e pedidos feitos por Nossa Senhora, em Fátima, no ano 1917. Nesta época pediu a Consagração da Rússia pelo Papa, em união com todos os Bispos do mundo ao Seu Imaculado Coração e reza do Terço diário, pela paz e pela salvação dos pecadores. Um grande perigo espreitava a Humanidade… a Revolução Bolchevique Russa, instaurada naquele mesmo ano, fez com que Nossa Senhora viesse explicar, por Seu infinito amor, que caso não fosse consagrada o quanto antes “a Rússia espalharia seus males pelo mundo”.

O caos que vivemos hoje é consequência direta dessa indiferença às ordens do Céu. É importante também salientar que Nossa Senhora fez uma promessa à pequena Lúcia, então com 10 anos, denominando-a “mensageira para o mundo” de Suas mensagens. A promessa que fez consistia no fato de que mais adiante viria pedir a Devoção dos Cinco Primeiros Sábados, relacionados ao Seu Imaculado Coração. Na época, falou que “Deus estava sumamente ofendido” com os maus costumes que o povo de Deus mundo afora havia incorporado às suas vidas e famílias. De fato, apareceu à então, Irmã Lúcia, no final da década de 1920, já carmelita em Tuy, na Espanha. Um pouco antes, apareceu-lhe Nosso Senhor Jesus Cristo que reafirmou o pedido de Sua Mãe sobre a necessidade da Consagração, por meio da Comunhão Reparadora ao Seu Imaculado Coração que, no caso, se devia às ofensas, blasfêmias e sacrilégios dirigidas ao Santíssimo Coração de Sua Mãe.

Nossa Senhora, em 1972, 55 anos depois de aparecer em Fátima, faz revelações ao Padre Gobbi, reconhecidas algum tempo depois, como dignas de fé pelo Papa São João Paulo II, pelo Cardeal Joseph Ratzinger e recentemente, pelo Papa Francisco. quanto ele estava em peregrinação ao Santuário de Fátima, acompanhado por um grupo de padres. Naquele momento afirma que recebeu uma moção interior – uma direção apontada pela Virgem de Fátima, cujo foco é a Consagração dos sacerdotes ao Imaculado Coração de Maria e por extensão dos fiéis, além da união destes com o Papa e a Igreja. Esta experiência mística teve como resultado a efetivação do Movimento Sacerdotal Mariano (MSM) e a publicação do livro “Aos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora”, também conhecido por “Livro Azul”. No artigo que publico abaixo, lê-se essa bela descrição do MSM: “É uma obra de amor, que o Coração Imaculado de Maria faz surgir, hoje, na Igreja, para ajudar todos a seus filhos a viverem, na confiança e esperança filial, os momentos dolorosos da purificação”.

Obtive informações na internet que são bem significativas a respeito das alocuções(**) recebidas pelo Pe. Gobbi, por parte de Nossa Senhora. Tiveram a simpatia de São João Paulo II e de Papa Francisco, falecido em maio deste ano.

(**) Discurso curto, lacônico, geralmente pronunciado em ocasião solene.(Dicionário Oxford).

Quanto ao assunto do “Fim dos Tempos”, gostaria de acrescentar minha visão, que exponho tão somente para ilustrar de algum modo, o vídeo relacionado ao tema bastante amplo no que se refere ao “Milagre do Sol”, ocorrido no dia 13 de outubro de 1917. Neste dia, o “sol bailou”, contra todas as evidências científicas. Isto aconteceu para que a mensagem de Fátima tivesse crédito em um século, já marcado pelo ateísmo, pela descrença, com o Comunismo (ou Socialismo), como uma pretensa solução humana, se aplicado em qualquer nação do mundo, de acabar totalmente com a desigualdade social. Isto se mostrou totalmente enganoso e ainda o é, com inúmeros prejuízos, entre eles, a própria perpetuação da espécie humana, leia-se, aborto legalizado a partir da Rússia, que se estendeu para todos os continentes. E, ainda mais, na década de 1960, a contracepção, como controle da natalidade. Sabemos que os anticoncepcionais são abortivos e para agravar ainda mais este quadro terrível em que a Humanidade atualmente está mergulhada, a prática do aborto passou a ser regulada por lei, estando atualmente disseminada em todo globo terrestre. Na esteira desse cenário de degradação humana, teve início à época das Aparições de Nossa Senhora em Fátima, a apologia à Ciência, que havia sido tornada na entrada do século XX, quase que como uma “deusa”. Enfim, parecem-me ser os derradeiros “Fins dos Tempos”, já anunciados desde o anúncio da Boa Nova pelos Apóstolos, em cumprimento à missão que que lhes foi delegada por Nosso Senhor Jesus Cristo, após Sua Ressurreição, para preparar a Sua segunda vinda. Não se sabe quando será, mas Jesus ensinou-nos, por meio dos Apóstolos, de que devíamos ficar atentos aos sinais, tendo dado pistas, que temos acesso na leitura do Novo Testamento

Para finalizar, caros irmãos e irmãs, postarei conforme prometi, publicarei entre hoje e amanhã a íntegra da Aparição de Nossa Senhora em Akita, em 1973, no Japão, e também um chamado espiritual que lança uma esperança para os nossos tempos – um vídeo que traz um pedido de oração global – publicado pelo Cardeal Raymond Burke -[ http://www.santuarioguadalupano.org ], em idioma Espanhol, referido à Nossa Senhora de Guadalupe – padroeira da América Latina e também padroeira principal do México e das Filipinas. Esta corrente de oração diária se estenderá até, a princípio até o dia 10 de dezembro deste ano (2025). O site e as orações estão relacionados à mensagem de Fátima, e, em específico, as orações são dirigidas ao Imaculado Coração de Maria – nossa Mãe Santíssima.

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O que é o Movimento Sacerdotal Mariano

Artigo postado em 21/09/2016 (O Imaculado Coração Triunfará)

                O MSM é uma pequena semente plantada por Nossa Senhora no jardim da Santa Igreja. Em pouco tempo tornou-se frondosa e estendeu os seus ramos a todas as partes do mundo.

É uma obra de amor, que o Coração Imaculado de Maria faz surgir, hoje, na Igreja, para ajudar todos a seus filhos a viverem, na confiança e esperança filial, os momentos dolorosos da purificação.

Nestes tempos de graves perigos, a Mãe de Deus e da Igreja, firme e incansável, apressa-se em ajudar, sobretudo os Sacerdotes, seus filhos de maternal predileção.

                Naturalmente, são utilizados nesta obra alguns instrumentos e, em particular, foi escolhido Pe. Stefano Gobbi. Por quê? Numa página do Livro, encontramos esta explicação: “Escolhi-te por seres o instrumento menos apto. O Movimento  Sacerdotal Mariano deve ser Obra somente minha. Através da tua fraqueza manifestarei a minha força; através do seu nada, manifestarei o meu poder” (16 de julho 1973).

                Portanto, o MSM não é uma ainda que louvável associação promovida por algum Padre ou pessoa fervorosa que lhe dera estatutos e dirigentes, é, porém, “um espírito” como felizmente o intuiu o Papa João Paulo II.

                É alguma coisa de impalpável, mas tão forte e viva, como são os dons de Deus e tem como finalidade principal viver a consagração ao Coração Imaculado de Maria.

Confiar-se a Maria significa, para o Sacerdote, tomar maior consciência da própria consagração feita a Deus, no dia do Santo Batismo e da Ordenação Sacerdotal.

O MSM torna-se realidade, não em vista das estatísticas, da ressonância dos nomes, eficiência das organizações, mas à medida que se escuta Nossa Senhora me se apoia na obra do Espírito Santo, em louvor da Santíssima Trindade ao espírito do Movimento quem, inscrito ou não, se consagra ao Coração Imaculado de Maria, procurando viver de maneira coerente, agir em obediência e para o bem da Igreja e também ajuda os fieis a viverem a consagração a Maria.

É um movimento que acolhe todos os Sacerdotes diocesanos e religiosos, sem distinção de idade ou de cargo. Inscreveram-se tanto Sacerdotes serenos e ardentes de zelo, como também os amargurados pelas experiências negativas pessoais e de apostolado.

O Coração de Nossa Senhora é aberto a todos os seus filhos; seus braços acolhem e unem os Sacerdotes entre si, sem classificações e sem particularismos.

A escolha de predileção não vem da parte de Nossa Senhora, pois Ela se dirige decididamente a todos: “Tudo quanto te comunico, filho, não te pertence, mas é para todos os meus filhos Sacerdotes que Eu amo com predileção” (29 de Agosto 1973).

A escolha se afetua por parte de quem aceita voluntariamente o materno convite.

Quem deseja aderir ao Movimento e estar a par de sua atividade, mande por escrito sua adesão ao Centro nacional ou regional; se esses centros ainda não existem, envie seu pedido para a Itália ao:

MOVIMENTO SACERDOTAL MARIANO

Via Mercalli 23

20122 Milano, ITÁLIA

A carta de adesão, porém, não serviria para nada, se faltasse a adesão interior e, mais ainda, a vontade de viver a consagração a Nossa Senhora.

É bom lembrar que Nossa Senhora, quando fala de seus filhos prediletos, refere-se não somente aos inscritos no MSM, mas a todos os Bispos e Sacerdotes que a Ela se confiaram e que se esforçam por viver como seus consagrados.

O empenho de uma total consagração ao Coração Imaculado de Maria transmite aos Sacerdotes um profundo sentimento de confiança e de serenidade.

Crer que Nossa Senhora está sempre conosco, nas circunstâncias concretas, solícita em nos ajudar, melhor do que faria qualquer mãe, produz em nós sensação de segurança, mesmo nos sofrimentos pessoais e incertezas da época em que vivemos.

Chegamos, assim, ao cerne da Mensagem evangélica: a fé na Providência de Deus, que nos leva a acolher cada circunstância da vida com a filial confiança das crianças que se abandonam completamente ao seu amor de Pai.

Assim, o passado entregamo-lo à infinita misericórdia do Coração de Jesus; o futuro, esperamo-lo como dom da Providência, que virá até nós pelas mãos da Medianeira de todas as graças; o presente vivemo-lo com alegre empenho, como crianças que brincam ou trabalham sob os olhares da Mãe.

a)      Os compromissos característicos da sua espiritualidade.

São três os compromissos que caracterizam a espiritualidade do Movimento Sacerdotal Mariano:

– Consagração ao Imaculado Coração de Maria;

– União ao Papa e à Igreja a ele unida;

– Conduzir os fieis a uma vida de entrega confiante a Nossa Senhora.

As páginas que ilustram a espiritualidade do Movimento foram extraídas das Circulares 21, 23 e 24 do Pe. Stefano Gobbi.

Publicado em O Imaculado Coração Triunfará.

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Leia mais:

Pequena biografia do Padre Stefano Gobb (compilação extraída por meio do recurso à Inteligência Artificial (IA):

Padre Stefano Gobbi (1930-2011) foi um padre católico italiano e fundador do Movimento Sacerdotal Mariano. Ele ordenou sacerdote em 1964, mas sua vida mudou após ter uma experiência mística em Fátima em 1972, onde relatou ter recebido mensagens da Virgem Maria. A partir dessas “locuções interiores”, ele fundou o movimento, que incentiva sacerdotes a se consagrarem ao Imaculado Coração de Maria e a serem unidos ao Santo Padre e à Igreja. Seus ensinamentos foram compilados no livro “Aos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora. 

Nascimento e Ordenação:

Nasceu em Dongo, Itália, em 22 de março de 1930, e foi ordenado sacerdote em 1964. Ele pertencia à Companhia de São Paulo e também obteve um doutorado em teologia. 

A Experiência de Fátima:

Em 8 de maio de 1972, durante uma peregrinação a Fátima, ele relatou ter recebido uma mensagem da Virgem Maria enquanto rezava na Capelinha das Aparições. A mensagem o chamava para reunir padres que se consagrassem ao Imaculado Coração de Maria. Ele recebeu um sinal de confirmação em Nazaré naquele mesmo mês. 

Fundação do Movimento Sacerdotal Mariano:

Em 13 de outubro de 1972, com outros dois padres, lançou o Movimento Sacerdotal Mariano (MSM). O movimento se espalhou pelo mundo, e Gobbi viajou para presidir encontros de oração chamados “cenáculos”. 

Mensagens e o Livro Azul:

Entre 1972 e 1997, ele afirmou ter recebido mais de 600 mensagens de Maria. Essas mensagens estão reunidas no livro “Aos Sacerdotes, Filhos Prediletos de Nossa Senhora”, também conhecido como “Livro Azul”. 

Relação com o Papa João Paulo II:

O Papa João Paulo II tinha um relacionamento próximo com o Padre Gobbi, por vezes convidando-o para celebrar missa com ele em sua capela privada. 

Últimos dias e morte:

O Padre Gobbi sofreu um ataque cardíaco enquanto se preparava para dirigir os Exercícios Espirituais para Sacerdotes em 19 de junho de 2011 e faleceu dez dias depois, em 29 de junho de 2011. A missa de funeral foi celebrada em Collevalenza e ele foi enterrado em Dongo. 

Reconhecimento Atual:

Em 2024, a Igreja Católica declarou-o “Siervo de Deus”, e foi apresentada a causa para sua beatificação e canonização. 

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Leia também: PROFECIAS DE NOSSA SENHORA AO PADRE GOBBI (Imagem abaixo postada neste artigo)

Versão em Português


O que você deve saber sobre a Quarta-feira de Cinzas

2 de mar de 2025 às 01:00

Daqui alguns dias a igreja viverá a Quaresma de 2025, por isso compartilhamos com você algumas informações fundamentais para entender a importância da Quarta Festa de Cinzas e, assim, viver adequadamente esse tempo litúrgico de preparação para a Páscoa.

1. O que é a Quarta-feira de Cinzas?

É o primeiro dia da Quaresma, ou seja, dos 40 dias nos quais a igreja chama os fiéis a se converterem e a se prepararem verdadeiramente para viver os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo durante a Semana Santa. Este ano será celebrada no dia 05 de março*.

A Quarta-feira de Cinzas é uma celebração que está no Missal Romano, o qual explica que no final da Missa, abençoa-se e impõe-se as cinzas obtidas da queima dos ramos usados no Domingo de Ramos do ano anterior.

2. Como nasceu a tradição de impor as cinzas?

A tradição de impor as cinzas remonta à Igreja primitiva. Naquela época, as pessoas colocavam as cinzas sobre a cabeça e se apresentavam diante da comunidade com um “hábito penitencial” para receber o Sacramento da Reconciliação na Quinta-feira Santa.

A Quaresma adquiriu um sentido penitencial para todos os cristãos por volta do ano 400 d.C. e, a partir do século XI, a Igreja de Roma passou a impor as cinzas no início deste tempo.

3. Por que se impõe as cinzas?

A cinza é um símbolo. Sua função está descrita em um importante documento da Igreja, mais precisamente no artigo 125 do Diretório sobre a piedade popular e a liturgia:

“O começo dos quarenta dias de penitência, no Rito romano, caracteriza-se pelo austero símbolo das Cinzas, que caracteriza a Liturgia da Quarta-feira de Cinzas. Próprio dos antigos ritos nos quais os pecadores convertidos se submetiam à penitência canônica, o gesto de cobrir-se com cinza tem o sentido de reconhecer a própria fragilidade e mortalidade, que precisa ser redimida pela misericórdia de Deus. Este não era um gesto puramente exterior, a Igreja o conservou como sinal da atitude do coração penitente que cada batizado é chamado a assumir no itinerário quaresmal. Deve-se ajudar os fiéis, que vão receber as Cinzas, para que aprendam o significado interior que este gesto tem, que abre a cada pessoa a conversão e ao esforço da renovação pascal”.

4. O que as cinzas simbolizam e o que recordam?

A palavra cinza, que provém do latim “cinis”, representa o produto da combustão de algo pelo fogo. Esta adotou desde muito cedo um sentido simbólico de morte, expiração, mas também de humildade e penitência.

A cinza, como sinal de humildade, recorda ao cristão a sua origem e o seu fim: “E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra” (Gn 2,7); “até que te tornes à terra; porque dela foste tomado; porquanto és pó e em pó te tornarás” (Gn 3,19).

5. Onde podemos conseguir as cinzas?

Para a cerimônia devem ser queimados os restos dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior. Estes recebem água benta e logo são aromatizados com incenso.

6. Como se impõe as cinzas?

Este ato acontece durante a Missa, depois da homilia, e está permitido que os leigos ajudem o sacerdote. As cinzas são impostas na fronte, em forma de cruz, enquanto o ministro pronuncia as palavras Bíblicas: “Lembra-te de que és pó e ao pó voltarás” ou “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Depois de receber as cinzas, o fiel deverá retirar-se em silêncio, meditando na frase proferida.

7. O que devem fazer quando não há sacerdote?

Quando não há sacerdote, a imposição das cinzas pode ser realizada sem Missa, de forma extraordinária. Entretanto, é recomendável que antes do ato participem da liturgia da palavra.

É importante recordar que a bênção das cinzas, como todo sacramental, somente pode ser feita por um sacerdote ou um diácono.

8. Quem pode receber as cinzas?

Qualquer pessoa pode receber este sacramental, inclusive os não católicos. Como explica o Catecismo (1670 ss.), “sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos; mas, pela oração da Igreja, preparam para receber a graça e dispõem para cooperar com ela”.

9. A imposição das cinzas é obrigatória?

A Quarta-feira de Cinzas não é dia de preceito e, portanto, não é obrigatória. Não obstante, nesse dia muitas pessoas costumam participar da Santa Missa, algo que sempre é recomendável.

10. Quanto tempo é necessário permanecer com a cinza na fronte?

Quanto tempo a pessoa quiser. Não existe um tempo determinado.

11. O jejum e a abstinência são necessários?

O jejum e a abstinência são obrigatórios durante a Quarta-feira de Cinzas, como também na Sexta-feira Santa, para as pessoas maiores de 18 e menores de 60 anos. Fora desses limites, é opcional. Nesse dia, os fiéis podem ter uma refeição “principal” uma vez durante o dia.

A abstinência de comer carne é obrigatória a partir dos 14 anos. Todas as sextas-feiras da Quaresma também são de abstinência obrigatória. Às sextas-feiras do ano também são dias de abstinência. O gesto, dependendo da determinação da Conferência Episcopal de cada país, pode ser substituído por outro tipo de mortificação ou oferecimento como a oração do terço.

Publicado em Agência Católica de Informação – ACI Digital.

*Na matéria publicada pela ACI Digital (cfe. o registro acima – 02.03.2025), erroneamente, está escrito 14 de fevereiro. Friso que o correto é 05.03.2025.

Leia também:

Imagem ilustrativa

O significado e a origem das cinzas de Quaresma

O que fazer depois de receber as cinzas no início da Quaresma

Santa Maria – Mãe de Deus: Solenidade – 1º de janeiro – o Dogma

A Virgem Maria é também chamada de Mãe de Deus. Mas como se dá a maternidade divina? Conheça a festa e o dogma de Maria Mãe de Deus.

Quarta-feira, dia 1º de janeiro do ano do Jubileu de 2025, a Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e o dia mundial da paz. A Virgem Maria é também chamada de Mãe de Deus. Mas como se dá a maternidade divina? Conheça a festa e o dogma de Maria Mãe de Deus.

Nossa Senhora foi designada e preservada desde o ventre para assumir o papel sublime de ser a mãe de Jesus. O dogma da Imaculada Conceição, proclamado pela Igreja, ressalta essa escolha divina ao designar Maria como “a toda santa”. 1 Além desse dogma, a Igreja possui outros três referentes a Maria, incluindo o reconhecimento de sua Maternidade Divina.

Neste artigo, mergulharemos no significado do dogma da Maternidade Divina, abordando passagens bíblicas que destacam Maria como Mãe de Deus e seu o fundamento teológico. Além disso, veremos o papel da Virgem Maria também como mãe na nossa vida espiritual.

Conheça aqui os quatro dogmas marianos.

O que é o dogma da Mãe de Deus ou Maternidade Divina?

Todo fiel católico deve crer nos dogmas da Igreja, ou seja, nas verdades de fé. No Catecismo da Igreja Católica encontramos o que significa o dogma da Mãe de Deus e por que a Igreja crê nesse fato.A humanidade de Cristo não tem outro sujeito senão a pessoa divina do Filho de Deus, que a assumiu e a fez sua desde que foi concebida. Por isso, o Concílio de Éfeso proclamou, em 431, que Maria se tornou, com toda a verdade, Mãe de Deus, por ter concebido humanamente o Filho de Deus em seu seio: «Mãe de Deus, não porque o Verbo de Deus dela tenha recebido a natureza divina, mas porque dela recebeu o corpo sagrado, dotado duma alma racional, unido ao qual, na sua pessoa, se diz que o Verbo nasceu segundo a carne». 2

Desse modo, sendo Mãe de Jesus, que é verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, Maria é também Mãe de Deus. Isto é o que afirma o dogma da Maternidade Divina.

O que é a solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus?

A Solenidade de Maria, Mãe de Deus, é uma festa litúrgica que celebra o dogma da Maternidade Divina de Nossa Senhora. Durante esta solenidade, os fiéis recordam com alegria e reverência que a Virgem Maria é verdadeiramente a Mãe de Deus. Pois concebeu e deu à luz o Filho de Deus, uma pessoa divina, a segunda pessoa da Santíssima Trindade.

Esta solenidade destaca-se como um momento propício para mergulhar na relação íntima de Maria com a obra redentora do Pai, reconhecendo-a como a Mãe do Salvador e de todos nós. E Maria é parte integrante da realidade salvadora. Além disso, a solenidade é um dia santo de guarda, é preceito na fé católica, exigindo a participação dos fiéis na celebração da Santa Missa neste dia — ou na noite do dia anterior.

celebração da solenidade de Maria Mãe de Deus no vaticano.
Solenidade de Maria, Mãe de Deus na Basílica de São Pedro. Foto/divulgação: Vatican News.

Quando é celebrada Santa Maria, Mãe de Deus?

A Maternidade Divina de Maria, celebrada desde o século VII, teve sua festa litúrgica estabelecida pelo Papa Pio XI em 1931. Desde então, a Igreja celebra a Solenidade de Maria Mãe de Deus no dia primeiro de janeiro — que é ao mesmo tempo o dia da Oitava do Natal.Nós veneramos esta maternidade no primeiro dia do novo ano. É nosso desejo, de fato, que, nesta nova etapa do tempo humano, Maria continue a abrir a Cristo a via para a humanidade, do mesmo modo que lha abriu na noite do nascimento de Deus. 3

Saiba o que é a Oitava de Natal.

A Mãe de Deus na Bíblia

A Sagrada Escritura nos oferece diversas passagens que ressaltam o papel único de Maria como Mãe de Deus. No Evangelho de Lucas, durante a Visitação, Isabel, cheia do Espírito Santo, saúda Maria, reconhecendo-a como “a mãe do meu Senhor”. Essa saudação destaca não apenas a maternidade de Maria sobre Jesus, mas sua condição como Mãe do próprio Senhor.Donde me vem que a mãe do meu Senhor me visite? Pois quando a tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança estremeceu de alegria em meu ventre. 4

imagem da visitação, quando Isabel reconhece Maria como mãe de Deus.

O Catecismo da Igreja Católica também reforça este ponto no seu número 495:Chamada nos evangelhos «a Mãe de Jesus» 5, Maria é aclamada, sob o impulso do Espírito Santo e desde antes do nascimento do seu Filho, como «a Mãe do meu Senhor» 6. Com efeito, Aquele que Ela concebeu como homem por obra do Espírito Santo, e que Se tornou verdadeiramente seu Filho segundo a carne, não é outro senão o Filho eterno do Pai, a segunda pessoa da Santíssima Trindade. A Igreja confessa que Maria é, verdadeiramente, Mãe de Deus («Theotokos»)

Em outra passagem presente no Evangelho de Mateus, a citação da profecia de Isaías 7 destaca que o nascimento de Jesus, por meio de Maria, é o cumprimento divino da promessa de Deus de estar conosco, encarnado na pessoa de Jesus:Tudo isso aconteceu para que se cumprisse o que foi dito pelo profeta: Eis que a Virgem conceberá e dará à luz um filho e o chamarão com o nome de Emanuel, o que traduzido significa “Deus está conosco”. 8

Não deve haver dúvidas, portanto, em relação à Maternidade Divina de Nossa Senhora. Se ela é Mãe de Jesus e[…] para nós, contudo, existe um só Deus, o Pai, de quem tudo procede e para o qual caminhamos, e um só Senhor, Jesus Cristo, por quem tudo existe e para quem caminhamos. 9

Fundamento teológico do dogma da maternidade divina

O fundamento teológico do dogma da Maternidade Divina remonta ao Concílio de Éfeso em 431, quando a Igreja oficialmente proclamou essa verdade de fé. O contexto envolveu a refutação das ideias equivocadas de Nestório, que separava as naturezas humana e divina de Cristo, negando assim o título de “Mãe de Deus” a Maria.

Nesse contexto, São Cirilo de Jerusalém emergiu como um defensor notável, contestando e condenando as ideias de Nestório. Suas argumentações, notavelmente expressas em cartas, foram incorporadas na proclamação dogmática. Contudo, vale lembrar que quando a Igreja proclama um dogma, ela não está introduzindo algo novo, mas reconhecendo uma realidade já existente, garantindo que não haja mais mal-entendidos.

A tradição dessa maternidade divina encontra-se em orações antigas e escritos dos Padres da Igreja, como Orígenes no século terceiro. Os Santos Padres já reconheciam que Maria não era apenas o lugar de nascimento de Jesus, mas a verdadeira fonte da encarnação divina. Santo Tomás de Aquino e o Beato Duns Scotus, doutor mariano, por exemplo, ressaltam a dignidade única de Maria como Mãe de Deus.

Além disso, mesmo reformadores protestantes como Lutero e Calvino reconheceram a maternidade divina. O fundamento teológico permeia, portanto, as Escrituras, a Tradição da Igreja e o pensamento de diversos teólogos ao longo dos séculos.

A solenidade da Mãe de Deus e a nossa vida espiritual

Esta solenidade também é um convite profundo para explorarmos a íntima relação entre Maria e a nossa vida espiritual. Quando Jesus, na cruz, diz Eis aí a tua mãe 10, Ele não apenas confiou Maria a João, mas simbolicamente a todos nós, tornando-a Mãe da Igreja, composta pela cabeça, que é Cristo, e pelo corpo, que somos nós, seus membros.

São Paulo, ao chamar a Igreja de Corpo Místico de Cristo, destaca a união vital entre Cristo e os fiéis. São Luís Maria Grignion de Montfort, formulando essa questão, destaca a necessidade natural de uma mãe dar à luz tanto a cabeça quanto o corpo. Assim, Maria, como Mãe de Deus, é também nossa mãe, uma mãe que não só deu à luz a Cristo, nosso irmão, mas que, por extensão, acolhe-nos como filhos espirituais.

menina rezando diante da imagem de Maria, mãe de Deus e nossa mãe.

Maria é, portanto, nosso modelo de vida com Deus. Sua humildade, obediência e amor são um guia para nos aproximarmos de Cristo e nos assemelharmos a Ele — o que buscamos quando pensamos na santidade. Além disso, como mãe, ela intercede por nós diante do Pai, conhecendo o papel vital da mãe na vida dos filhos. Deus, ao nos dar Maria como mãe, reconhece nossa necessidade espiritual de orientação e cuidado materno.

Por isso, recorramos à Nossa Senhora, nossa mãe. Ela deseja ser uma presença viva na nossa vida espiritual e derramar muitas graças. Mas para isso precisamos invocá-la, pedir que ela esteja presente nos diversos momentos de nossa vida. Um meio devoto e eficaz de recorrer à Nossa Senhora é repetir várias vezes ao dia: Ave Maria!A esta invocação – Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores –, a Mãe de Deus sempre responde! Escuta os nossos pedidos, abençoa-nos com o seu Filho nos braços, traz-nos a ternura de Deus feito carne; numa palavra, dá-nos esperança. 11

Conheça os mistérios do terço e saiba como rezá-lo.

Referências

  1. CIC, 493[]
  2. CIC, 466[]
  3. Papa João Paulo II, Santa Missa para o XVII Dia Mundial da Paz Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus, 1º de janeiro de 1984[]
  4. Lc 1,43-44[]
  5. Jo 2, 1; 19, 25[]
  6. Lc 1, 43[]
  7. 7, 14[]
  8. Mt 1, 22-23[]
  9. I Cor 8, 6[]
  10. João 19,26-27[]
  11. Papa Francisco, Santa Missa na Solenidade de Maria Santíssima Mãe de Deus LVI Dia Mundial da Paz, 1º de janeiro de 2023[]

Publicado em Minha Biblioteca Católica.

Nossa Senhora das Graças e da Medalha Milagrosa – Memória – 27 de novembro

Conheça a história de Nossa Senhora das Graças, desde suas aparições à jovem Catarina até o seu papel nas nossas vidas

Conheça a história de Nossa Senhora das Graças, desde suas aparições à jovem Catarina até o seu papel nas nossas vidas.

Na Cruz, além de nos dar a salvação, Cristo nos deixou a Virgem Maria, Sua mãe, como nossa mãe, por meio das palavras dirigidas ao discípulo João: “Eis aí tua mãe” 1. Desse modo, Maria é nossa mãe, por isso podemos confiar a ela todas as nossas preocupações 2 — essa é a vontade de Deus.

Neste artigo, você vai conhecer um pouco sobre as aparições de Nossa Senhora das Graças à Santa Catarina Labouré. A Virgem Maria é a medianeira das graças de Deus, e isso nos é apresentado nas Escrituras — embora estas citem brevemente a Virgem. Na nossa vida, portanto, não poderia ser diferente, cabe a nós invocar Maria e crer que ela intercede age em nosso favor junto de Deus.

O que é a festa de Nossa Senhora das Graças?

A Festa de Nossa Senhora das Graças celebra a aparição da Virgem Maria à Santa Catarina Labouré, em 1830, em Paris. Nessa revelação, Maria pediu a criação da Medalha Milagrosa, simbolizando abundantes graças para aqueles que a usam com fé. Essa festividade destaca a generosidade de Deus, manifestada através da intercessão de Nossa Senhora — a tesoureira das graças divinas. Além disso, é um convite para mergulharmos ainda mais na devoção mariana e na busca incessante pela graça de Deus em nossas vidas, sobretudo para alcançarmos o nosso destino final, que é o Céu.

Quando a [Festa] de Nossa Senhora das Graças é celebrada?

A festa de Nossa Senhora das Graças é celebrada em 27 de novembro. Essa data especial marca o momento da primeira aparição da Virgem Maria à Santa Catarina Labouré. Desse modo, os católicos ao redor do mundo dedicam esse dia para honrar a Virgem e agradecer as graças concedidas pelas mãos de Nossa Senhora.

A história de Nossa Senhora das Graças

Santa Catarina Labouré, a vidente de Nossa Senhora das Graças

Catarina Labouré, a vidente de Nossa Senhora das Graças.
Santa Catarina Labouré. Fonte: The Basilica Shrine

Catarina Labouré, nascida em 2 de maio de 1806, dedicou-se à vida religiosa após a morte de sua mãe. Sendo assim, a jovem ingressou na Ordem das Filhas da Caridade em 1830, aos 23 anos, mas desde a infância, destacava-se pela devoção e seriedade com a qual vivia a fé. Suas visões eram frequentes, desde os primeiros dias de vida religiosa. Embora as mais conhecidas — e extraordinárias — sejam as aparições de Nossa Senhora das Graças, Catarina de Labouré costumava ver Jesus Cristo em frente ao Santíssimo e, por três vezes, viu também São Vicente de Paulo, o fundador da Ordem, sobre o relicário contendo seu coração incorrupto.

Conheça a cronologia da vida da Virgem.

A primeira visão

Na noite de 18 de julho de 1830, véspera da Festa de São Vicente de Paulo, Catarina Labouré foi despertada por seu anjo da guarda, que se manifestou como uma criança luminosa. Dessa forma, orientada pelo anjo, Catarina dirigiu-se à capela, onde a Santíssima Virgem Maria a aguardava. A jovem hesitou a princípio, mas foi assegurada de que todos estavam dormindo. E, ao adentrar a capela, testemunhou uma luminosidade extraordinária, como se preparada para a Missa da meia-noite. 3

Ao alcançar o santuário, Catarina se ajoelhou, testemunhando a aparição da Santíssima Virgem. A Mãe Celestial sentou-se graciosamente na cadeira próxima ao Evangelho. Catarina, tomada pela emoção, ajoelhou-se ao lado dela, vivenciando os momentos mais doces de sua vida. Em seguida, o anjo revelou que a Virgem Maria desejava falar com Catarina. Assim, Nossa Senhora confiou-lhe uma missão divina em meio a tempos difíceis na França e no mundo. Além disso, prometeu a proteção divina e a efusão de graças para todos que as buscarem com confiança e fervor. 4

Deus deseja encarregar-te de uma missão. Tu serás contraditada, mas não temas, pois terás a graça para fazer o que é necessário. […] Os tempos são maus na França e no mundo. Vem ao pé do altar. Graças serão derramadas sobre todos, grandes e pequenos, especialmente aqueles que procurarem por elas. Terás a proteção de Deus e de São Vicente. Eu sempre terei os olhos em ti. […] 4

A segunda visão

A segunda aparição da Virgem à Santa Catarina Labouré foi a que consolidou a criação da Medalha Milagrosa e fortaleceu a devoção à intercessão de Nossa Senhora das Graças. Ela aconteceu a 27 de novembro, durante a meditação comunitária na capela.

A Virgem Maria se revelou em uma visão esplêndida. Vestida de branco, com um véu delicado, ela segurava uma bola dourada simbolizando o mundo, adornada com anéis representando as graças divinas. A Virgem explicou que as pedras nos anéis eram símbolos das graças que ela derrama sobre aqueles que as solicitam. O globo dourado desapareceu, dando lugar a uma moldura oval com a inscrição “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. 5

A visão disse então: “Manda gravar uma medalha de acordo com este modelo. Todos aqueles que a usarem receberão grandes graças; eles devem usá-la em volta do pescoço. Abundarão graças para aqueles que a usarem com confiança”. 6

A Medalha Milagrosa, conforme o pedido de Nossa Senhora à Santa Catarina Labouré.

[…]

A terceira visão

Na terceira aparição de Nossa Senhora das Graças a Catarina Labouré, a visão ocorreu de maneira semelhante à segunda, mas com a Virgem Maria posicionada acima e atrás do sacrário, no lugar agora ocupado por uma estátua que reproduz a cena. 6 Assim, ela reforçou a importância da criação da Medalha Milagrosa e o propósito de graças abundantes para aqueles que a usassem com confiança.

Catarina, após enfrentar desafios para a produção e distribuição das medalhas, testemunhou a rápida aceitação da Medalha Milagrosa como um objeto de devoção e fonte de graças extraordinárias. Sem dúvida, a terceira aparição consolidou a missão celestial de Nossa Senhora das Graças e sua intercessão contínua na vida dos fiéis que buscam as graças e a proteção da Virgem.

imagem de Nossa Senhora das Graças na capela da Medalha Milagrosa, em Paris.
Presbitério da Capela de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, em Paris

Você sabe quais são os dogmas marianos? Confira aqui.

Nossa Senhora das Graças na Bíblia

Nossa Senhora das Graças encontra um eco significativo nas Bodas de Caná, um episódio onde Maria desempenha um papel fundamental na mediação da graça divina. Durante uma festa de casamento em Caná (João 2, 1-11), Maria percebe a falta de vinho — que simboliza a necessidade humana. E com compaixão materna, ela intercede junto Jesus, dizendo aos servos: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. Sendo assim, a observação ativa da Virgem demonstra a confiança na capacidade de seu filho de atender às necessidades humanas.

Essa intercessão resulta no milagre da transformação da água em vinho, revelando a generosidade e a abundância da graça divina. Portanto, nessa narrativa bíblica, Maria emerge como dispensadora e mediadora da graça, antecipando o papel de Nossa Senhora das Graças na tradição católica. Assim como nas Bodas de Caná, onde a intercessão de Maria conduziu à manifestação da graça abundante, os devotos veem Nossa Senhora da Medalha Milagrosa como um canal de graças, o que fortalece a fé na intercessão materna e na obtenção das bênçãos divinas através dela.

[…]

Nossa Senhora das Graças nas nossas vidas

Embora as aparições de Nossa Senhora sejam grandiosas e tragam uma mensagem à humanidade, elas também se destinam especialmente a cada um de nós. Nossa Senhora das Graças desempenha nas nossas vidas o papel sublime de medianeira de todas as graças. Essa designação está enraizada na tradição católica, refletindo a crença de que Maria intercede junto a Deus em favor da humanidade — de cada um de nós que a invoca em particular.

Maria, ao ser coroada com o título de Nossa Senhora das Graças, é vista como a dispensadora generosa das graças divinas. Seu papel como medianeira destaca-se, portanto, na devoção cotidiana quando nós confiamos nela como intercessora que canaliza as graças necessárias para as diversas situações de nossas vidas. Da mesma forma que respondeu ao chamado divino nas Bodas de Caná, Nossa Senhora das Graças continua a desempenhar um papel ativo, guiando e proporcionando graças abundantes àqueles que buscam sua intercessão maternal.

Além disso, muitos santos destacaram o papel da Virgem Maria como mediadora das graças divinas. São Maximiliano Kolbe, por exemplo, descreveu-a como um instrumento nas mãos de Deus para a distribuição das graças. O Papa Bento XVI também proclamou que “não há fruto da graça na história da salvação que não tenha como instrumento necessário a mediação de Nossa Senhora”. 7

A mediação de Maria faz parte do patrimônio da fé cristã e é a partir desta verdade, tão presente nos ensinamentos dos santos como também no Magistério ordinário da Igreja, que a porção dos fiéis pode unir-se mais eficazmente contra os desvios mundanos, a fim de alcançar a coroa do Céu. 8

Reze a Novena a Nossa Senhora das Graças.

Referências

  1. Jo 19, 26[]
  2. CIC, 2677[]
  3. Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.105[]
  4. Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.106[][]
  5. Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.107[]
  6. Joan Carroll Cruz, Aparições de Nossa Senhora. Tradução: Eduardo Levy — 1. ed. — Dois Irmãos, RS : Minha Biblioteca Católica, 2022., p.108[][]
  7. Bento XVI, Homilia, 11 de Maio de 2007[]
  8. VATICAN NEWS, Mediação de Maria, parte do patrimônio da fé cristã[]

Publicado em Minha Biblioteca Católica (24.11.2024) – Redação Minha Biblioteca Católica (O maior clube de leitores católicos do Brasil.)

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