“Poucos homens falaram dos sublimes mistérios de Deus na alma e da alma em Deus como São João da Cruz.” (Carmelo Online – Solenidade – 14 de dezembro)

Fonte: Carmelo Online – Ordem dos Carmelitas Descalços – Província Nossa Senhora do Carmo – Regiões Sul e Centro-Oeste

SOLENIDADE

14 de Dezembro:

São João da Cruz

Ele nasceu como João de Ypes de Alvares em Fontiveros, Castilha, Espanha e foi criado pela sua mãe após a morte de seu pai, quando ainda era menino.

Ele estudou no Colégio Jesuíta em Medina e já era aprendiz com a idade de 15 anos no hospital de Nossa Senhora da Conceição.

Desde a infância o distinguiu sempre uma terna devoção a Maria Santíssima, que mais uma vez lhe salvou a vida, milagrosamente. O que raramente se observa em meninos: O desejo da mortificação, em João era bem pronunciado, quando contava apenas 9 anos. Escolhendo para si um leito duro, poucas horas de sono dava ao corpo, castigando-o ainda com jejuns assaz rigorosos. Estudante , ainda tinha por ocupação predileta visitar doentes nos hospitais e prestar-lhes serviços de enfermeiro.

Em 1563 ele entrou para o Monastério das dos Carmelitas em Medina do Campo e tomou o nome de João de São Mathias, e após o noviciado foi enviado para o monastério Carmelita perto da Universidade de Salamanca. Ele estudou ali de 1564 a 1568 e foi ordenado em 1567.

Uma vez feito religioso, não se satisfazia com as praxes disciplinares usuais: Tinha o intento de moldar a vida religiosa pelo rigor antigo da Ordem . Tendo chegado o dia da celebração da primeira Missa, examinou a consciência com o maior escrúpulo;  não achando falta com que tivesse gravemente ofendido a Deus, deu muitas graças, pedindo a Nosso Senhor, que o preservasse sempre do pecado mortal. Esta oração foi ouvida, concedendo-lhe Deus a graça da inocência até a morte. Alcançou na perfeição um grau tão elevado, que na sua vida não há exemplo de pecado venial deliberado.

João sentiu que os Carmelitas estavam com excesso de frouxidão e ele considerou passar para a Ordem mais dura dos Cartuzianos, mas foi dissuadido por Santa Tereza d‘Ávila (Santa Tereza de Jesus).

A Ordem dos Cartuxos (do latim Ordo Cartusiensis, O.Cart.) é uma ordem religiosa católica semi-eremítica fundada em 1084, por São Buno, em França.

No passado, esta ordem religiosa dividia-se em dois grupos: os padres e os irmãos leigos. Cada monge tinha acesso à sua própria cela a qual, poucas vezes, abandonava. Três vezes por semana não comiam pão, água ou sal e faziam, muitas vezes por ano, longos jejuns. Os monges cartuxos permaneciam sempre num regime de estrito silêncio e o consumo da carne e do vinho eram-lhes proibidos.

Presentemente, os monges cartuxos continuam ainda a prática, com pequenas modificações, de tal austeridade.

Em Portugal, ainda existe um mosteiro desta Ordem onde se praticam tais costumes, é o Convento de Santa Maria Scala Coeli, em Évora. No Brasil existe também um mosteiro cartuxo, na cidade de Ivorá, RS.

Santa Teresa de Jesus, que foi sua contemporânea, considerava-o santo, e afirma que nunca lhe observou a mínima falta. A mesma Santa conheceu São João da Cruz, por ocasião da fundação dum convento em Medina del Campo. João, levado pela inclinação à vida austera, tencionava entrar na Ordem dos  Cartuxos, mas  antes de tomar qualquer resolução definitiva neste sentido,  pediu o conselho de Santa Teresa. Esta lhe disse, que  mais acertado, andaria por ser mais do agrado de Deus, se permanecesse na Ordem Carmelita, e se incumbisse também da reforma da disciplina regular; era esta a vontade de Deus. João apresentou este  plano a Deus nas orações e ao confessor, e decidiu seguir a opinião de Santa Teresa.  Em pouco tempo, conseguiu a graça de Deus a  reforma de alguns conventos da Ordem.  A opiniões contrárias fechava os ouvidos,  dizendo que o caminho estreito para o Céu,  não exigia causa de menos  valor.

João imediatamente conseguiu permissão para aderir ao rígido ascetismo da regra original da ordem e imediatamente se juntou a Santa Teresa em sua causa. Os dois se tornaram bons amigos e eles em pouco tempo estabeleceram o primeiro monastério dos Descalços em Duruelo, adotando ao mesmo tempo o nome de João da Cruz.

O resto de sua vida foi devotado a promoção, reformas e escritos. De 1571 ele foi o reitor do monastério em Alcala ,de 1572 a 1577 foi o confessor do convento da Incarnação em Ávila e conseguiu em 1579 a separação das Carmelitas em Carmelitas Calçadas e Descalças, duas comunidades separadas, sendo a Segunda com regras bem mais duras.

De 1579 a 1582 ele foi o Reitor do Colégio que ele fundou em Baeza e depois Reitor em Granada e Prior em Segovia. Através dos anos João sofreu grandes provações. Sofreu vários julgamentos e severas oposição às suas reformas mesmo dentro da Ordem, especialmente daqueles frades que recusavam a validade dos Carmelitas Descalços e tramavam intrigas e esquemas contra Santa Tereza de Jesus e São João da Cruz.

Em 1577, por exemplo, ele ficou preso em uma cela no Monastério de Toledo, escapando após nove meses com um corda feita de pedaços de pano e subiu para a liberdade no dia da Festa da Ascensão.

Ele se refugiou no Monastério de El Calvário em Andaluzia . Ele viveu em constante ameaça da Inquisição Espanhola e foi muito maltratado por Nicola Doria eleito superior da Ordem dos Carmelitas Descalços em 1583.

A política de Doria era tão cruel que João se opôs a ele no Conselho Geral em 1791. Isto levou a Doria a retirar dele todos os postos e bani-lo para o Monastério de La Peneula, em Andaluzia. João morreu em 14 de dezembro de 1591 no Monastério de Ubeba.

Conhecido como Doutor em Teologia Mística, João era um místico, teólogo e poeta que compôs ricos trabalhos onde encontramos profundas expressões místicas em tratados, em forma de poemas com comentários teológicos. Estes renomados poemas incluem o “Cântico Espiritual “, “Ascensão ao Monte Carmel”, “Chama de Amor” e “Noite Sombria da Alma”. Através destes trabalhos João apresenta o desenvolvimento da alma humana através da purgação, iluminação e união com Jesus.

Ele permanece um dos mais expressivos e profundos teólogos místicos da historia da Igreja.

Foi beatificado em 1675,
Canonizado em 1726 pelo Papa Benedito XIII
Ddeclarado Doutor da Igreja em 1926 pelo Papa Pio XI.
Em 1952 foi proclamado “Patrono dos Poetas Espanhóis”.

Talvez a mais bela e completa descrição física e espiritual do Santo Fundador tenha sido feita por Frei Eliseu dos Mártires que com ele conviveu em Baeza: “Homem de estatura mediana, de rosto sério e venerável. Um pouco moreno e de boa fisionomia. Seu trato era muito agradável e sua conversa bastante espiritual era muito proveitosa para os que o ouviam. Todos os que o procuravam saíam espiritualizados e atraídos à virtude. Foi amigo do recolhimento e falava pouco. Quando repreendia como superior, que o foi muitas vezes, agia com doce severidade, exortando com amor paternal..” Santa Teresa de Jesus o considerava “uma das almas mais puras que Deus tem em sua Igreja. Nosso Senhor lhe infundiu grandes riquezas da sabedoria celestial. Mesmo pequeno ele é grande aos olhos de Deus. Não há frade que não fale bem dele, porque tem sido sua vida uma grande penitência”. Poucos homens falaram dos sublimes mistérios de Deus na alma e da alma em Deus como São João da Cruz.

Publicado em Ordem dos Carmelitas Descalços – Província Nossa Senhora do Carmo – Regiões Sul e Centro-Oeste.

“A Santíssima Virgem foi preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição.” Solenidade da Imaculação Conceição de Maria – 8 de dezembro (Lepanto)

Fonte/imagem/artigo: Catedral Nossa Senhora do Carmo – Santo André-SP – Artigo: “Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora”

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Fonte: Lepanto – Frente Universitária e Estudantil

A Imaculada Conceição

Reza o dogma católico que a Bem-aventurada Virgem Maria, desde o primeiro instante de sua conceição, foi preservada da nódoa do pecado original, por privilégio único de Deus e aplicação dos merecimentos de seu divino Filho.

O dogma abrange dois pontos importantes:

a) O primeiro é ter sido a Santíssima Virgem preservada da mancha original desde o princípio de sua conceição. Deus abrogou para ela a lei de propagação do pecado original na raça de Adão; ou por outra, Maria foi cumulada, ainda no começo da vida, com os dons da graça santificante.

b) No segundo, vê-se que tal privilégio não era devido por direito. Foi concedido na previsão dos merecimentos de Jesus Cristo. O que valeu a Maria este favor peculiar foram os benefícios da Redenção, na previsão dos méritos de Jesus Cristo, que já existiam nos eternos desígnios de Deus.

Como se dá a transmissão do Pecado Original

Primeiramente, é necessário esclarecer em que consiste a transmissão do “Pecado Original”. A lei geral: “Todos os homens pecaram num só” é o grande argumento dos protestantes contra a “Imaculada Conceição”. Tal lei é certa e, segundo vamos demonstrar, não encontra a mínima contradição com o dogma católico.

S. Francisco de Sales, no seu “Tratado do amor de Deus”, exprime essa verdade de um modo singelo e glorioso! “A torrente da iniqüidade original veio lançar as suas ondas impuras sobre a conceição da Virgem Sagrada, com a mesma impetuosidade que sobre a dos demais filhos de Adão; mas chegando ali, as vagas do pecado não passaram além, mas se detiveram, como outrora o Jordão no tempo de Josué, aqui respeitando a arca da aliança a torrente parou; lá em atenção ao Tabernáculo da verdadeira aliança, que é a Virgem Maria, o pecado original se deteve.”

Os protestantes deveriam compreender a diferença essencial que há entre “pecar em Adão” e “pecar pessoalmente”, como são coisas bem distintas pertencer a uma raça pecadora e ser pecador.

De que modo, afinal, contraímos nós o pecado original?

Tal transmissão não se pode fazer pela “criação” da alma; afirmar isso seria dizer que Deus é o autor do pecado, o que é impossível e repugna. Não se transmite tão pouco pelos pais, pois a alma dos filhos não se origina das almas dos pais, mas é criada por Deus. A transmissão se efetua pela “geração”.

A alma é criada por Deus no estado de inocência perfeita, mas contrai a “mácula”, unindo-se a um corpo formado de um gérmen corrompido, do mesmo modo que ela sofreria, se fosse unida a um corpo ferido. É a opinião de Santo Tomás.

Santo Agostinho diz a propósito: “Apesar de nascerem de pais batizados, os filhos vêm à luz com o pecado original, como do trigo inutilizado germina uma espiga, em que o grão é misturado com a palha.”

Nesse mistério do nascimento de uma criança, pelo exposto, opera-se uma dupla conceição: a da alma e a do corpo. Foi nesse momento quase imperceptível que Deus preservou do pecado original a “pessoa” de Maria Santíssima. Criou sua alma, como criou as nossas. Os progenitores de Nossa Senhora formaram-lhe o corpo, como nossos pais formaram o nosso. Até aqui tudo é natural; o milagre da preservação limita-se ao instante em que o Criador uniu a alma ao corpo.

Desta união devia resultar a “transmissão do pecado”. Deus fez parar o curso desta transmissão, de modo que nela a união se operou, como se tinha realizado na pessoa de Adão, quando Deus, depois de ter feito o corpo do primeiro homem, soprou nele o espírito, constituindo-o na perfeição da inocência e justiça original.

Maria é uma segunda Eva… mas Eva antes de sua queda! Tal é a sublime doutrina da Igreja de Cristo.

Publicado em Lepanto.

“Advento significa portanto fazer memória da primeira vinda do Senhor na carne, significa reconhecer que Cristo presente entre nós se faz nosso companheiro de viagem na vida da Igreja que celebra o seu mistério.” – Homilia de Bento XVI sobre o Advento (Flos Carmeli – 03.12.2010)

Fonte: Flos Carmeli

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reflexão para o Tempo do Advento

Homilia de Bento XVI
“Com este primeiro domingo de Advento, entramos naquele tempo de quatro semanas com o qual inicia um novo ano litúrgico e que imediatamente nos prepara para a festa do Natal, memória da encarnação de Cristo na história. Mas a mensagem espiritual do Advento é mais profunda e projecta-nos já para a vinda gloriosa do Senhor, no final da história. Adventus é a palavra latina que se poderia traduzir por “chegada”, “vinda”, “presença”. Na linguagem do mundo antigo era uma palavra técnica que indicava a chegada de um funcionário, em particular a visita de reis ou de imperadores às províncias, mas também podia ser utilizada para o aparecimento de uma divindade, que saía da sua habitação escondida e assim manifestava o seu poder divino: a sua presença era celebrada solenemente no culto.
Adoptando a palavra Advento, os cristãos pretendiam expressar a relação especial que os unia a Cristo crucificado e ressuscitado. Ele é Rei que, tendo entrado nesta província chamada terra, nos fez o dom da sua visita e, depois, da sua ressurreição e ascensão connosco: sentimos esta sua misteriosa presença na assembleia litúrgica. Celebrando a Eucaristia, proclamamos de facto que Ele não se retirou do mundo e não nos deixou sozinhos e, mesmo se não o podemos ver nem tocar como acontece com as realidades materiais e sensíveis, contudo Ele está connosco e entre nós; aliás, está em nós, porque pode atrair a si e comunicar a própria vida a cada crente que lhe abre o coração.
Advento significa portanto fazer memória da primeira vinda do Senhor na carne, significa reconhecer que Cristo presente entre nós se faz nosso companheiro de viagem na vida da Igreja que celebra o seu mistério. Esta consciência, queridos irmãos e irmãs, alimentada pela escuta da Palavra de Deus, deveria ajudar-nos a ver o mundo com olhos diferentes, a interpretar cada um dos acontecimentos da vida e da história como palavras que Deus nos dirige, como sinais do seu amor que nos garantem a sua proximidade em cada situação; nesta consciência, sobretudo, deveria preparar-nos para O acolher quando “vier de novo na glória para julgar os vivos e os mortos, e o seu reino não terá fim”, como repetiremos daqui a pouco no Credo. Nesta perspectiva o Advento torna-se para todos os cristãos um tempo de expectativa e de esperança, um tempo privilegiado de escuta e de reflexão, sob a condição de que nos deixemos guiar pela liturgia que convida a ir ao encontro do Senhor que vem.
“Vinde, Senhor Jesus”: esta fervorosa invocação da comunidade cristã do início deve tornar-se, queridos amigos, também a nossa aspiração constante, a aspiração da Igreja de todas as épocas, que anseia e se prepara para o encontro com o seu Senhor; iluminai-nos, dai-nos a paz, ajudai-nos a vencer a violência. Vinde, Senhor, rezamos precisamente nestas semanas
(…)
Preparar-nos para o advento de Cristo é também uma exortação que tiramos do Evangelho de hoje: “Vigiai”, diz-nos Jesus na breve parábola do dono de casa que parte mas não se sabe quando regressará (cf. Mc 13, 33-37). Vigiar significa seguir o Senhor, escolher o que Cristo escolheu, amar o que Ele amou, conformar a própria vida com a sua; vigiar exige que se transcorra cada momento do nosso tempo no horizonte do seu amor, sem nos deixarmos abater pelas inevitáveis dificuldades e problemas quotidianos. Assim fez São Lourenço, assim devemos fazer nós e peçamos ao Senhor que nos conceda a sua graça para que o Advento seja estímulo para que todos caminhem nesta direcção.”
I Domingo de Advento, 30 de Novembro de 2008 – Trecho da Homilia de Bento XVI proferida na Basílica de São Lourenço Fora dos Muros.

Postado por Flos Carmeli.

Publicado por Flos Carmeli.

Papa recomenda a Igreja na China às orações dos católicos do mundo inteiro (Agência Fides – 01.12.2010)

Fonte/imagem/artigo: Radio Nederland Internacional – “Restrições ao cristianismo na China”

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Fonte: Agência Fides

01.12.2010

VATICANO – O Papa recomenda a Igreja na China às orações dos católicos do mundo inteiro

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – No final da Audiência Geral, o Santo Padre Bento XVI fez o seguinte apelo pela Igreja na China: “Peço aos fiéis presentes e aos católicos do mundo inteiro para que rezem pela Igreja na China, que está vivendo momentos particularmente difíceis. Peço à Virgem Maria, Auxílio dos Cristãos, para que ajude todos os bispos chineses, a mim tão queridos, a testemunharem sua fé com coragem, colocando toda esperança no Salvador que esperamos. Confiamos à Virgem todos os católicos desse amado país, para que, com a sua intercessão, possam viver uma autêntica existência cristã em comunhão com a Igreja Universal, contribuindo assim para a harmonia e o bem comum de seu nobre povo”.
(SL) (Agência Fides 01/12/2010)

“Frei João da Cruz, o Homem Interior” – Comunidade Santa Teresa (OCDS) – Província Nossa Senhora do Carmo – Sul – Brasil

Fonte/imagem: OCDS – Província São José

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Fonte: Comunidade Santa Teresa (OCDS) – Província Nossa Senhora do Carmo – Sul – Brasil

FREI JOÃO DA CRUZ, O HOMEM INTERIOR

(…) Frei João da Cruz assume, desde inícios de novembro de 1578, a responsabilidade de vigário no convento de El Calvario e a direção das monjas de Beas. E essa será sua ocupação durante os próximos dez anos: governo e direção dos religiosos e religiosas seguidores da Madre Teresa de Jesus.

A chave para compreender este período da vida de frei João no-la dá a mesma Santa numa carta à priora de Caravaca em dezembro de 1579: “Filha, procurarei que o Padre Frei João da Cruz passe por aí. Faça de conta que sou eu; abram-lhe com franqueza suas almas. Consolem-se com ele, que é alma a quem Deus comunica o seu Espírito”.

No capítulo quarto já vimos a importância que dava a Madre Teresa, nas comunidades que ia criando, à figura da superiora-mestra de espírito. Das qualidades extraordinárias da Madre Fundadora para essa missão, dão testemunho seus escritos e suas filhas que, inclusive depois de ter saído de sob seu magistério imediato, aproveitavam a passagem da Madre a caminho de novas fundações para continuar tratando de suas almas com ela. O “façam de conta que sou eu”, tem , pois, o sentido de uma recomendação incondicional do estilo espiritual de frei João da Cruz, que tinha assimilado plenamente o espírito da Madre Fundadora.

E como à Madre Fundadora suas filhas de Ávila pediram-lhe que deixasse por escrito o conteúdo de suas conversações espirituais para poderem ruminar sua doutrina e tirar dela maior proveito, também ao frei João da Cruz começaram a pedir o mesmo. Graças a isso podemos documentar o período histórico mais importante de sua vida e também nós podemos aproveitar de sua experiência e magistério.

Os primeiros escritos conservados – além das poesias que compôs no cárcere – reproduzem o esquema do Monte, ditos e máximas espirituais e dois brevíssimos tratados intitulados Cautelas e Avisos a um religioso. Por eles podemos ter uma idéia da experiência e conhecimento do mundo interior que possuía o Santo a dez anos de distância de seu encontro com Teresa de Jesus, vemos quais são os temas de suas conversações e práticas espirituais e quais os pontos-chave de sua pedagogia para encaminhar as almas para a verdadeira contemplação.

Se do valor histórico desses documentos queremos passar a sua utilidade espiritual, perene e sempre atualíssima, bastarão um par de indicações metodológicas para evitar tropeços. Em primeiro lugar tenha-se presente o título que o Santo mesmo colocou em suas máximas: “Ditos de luz e amor”, e como o amor e a luz não podem ser classificados, tampouco esses ditos podem reduzir-se a axiomas matemáticos, mas  devem ser meditados, buscando-se neles a profundidade e a amplidão de sentido que têm nos lábios do mestre e que transcende as circunstâncias particulares nas quais podia se achar a alma que lhos pediu ou o momento determinado em que foram escritos.

O mesmo pode-se dizer, e com maior razão, de seus breves tratados. Contêm uma orientação, um verdadeiro sistema de vida cuja utilidade espiritual não está condicionada por nenhuma circunstância: “Resignação, mortificação, exercício das virtudes e solidão física e espiritual”. Cada alma irá vendo dia por dia, momento por momento, em qual desses aspectos deverá reforçar a vigilância ou aumentar a generosidade: recomendando resignação, o Santo ensina a não querer solução para tudo, a não meter-se alguém onde não é chamado, livrando-se de desassossegos estéreis e, inclusive, nocivos, que costumam encobrir-se com capa de zelo; recomenda a mortificação especialmente com os de casa, pois todos os desejos de imitar a Cristo crucificado caem por terra se não se sabe aceitar com paciência e humildade as limitações, reais ou aparentes, daqueles que nos rodeiam; o exercício de virtudes mais seguro o Santo indica-o no cumprimento cotidiano do próprio dever, empenhando-se nele com perseverança, só por amor de Deus, evitando com cuidado toda inclinação ao próprio brilho e buscando antes aquilo que ninguém quer fazer; por solidão física e espiritual entende, finalmente, a solicitude da alma para recolher-se em Deus assim que suas obrigações o permitirem, vivendo em contínua oração e desprezando todo pensamento que não vai direcionado para Deus.

“Com isso, não pretendo insinuar que se descuide do ofício de que o encarregaram ou de qualquer outro que a obediência lhe designe, não empregando toda a solicitude requerida. O que quero dizer é que deve executá-lo de modo a ficar nele isento de culpa, pois isto não o quer Deus nem os superiores” [15] .

As Cautelas contêm a mesma substância de doutrina, com o acréscimo de algumas orientações práticas sobre o modo de considerar o superior religioso, que a um leitor superficial poderiam parecer um contraste com o magistério teresiano. Para compreender o sentido de tais contradições aparentes, convém ter presente que costumam se acentuar alguns aspectos com mais ou menos intensidade, segundo as circunstâncias em que se fala dos mesmos.

Por isso, é necessário, para conhecer o pensamento de um autor, recolher todas as suas expressões e fazer com elas uma síntese completa. Bastará indicar aqui que, quando a Santa fala com suas filhas, dirige-se a comunidades onde reina a paz e a harmonia e não necessita, como frei João quando fala com as Descalças de Beas em conflito momentâneo com o provincial, explicar-lhes o mistério de um superior inepto ou o modo de tirar proveito espiritual de um mau governo.

Por isso, o Santo distingue, em perfeito acordo com Teresa, entre o que é “sentimento particular” e o que diz respeito ao bem comum. A Santa recomenda a obediência sempre e se há algo a corrigir no superior, não há de se corrigir com a murmuração, senão através da autoridade competente: se a experiência demonstra que a superiora não é apta para o cargo “não se deve deixar passar o primeiro ano sem tirá-la do cargo. Porque em um não pode causar muito dano, mas em três pode destruir o convento” [16] .

Frei João recomenda essa mesma submissão e põe em guarda contra os estragos que o demônio costuma causar entre os religiosos quando estes não olham a obediência com olhos sobrenaturais; mas não proíbe de fazer uso da luz natural para ajudá-la. Vemos, com efeito, que ele pessoalmente apoiou a “rebelião” das monjas da Encarnação contra o provincial, animando-as a preferir a Madre Teresa como priora, pagando com o cárcere a sua postura [17] , e continuava apoiando as monjas de Beas que, valendo-se da situação geográfica pouco definida de seu convento, não prestavam obediência nem ao provincial de Andaluzia nem ao de Castela, apesar dos decretos do núncio.

As religiosas que tiveram a dita de experimentar a eficácia dessa doutrina e compartilhar as confidências espirituais de frei João da Cruz o batizaram de “homem interior”. Porém, essa interioridade não impediu o Santo de desenvolver uma atividade extraordinária nos mais variados ministérios, quando o serviço de Deus e o bem das almas o exigiam.

O Santo trata várias vezes do tema em seus escritos, sobretudo no Cântico, onde achamos uma frase que se tornou proverbial: “É mais precioso diante dele e da alma um pouquinho desse puro amor e de maior proveito para a Igreja, embora pareça nada fazer a alma, do que todas as demais obras juntas”. Frase que vem precedida de uma exegese admirável das palavras do Senhor a Marta: “Uma só coisa é necessária” (Lc 10), com um convite explícito a evitar interpretações unilaterais: “Notemos aqui o seguinte: enquanto a alma não chega ao perfeito estado de união de amor, convém exercitar-se no amor tanto na vida ativa como na vida contemplativa” [18] .

E na vida ativa e na contemplativa o Santo prosseguiu exercitando-se, como deduz-se de seus escritos e de suas biografias, deixando-nos em sua vida o modelo mais perfeito de equilíbrio entre ação e contemplação, que recomenda em seus escritos. (…)

Autor: Frei Ildefonso Moriones,  OCD.
Do livro: “O CARMELO TERESIANO – Páginas de sua história”

Tradução do original: Monjas do Mosteiro de São José, Jundiaí – SP, Brasil.

Fonte: http://www.ocd.pcn.net/hp_5.htm#8

Publicado em Comunidade Santa Tresa (OCDS).

Papa faz apelo no I Domingo do Advento “para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para procurar condições favoráveis e redes de apoio ao acolhimento e ao desenvolvimento da vida” (Agência Fides – 29.11.2010)

Fonte: Internet

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Fonte: Agência Fides

29.11.2010

VATICANO – O apelo do Papa “para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para procurar condições favoráveis e redes de apoio ao acolhimento e ao desenvolvimento da vida”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Exorto os protagonistas da política, da economia e da comunicação social a fazerem o que está em suas possibilidades, para promover uma cultura sempre respeitosa da vida humana, para procurar condições favoráveis e redes de apoio ao acolhimento e ao desenvolvimento da vida”: é o apelo que o Santo Padre Bento XVI lançou sábado à tarde, 27 de novembro, na Basílica Vaticana, durante a celebração das Primeiras Vésperas do I Domingo do Advento, precedida pela Vigília de oração pela vida nascente. “O início do Ano Litúrgico nos faz viver novamente a espera de Deus que se fez carne no seio da Virgem Maria, do Deus que se fez pequeno, se tornou uma criança” – disse o Papa na homilia; nos fala da vinda de um Deus próximo, que quis repercorrer a vida do homem, desde o início e isto para salvá-la totalmente, em plenitude. E assim o mistério da Encarnação do Senhor e o início da vida humana estão intimamente e harmonicamente ligadas entre si, entre o único desígnio salvífico de Deus, Senhor da vida de todos e de cada um’. O Santo Padre reiterou que “o ser humano é uma pessoa capaz de entender e querer, autoconsciente e livre, único e insubstituível” que “tem o direito de não ser tratado como um objeto que deve ser possuído ou como uma coisa que pode ser manipulada como quiser, de não ser reduzido a puro instrumento para a vantagem dos outros e de seus interesses. A pessoa é um bem in si mesma e é preciso buscar sempre o seu desenvolvimento integral. O amor para com todos, se é sincero, espontaneamente se torna atenção preferencial para os mais vulneráveis e mais pobres. Nesta linha se enquadra a solicitude da Igreja pela vida nascente, a mais frágil, a mais ameaçada pelo egoísmo dos adultos e pelo obscurecer das consciências”. Diante de algumas tendências culturais atuais, a própria ciência reconhece que o embrião no seio materno não é uma massa de material biológico, mas um novo ser vivo, dinâmico e maravilhosamente ordenado, um novo indivíduo da espécie humana. “Assim foi Jesus no seio de Maria; assim foi cada um nós, no seio da mãe”. Infelizmente – prosseguiu Bento XVI – também depois do nascimento, a vida das crianças continua sendo exposta ao abandono, à fome, miséria, doença, abusos, violência, exploração. As múltiplas violações de seus direitos que se cometem no mundo ferem dolorosamente a consciência de toda pessoa de boa vontade. Diante do triste panorama de injustiças cometidas contra a vida humana, antes e depois do nascimento, faço minhas as palavras do Papa João Paulo II em favor da responsabilidade de todos e de cada um: “Respeita, defende, ama e serve a vida, toda vida humana! Somente neste caminho encontrarás justiça, desenvolvimento, verdadeira liberdade, paz e felicidade” (Enc. Evangelium vitae, 5).” (SL) (Agência Fides 29/11/2010)

* O texto integral da homilia do Santo Padre, em italiano

“O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «angústia» (1Cor 7, 26) e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília” – Dia dedicado a Nossa Senhora das Graças

Fonte/imagem/texto: Blog Rainha do Carmelo – OCDS

“(…)O tempo presente é, segundo o Senhor, o tempo do Espírito e do testemunho mas é também um tempo ainda marcado pela «angústia» (1Cor 7, 26) e pela provação do mal, que não poupa a Igreja e inaugura os combates dos últimos dias. É um tempo de espera e de vigília. (…)”

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Fonte: Lepanto

Nossa Senhora das Graças – Medalha Milagrosa (1830)

Capela das aparições na Rue du Bac, em Paris

Foi em 1830 que Nossa Senhora apareceu, em Paris, a Santa Catarina Labouré, então jovem religiosa, e lhe ensinou a devoção da Medalha Milagrosa.

“Fazei cunhar uma medalha com este modelo. Todas as pessoas que a usarem receberão grandes graças, trazendo-a ao pescoço. As graças serão abundantes para as pessoas que a usarem com confiança” — prometeu a Santíssima Virgem.

A promessa efetivamente se cumpriu.

Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris.

O flagelo se manifestou a 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano. A 1º de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular.

No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da­ Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios que em poucos anos tornariam a Medalha Milagrosa mundialmente célebre.

O Arcebispo de Paris, que autorizara a cunhagem da Medalha e recebera logo algumas das primeiras, alcançou imediatamente uma graça extraordinária por meio delas, e passou a ser propagandista entusiasta e protetor da nova devoção. Também o Papa Gregório XVI recebeu um lote de medalhas, e passou a distribuí-las a pessoas que o visitavam.

Até 1836, mais de 15 milhões de medalhas tinham sido cunhadas e distribuídas, no mundo inteiro. Em 1842, essa cifra atingia a casa dos 100 milhões. Dos mais remotos países chegavam relatos de graças extraordinárias alcançadas por meio da medalha: curas, conversões, proteção contra perigos iminentes etc.

Prodigiosa conversão

Mas, em janeiro de 1842, a conversão espetacular do judeu Afonso Ratisbonne — que apresenta notável analogia com a conversão do Apóstolo São Paulo na estrada de Damasco — chamaria ainda mais as atenções sobre a Medalha Milagrosa. Ratisbonne, jovem banqueiro de Estrasburgo, cheio de preconceitos e antipatias contra a Igreja Católica, estava viajando por Roma quando aceitou, meio a contragosto, uma Medalha Milagrosa que lhe ofereceu um nobre francês. Poucos dias depois, inesperada e milagrosamente, a Virgem lhe apareceu na Igreja de Sant’Andrea delle Fratte, e em poucos segundos o antigo inimigo da Igreja transformou-se no apóstolo ardoroso que viria a fundar, juntamente com seu irmão Padre Teodoro Ratisbonne, a Congregação dos Missionários de Nossa Senhora de Sion, dedicada à conversão dos judeus.

Em 1876, ano da morte de Santa Catarina Labouré, mais de um bilhão de Medalhas Milagrosas já espalhavam graças pelo mundo.

Em 1894, a Santa Igreja instituiu a festa litúrgica de Nossa Senhora da Medalha Milagrosa, a ser celebrada no dia 27 de novembro.

Em 1980, quando se comemoravam 150 anos da revelação da Medalha Milagrosa, o próprio João Paulo II, compareceu como peregrino ao local das aparições.

La Salette, Lourdes, Fátima

Para os devotos e propagandistas de Fátima, a Medalha Milagrosa tem um significado muito especial.

As aparições de Nossa Senhora a Santa Catarina Labouré, em 1830, marcaram o início de um ciclo de grandes revelações mariais. Esse ciclo prosseguiu em La Salette (1846), em Lourdes (1858) e culminou em Fátima (1917).

Desde 1830 Nossa Senhora se manifesta deplorando os pecados do mundo, oferecendo perdão e misericórdia à humanidade pecadora e prevendo severos castigos caso ela não se convertesse. Mas também anunciando que, após esses castigos, viria um triunfo esplendoroso do Bem.

Em novembro de 1876, um mês antes de sua morte, Santa Catarina Labouré afirmou: “Virão grandes catástrofes…. o sangue jorrará nas ruas. Por um momento, crer-se-á tudo perdido. Mas tudo será ganho. A Santíssima Virgem é quem nos salvará. Sim, quando esta Virgem, oferecendo o mundo ao Padre Eterno, for honrada, seremos salvos e teremos a paz”.

E em 13 de julho de 1917, Nossa Senhora prometeu formalmente em Fátima: “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará”.

Publicado em Lepanto – Frente Universitária.

Pela vossa constância é que sereis salvos! – Sermão 306 de Santo Agostinho , Bispo de Hipona (354-430)

Santo Agostinho, Bispo de Hipona vai nos ensinar algo muito importante sobre a a constância. Antes, no entanto, gostaria de dar meu testemunho. Venho enfrentando dificuldades interiores e exteriores. Assim é com todos os viventes. Tenho experimentado mais o silêncio, mas me sinto inclinada a falar deste momento de minha vida. Alguém pode se beneficiar, tal como eu, quando li alguma coisa da vida interior de alguém se debatendo, na tentativa de vencer a si próprio, sem hesitações. É que descobri, tal como em outras vezes, minha falta de constância. Tenho esperança que , talvez, reconhecendo esta lacuna, Deus tenha piedade de minha situação e, quando de mim for exigida, em outras fases, a constância de que fala Santo Agostinho mais abaixo (que se assemelha à paciência na espera de algo), eu vença a mim mesma estes momentos difíceis. Penso o quanto isto envolve  minha vida interior.

A constância é uma grande virtude, senão um dom de Deus. Mas em nossa fraqueza, constato que  não conseguimos nos manter constantes quando o barco de nossa vida adentra em mar revolto… Agradeço a Deus a pouca constância (podia não ter nenhuma…) que pude vivenciar neste período. Devo-a ainda às muitas preces, súplicas e orações do terço, ainda que eventuais. Preciso aprender dos santos e santas a conquistar este estado de alma. Ser constante é ter fé a ponto de andar sob as águas tal como Jesus nos pede e pediu antes a  São Pedro. No relato do Novo Testamento, temos a consolação de que Ele nos compreende em nossa falta de fé e nos estende a mão… Parece-me que a  constância, em seu grau máximo, somente a apresenta os santos, as santas. Então, como estou decidida a buscar a santidade, que implica em não ser vencida pelas minhas fraquezas, eu suplico: Jesus, aumentai a minha fé. Amém.

(LBN)

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Mártires – Vietnan

Fonte: Blog da Comunidade Rainha do Carmelo (OCDS)

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Pela vossa constância é que sereis salvos!

Comentário ao Evangelho do dia feito por :
Santo Agostinho (354-430), Bispo de Hipona (África do Norte) e Doutor da Igreja
Sermão 306

Queres alcançar a vida onde estarás para sempre liberto do engano? Quem não o quererá? […] Todos queremos a vida e a verdade. Mas como o conseguir? Que caminho seguir? É verdade que não chegámos ainda ao termo da viagem, mas vislumbramo-lo, já […], aspiramos à vida e à verdade. Ambas as coisas estão em Cristo. Que direção tomar, para as alcançarmos? «Eu sou o Caminho», disse Ele. «Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida» (Jo 14, 6).
Eis o que os mártires realmente amaram; eis por que motivos ultrapassaram o amor a bens presentes e efémeros. Não vos surpreenda a sua coragem; foi o amor que, neles, venceu o sofrimento […]; trilhemos os seus passos, de olhos postos n’Aquele que é o seu e o nosso Chefe; se desejarmos alcançar tão grande felicidade, não temamos passar por caminhos difíceis. Aquele que no-lo prometeu é verdadeiro; Ele é fiel, Ele não nos enganaria. […] Por que temer as duras vias do sofrimento e da tribulação? O próprio Salvador as sofreu.
Responderás: «Mas era Ele, o Salvador !» Lembra-te de que os apóstolos também passaram por esses caminhos. Dirás: «Eram apóstolos !». Eu sei. Mas não te esqueças de que, depois deles, um grande número de homens como tu passaram por semelhantes provações […]; e mulheres, também […]; e crianças, mesmo meninas muito pequenas, passaram por tal caminho de provação. Será ainda tão duro, esse caminho afinal já aplanado por tantos que o percorreram?

Postado por Natália Durand, ocds.

Publicado em Blog da Comunidade Rainha do Carmelo (OCDS).

“O Papa reza no Angelus ‘para que em toda parte do mundo seja assegurada a liberdade religiosa a todos’” (Agência Fides – 22.11.2010)

Fonte: Agência Fides

22.11.2010

VATICANO – O Papa reza no Angelus “para que em toda parte do mundo seja assegurada a liberdade religiosa a todos”

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – “Hoje, na Itália, a convite dos Bispos, as comunidades eclesiais rezam pelos cristãos que sofrem perseguições e discriminações, especialmente no Iraque. Uno-me a esta unânime invocação ao Deus da vida e da paz para que em toda parte do mundo, seja assegurada a liberdade religiosa a todos. Sinto-me próximo destes irmãos e irmãs pelo elevado testemunho de fé que oferecem a Deus”. Estas foram as palavras proferidas pelo Santo Padre Bento XVI após rezar a oração do Angelus com os fiéis reunidos na Praça São Pedro, domingo, 21 de novembro. O Papa recordou também a celebração da “Jornada pro Orantibus”, dedicada às monjas e monges de clausura, convidando a “sustentar concretamente tais comunidades” às quais concedeu a sua benção. Antes do Angelus, o Santo Padre comentou o significado da solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo Rei do Universo. “O Evangelho de São Lucas apresenta, como num grande quadro, a realeza de Jesus no momento da crucificação” – disse o Pontífice “justamente na Cruz, Jesus está ‘à altura’ de Deus, que é Amor. Lá, podemos ‘conhecê-lo’. Jesus nos dá a ‘vida’ porque nos dá Deus. E pode nos dá-Lo porque Ele próprio é uma só coisa com Deus”. (SL) (Agência Fides 22/11/2010)

Links: 
O texto integral do discurso do Santo Padre, em várias línguas, está em:
http://www.fides.org/ita/documents/Angelus_21112010.doc

Comunicado final do 7° Colóquio entre o Centro para o Diálogo Inter-religioso da Organização para a Cultura e as Relações Islâmicas e o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (Agência Fides – 16.11.2010)

Fonte: Agência Fides

16.11.2010

VATICANO – Comunicado final do 7° Colóquio entre o Centro para o Diálogo Inter-religioso da Organização para a Cultura e as Relações Islâmicas e o Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso

Cidade do Vaticano (Agência Fides) – Na conclusão do sétimo Colóquio organizado pelo Centro para o Diálogo Inter-religioso da Organização para a Cultura e as Relações Islâmicas de Teerã (Irã) e do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso (Vaticano), realizado em Teerã de 9 a 11 de novembro de 2010, os participantes concordaram o seguinte: 1. Fiéis e comunidades religiosas, fundados em sua fé em Deus, têm um papel específico a desempenhar na sociedade, em um plano de paridade com os outros cidadãos. 2. A religião possui uma intrínseca dimensão social que o Estado tem o dever de respeitar; por conseguinte, no interesse da própria sociedade, a religião não pode ser confinada à esfera privada. 3. Os fiéis são chamados a cooperar na busca do bem comum, com base em uma sólida relação entre fé e razão. 4. É necessário que cristãos e muçulmanos, assim como todos os fiéis e pessoas de boa vontade, cooperem ao responder aos desafios da atualidade, promovendo os valores morais, a justiça, a paz, e defendendo a família, o meio ambiente e os recursos naturais. 5. A fé, por sua própria natureza, exige a liberdade. Por isso, a liberdade religiosa, como direito intrínseco da liberdade humana, deve sempre ser respeitada pelos indivíduos, pelos atores sociais e pelo Estado. Na aplicação deste princípio fundamental, deve ser considerado que o contexto histórico-social de cada social não esteja em contradição com a dignidade humana. 6. A educação das jovens gerações deve se basear na busca da verdade, nos valores espirituais e na promoção do conhecimento.
(S.L.) (Agência Fides 16/11/2010)

“A comunidade religiosa enriquece a Igreja de que é parte viva, antes de tudo com o seu amor” – OCDS – Província de Nossa Senhora do Carmo – Brasil

Fonte: Ordem dos Carmelitas Seculares – Província Nossa Senhora do Carmo – Sul do Brasil

A gratidão do Papa aos consagrados e consagradas!

“Porção eleita do Povo de Deus, os consagrados e consagradas lembram hoje «uma planta com muitos ramos, que assenta as suas raízes no Evangelho e produz abundantes frutos em cada estação da Igreja».

Sendo a caridade o primeiro fruto do Espírito (cf. Gl 5, 22) e o maior de todos os carismas (cf. 1 Cor 12, 31), a comunidade religiosa enriquece a Igreja de que é parte viva, antes de tudo com o seu amor: ama a sua Igreja particular, enriquece-a com seus carismas e abre-a a uma dimensão mais universal…

Perante a diminuição dos membros em muitos Institutos e o seu envelhecimento, evidente em algumas partes do mundo, muitos se interrogam se a vida consagrada seja ainda hoje uma proposta capaz de atrair os jovens e as jovens. Bem sabemos, queridos Bispos, que as várias Famílias religiosas desde a vida monástica até às congregações religiosas e sociedades de vida apostólica, desde os institutos seculares até às novas formas de consagração tiveram a sua origem na história, mas a vida consagrada como tal teve origem com o próprio Senhor que escolheu para Si esta forma de vida virgem, pobre e obediente.

Por isso a vida consagrada nunca poderá faltar nem morrer na Igreja: foi querida pelo próprio Jesus como parcela irremovível da sua Igreja. Daqui o apelo ao compromisso geral na pastoral vocacional: se a vida consagrada é um bem de toda a Igreja, algo que interessa a todos, também a pastoral que visa promover as vocações à vida consagrada deve ser um empenho sentido por todos: Bispos, sacerdotes, consagrados e leigos.

Entretanto, como afirma o decreto conciliar Perfectae caritatis, «a conveniente renovação dos Institutos depende sobretudo da formação dos membros» (n. 18)…A capacidade formativa de um Instituto, quer na sua fase inicial quer nas fases sucessivas, está no centro de todo o processo de renovação.
«De fato, se a vida consagrada é, em si mesma, uma progressiva assimilação dos sentimentos de Cristo, resulta evidente que um tal caminho terá de durar a vida inteira para permear toda a pessoa… e torná-la semelhante ao Filho que Se entrega ao Pai pela humanidade. Assim entendida, a formação já não é apenas um tempo pedagógico de preparação para os votos, mas representa um modo teológico de pensar a própria vida consagrada, que em si mesma é uma formação jamais terminada, uma participação na ação do Pai que, através do Espírito plasma no coração os sentimentos do Filho».

Pelo modo que considerardes mais oportuno, venerados irmãos, fazei chegar às vossas comunidades de consagrados e consagradas, independentemente do serviço claustral ou apostólico que estão desempenhando, a viva gratidão do Papa que de todas e todos se recorda nas suas orações, lembrando em especial os idosos e doentes, quantos atravessam momentos de crise e de solidão, quem sofre e se sente confuso e também os jovens e as jovens que hoje batem à porta das suas Casas e pedem para se entregar a Jesus Cristo na radicalidade do Evangelho.

Agora, invocando o celeste patrocínio de Maria, modelo perfeito de consagração a Cristo, confirmo-vos mais uma vez a minha estima fraterna e concedo-vos, extensiva a todos os fiéis confiados aos vossos cuidados pastorais, uma propiciadora Bênção Apostólica” (Sua Santidade, Papa Bento XVI, Mensagem aos Bispos do Paraná, 5 de Novembro de 2010).

Publicado em OCDS – Província Nossa Senhora do Carmo.

Cristãos feridos no Iraque acolhidos em Roma (Notícia – Rádio Vaticano – 13.11.2010)

Fonte/imagem/texto: Paróquia de Tarouca – Quarta-feira, 3 de Novembro de 2010 : ‘Milhares de pessoas nas ruas de Mossul para condenar ataques contra cristãos’

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Fonte: Rádio Vaticano

13/11/2010 13.38.25

CRISTÃOS  FERIDOS NO IRAQUE ACOLHIDOS EM ROMA

Roma, 13 nov (RV) – Chegou ontem a Roma um grupo de 26 cristãos iraquianos feridos no ataque de Al-Qaeda contra a catedral sírio-católica de Bagdá, que causou a morte de 68 pessoas. Os feridos foram transferidos para a Policlínica Gemelli, de Roma, onde receberão todo o tratamento necessário. O anúncio foi feito pelo Ministério dos Exteriores italiano, explicando que o Ministro, Franco Frattini, acolheu o apelo feito pelo Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone. Ontem, o governo da região da Toscana deu a disponibilidade de acolher os feridos graves que não podem ser curados e iniciar relações e intercâmbios entre os hospitais da Toscana e hospitais de Bagdá. A partida do grupo da capital do Iraque coincidiu com uma missa em memória das 19 vítimas italianas do massacre de Nasiriyah, que foi celebrada precisamente na catedral sírio-católica. Participou da celebração, por ocasião do sétimo aniversário do ataque, o embaixador italiano no Iraque, Gerardo Carante.

Enquanto isso, para a comunidade cristã no país do Golfo, a situação continua dramática. O Arcebispo caldeu de Mossul, Dom Emil Shimoun Nona, – destacou à agência Sir – que “os cristãos têm medo porque sabem o que significa ser vítima de violência, já que eles vivem isso na própria pele”. Segundo o prelado, “a maioria dos cristãos não pensa, no momento, deixar a cidade, apesar de alguns já terem feito isso”. Contudo, diz Dom Nona, “não basta o reforço da segurança ao redor das igrejas e lugares de culto cristãos em Mosul, decidido, após o massacre na igreja em Bagdá, para tranquilizar os fiéis”.

Neste contexto, acrescenta o Bispo de Mosul, “estamos felizes de que a CEI, Conferência Episcopal Italiana, tenha promovido para o próximo 21 de novembro um dia de oração pelos cristãos perseguidos e seus perseguidores. Esperamos que a iniciativa seja adotada também em outros países”.

O bispo saúda, enfim, com satisfação, a formação do novo governo após oito meses de impasse institucional: “A presença de um governo forte e respeitável deveria também ter um impacto positivo sobre a situação dos cristãos. Até agora, os grupos extremistas têm feito o que querem, agora vamos esperar que a situação melhore em termos de segurança e estabilidade”. (SP)

Publicado em Rádio Vaticano.

“O terror bate à porta dos cristãos, e o governo está paralisado” – Agência Fides – 10.11.2010

Fonte: Agência Fides

10.11.2010

ÁSIA/IRAQUE – “O terror bate à porta dos cristãos, e o governo está paralisado”, disse o Arcebispo Matoka

Bagdá (Agência Fides) – “O que podemos fazer, o que podemos dizer? Um profundo desconforto afeta a nossa comunidade. A onda de ataques está cada vez mais forte. Há dez dias, atacaram a nossa catedral. Hoje, atingiram as nossas casas. As famílias choram, todos querem fugir. É terrível”: são as palavras pronunciadas à Agência Fides por Dom Atanase Matti Shaba Matoka, Arcebispo siro-católico de Bagdá, após os ataques desta manhã contra várias casas de fiéis cristãos em Bagdá. Morteiros e dez bombas artesanais atingiram as casas de cristãos em diversas partes de Bagdá entre 4 e 6 da manhã. O balanço provisório é de três mortos e 26 feridos, informou um responsável do Ministério do Interior, recordando que também ontem à noite três casas cristãs foram metralhadas em atentados no distrito de Mansur, sem causar vítimas.

O Arcebispo, pouco antes de seguir em visita às famílias atingidas, disse à Fides: “Apesar dos anúncios, o governo não faz nada para deter essa onda de violência que nos aturde. Há policiais em frente às igrejas, mas hoje foram as casas dos nossos fiéis a serem agredidas. Foram atingidas famílias cristãs caldeias, siro-católicas, assírias e de outras confissões no distrito de Doura. É o terror que bate às nossas portas. As famílias estão desnorteadas. Isso não é vida, dizem. Querem ir embora, e estão indo. O país está em meio à destruição e ao terrorismo. Os cristãos sofrem cada vez mais e querem abandonar o país. Não temos mais palavras”.

O Arcebispo conclui com um caloroso apelo: “Pedimos uma intervenção imediata da comunidade internacional e suplicamos ao Santo Padre e à Igreja universal que venham em nossa ajuda. Hoje, não podemos fazer nada além de esperar e rezar, confiando a nossa vida a Deus. Os cristãos iraquianos dizem em prantos: In manus tuas, Domine”. (PA) (Agência Fides 10/11/2010)

Dois cristãos mortos, enquanto reabre a igreja do massacre; o protesto no Facebook (Notícia – Agência Fides – 08.11.2010)

 

Fonte/imagem/texto: Nova Evangelização  “Jesus no Horto das Oliveiras”

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Fonte: Agência Fides

08.11.2010

ÁSIA/IRAQUE – Dois cristãos mortos, enquanto reabre a igreja do massacre; o protesto no Facebook

Bagdá (Agência Fides) – Volta a liturgia na igreja sírio-católica de Nossa Senhora do Socorro em Bagdá, depois do atentado de cristãos de 31 de outubro, mas permanece o medo entre os fiéis: fontes locais referiram que ontem dois cristãos foram mortos em Bagdá, em circunstâncias que a polícia deve ainda esclarecer. “Não nos surpreendemos mais com estes episódios de violência que são cotidianos”, disse à Fides um sacerdote de Bagdá. Os fiéis iraquianos registram um amplo apoio internacional que também se expressa na web, usando o site de redes sociais Facebook.

Ontem, domingo, 7 de novembro, uma semana após o massacre de 58 pessoas, mais de 200 fiéis participaram da primeira Santa Missa na Igreja de Nossa Senhora do Socorro. Em meio a imponentes medidas de segurança no exterior do edifício, a Igreja reabriu suas portas: o interior foi arrumado e limpo, embora haja ainda visíveis manchas de sangue nas paredes. Como contam as fontes da Fides presentes na celebração, os fiéis se vestiam trajes pretos em sinal de luto e seguravam velas acesas, para recordar os irmãos mortos. Uma grande cruz de círios acesos foi formada no pavimento central da nave, ao lado dos nomes e das fotos dos mortos. O pároco da Igreja, pe. Mukhlas Habash, que celebrou a Eucaristia, destacou que os cristãos estão rezando pelas vítimas e por seus agressores, recordando o mandamento de Jesus “Amai vossos inimigos” e convidando todos ao perdão. O sacerdote definiu os dois padres mortos como ‘mártires’. Segundo o relato de testemunhas, um deles, pe. Thaier Saad Abdal, teria dito aos terroristas. “Matem a mim, mas não esta família com crianças”, e usado seu corpo como escudo. “O futuro dos cristãos iraquianos – concluiu o pároco – não está nas mãos dos homens, mas nas mãos de Deus”. Entretanto, em todo o mundo, os cristãos iraquianos da diáspora fazem ouvir a sua voz e o protesto contra o massacre dos fiéis se propaga também através da Internet: uma ampla campanha foi lançada na rede social Facebook com uma página intitulada “The March Against the Ethnic Cleansing of Iraq’s Indigenous Christians”, que já registra 45 mil adesões. Desde junho de 2004, observam os cristãos no exterior, 66 igrejas foram atacadas com bombas e milhares de fiéis morreram. Os cristãos iraquianos no exterior estão organizando protestos públicos nas ruas em cidades como Londres, Cairo, Sydney, Los Angeles, Detroit, Chicago, Las Vegas, Toronto, e também em outras localidades no mundo, como na Alemanha, Holanda e Suécia, para pedir proteção para os fiéis no Iraque.
(PA) (Agência Fides 8/11/2010)

Bispos iraquianos “se confiam à especial intercessão de Nossa Senhora de Lourdes”(…) – Mensagem de apelo enviada aos prelados franceses diante da insegurança dos cristãos (Agência Fides – 05.11.2010)

 

 

Fonte/imagem: Ordem dos Carmelitas Descalços  Seculares (OCDS)– Província São José

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Fonte: Agência Fides

05.11.2010

ÁSIA/IRAQUE – Os cristãos se confiam à Nossa Senhora de Lourdes

Lourdes (Agência Fides) – “Fiquem conosco, rezem por nós. Precisamos de seu apoio fraterno e moral“: é o apelo que os bispos do Iraque, em nome de todos os cristãos do Iraque, fizeram a todos os fiéis e bispos franceses, reunidos desde o dia 04 de novembro, em Lourdes, para a Assembleia Plenária da Conferência Episcopal. Numa mensagem enviada aos prelados franceses cuja cópia chegou à Agência Fides, os bispos iraquianos se confiam à especial intercessão de Nossa Senhora de Lourdes, “para que o Senhor possa protegê-los neste momento de grande sofrimento”. A mensagem, que será lida no domingo, 7 de novembro em todas as paróquias da França, afirma: “O nosso calvário é pesado e nos parece longo. O massacre na igreja de Nossa Senhora do Socorro nos abalou profundamente, mas não perdemos a fé e a esperança”. O evento de gravidade sem precedentes, que ocorreu depois da conclusão do Sínodo, “nos ofende ainda mais”, dizem os bispos. “Precisamos de sua oração e seu apoio fraterno e moral. A sua amizade nos encoraja a permanecer em nossa terra, a perseverar e esperar. Sem tudo isso nos sentimos isolados. Precisamos de sua compaixão diante de tudo aquilo que afeta a vida de pessoas inocentes, cristãos e muçulmanos. Fiquem conosco – conclui o texto – fiquem conosco até que termine o flagelo”. (PA)

(Agência Fides 5/11/2010)