http://lendojuntossantateresa.blogspot.com/2009/11/livro-da-vida.html
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Logo abaixo, Frei Antony Pinheiro, OCD – Província de Manjummel registra seu depoimento para o site “Para Vós nasci”, de Portugal, sobre suas motivações para se tornar um carmelita descalço.
Ao final, há dois links de acesso para “Fichas de Trabalho”, que demonstram a dedicação e o caráter pragmático dos estudos preparatórios para o V Centenário de nascimento de Santa Teresa de Jesus, em 2015, desenvolvidos por este grupo de trabalho carmelitano descalço, em Portugal.
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Fonte: “Para Vós nasci” – Santa Teresa de Jesus – Preparando o V Centenário (1515-2015)-Portugal
Carta Semanal
27-08-2010
Fr. Antony Pinheiro, OCD – Província de Manjummel
A minha experiência da nossa Santa Madre Teresa de Ávila
Na adolescência costumava ir diariamente à missa na minha paróquia. Esta prática não me supunha um grande sacrifício, uma vez que a minha casa estava ao lado da igreja. Bastava-me sair de casa quando tocava o sino da igreja, cinco minutos antes de começar a Missa. Um dia, lembro-me bem, no início da Missa o celebrante falou de Santa Teresa de Ávila, porque naquele dia era a sua memória litúrgica. E, quando cheguei a casa, a minha querida mamã disse-me que Santa Teresa era a sua padroeira. Ao ouvir isto, felicitei-a e dei-lhe um beijo. Ela ficou muito contente. Esta foi a minha primeira experiência de Santa Teresa, unida à celebração da Missa na paróquia e ao nome da minha querida mamã.
Depois, a Providência de Deus levou-me a um Carmelo Teresiano em 1966. Com a minha profissão religiosa em 1969, tomei o nome de Antony Pinheiro de Santa Teresa e tornei-me membro da Província de Manjummel da Ordem dos Carmelitas Descalços. E agora sou muito feliz por ser um carmelita teresiano e pertencer à família estreitamente ligada à vida e ao carisma de Santa Teresa de Ávila (S. João da Cruz e todos os nossos santos). Desde o início da minha vida no Carmelo, o nome de Santa Teresa atraía-me pela simples razão de ser o nome da minha mãe, devido a esta santa. Durante o meu curso de filosofia, através das conferências sobre Santa Teresa (dadas pelo Padre Justin Panakal, que fez o doutoramento sob a magistral direcção do Padre Tomás Álvarez), o meu conhecimento e o meu amor pela nossa Santa Madre cresceram. O seu magistério sobre a oração, os diferentes graus de oração, as suas experiências místicas e revelações foram realçados. Li os seus escritos, especialmente “Vida”, “Caminho de Perfeição” e “Castelo Interior”. Estimo muito esta “mater spiritualium”, a primeira mulher doutora da Igreja Católica, uma grande mulher, com uma vontade forte, resistência e imbatível coragem para enfrentar os desafios da vida, pondo sempre a sua confiança no Senhor.
Durante a minha permanência no “Teresianum” em Roma (1980-1986), para os meus estudos J.U.D. na Universidade Pontifícia Lateranense, tive a oportunidade de visitar Ávila, Alba de Tormes e outros lugares em Espanha, por alturas do VI centenário da morte na nossa Santa Madre. Frequentei um curso de espanhol de um mês na Universidade de Salamanca. Nesse ano, o Venerável Servo de Deus Papa João Paulo II visitou Ávila; em Roma e em diversas partes do mundo carmelitano se celebrou este grande acontecimento. Tudo isto teve uma grande influência no meu amor e apreço pela nossa santa madre Teresa. E agora, a Ordem está a preparar-se para comemorar o V centenário do seu nascimento em 2015.
Durante cerca de vinte anos Santa Teresa teve uma vida espiritual árida. Mas mais tarde, pôde levar uma profunda vida de oração, vivendo várias experiências místicas, pôde alcançar o cume da transformadora união com o Deus Trino. Este exemplo sublime de uma vida de oração anima-me a seguir em frente com a firme esperança de que, como carmelita, também eu serei abençoado por Deus com a graça da contemplação e da intimidade com Deus. Tendo Santa Teresa como minha mãe e guia espiritual, nunca me extraviarei e estarei seguro de alcançar a meta. Assim como a minha mamã terrena Teresa foi tão amorosa e atenta comigo, seu filho mais velho, até à sua morte em 2003, também a minha mãe espiritual, Santa Teresa de Ávila me guiará sempre, apoiando-me para chegar ao “Castelo Interior”, para me unir ao Rei, Cristo o Senhor!
Publicado em “Para Vós nasci” – Santa Teresa de Jesus – V Centenário (1515-2015).
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Consulte “FICHAS DE TRABALHO“:
11-06-2010
Ficha XII. Livro da Vida (32-34)
A finalidade da IV parte do livro é evidente: narra “o modo como foi fundado o mosteiro de S. José onde se encontra agora” (cap. 32 título). Assim, ao seu constante desejo de “despertar nas almas o desejo de um bem tão elevado” (18,8), junta-se agora esta casa-projecto, a primeira pedra de toda uma obra, que nos continuará a revelar no Caminho de Perfeição e nas Fundações: o seu modo de oração e as graças recebidas quadram carismática e institucionalmente num dom para compartilhar, em autênticas escolas de iniciação na contemplação, de mistagogia. Não obstante a novidade desta parte, as chaves são iguais às anteriores: a(s) graça(s) contra as dificuldades. Por tanto, anote-se novamente: a) umas e outras num quadro sinóptico; b) os momentos em que ora; c) como ela se descreve a si mesma e as correspondentes citações. | ![]() |
18-05-2010
Ficha XI. Livro da Vida (30-31)
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Publicado em “Para Vós Nasci” – Santa Teresa de Jesus – V Centenário (1515-2015).
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